quarta-feira, janeiro 20, 2010



O CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO

Com os votos favoráveis do PS, CDU, PEV e BE, a Assembleia da República aprovou a proposta de Lei do governo para o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
É um assunto melindroso que, por isso, merecia ter sido abordado de uma outra forma. A Assembleia da República tem todo o poder para legislar sobre o assunto. Contudo, pelo seu carisma e melindre na opinião pública deveria ter sido mais debatido e, até, ir a Referendo.
Poderão dizer que, face à pouca participação nos últimos Referendos, não se justificaria tal acto. Cuidado! Em todos os actos eleitorais a participação dos eleitores é, cada vez, menos. Não vá aparecer por aí alguém a querer, também, abolir as eleições pela baixa participação dos eleitores.
Nos dias que correm já tudo é possível. Vinte anos atrás alguém pensaria que em Portugal seria possível a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo?
-Claro que não!

Para alguns o casamento entre pessoas do mesmo sexo é algo normal. Então porque razão não lhe é – por enquanto…- permitido a adopção de crianças?
Talvez porque não seja algo normal…Porque se fosse assim “tão normal” a questão nem se colocava.

Algum pai ou avô ( o meu caso) gostaria de ver o seu filho ou neto entrar-lhe em casa de mão dada com o namoradinho ?
Gostaria de assistir ao casamento entre o seu filho/neto – ou filha/neta – com alguém do mesmo sexo?
-Claro que não!
E o que pensam, no caso semelhante, os deputados que votaram favoravelmente esta proposta de Lei ?

O problema que se coloca com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo é que isto vai ser incutido à força na sociedade futura como algo normal, de bom tom e muito jet 7.

E, escrevo isto desta forma, porque não acredito que a maioria das pessoas com tendência sexuais para o mesmo sexo concordem com esta estapafúrdia ideia da legalização do casamento.
Acredito que defendam as Uniões de Facto como forma de viverem e partilharem a sua vida com quem queiram e bem entendam. Até porque a sociedade não deve marginalizar ninguém pelas suas tendências sexuais. Mas, não é a oficialização do acto do casamento que irá fazer com que a sociedade passe a aceitar isso como normal. Antes pelo contrário. Vamos assistir a “casamentos” muito mediáticos com meninos e meninas aos beijinhos na boca para “portuga” ver nas revistas ou nos canais televisivos e assim provocar, ainda mais, o choque social.
Na minha opinião – repito: na minha opinião! – isto, só serve para isso.

Pronto! Os lobbies Gays estão de parabéns e podem encomendar as bodas, uma dita esquerda (PS e BE ) ganharam mais uns votos e os comunistas devem prepararem-se para encontrar fortes justificações para, no outro mundo, explicarem isto ao Dr. Álvaro Cunhal.

Manuel Abrantes
J

terça-feira, janeiro 05, 2010



ANO NOVO
DÍVIDAS E POLÍTICAS VELHAS

Começou ano de 2010. Em termos políticos e económicos o que poderá vir por aí?
A dívida externa continuará num aumento galopante.
Para o leitor(a) menos conhecedor deste assuntos, a Dívida Externa é o somatório dos empréstimos contraídos no exterior pelo próprio Estado, por outras instituições públicas e privadas e pelos financiamentos do sector da banca.
No final do primeiro semestre de 2008 a dívida externa total portuguesa atingia o valor máximo de sempre, 344 mil milhões de euros (aproximadamente o dobro do PIB nacional), ou seja 200% do PIB (Produto Interno Bruto). Para mais facilmente se perceber este montante absurdo basta pensar que, mantendo os mesmos níveis de produção, todos os portugueses teriam, em teoria, que trabalhar dois anos sem ganhar vencimento para poderem pagar a dívida externa do país. E estamos a falar, só, em 2008…

Já em Fevereiro do ano passado o Presidente da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), Francisco Van Zeller, denunciou que estamos a endividar-nos em dois milhões de euros por hora. Já lá vai quase um ano e ninguém – nem o Governo - contestou esta análise do Presidente da CIP.
Só não estamos arruinados e com o martelo pesado (ainda mais) do Fundo Monetário Internacional (FMI), porque estamos inseridos na União Europeia e temos e Euro como moeda.
Só por isso…

Outro aumento galopante é o desemprego. Segundo dados oficiais já ultrapassamos o meio milhão de desempregados, mas a realidade é bem diferente. Calculo que nos aproximemos de um milhão. Ou seja: em cada dez portuguesa um está sem emprego ou com precariedade de trabalho. E o problema é que a tendência é para subir ainda mais.

Outro assunto que virá aos temas Nacionais é a questão do défice.
A Comissão Europeia divulgou as suas Previsões que apontam para uma deterioração do défice orçamental português de 2,6 por cento do PIB, em 2008, para 8,0 por cento, em 2009 e em 2010, subindo para os 8,7 por cento em 2011.
Isto só quer dizer que iremos, mais uma vez, ser sobrecarregados com sacrifícios para a estabilização do mesmo.

Outro tema para 2010 é a questão da estabilidade governativa.
Tudo leva a crer que o governo do senhor Sócrates não consegue governar em minoria relativa. E digo governo do “senhor Sócrates”, porque governar em minoria sempre foi algo que os socialistas souberam fazer. Desde Mário Soares a Guterres, os socialistas sempre encontraram formas de governar e de encontrar consensos. Contudo, este novo “PS” da arrogância e dos esquemas mediáticos apenas se preocupa com a sua imagem de forma a aparecer como vítima perante a opinião pública. Tudo isto com um único objectivo: provocar novas eleições e tentar uma nova maioria absoluta de forma a governar como gosta. Ou seja: - Quero, posso e mando.

São estas – infelizmente – as minhas previsões para 2010.
Manuel Abrantes

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