quarta-feira, janeiro 30, 2008


REMODELAÇÃO GOVERNAMENTAL
VIRA O DISCO E TOCA O MESMO



José Sócrates fez umas alterações nos nomes de responsáveis ministeriais.
Mudou o ministro da Saúde, Correia de Campos, a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás,
Mudou os nomes. Não mudou de política.
Na Saúde, Ana Jorge já afirmou que irá continuar com as linhas de orientação do anterior ministro.
Então porquê a mudança ?
Correia de Campos não soube enganar os portugueses com palavrinhas bonitas e esquemas políticos que abafassem as políticas economicistas e anti-sociais do governo socialista.
Pura e simplesmente foi só isto. Mais nada.
Na cultura, a antiga ministra não abriu os cordões á bolsa para os devaneios artísticos de uma maioria dominada por gays e lésbicas.
Se calhar é mentira o que acabo de escrever ?
Bem! Como o dinheirinho é distribuído pelo governo e Finanças não vai haver reforço nenhum e a paneleiriçe pseudo-artística vai continuar a chupar nos dedos ( eu disse: nos dedos…). Mas que foi uma vitória dos lobies gays, lá isso foi.
Lembrei-me, agora, de uma celebérrima frase do Professor Doutor Salazar:
- Não tenho dinheiro para os que choram quanto mais para os que cantam.

Na questão dos Assuntos Fiscais continua o tabu na medida de que, João Amaral Tomás, já tinha batido com a porta. Resta saber os motivos.

Pronto! Já temos remodelação. E, como as políticas não vão mudar, resta-nos conhecer os novos nomes para lhes chamar os ditos.
Ah! Só mais uma coisa:
A oposição que tanto reclamava por uma remodelação não concordou.
Olha a grande novidade!
È sempre assim…
E vira o disco e toca o mesmo
Manuel Abrantes



terça-feira, janeiro 29, 2008


E OS INGLESES DENUNCIAM.


A Reprieve, organização de direitos humanos britânica, afirma que mais de 700 prisioneiros foram ilegalmente transportados para a base norte-americana de Guantánamo "com a ajuda de Portugal" e que pelo menos 94 voos passaram por território português, entre 2002 e 2006.
O relatório foi compilado através da comparação de dados obtidos junto das autoridades portuguesas, informações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos com datas de chegadas de prisioneiros a Guantánamo e testemunhos de muitos prisioneiros.
O documento que, segundo a Reprieve, detalha pela primeira vez os nomes dos prisioneiros e as suas histórias, aponta que "pelo menos em seis ocasiões aviões de transferência de prisioneiros voaram directamente da base das Lajes nos Açores para Guantánamo.

Luis Amado, ministro dos Negócios Estrangeiros, confrontado com o relatório disse ontem, em Bruxelas, que não tem "qualquer informação" sobre o relatório, reservando por isso um comentário para quanto tiver acesso ao documento.

Pessoalmente não tenho dúvidas nas minhas discordâncias com as políticas do senhor Bush. Mas, mantenho sempre sérias reservas com estas organizações dos intitulados “direitos humanos” e, muito especialmente, quando partem das terras de sua majestade.
É que, quando “berram” pelos direitos humanos, escondem sempre o que se passa lá por casa.

O combate ao terrorismo não se compadece com “paninhos quentes” nem com certos “direitos” que de humanos nada possuem.
Posso chocar muitos leitores, mas o terrorismo não se combate com “direitos”. O terrorismo, assassino de inocentes, não se combate com “medos”. Não podem existir “direitos” para aqueles que não respeitam a vida humana. Não pode haver contemplações com a besta assassina.
Quem rouba a vida a inocentes, premeditadamente, não merece contemplações.
Eu sei que estas palavras podem chocar muitos. Eu sei!

Com isto não estou a concordar com o senhor Bush nem com as politicas imperialistas dos Estado Unidos. Até porque – na minha opinião – o imperialismo americano está mais interessado no petróleo do que nos terroristas. E a invasão do Iraque - na minha opinião - não passou, também, de uma acção terrorista. É que para mim não existe terrorismos dos bons e terrorismos dos maus.
Terrorismo é terrorismo de deve ser combatido sem tréguas. E não me falem em “direitos humanos” para aqueles que não respeitam o mínimo da vida humana.
Manuel Abrantes

segunda-feira, janeiro 28, 2008


O COMBATENTE ANTI-TABACO ACUSADO DE ASSÉDIO SEXUAL

Macário Correia, agora presidente da Câmara de Tavira, confirmou à Agência Lusa que foi constituído arguido por alegado assédio sexual a uma jurista da autarquia, mas ressalvou que «isso não significa nada» do ponto de vista judicial.

O homem, e político, que um dia afirmou que “beijar uma mulher que fuma é o mesmo que lamber um cinzeiro” vê-se, agora, a braços com um processo por abuso de poder e assédio sexual.
Macário Correia, 49 anos, é arguido desde Dezembro passado por alegado crime de abuso sexual, na sequência da formalização de uma queixa por parte da chefe dos serviços jurídicos da autarquia, Teresa Sequeira, de 43 anos.
A jurista alega que Macário Correia, com a sua conduta, terá praticado os crimes de «maus tratos», «coacção sexual», «difamação e injúria» pela «forma pública e caluniosa», sendo que estes são agravados «porque cometidos contra funcionário/a, no exercício das suas funções».
Por sua vez, a advogada da queixosa diz que os alegados crimes terão sido perpetrados «todos na forma continuada», pelo que poderá ainda estar em causa um «crime de abuso de poder porque os factos foram praticados no exercício das suas funções e por causa daquelas, o que não teria sido possível se o denunciado não dispusesse do cargo que ocupa».

Não há dúvida sobre aquela frase muito antiga e de cariz popular: “no melhor pano cai a nódoa.
Pelo que se pode concluir é que a queixosa não fuma. E não estou, nem vou, concluir mais nada…
È que, quando queremos ser paladinos da moral e dos bons costumes, temos também de o ser. Não é senhor Macário Correia ?
Manuel Abrantes

sábado, janeiro 26, 2008


O BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ADVOGADOS
E AS VIRGENS NUM BORDEL



Marinho Pinho, bastonário da Ordem dos Advogados diz que “há crimes sem castigo na hierarquia do Estado” e defende uma “investigação político-parlamentar às fortunas de alguns políticos”.
As afirmações do bastonário à Antena 1 caíram quem nem uma bomba na classe política. Logo alguns deputados levantaram a voz contra tais afirmações, tendo Marinho Pinto respondido que “mais parece virgens num bordel”.

Para o bastonário estão em causa “situações que toda a gente vê”, dando como exemplo os casos de “membros do Governo que fazem negócios com empresas privadas e depois quando saem vão para administradores dessas empresas”.
“Esbanja-se milhões de euros em pagamentos de serviços cuja utilidade é duvidosa e depois não há dinheiro para necessidades básicas”, acrescentou.
E, para concluir, Marinho Pinho não se coibiu em acrescentar que “há uma criminalidade em Portugal, da mais nociva para o Estado e para a sociedade, que anda aí impunemente. Muitos exibem os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há formas de lhes tocar. Alguns até ocupam cargos relevantes no Estado Português.”

As afirmações deste advogado de Coimbra, e agora Bastonário da Ordem, não são novidade nenhuma para ninguém. Isto quer nas suas intervenções enquanto comentador num canal televisivo quer quando se candidatou ao lugar que agora ocupa.
Não percebo (?) o alarido todo por parte de alguns políticos muito especialmente os do CDS/PP. Será porque existem casos como o do Portucale, a suspeição sobre os negócios dos submarinos ou o da Moderna ? E os recibinhos verdes para justificar a entrada de um milhão nos cofres do partido onde – ironia das ironias – foi detectado um “benemérito” com o nome de Jacinto Leite Capelo Rego?

Claro! Eu compreendo. Enquanto as afirmações de Marinho Pinho como simples advogado conimbricense, ou mais um entre muitos comentadores televisivos, não causava mossa nenhuma, agora como Bastonário o caso muda de figura.
Mas, só uma questão:
- Marinho Pinho disse alguma coisa que alguém neste País não o soubesse ?
O que ele afirmou é novidade para quem ?
O que ele conseguiu foi mexer na trampa. Mas que, agora, isto já começou a cheirar mal, isso já .
Só espero que não arranjem nenhum desodorizante ou que deixem o tempo secar a porcaria para não voltar a cheirar mal.
Quando se mexe na vidinha dos políticos deste sistema do “politicamente correcto” cai o “Carmo e a Trindade”.
Se calhar é mentira o que acabo de escrever ?
Manuel Abrantes

quinta-feira, janeiro 24, 2008


QUANDO O VANDALISMO É VISTO POR DUAS FORMAS

Bestas quadradas resolveram vandalizar a campa do Professor Doutor António de Oliveira Salazar na cemitério da sua terra natal.
Para a comunicação social isto não passou de um mero acontecimento sem relevância de espécie alguma.
Tudo isto em contraste com o que se passou quando, também outras “bestas quadradas”, resolveram profanar um cemitério judaico.
A comunicação social não se calou e os pedidos de desculpa oficiais não se fizeram rogados. Houve, até, visitas à posterior de membros do governo como forma de se solidariedade para com a comunidade judaica. Houve alguém, que já não me recordo quem foi o dito, que afirmou, numa dessas visitas de solidariedade, que “hoje todos nos sentimos judeus”.

Agora, com a profanação da campa onde repousa o estadista, nem uma palavra.
Bem! Não me vou alongar em comentários.
Apenas deixo este:
-Ah grande estadistas, grande português e homem de honra e de honestidade. Até na morte provocas o medo à cobardia e aos traidores desta grande e gloriosa Nação Portuguesa.
Manuel Abrantes


quarta-feira, janeiro 23, 2008


PELOS MEANDRO DO NACIONALISMO

2007 foi um ano onde o Nacionalista esteve na ordem do dia.
O Partido Nacional Renovador com a publicação do cartaz no Marquês de Pombal, em Lisboa, trouxe para a ordem do dia a discussão popular sobre a imigração.
Foram dois ou três dias onde a comunicação social se viu na obrigação de trazer para debate público a questão da imigração em Portugal.
Contudo, passado isso, o que sucedeu mais?
-Nada!!!
O PNR ficou muito satisfeito com a mediatização, o seu presidente José Pinto Coelho ficou mais conhecido e a discussão ficou-se por aqui.

Recentemente, e já este ano, o nacionalista e advogado José Castro teve a coragem de interpor uma acção de impugnação contra a ASAE no tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
O que aconteceu depois?
O CDS/PP aproveitou-se e tomando as rédeas do assunto obrigou a Inspector-Geral, António Nunes, a ir explicar-se ao Parlamento.
Mas, não ficou por aqui. Abriu o seu site oficial às denúncias de “possíveis prepotência” do organismo fiscalizador trazendo, assim, para a opinião pública a discussão sobre o assunto.


Apenas dei estes dois exemplos.
Isto só prova que os Nacionalistas sabem o que querem e, muito especialmente, sabem compreender e interpretar o sentimento popular. Mas, não passam disto!
Ou melhor: - Não passamos! È que eu também sou Nacionalista.
Abrimos as discussões e depois não temos “força” para leva-las por diante.
Até parece que o que pretendemos se resume à oportunidade de uns minutitos de tempo de antena nas médias.

Mas afinal o que é que nos falta?
-Temos excelentes ideólogos; temos excelentes sabedores sobre filosofias políticas do passado, temos excelentes escrevinhadores – não é o meu caso !!! - sobre opiniões filosóficas; temos excelentes cabecinhas pensadoras sobre os princípios do pensamento Nacionalista; temos gente que se farta de ler e de beber filosofia como eu bebo vinho ou cerveja. Contudo, falta-nos uma coisinha: - Não temos políticos com capacidade de discussão sobre todo e qualquer tema que esteja na ordem do dia.

Enfim! Temos muitas ideias mas não conseguimos encontrar a forma de as fazer chegar às massas populares. Nem as ideias nem as estratégias. Temos muitas ideias mas não passamos, na prática, de uns idiotas ( não aplicar o termo pejorativo da palavra).

Com tudo isto apenas pretendo deixar uma mensagem que se resume :
- Ou encontramos gente com opinião política e com estratégia política ou não passamos de uns idiotas (aplicar o termo pejorativo da palavra) com ideias filosóficas que pouco farão sentido ao Povo de Portugal.
Manuel Abrantes





terça-feira, janeiro 22, 2008


ASAE NO PARLAMENTO PARA EXPLICAR CRITÉRIOS DE ACTUAÇÃO

A oposição vai hoje questionar o inspector-geral da ASAE no parlamento sobre os critérios de actuação do organismo, com o PS a considerar que se trata de uma boa ocasião para por fim a «especulações sem fundamento», relatam nas suas edições de hoje o “Diário Digital” e a Lusa.
A audição de António Nunes, na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, foi requerida pelo CSD-PP que irá confrontar o inspector-geral da ASAE com o que consideram ser «um abuso de interpretação da lei».
«Não questionando a importância da regulação da protecção alimentar e económica, há um conjunto de actuações da ASAE que nos deixam preocupados», disse à Lusa o deputado do CDS-PP, Pedro Mota Soares.

O CDS/PP tem o seu site oficial à disposição para receber testemunhos de cidadãos que se considerem lesados pelas inspecções da ASAE.
Para Pedro Mota Soares do CDS/PP «recebemos muitos casos, mais de 300», acrescentando que há um conjunto de actuações da ASAE que deixam o CDS-PP preocupado.
«Há algum abuso na interpretação da lei e alguma falta de bom senso», sublinhou, considerando que a ASAE precisa de «compatibilizar as regras com a tradição portuguesa», porque «há já um conjunto de tradições que estão sob ameaça em Portugal”.

O deputado centrista Hélder Amaral escreve no espaço cibernético criado pelo CDS e intitulado: “ASAE- Prepotência ou Autoridade” o seguinte:
“Nos últimos meses têm vindo a público notícias que colocam em causa os métodos e o objecto das intervenções da ASAE. Constantemente são relatados casos em que a intervenção dos Inspectores da ASAE é apelidada de abusiva, chegando (ou quase) a colidir com os direitos individuais dos cidadãos e do consumidor. De forma constante, o Sr. Inspector-Geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) justifica esses actos com o rigoroso cumprimento da Lei; ao mesmo tempo, afirma que metade dos restaurantes portugueses não reúnem condições de funcionamento”.

Paulatinamente, começamos a assistir a um levantar de vozes contra alguns fundamentalismos nos critérios e na metodologia das actividades fiscalizadoras.
Não sou contra a fiscalização! Sou contra a aplicação de critérios que nada têm a ver com o que está, ou não, escrito na Lei.
Ninguém se sobrepõe à letra da Lei nem a pode interpretar a seu belo prazer.
E este caso não se aplica apenas aos organismos fiscalizadores. Ainda ontem, quem assistiu ao debate “Prós e Contras”, pode assistir às intervenções do Director-Geral da Saúde, Francisco Jorge, que “vomitou” fundamentalismo de antitabagismo, onde só faltou dizer que queria todos os fumadores num guetto. Quem ouviu falar tal personagem, e não soubesse de quem se trata e do lugar que ocupa, pensaria que se tratava de um legislador ou, até, de um primeiro-ministro ou ministro da Saúde.
Estamos entregues a uma “máfia” fundamentalista que só tem um intuito:
- Criar medo e repressão como forma de divisão popular e de colocar o cidadão como um mero objecto possível de ser manipulado.
Estamos entregues à bicharada - como se diz na gíria.
Mas, falta pouco mais de um ano para que nas urnas saibamos impor-nos e não voltarmos a dar azo a maiorias absolutas. Se queremos a nossa liberdade, então, só temos de nos impor.
Manuel Abrantes

segunda-feira, janeiro 21, 2008


ALBERTO JOÃO JARDIM
E AS BACORADAS SEPARATISTAS

Neste espaço já se tem defendido posições assumidas por Alberto João Jardim. Contudo, desta vez, a veia separatista do presidente do Governo Regional da Madeira veio ao de cima. E, quando são proferidas afirmações com tendências separatistas, “Estado Novo” não pode deixar passar em claro manifestações antipatriotas.
Isto, porque o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, garantiu que estará ao lado do povo madeirense no dia em que este decidir enveredar pelo caminho da independência.
Estas afirmações foram proferidas após uma audiência que manteve na Quinta Vigia com o líder do PSD/Açores, Costa Neves, durante a qual "passaram em revista a situação da autonomia" e falaram do "estado da relação entre as regiões autónomas e o Governo da República".

Alberto João não pode – ou não deve – utilizar o separatismo como arma de arremesso contra seja quem for.
A Madeira e o povo madeirense são parte integrante do território Nacional e da Nação Portuguesa.
Foram as contribuições do todo um povo que permitiram o desenvolvimento do arquipélago da Madeira nos últimos anos.
Para Alberto João Jardim a teta nacional sempre lhe serviu para criar desenvolvimento no território que administra. Não pode, agora, vir a terreiro defender o separatismo como forma de se perpetuar no poder ou de querer transformar o arquipélago num paraíso fiscal tipo república das bananas. Até porque – acredito! – nem o povo madeirense é banana nem a Nação Portuguesa, num seu todo, permitiriam tal traição.
Há momentos na vida é que é preferível estar calado do que proferir asneiras. Parece que Alberto João ainda não entendeu isto.
Não entendeu Alberto João nem entendeu o partido que diz pertencer. É que este último preferiu o silêncio cúmplice. O silêncio da cobardia política.
Manuel Abrantes


sexta-feira, janeiro 18, 2008


COMUNISTAS EM PROTESTO CONTA LEI DOS PARTIDOS

Segundo Jerónimo de Sousa, militantes comunistas irão marchar em frente ao Tribunal Constitucional, no próximo dia 1 de Março, como forma de protesto pela actual Lei dos Partidos, em que se exige um mínimo de cinco mil filiados, sob pena da sua extinção administrativa.
Para Jerónimo de Sousa "nesta marcha, os militantes comunistas irão participar afirmando a defesa da liberdade e a exigência do cumprimento do projecto de democracia política, económica, social e cultural que a Constituição da República Portuguesa consagra".
Os militantes comunistas marcharão em frente ao TC mostrando o seu cartão de militantes. Para o líder comunista "todos aqueles que o entendam demonstrarão expressamente, incluindo com o cartão de militante, a sua qualidade de membros do Partido Comunista Português, num acto livre e não imposto”
Jerónimo de Sousa não deixa de saudar o facto de o PS e o PSD estarem abertos à alteração da Lei dos Partidos de 2003. Jerónimo de Sousa referiu, ainda, que a sua bancada vai apresentar propostas de alteração quer à Lei dos Partidos quer à Lei de Financiamento dos Partidos.
Pois… Aqui é que reside a questão principal. Não são os cinco mil militantes mas sim a Lei de Financiamentos dos Partidos. È que isto mexe com as receitas da Festa do Avante.

Mas voltando à lei dos 5.000 militantes.
PS e PSD parecem estar de acordo com a impertinência desta Lei. Pois parecem…
Mas não foram eles que a criaram?
Não foi o PS e o PSD que, em acordo de bastidores, criaram e votaram a Lei conforme está?
Isto só prova a irresponsabilidade dos legisladores. Criam leis para justificar e mostrar trabalho sem analisarem as consequências práticas das mesmas.
Até porque, e na minha opinião, a Lei da apresentação dos nomes, nº de BI e de eleitor de, pelo menos, 5.000 militantes é uma ingerência na vida particular de cada cidadão.
E que se saiba isto é anticonstitucional.
E não sou eu que “morro de amores” põe esta Constituição.
Manuel Abrantes

quinta-feira, janeiro 17, 2008


O GOVERNO ENCERRA SERVIÇOS DE SAÚDE
E A INICIATIVA PRIVADA REABRE-OS


Em Chaves ainda a população está em protesto contra o encerramento do bloco de partos do Hospital e já a iniciativa privada se propõe criar um hospital privado com maternidade.
A nova unidade vai ter serviço de urgência durante 24 horas, especialidades médicas e cirúrgicas bem como internamento possuindo, para isso, 60 camas.

O governo do senhor Sócrates encerra maternidade e a iniciativa privada aproveita-se do facto para se implantar.
Se, para o Serviço Público de Saúde, maternidades e serviços de urgência não se justificam por falta de utentes como é que para a iniciativa privada já se justifica ?
Não acredito que a iniciativa privada execute projectos para perder dinheiro.

Ou será que tudo isto não passa de “gato escondido com o rabo de fora” ?
O governo “socialista” do senhor Sócrates e do ministro Correia de Campos vão encerrando serviços de Saúde para abrir caminho à iniciativa privada.
E dizem-se – eles - “socialistas”…
Mas será que não vemos dois palmos à frente da cara ?
Será que ainda não vimos que este (des)governo socialista o que pretende é substituir o Serviço de Saúde Público por um serviço de saúde privado?
Mas, esperem! Não é com os amigos “sociais-democratas” ou os ditos centristas que isto entrará nos eixos. Quando se apanharem no poder fazem o mesmo. A história irá repetir-se. Ou será que já nos esquecemos do passado ?

Nunca – mas nunca !!! – o capitalismo selvagem teve tanto poder como agora. Nunca o capitalismo selvagem pode “governar” e governar-se com tanto à vontade.
Pronto! E o “fascista” sou eu…
Manuel Abrantes


terça-feira, janeiro 15, 2008


PARTIDO DA LIBERDADE
UM NOVO PROJECTO POLÍTICO FUNDADO POR PELA AVEIRENSE SUSANA BARBOSA


Susana Barbosa e uma vasta equipa e apoiantes estão na recolha de assinaturas para a formação e legalização de um novo partido. O Partido da Liberdade
Susana Barbosa entrou em ruptura com o líder do PND, Manuel Monteiro, quando este expulsou militantes Nacionalista e não permitiu a entrada de outros.
Pela importância do facto, transcrevemos uma entrevista dada por Susana Barbosa à Gazeta Popular.



Depois de ter protagonizado uma real oposição a Manuel Monteiro, demitiu-se da liderança da distrital de Aveiro, anunciou a intenção de se candidatar à liderança nacional da Nova Democracia e agora demitiu-se do partido. Não valeram de nada estes anos de militância?
A nossa vida é fruto do que conseguimos fazer com a aprendizagem de todos os dias. Cada dia vale a pena se a alma não for pequena, isto é, se soubermos tirar partido pela positiva, do que de bom e de mau nos vai acontecendo. Não teria sido possível candidatar-me à liderança nacional do partido se não tivesse feito o percurso que fiz. Os cinco anos em que me dediquei inteiramente ao projecto do partido, permanecendo em todas as direcções nacionais e sempre na liderança da distrital de Aveiro, deram-me um conhecimento e um traquejo político, sem os quais jamais seria possível conceber-me politicamente naquilo que hoje sou e naquilo que hoje pretendo levar por diante.


Pode dizer-se que tudo isto aconteceu devido aos laços que Manuel Monteiro nunca conseguiu desfazer face ao CDS/PP?
De certa forma sim. Os discursos que o líder do PND protagoniza caem redondos em críticas ao seu antigo partido, é uma espécie de vício, em vez de criar novos rumos, preocupa-se mais com o passado do que com o futuro e é muito difícil conseguir que o partido da Nova Democracia deixe de ser um projecto pessoal, para ser um projecto colectivo, que lute verdadeiramente contra o sistema e por uma verdadeira direita moderna e popular. Eu comecei a sentir que lutava contra o sistema dentro do meu próprio partido.

A entrada de novos militantes de cariz nacionalista, que depois foram “convidados” a sair do partido, o que mereceu da sua parte total repúdio, não terá sido a gota que faltava para o rompimento final?
Essa atitude da direcção criou-me uma enorme revolta e foi sem dúvida o que me levou a parar um pouco e a reflectir sobre a minha continuidade no partido. As obsessões e os preconceitos dentro do PND são tantos, que lutar contra a corrente começa a representar «patinar no molhado», não se sai do mesmo sítio.

Agora, aventura-se na criação de um partido novo. A ideia é este partido ser o herdeiro dos ideais da Nova Democracia?
Eu nunca estive contra os ideais do PND, principalmente depois do II Congresso que organizámos em Aveiro, quando ficou definido para o partido um rumo inequívoco de um partido de direita. O problema é a prática, ou a falta dela, dos princípios e dos valores de direita. Entre a teoria e a realidade do partido existe uma clivagem tão grande, que se torna desconcertante e desmotivante tentar convencer quem quer que seja desses mesmos ideais. Num partido novo, temos mesmo que dar o exemplo daquilo que apregoamos, sob pena de voltarmos a ser mais do mesmo, e para isso já existem tantos a fazê-lo em todas as facções políticas. Só teremos sucesso se contribuirmos para a baixa da abstenção em Portugal, e isso só será possível se conseguirmos convencer os cidadãos que somos realmente diferentes, mas provando-o, porque de discursos está o povo farto.

Numa altura em que se exige que cada partido tenha um mínimo de cinco mil filiados para existir, o que tem levado todos os pequenos partidos a unirem-se no combate a tal pretensão, não acha que é um risco avançar para a ideia de um novo partido?
Sou inteiramente contra essa Lei dos Partidos Políticos, assim como também sou contra a exigência de 7500 assinaturas para formar um novo partido. Trata-se de uma Lei anti-democrática e mal dimensionada para um pequeno país como o nosso, que foi elaborada numa lógica de defesa dos partidos do sistema e isto por si só já demonstra o quanto há para mudar na mentalidade política instaurada. Obviamente que tenho noção do risco que é avançar com um novo partido, mas acredito que os portugueses sentem cada vez mais a falta de um partido de «direita a sério». A minha experiência junto das «bases», diz-me que quando somos verdadeiros as pessoas nos procuram e vêm ao nosso encontro, e esta simbiose de interesses em que existe a partilha no diálogo, motiva e faz com que as pessoas participem de forma livre e espontânea.

O novo partido (o Partido da Liberdade) vai ser um partido de direita. Pondo de lado o rótulo, afinal quem são os destinatários deste seu novo projecto?
Os destinatários para este nosso novo projecto, o Partido da Liberdade, serão todos os cidadãos descontentes com o sistema e que se identifiquem com os princípios duma direita verdadeira acreditada nos valores da família, das nossas raízes e da nossa cultura, do trabalho, do reconhecimento e do mérito, da justiça e da liberdade com responsabilidade. Acredito que são imensas as pessoas que hoje não se revêem em nenhum dos partidos existentes e que anseiam por participar em algo de novo e diferente.

Sabendo nós que o novo partido irá ter sede nacional em Aveiro, não poderá parecer que vai ser mais um partido regional do que um partido nacional?
O Partido da Liberdade virá a ter a sua sede nacional em Aveiro, em primeiro lugar porque a sua concepção foi em Aveiro e simultaneamente porque como se sabe, Aveiro pela sua história política representa em Portugal a capital da liberdade. Por outro lado, agrada-nos muito a descentralização de Lisboa e a ideia da diferença em relação aos demais partidos, queremos provar que é possível e viável fazer política a partir de outros lados que nos aproximem mais do país no seu todo, das pessoas e das suas realidades, e não tanto da ganância dos interesses, e da ofuscação das luzes.

Sem figuras políticas de renome, não lhe parece que vai ser mais difícil vender a ideia de partido novo?
Pelo contrário, entendemos que sem figuras de renome, será mais fácil fazer crer que se trata de algo «verdadeiramente novo». Os portugueses estão fartos daquilo que o sistema lhes tem oferecido, que não passam de presentes envenenados, numa autêntica dança de ambições na roda do poder à volta dos mesmos. É urgente que se criem alternativas sinceras que não passem de meras ilusões.

Além de nacionalistas e democratas cristãos, que presumimos terão lugar no novo partido, que outras correntes ideológicas quer conquistar para o projecto?
Queremos conquistar todos os portugueses que ainda acreditam na independência nacional, nos valores patrióticos da nação e que queiram lutar ao nosso lado sem preconceitos nem amarras, por uma sociedade mais justa e livre. Dirigimo-nos a todos os que queiram lutar pela liberdade com responsabilidade, porque após 34 anos de uma revolução por uma suposta liberdade, todos sabemos que nos encontramos reféns de um sistema que em pouco tempo se tornou caduco e decadente, levando Portugal ao caos em que se encontra, tanto a nível social, como económico, como político. Não podemos continuar a pactuar com interesses que arrastam o país para um lamaçal de corrupção, crime e insegurança, que tiram aos cidadãos a auto-estima e o orgulho de serem portugueses. Queremos lutar ao lado de todos os que também ambicionem por uma Europa livre e que não queiram ser escravos do euro e desta Europa federalista defensora dos interesses de alguns, e ao lado de quem se entenda contra a globalização desenfreada. Queremos uma nova Constituição da República para uma liberdade a sério, que defenda os valores duma democracia sustentável e que não seja apenas baluarte das mentiras dos políticos, espelhando cada vez mais o poder nas mãos de menos!

segunda-feira, janeiro 14, 2008


ASAE TEM DE IR AO PARLAMENTO EXPLICAR-SE


Paulo Portas quer que a ASAE responda, no Parlamento, a quatro questões «relacionadas com o que é regulamento e aplicação da lei e o que é abuso e espectacularidade» .
O líder centrista difundiu isso quando visitou, no passado fim-de-semana , a Feira do Fumeiro e do Presunto do Barroso, em Montalegre.

Para Portas, o CDS/PP vai usar o direito de agendamento potestativo para obrigar o presidente da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), António Nunes, a ir ao Parlamento explicar as políticas de higiene e saúde que estão a ser implementadas no país.
Segundo declarações, Paulo Portas, «não gostaria que em Portugal, que é um país livre e com largas tradições, houvesse uma espécie de polícia do gosto».
«É necessário separar o trigo do joio, o que está bem feito do que está mal feito», acrescentou.

O líder centrista vai questionar o Inspector-Geral da ASAE, António Nunes, sobre as declarações ao semanário “Sol”, onde afirmou a possibilidade do «encerramento de metade dos restaurantes portugueses”
Portas não deixou de salientar, perante estas afirmações, se «estão ou não a destruir-se algumas economias familiares por excesso de zelo».

Temos de relembra que o PS inviabilizou, inicialmente, a ida do responsável pela ASAE à Assembleia da República. O CDS-PP vai usar, agora, o direito de agendamento potestativo, que tornam o agendamento da audição obrigatório.


Depois do advogado, Dr. José Castro, ter interposto uma acção de impugnação contra a ASAE no tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa cabe, agora, ao CDS/PP obrigar o Inspector-geral da ASAE a dar explicações em sede própria.

Está na altura da instituição policial explicar os seus métodos e forma de actuar no Parlamento. È necessário clarificar, de uma vez por todas, se esta instituição fiscalizadora está, ou não, a proceder com o que diz a Lei ou se está, ela própria, a agir por sua conta e risco. Ou seja: a impor o que gostaria e não o que está, restritamente, escrito na Lei.

Na minha opinião já chega de mediatismo e do falatório que por aí anda. Está na altura de clarificar as actividades desta entidade fiscalizadora que – na minha opinião – se tornou no terror para os comerciantes e afins. È que eu continuo a defender a força da Lei e não a Lei à força.
Manuel Abrantes

sábado, janeiro 12, 2008


NO PORTUGAL DA POLÍTICA OU A POLÍTICA EM PORTUGAL

A COMPAIXÃO SOCIALISTA PELO PORTUGAL DOS PEQUENINOS



Segundo publica o “Diário de Notícias” na sua edição de hoje o PS está disponível para riscar a alínea da Lei dos Partidos que exige os 5.000 militantes, cedendo assim aos protestos dos dirigentes de vários dos chamados "pequenos partidos".

Pedro Quartim Graça, deputado do Partido da Terra (eleito nas listas do PSD) disse ao DN estar "convencido de que vai imperar o bom senso" e que isso "passará por uma alteração da lei".
"Penso que do próprio PS vai haver sensibilidade para perceber que é preciso mexer nas coisas. Vamos ver como se concretiza na prática", acrescentou o dirigente do Partido da Terra.

Ao consagrar a exigência das 5000 assinaturas, a preocupação de quem fez a lei foi proteger o sistema contra os "partidos fantasma". Mas, Pedro Quartim Graça, garante que nenhum dos "pequenos partidos" representados no movimento contra as 5000 assinaturas é favorável à existência de "partidos-fantasma".



A primeira ilação que podemos retirar daqui reside no facto de terem sido os dois maiores partidos (PS e PSD) a elaborarem a Lei e cabe-lhe, agora, possuírem a faca e o queijo nas mãos para uma possível alteração. Se isto é a democracia da igualdade nos deveres e nos direitos, “vou aí e já venho” – como se diz na gíria”.

Isto só quererá dizer que todo e qualquer movimento que se torne incomodo para os partidos do sistema, vai ter a vida negra por parte dos donos e senhores desta pseudo-democracia da partidarite aguda.
E, todo e qualquer movimento que se assuma contra as políticas implementadas pelos partidos das alternâncias (PS/PSD) vai ter enormes barreiras para que a sua voz e propostas sejam ouvidas e discutidas no seio das populações.

Uma Democracia de igualdade nos direitos e nos deveres só se constrói com a voz de todos. Qualquer acto eleitoral só é “limpo” quando todos os que concorrem têm os mesmos direitos de exporem as suas opiniões e propostas ao eleitorado.
Na democracia actual, e fruto da máquina montada pela comunicação social, só existem dois partidos : - O PS e o PSD. Tudo o resto é só mera curiosidade em se saber se os restantes partidos tiveram mais votos ou menos em relação às eleições anteriores.

E assim lá vamos sendo “comidos” paulatinamente.
Agora sim o refrão do Hino da velha “Mocidade Portuguesa” tem, e faz, sentido:
- Lá vamos cantando e rindo. Levados. Levados sim
Manuel Abrantes

sexta-feira, janeiro 11, 2008


FAMÍLIAS ENDIVIDADAS
UM BECO SEM SAÍDA

Segundo um estudo da DECO em 2007 o número de casos de famílias com dívidas descontroladas ascendeu a 1976. Um aumento de 118 por cento face aos 905 casos registados no ano anterior. Isto, apenas nos casos que recorreram aos serviços da instituição.

O mesmo estudo diz que nos últimos oito anos ocorreu um aumento progressivo do número de famílias com dívidas fora de controlo.
Natália Nunes da DECO, afirma hoje ao Correio da Manhã que “é uma situação preocupante, com famílias em ruptura financeira total” .

Para a responsável deste organismo “a principal causa da ruptura financeira é o desemprego” com “particular importância na maioria dos casos em 2006 e 2007”.
Para Natália Nunes, por regra geral, as famílias que pedem ajudam à DECO têm mais de quatro créditos: habitação, automóvel e dois créditos pessoais. Em muitos casos as famílias sobreendividadas contam com um rendimento mensal superior a mil euros, mas o número de casos com rendimentos de quatro mil e cinco mil euros por mês também tem aumentado.

O endividamento familiar provocado pelo desemprego, ou outras razões de força maior, deveria estar protegido. Contudo, o endividamento por razões de mero consumismo e de má gestão dos recursos financeiros não merecem qualquer complacência.
Também não é alheio a este “fenómeno” a agressividade propagandística das empresas financiadoras – bancos e afins - prometendo facilidades nos empréstimos ao consumismo. Se a publicidade ao tabaco ou ao álcool está controlada não entendo como é permitido a publicidade enganosa ao facilitismo do crédito.
Vivemos numa sociedade consumista onde tudo vale para o consumo desenfreado. È o capitalismo selvagem no seu expoente máximo.
Queremos proteger os cidadãos numas coisas e deixamo-los às feras noutras?
Que mundo cão…
Manuel Abrantes



quinta-feira, janeiro 10, 2008


O SORRIDO DO CAMELO
NOVO AEROPORTO PARA A MARGEM-SUL



Não vou alongar-me sobre a decisão governamental. Só gostaria de deixar uma questão.
Se não fosse a CIP a levantar a hipótese do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete a Ota teria sido a única hipótese.
Então, tínhamos cometido um erro brutal.
Por este exemplo podemos ver a noção de responsabilidade com que se executam, se pensam e se decidem os grandes projectos das obras públicas nesta País.
MA

quarta-feira, janeiro 09, 2008

NEM O “MON AMI” VITOR CONSTÂNCIO JÁ CONSEGUE SALVAR O GOVERNO SOCIALISTA-SOCRATEANO



Nem o “amigo” socialista, Vítor Constâncio, responsável pela administração do Banco de Portugal, consegue esconder o descalabro da situação de Portugal.

O Boletim Económico do Bando de Portugal divulga que desde a subida de Sócrates ao poder, a economia portuguesa perdeu, em termos líquidos, 19 274 empregos.
O trabalho executado por dois investigadores do Gabinete de Estudos do banco liderado por Vítor Constâncio e de um responsável do Gabinete de Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Sócia teve por base de trabalho o universo da Base de Dados do Registo de Remunerações da Segurança Social.

Este estudo aponta que no período compreendido entre Março de 2001 e Março de 2007 as empresas criaram 3.704.081 novos empregos, destruindo, no mesmo período, 3.660.003 novos postos de trabalho.
Mas, se analisarmos o período da governação socialista verificamos que foram criados, desde Junho de 2005, 72 056 empregos e destruídos 91 330 postos de trabalho. Ou seja: foram perdidos 19.274 postos de trabalho.
Para quem prometeu, em campanha eleitoral, que se fosse eleito iria criar 150 mil novos postos de trabalho os números actuais só podem provar duas coisas: - Ou é um grande mentiroso ou um incompetente em gestão governativa.
Para mim é incompetente e um grande mentiroso!
Manuel Abrantes



terça-feira, janeiro 08, 2008


AS CÓCEGAS DO PASSADO


Aconselho todos os prezados leitores a visitarem o site “Portugal Club” – na coluna ao lado – pelo grande número de opiniões sobre o período do Estado Novo.
Até porque, uma grande parte dos seus comentadores, são portugueses radicados no estrangeiro e que viveram esse período.
Uma peça publicada por M. Lima sobre a discussão “Colónia Penal do Tarrafal” chamou-me a atenção pelo seu conteúdo. Por isso, não podia deixar de a transcrever aqui no “Estado Novo”.

Colónia de Férias do Tarrafal
E as clínicas do ABORTO



Depois de um período de ausência, constato que tem sido discutido o tema: Colónia Penal do Tarrafal, o qual, à semelhança de muitos outros, no geral, tem como objectivo atacar o Estado Novo, e em particular, o Dr. Oliveira Salazar, pois a sua análise é feita de forma paixonada e hermética, como se aquilo tivesse sido o pior que já foi feito em Portugal.
Apraz-me perguntar aos que têm pena dos referidos presos (e não nego que as condições fossem duras), o que sabem sobre a dureza das prisões noutros Países, nomeadamente nas democracias e nessa época. O que sabem sobre a matança de cerca de 2 milhões de Alemães, feita pelos democratas Aliados em 1944-46, à medida que estes se iam rendendo e eram presos em grande campos de concentração? -Leiam a obra escrita por um jornalista Canadiano, intitulado "Outras perdas" da designação que cinicamente os Americanos davam àqueles presos que morriam nos referidos campos.

-Quanto à realidade ali vivida, vale a pena ler o livro intitulado "Tarrafal" editado em 1978 pelas editorial CAMINHO (era comunista), onde se pode ler que funcionou durante 19 anos (de 1936 a 1954) tendo morrido 32 presos (contém uma lista dos falecidos), pelo que a média é inferior a dois por ano, média muito inferior ao de muitas prisões nas democracias! -Sei que posteriormente foi reaberto por poucos anos, para receber os "democratas defensores" dos Povos Africanos. -E depois da tal data "libertadora", o que fizeram esses "democratas? -Além dos excelentes testemunhos dados na primeira pessoa por muitos dos leitores deste sítio (e que valia a pena compilar, para mostrar o terror que aquilo foi), todos nós sabemos que, em uníssono, provocaram o maior flagelo/mortandade de que há memória, transformando regiões de África, caso de Angola e Moçambique, que eram potências económicas (graças ao E. Novo)antes da data libertadora, em zonas de catástrofe humanitária, como é do conhecimento geral! -Afinal quem tinha razão quanto às "irresponsáveis independências" que foram feitas em África?

-Julgo que perante os factos (e estes é que contam) entretanto decorridos, a capacidade visionária do Dr. Oliveira Salazar acertou em cheio, e nesse sentido, vale a pena ler o relatório sobre África da "The World Factbook 2007" ou o "UNDP- Human Development Report 2006", para ficarmos a passo do enorme feito das democracias, as tais que defendem os dirweitos humanos, etec.... Da análise desse relatório, algo salta logo à vista: dos cerca de 180 países que há no planeta, a maioria dos Países Africanos ocupa os últimos lugares (acima do 125.º) sobre o Índice de Desenvolvimento Humano, excepção da Tunísia (87º), SeYchelles (47º), Maurícias (63º), Líbia (64º) e Argélia (103º).

Cada um é livre de gostar do que quiser, contudo, é bom que saibamos ser fiéis à VERDADE e à JUSTIÇA, não agindo de forma intolerante e falaciosa, só porque fulano, sicrano ou o tipo de regime não são do nosso gosto, pois, invariavelmente, os democratas caiem numa situação de profunda incoerência, dado que as democracias estão cheias de carnificinas e de prisões muitos piores do que a do Tarrafal. -Quanto a outras acusações que são feitas ao regime, considero que têm uma enorma falta de visão global, nomeadamente sobre o contexto da época, pois acusar o regime (entre outras coisas) do analfabetismo dos portugueses, é ignorar a enorme OBRA que foi feita em nome da alfabetrização, aquém e além-mar. -Nunca antes ou depois do regime, alguma seja comparável, em grandeza ou qualidade, pois a actual, está transformando analfabetos em licenciados, nomeadamente com a benção de "Bolonha"; quanto à época anterior, nem vale a pena falar!

Já agora, valeria a pena saber, se os democratas que tanto criticam o Estado Novo (que é passado) e tão preocupados estão com a Humanidade e os Direitos Humanos, o que fazem contra os maiores Campos de Concentração e de morte de que há memória: as clínicas do ABORTO! -Os tarrafais, em comparação com as democráticas Clínicas, eram colónias de férias. E não vale a pena, como hipocritamente já tenho constatado, que a matança dos inocentes é uma questão de consciência de cada um; pois de facto, NÃO O É! -O resto é pura conversa, estéril!
Cordialmente, sou
M. Lima

segunda-feira, janeiro 07, 2008


CDS/PP QUER SECRETÁRIO DE ESTADO DO COMÉRCIO E INSPECTOR-GERAL DA ASAE A DAREM EXPLICAÇÕES NO PARLAMENTO


O líder parlamentar do CDS/PP, Diogo Feio, em conferência de imprensa, argumentou ainda que a actuação da ASAE tem vindo a ser debatida na praça pública, pelo que está na altura da matéria ser discutida no Parlamento.

“É preciso determinar se temos ou não em Portugal uma Polícia do gosto”, frisou o deputado, dando como exemplos para esta eventual actuação as acções de fiscalização e “talvez um excesso de regulamentação”, desde “as colheres de pau às bolas de Berlim”

Perante isto os democratas-cristãos querem ouvir o inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o secretário de Estado e do Comércio, Fernando Serrasqueiro, no Parlamento, de forma a apurar eventuais abusos daquela força.
O deputado centrista defendeu ainda a necessidade de ser discutida a “possibilidade de abusos” por parte da ASAE que possam colidir com “direitos individuais dos cidadãos”.



O excesso de mediatismo da ASAE é nisto que dá. Quem gosta de se exibir na praça pública está sempre sujeito aos devaneios opinativos.
Mas, é mais do que necessário que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica explique, nos locais próprios, a sua forma de actuar e – pelo que é dado a perceber – a forma fundamentalista de interpretação da sua actividade. Até porque, o seu inspector-geral, tem distribuído opiniões bastante polémicas em órgãos de informação.
A preconização do encerramento de mais de metade dos estabelecimentos hoteleiros no País é uma opinião muito arriscada para quem ocupa um lugar público de tal responsabilidade. Que tenha opinião própria é salutar e tem esse direito. Mas, não o deve fazer enquanto ocupar o lugar que ocupa.
Não vou aqui escrever sobre cigarradas, que no caso foi charutada. E não o vou fazer por um único motivo: - Aqui no “Estado Novo” escreve-se sobre acções políticas e não sobre a vida privada de ninguém.
È que de santos e santinhos está o inferno cheio.
Manuel Abrantes



CDS/PP QUER SECRETÁRIO DE ESTADO DO COMÉRCIO E INSPECTOR-GERAL DA ASAE A DAREM EXPLICAÇÕES NO PARLAMENTO


O líder parlamentar do CDS/PP, Diogo Feio, em conferência de imprensa, argumentou ainda que a actuação da ASAE tem vindo a ser debatida na praça pública, pelo que está na altura da matéria ser discutida no Parlamento.

“É preciso determinar se temos ou não em Portugal uma Polícia do gosto”, frisou o deputado, dando como exemplos para esta eventual actuação as acções de fiscalização e “talvez um excesso de regulamentação”, desde “as colheres de pau às bolas de Berlim”

Perante isto os democratas-cristãos querem ouvir o inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e o secretário de Estado e do Comércio, Fernando Serrasqueiro, no Parlamento, de forma a apurar eventuais abusos daquela força.
O deputado centrista defendeu ainda a necessidade de ser discutida a “possibilidade de abusos” por parte da ASAE que possam colidir com “direitos individuais dos cidadãos”.



O excesso de mediatismo da ASAE é nisto que dá. Quem gosta de se exibir na praça pública está sempre sujeito aos devaneios opinativos.
Mas, é mais do que necessário que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica explique, nos locais próprios, a sua forma de actuar e – pelo que é dado a perceber – a forma fundamentalista de interpretação da sua actividade. Até porque, o seu inspector-geral, tem distribuído opiniões bastante polémicas em órgãos de informação.
A preconização do encerramento de mais de metade dos estabelecimentos hoteleiros no País é uma opinião muito arriscada para quem ocupa um lugar público de tal responsabilidade. Que tenha opinião própria é salutar e tem esse direito. Mas, não o deve fazer enquanto ocupar o lugar que ocupa.
Não vou aqui escrever sobre cigarradas, que no caso foi charutada. E não o vou fazer por um único motivo: - Aqui no “Estado Novo” escreve-se sobre acções políticas e não sobre a vida privada de ninguém.
È que de santos e santinhos está o inferno cheio.
Manuel Abrantes


sábado, janeiro 05, 2008


DR JOSÉ MANUEL CASTRO
COLOCA ACÇÃO DE IMPUGNAÇÃO CONTRA A ASAE EM TRIBUNAL


Na próxima segunda-feira o conhecido advogado Dr. José Castro vai interpor uma acção de impugnação contra a ASAE no tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.

Segundo o publica o semanário “Sol”, para fazer cessar os actos ilegais da ASAE denominados "boas práticas", como por exemplo a "recomendação"(imposição) de não uso de colheres de pau ou a bizantinice de facas com cabos de diversas cores, o Dr. José Castro intentou acção popular contra aquele organismo.

José Castro representa um grupo de “pessoas ligadas à restauração que estão descontentes” considerando que “ a actividade da ASAE já está a extravasar a legalidade”.

Para o advogado “já era tempo de se fazer frente aos abusos da ASAE. Já é mais que tempo de os Tribunais intervirem” acrescentando que “a ASAE é um simples órgão administrativo, e apesar de ameaçadoramente gostar de lembrar que é um órgão de policia, está, como qualquer organização, sujeita aos Tribunais e á justiça”.

O advogado acusa ainda a ASAE de “querer extravasar a sua área administrativa para a área política, onde pretende impor ditames”. Segundo confidenciou ao “Sol”, José Castro critica as afirmações proferidas em entrevista a este semanário dada pelo seu inspector-geral, António Nunes, onde diz: “ a sociedade caminha nesta direcção. Se não quisermos viver nela podemos sempre imigrar”, acrescentando que “para se cumprir hoje os regulamentos comunitários como estão na lei, 50 % dos restaurantes e cafés não estão aptos”.

Para o advogado, José Castro, isto representa “uma ofensiva à cultura gastronómica e às tradições populares”

Claro que, pessoalmente, não vou deixar de comentar aqui neste espaço ( é para isso que ele serve) a acção do Dr. José Castro.
È uma atitude de coragem da parte deste advogado e conhecido militante nacionalista.
Ninguém está acima da Lei. E, todo e qualquer cidadão, tem o direito – e o dever !!! – de utilizar a Justiça quando entender que as regras não estão a ser cumpridas.
È aqui – na minha opinião – que reside a coragem deste advogado.
No meu dia a dia – como o do amigo leitor/a – ouvimos, constantemente, comentários desabonatórios sobre algumas acções da ASAE. Diga-se de passagem que também ouço comentários abonatórios.
E, quando alguém entenda que outro alguém ( seja pessoa singular, colectiva ou instituições) está a ultrapassar as marcas do aceitável, deve recorrer à Justiça para repor, se entender haver razões, a legalidade e o aceitável.
Fica nas mãos da Justiça a reposição da verdade.
Mas, para isso, é necessário que exista alguém com “eles” no sítio e que avance e dê a cara. Foi esta a atitude do José Manuel Castro.
Pessoalmente, tenho orgulho de o ter como amigo e camarada Nacionalista.
Uma acção como esta nada tem a ver com filosofias politicas, partidos ou movimentos. Apenas tem a ver com a coragem de um homem que, isoladamente, vai ter a coragem de, na próxima segunda-feira, entregar nas mãos da Justiça Portuguesa o seu protesto e as suas acusações.
Pode, até, isto não dar em nada - como se diz na gíria. Mas houve já alguém que não se limitou às criticazinhas de cafés ou, até, comentários e criticas em blogues onde, em muitos casos, os seus autores não dão a cara.
José Manuel Castro é um rosto e teve a coragem de apresentar à Justiça as suas razões.
Agora a Justiça Portuguesa que faça o que tem a fazer e o que entender.
Manuel Abrantes


sexta-feira, janeiro 04, 2008


MENEZES JÁ VAI Á RUA PARA FAZER PROMESSAS
Lembram-se do Sócrates na oposição ?

O líder social-democrata, Luís Filipe Menezes, respondeu ao encerramento das urgências com uma visita de apoio aos manifestantes que protestavam, na Anadia, contra o encerramento do serviço de urgência.

Para o líder do PSD, «não se podem impor unilateralmente medidas como o fecho das urgências, antes da população sentir o efeito de mudanças que façam com que tenham acesso fácil ao seu médico e façam cair o número de pessoas que se socorrem das urgências».

Relembrando aos jornalistas a sua condição de médico, Luis Filipe Menezes, disse que «o que está a ser desenvolvido não faz sentido. Sabemos que muitas destas urgências servem para resolver fundamentalmente problemas de cuidados de saúde primários. No caso de Anadia, registam-se cerca de 40 mil atendimentos por ano, o que significa que são situações que os cuidados de saúde primários não resolvem».

Para concluir o líder do PSD afirmou que «o PSD tem abertura para discutir estes assuntos. Não venho aqui incendiar os ânimos, nem dizer às pessoas que façam barulho. O que venho dizer é que o PSD faria diferente».

Desde que foi eleito líder do PSD, este foi o seu primeiro acto de solidariedade nas ruas com as populações em protesto.
Não podemos esquecer que, na sua campanha para a presidência do PSD, salientou que em cada luta das populações ele estaria presente.
Pelo menos, desta vez, cumpriu.
Agora, só espero que, se um dia for governo, cumpra o que disse na Anadia: - “O PSD faria diferente”.
Seria também óptimo que clarificasse qual é, na realidade, o programa do PSD – caso venha a ser governo – para o sector da Saúde.
È que de promessas não cumpridas e de mentirosos já cá temos o Sócrates.
Manuel Abrantes

quinta-feira, janeiro 03, 2008


MAIS UM NOVO ANO
E MAIS UM DISCURSO PRESIDENCIAL



A mensagem de Ano Novo do Presidente da República deu, mais uma vez, para analistas políticos, e afins, tecerem os seus comentários.
Não vou comentar se o Presidente “criticou” ou não o governo do senhor Sócrates.
Nem sequer vou perder muito tempo em analisar o que o Presidente disse ou não disse.

A Principal ilação que retiro desta – como das outras – intervenções presidenciais é a seguinte : - O Presidente está muito preocupado (está sempre) e vigilante mas não vai entrar na esfera do governo. Ou seja: vai continuar a dizer umas palavrinhas mas não vai fazer nada na prática.
Então, temos Presidente -este, como todos os outros - apenas para rectificar, ou não, uma ou outra lei mais polémica e mandar uns recadinhos de atenção ao governo. Isto, e no caso das rectificações das leis, nem sequer dá a sua opinião pessoal. Manda-as para o Tribunal Constitucional e ele que decida.
O Presidente da República no nosso país é como se fosse um árbitro num jogo de futebol ( com todos o respeito por ambos). Faz parte do jogo mas não joga.

Começa a ser altura de se discutir as competências de um Presidente da República em Portugal. Começa a ser altura de se discutir a forma de organização politica.
Para ter um presidente meramente com as competências que tem actualmente eu, que até sou republicano convicto, começo a pensar que nos fica mais barato – não são necessários gastos com eleições, por exemplo – ter o D. Duarte Nuno, ou lá quem for, a dedicar-se a inaugurações, a discursos de ocasião, à promoção de iniciativas sociais e a ter a tal “primeira-dama” a brincar às caridadezinhas.
Já só faltam os chás dançantes.
Bem! No caso de uma monarquia, uma coisa não tenho a menor dúvida. A Nação Portuguesa como Nação, e o respeito pela sua história, estavam mais defendidos. Isto, eu não tenho a menor dúvida

Vamos ter de repensar o sistema político em Portugal.
Pessoalmente, nem quero um D. Duarte Nuno, ou seja lá quem for, mas, também não quero um presidente que é uma espécie de jarrinha de flores política e sitio para apresentar queixinhas.
Pelo respeito que nutro pelo cargo quero um presidente que presida, que actue, que seja, na prática, o baluarte das instituições política. Que não seja, apenas, aquele que defende as instituições políticas, mas aquele que as faça actuar.
Quero ter um Chefe de Estado na verdadeira essência da palavra e do cargo.
Manuel Abrantes


terça-feira, janeiro 01, 2008


MANUEL MARIA MÚRIAS
….É SEMPRE BOM RECORDAR

Nada melhor para começar este ano de 2008 do que recordar o jornalista Manuel Maria Múrias e a sua luta pela verdadeira liberdade.

Relatos do 28 de Setembro de 1974
14 meses e 5 dias na prisãoTestemunho do jornalista Manuel Maria Múrias, mais tarde, director do jornal "A Rua", preso em 28 de Setembro de 1974 e libertado a 3 de Dezembro de 1975.
Passou pelas prisões de Caxias, Peniche e Penitenciária

O TESTEMUNHO DE MÚRIAS
Eu dormia a bom levar quando, pelas 5,30 horas da manhã de 28 de Setembro de 1974, os intelectuais do COPCON me foram buscar a minha casa em S. João do Estoril. Naquela triste e leda madrugada, empunhando uma lindíssimo mandado de captura e as respectivas espingardas-metralhadoras, um grupinho de militares comboiado pelo polícia de giro, fez-me levantar da cama e, de sopetão, meteu-me num carro paisano e conduziu-me para o então RAL
1. Os meus captores simpaticíssimos (um deles está agora em Custóias...) anunciaram a minha estarrecida que a operação da qual participavam se desenvolvia à escala nacional e que naquela noite, por todo o país, iriam malhar com os ossos na cadeia, muitos bispos e padres, muitos militares e civis, suspeitos, como eu, de pertencerem a uma associação de malfeitores.
Metido no carro particular, sabendo que vários civis (militantes do P.C. mascarados de militares) tinham andado pelas redondezas a prender presumíveis adversários políticos, passou-me pela cabeça que me iam dar um tiro. Rezei o Acto de Contrição, e aconcheguei-me tranquilo a passar o terço pelos dedos. O automóvel seguiu Marginal fora, caminho de Lisboa; foi várias vezes interceptado por eficientes barreirinhas populares e rapidamente chegou a Sacavém.
O dia despontava divertidíssimo. No ex-RAL 1 enfiaram-me numa enfermaria superlotada; antes, porém, alguém bem avisado foi dizendo, ao meu passar, de forma acintosamente audível, que eu era para limpar... Percebi na altura que não morreria nem de medo — nem de parto. O limpador em potência (soube-o depois pelas fotos dos jornais) era o Major eleito Diniz de Almeida...
Do RAL 1, onde permaneci umas horas a dormitar, embalaram-me numa ramona para o Reduto Norte do Forte de Caxias onde, logo no átrio, fui soezmente insultado por um anãozinho disfarçado de oficial de marinha. Durante sete longos meses habitei a prisão sinistra. Pelo 11 de Março, para acomodar novos hóspedes, passaram-me para Peniche, a ver o Mar. De Peniche, após poucas semanas enlouquecedoras, devolveram-me a Caxias, para um isolamento terapêutico. De Caxias, para atender à explosão demográfica da população prisional portuguesa, pespegaram comigo na Penitenciária onde vegetei porcamente de 25 de Maio a 3 de Dezembro de 1975. Neste dia, passado ao foro civil pelo qual ansiava, fui ouvido na Polícia Judiciária por um juiz formalíssimo, legalíssimo e educadíssimo e posto em liberdade pelas onze e meia da noite. Tinham passado 14 meses e cinco dias. Louvado seja Deus!
Enquanto estive preso perdi (concerteza por descuido meu...) amigos de trinta anos; achei muitos outros das melhores pessoas possíveis e encontrar: — pides, legionários, comunistas, marxistas-leninistas, socialistas, anarquistas, luaristas, monárquicos, republicanos, pobretanas, oficiais do exército e da armada — criminosos de delito comum. Diverti-me e sofri horrores. Joguei desabaladamente o bridge — a vingança dos estúpidos. Aprendi a cozinhar. Fui interrogado acerca de dez vezes. Deram-me encontrões. Apontaram-me pistolas. Uns garotelhos quaisquer ameaçaram-me com horrendas sevícias. Ri-me por dentro e por fora com tudo o que se passava: — se a liberdade e a democracia eram aquilo, eram exactamente o que eu imaginara em muitos anos de compassada meditação política.
Admirei gulosamente durante meses alguns raros espécimes de antropóides. Vi morrer homens por incúria, indiferença e covardia. Observei como pouco a pouco, uma pessoa se degrada psiquicamente até parecer um bicho. Eu próprio, a certa altura, possesso de neurose prisional, me rebolei pelo chão a gritar enraivecido, tomado de desespero. Tive inefáveis momentos de paz e tranquilidade. Em escuras noites de insónia e terror, voltei-me todo para mim e encontrei-me com Deus, vislumbrando ao longe reservas imensas de Fé, Esperança e Caridade.
Fiz greves de fome. Encarei a morte nos olhos espavoridos de quem me julgou a morrer. Amei apaixonadamente a vida, a minha mulher e os meus filhos. Li pachorrentamente Marcel Proust, inconmensurável teia de intrigas, merdices e gulodices que a pederastia institucionalizada consagrou universalmente. Readmirei Proudhon, Bakunine, Kropotkine e Max Stirner. Respassei o olho por cima de Marx. Chorei impotente a destruição da Pátria. Desprezei. Revoltei-me. Envergonhei-me desta minha biológica condição de português rectangularizado. Em pesadelos torvos o cortejo dos mortos deixados assassinar em África e na Oceânia, angolano e moçambicanos, presos comigo pelo único crime de quererem ser portugueses. Orgulhei-me deles. Os meus carcereiros deram-me tempo para reformular com pausa muitas ideias políticas.
Não perdi um dia. Mais — ganhei todos os que vivi. Não me acho derrotado: — vou continuar.(Publicado na Revista Resistência)


Umas breves notas:
Porque me lembrei de iniciar o ano com uma peça com este teor?
Não conheci pessoalmente o jornalista Manuel Maria Múrias nem sequer fui um leitor assíduo das suas peças jornalísticas. Mas, hoje, passados mais de 30 anos é importante recordar a luta deste, e de outros, portugueses de rija têmpera.
Que não nos sirva, apenas, para memória futura. Que nos sirva de memória para o presente. Porque muitos dos responsáveis por estas atrocidades são os mesmos que nos governam e em que votamos.
"Em quem votamos" , é uma força de expressão. Pelo menos no meu caso pessoal
Manuel Abrantes

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