domingo, setembro 03, 2006


FUNÇÃO PÚBLICA
MAIS DE MEIO MILHÃO DE REFORMADOS PARA UM UNIVERSO DE 740 MIL INSCRITOS


A Caixa Geral de Aposentações (Função Pública) tem 740 mil inscritos e 505 mil aposentados e beneficiários de pensões de sobrevivência. Até Julho deste ano, este número aumentou para os 515,166, sendo que em Agosto passaram à reforma mais de 1400 funcionários aos quais se vão juntar mais de 1500 neste mês de Setembro.
Só nos sete primeiros meses deste ano passaram à reforma mais de dez mil funcionários inscritos na Caixa Geral de Aposentações (CGA) e nos meses de Agosto e Setembro aposentaram-se perto de três mil.

Segundo diz o Correio da Manhã, na sua edição de hoje, “o valor médio das pensões tem vindo a aumentar ao longo dos últimos cinco anos. Em 2001 era de 928 euros/mês e no final do ano passado atingiu os 1104,78 euros mensais, ano em que o valor médio das pensões atribuídas foi de 1269,71 euros. Contudo, basta passar os olhos pelas listas dos funcionários públicos que mensalmente passam ao estatuto de aposentado para perceber que há centenas com rendimentos bastante superiores a este valor médio”.O valor das pensões gira à volta dos dois mil euros mensais, mas há quem receba muito mais: 31 subscritores vão ficar com pensões acima dos quatro mil euros mensais e 14 vão receber mais de cinco mil euros mensais.

Os valores não nos devem causar nenhum arrepio. Todos deveríamos ter o direito a uma pensão de reforma justa. O que nos pode causar arrepios é a diferença das verbas nas pensões entre os funcionário públicos e os trabalhadores da privada. Não nos devemos preocupar com os que ganham bem, devemos é preocupar-nos, e solidarizarmo-nos, com os que ganham mal, que são a esmagadora maioria dos cidadãos portugueses…

Um outro facto que devemos ter em atenção recai no número de funcionários públicos.
740 mil inscritos ?
Então quer dizer que, praticamente, um em cada dez portugueses, são funcionário públicos. Ou melhor:
Se temos cerca de 6 milhões de empregados – retirando os 740 mil funcionários públicos - resta-nos cerca de 5 milhões. Isto quer dizer que um quinto da população activa é paga com o dinheiro dos impostos dos restantes.
Não haja dúvidas nenhumas que em 32 anos do “sistema do politicamente correcto” foi um ver se te avias na contratação de funcionários estatais.
Se os números não estão errados, há um funcionário público para cada dez portugueses.
Então os serviços devem ser uma maravilha. Tudo muito rápido, célere e sem burocracias.
Pois…
Manuel Abrantes

Comentários:
Voltei de férias e vejo que este Estado Novo não para com as suas análises.
 
Eu é que sou o Estado Novo!!!
Estou de regresso!
Preparem-se!
 
Quando penso em países como a Suécia...

O cataclismo da Função Pública, analisado "aos números" não é fenómeno que me espante. O que me surpreende é o mesmo que surpreende o sr. Abrantes e todos os Portugueses: porque são estes serviços, tão ricos em recursos humanos, tão ineficientes?

Reformas, choques... o que falta mesmo é uma acção imediata, um projecto de fundo, que não precise nem de ceder a todos os protestos dos sindicalistas (que vão, por vezes, contra os interesses necionais) nem de publicidades exageradas.
 
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