quarta-feira, outubro 31, 2007


ESCUTAS TELEFÓNICAS
UMA POLÉMICA QUE PODE ESCONDER ALGO MAIS…



O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais e repetiu perante os deputados o que tinha afirmado na entrevista ao semanário Sol, em que considerou que existe um excesso de escutas telefónicas em Portugal.
O Procurador chamou a atenção para a facilidade que qualquer cidadão possuiu em adquirir aparelhos para esse fim. Eles estão à venda na Internet, em lojas de material informático e, muito especialmente, em lojas de bugigangas lá para os lados do Martim Moniz, em Lisboa. Isto, já para não falar dos anúncios públicos de detectives privados a oferecer esse tipo de serviços.
Se o que o Procurador quis denunciar na entrevista ao semanário Sol foi apenas isto, então a montanha pariu um rato.
Tanto alarido por uma coisa que é do domínio público, sobre as quais as entidades fiscalizadoras já, há muito, que deveriam ter actuado.

Mas, no meio de toda esta polémica, está subentendido o recado para os organismos policiais. Isto foi uma verdade imensurável. Até porque o Procurador considerou, nas suas explicações à Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias que, se o poder politico decidir atribuir aos serviços de informações a possibilidade de realizarem escutas, será essencial que haja um controlo das mesmas por um juiz.
Pinto Monteiro respondia, assim, ao deputado do CDS-PP Nuno Melo, que mencionou a existência de novo diploma para alterar a Lei de Segurança Interna que, segundo o parlamentar, passaria o controlo das escutas "da Polícia Judiciária para o Governo, por intermédio do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna designado pelo primeiro-ministro.

Pinto Monteiro reafirmou que entende que as escutas telefónicas como meio de prova são exageradas. O Procurador, em relação às suas afirmações ao Sol, esclareceu . "-Disse que eram exageradas no sentido de que têm sido exageradas. É um alerta para o Ministério Público", declarou, defendendo que as escutas no âmbito da investigação criminal devem ser feitas "com peso e medida", pois são um "meio excepcional de prova”.
Pinto Monteiro salientou também o facto de não ter poderes suficientes para controlar e fiscalizar esta actividade. Por isso, alertou para a necessidade de instaurar «poderes de inspecção das polícias (PJ, PSP e GNR) com o Procurador a saber em tempo real quais as escutas feitas, quando, como e porquê”.

LEMBREM-SE DISTO:

Não tenho uma idade muito avançada mas já vivi em dois regimes: o Corporativo e o regime Democrático.
Sem pretender comparar o incomparável, devo lembrar um dos grandes erros iniciados ainda no período da gestão governativa do Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar.
Volta o repetir: - Não comparar o incomparável.
Salazar criou a PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa da Estado) para fazer face aos momentos de grande agitação no país e no resto do mundo.
Deu-lhes todo o poder de vigilância que depressa se tornou num poder de perseguição abusiva. Depressa confundiram vigilância com perseguição.
Quando reparou que a “besta” estava incontrolável mudou-lhe o nome para PIDE (Policia Internacional de Defesa do Estado). A mudança não surtiu efeito de espécie alguma e os abusos nas perseguições não só aumentaram como se incentivaram.
Esta polícia política já não defendia o Estado mas controlava-o, assim como toda a sociedade em geral. Tornou-se um estado dentro do Estado. Um poder absoluto sem regras nem controlo.
Marcelo de Caetano, que nunca teve o poder politico de Salazar, tentou a mesma estratégia mudando-lhe o nome para DGS (Direcção Geral de Segurança). Mas, nada mudou a não ser algum abrandamento nas perseguições políticas. Até porque, com a guerra nas Províncias Ultramarinas, dedicaram-se mais ao apoio militar.

Esta policia política foi a causadora da queda do regime que dizia defender. Isto é uma verdade!!!
As acções de perseguição desenfreada, não só deram mais força às hostes comunistas como viraram as populações contra o regime. E o regime Corporativo caiu de podre porque foi minado por uma polícia que se auto-consagrou de “senhora absoluta” na defesa do indefensável. Aliás, apenas se defendeu a ela própria e não os interesses do regime. Nem do regime nem da segurança do Povo.
Não pretendo comparar as polícias de hoje com as polícias de ontem. Até porque não se podem comparar os regimes, nem os tempos.
Pensem nisto.
Manuel Abrantes

terça-feira, outubro 30, 2007


FLEXIGURANÇA
UMA ASPIRINA PARA TOMAR À FORÇA

Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, falando no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2008, lamentou-se pelo facto das posições na Assembleia da República e no seio da Concertação Social sobre a flexigurança terem vindo a “radicalizarem-se”.
Segundo o ministro, a “reacção foi de imediata rejeição" pelos partidos da oposição e pelos representantes dos trabalhadores na Concertação Social.
Para Vieira da Silva, em Portugal, um quinto dos trabalhadores no activo receiam perder o emprego nos próximos seis meses e, nos países onde existe a aplicação concreta da flexigurança, esse receio é muito menor.
O ministro considerou que "a posição mais estúpida é estar a ver quem é contra ou a favor da flexigurança" garantindo que o País precisa de "renovar o seu modelo social".

RENOVAR PARA MELHOR: SIM!!!
RENOVAR PARA PIOR: NÃO !!!

Vieira da Silva não deixa de ter alguma razão no que afirmou. Só que, se existe radicalismo por parte dos que têm dúvidas sobre a flexigurança, também não deixa de existir esse mesmo radicalismo por parte dos que a tentam impor como medida salvadora. Qual aspirina para todos os males.
Não nos podemos esquecer que, na flexigurança, as relações entre empregador e empregado passam a ser flexíveis, permitindo que cada um deles rescinda quando quiser e entender

Devo lembrar também que , Poul Rasmussen, que foi primeiro-ministro da Dinamarca entre 1993 e 2001 e que actualmente preside ao Partido Socialista Europeu e que foi o homem que pôs em prática o primeiro modelo de flexigurança, esteve em Portugal ainda este ano e deixou um recado : - “Os jovens actuais têm de se habituar à ideia de que vão ter 20 a 30 empregos diferentes”.
O líder político relembrou que “o trabalhador médio na Dinamarca muda de emprego 15 a 20 vezes”.

Poul Rasmussen pode ter tido muito sucesso, lá pela Dinamarca, com a flexigurança. Só que a realidade portuguesa, nos mercados de trabalho, nada têm a ver com a dos países nórdicos. Aqui, quem vai para o desemprego pode levar anos a encontrar outro e, na maioria dos casos, o que encontra é apenas aquilo que se intitula de “desenrasca”.

Portugal tem sido um aprendiz atento às novidades dos países europeus. Só que, quando tenta impor as experiências realizadas em países mais desenvolvidos, fá-lo como se fosse um modelo de pronto-a-vestir.

Para que a liberalização do emprego tenha sucesso é necessário que exista uma procura de mão-de-obra superior à oferta. O que não é o caso português.

Para muitos, a flexigurança é um meio de criar posto de trabalho. Ou seja, liberalizando os vínculos contratuais passa a existir um maior número de ofertas laborais.
Teoricamente isto seria uma hipótese. Mas, para isso, as empresas tinham de crescer nos mercados. E, para crescer nos mercados, só há um meio: conquistar novos mercados !
E, para conquistar novos mercados, só há um meio : introdução e penetração nos mercados internacionais!

As esmagadora maioria das empresas portuguesas está virada, meramente, para o mercado interno. Os mercados externos necessitam de um grande dinamismo empresarial. E, é isso, o que falta à esmagadora maioria dos nossos empresários.

Portugal tem patrões a mais e empresários a menos.

A flexigurança não passará de uma forma de despedimentos mais facilitada, trazendo apenas benefícios para os empregadores.
Não irá contribuir para o desenvolvimento das empresas e irá colocar mais uns milhares de trabalhadores no desemprego, com os encargos inerentes por parte do Estado.
À flexigurança não direi um não definitivo. Mas, no momento actual, só um louco poderia defender tal coisa.
Claro! Os patrões defendem. Não por encararem isso como uma forma para o desenvolvimento da suas empresas, mas como uma “aspirina” para a dor de cabeça dos contratos de trabalho.
Manuel Abrantes

segunda-feira, outubro 29, 2007


TRATADO REFORMADOR
SÓCRATES PREPARA-SE PARA, MAIS UMA VEZ, FALTAR ÀS PROMESSAS ELEITORAIS



José Sócrates prepara-se para faltar a mais uma das suas promessas eleitorais.
O primeiro-ministro disse que o novo Tratado da União Europeia terá a mesma legitimidade, quer seja ratificado pela Assembleia da República ou por referendo.

Sócrates em declarações à comunicação social, após o encontro das Novas Fronteiras, afirmou que “a ratificação pelo Parlamento é tão válida quanto a ratificação por referendo”.
Em campanha eleitoral, José Sócrates, deixou bem claro por diversas vezes, que o PS jamais aceitaria a ratificação de qualquer tratado europeu sem uma consulta popular.
Agora, abre caminho a mais uma das suas mentiras eleitoralistas.

Qualquer parlamento tem a sua legitimidade dentro do período para o qual foi eleito.
Contudo, não têm o direito nem legitimidade democrática, para impor directrizes que obrigam os povos, a determinados caminhos, sem conhecer a sua opinião.

Um tratado europeu não é uma lei que possa ser alterada ou modificada por legislaturas. Qualquer legislatura tem a legitimidade democrática para o período de tempo para que foi eleita. Não tem, é, o direito de impor a sua opinião no futuro dos povos.
Sócrates tem hoje uma maioria absoluta, mas não tem o direito de a impor como se, ela, fosse eterna. Não confundamos Democracia com poder absoluto. As maiorias vão e vêm. E, quando vêm….
Ninguém tem o direito de impor o futuro a um povo.
Em nome da Democracia, qualquer um pode falar. Não pode é impor as regras e os limites ao futuro desse mesmo povo.
Só o povo, em consulta popular, tem o direito de escolher o seu próprio destino.
Senão, isto já não é uma democracia participativa mas uma democracia imposta.
Aliás, é ao que estamos a assistir.

E não me venham com essa de que um referendo pode não ter a participação popular de mais de 50 por cento dos eleitores. Se seguirmos essa norma de ideias, e com o aumento sistemático da abstenção nos actos eleitorais, qualquer dia também não será necessário fazer qualquer tipo de eleições.
Com as ideias centralizadoras de que o parlamento pode impor-se às consultas populares, a democracia participativa não passa de um “chavão político” para utilizar como demagogia pseudo-democrata.
Empurra o povo para um mero figurante no teatro desta democracia do “quero posso e mando” é enxovalhar os princípios básicos da democracia participativa. Aliás, nem é democracia nenhuma. È a partidocracia na sua forma mais abrupta.
E depois não se queixem…
Manuel Abrantes

NOTA FINAL

Não podia acabar este meu “desabafo” sem deixar uma palavra de apreço pela posição assumida pelo social-democrata, João Bosco Mota Amaral que, em declarações ao “Diário de Notícias”, e contrariando as posições já assumidas pela sua direcção partidária, levantou a ideia que “deve realizar-se um referendo popular ao Tratado Reformador nos 27 Estados da União Europeia., no mesmo dia" acrescentando que, isso, “iria permitir que a campanha num país ou o seu resultado não viesse a influenciar outro Estado membro”.
MA

sexta-feira, outubro 26, 2007

CONFEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA PORTUGUESA
APONTA PARA UMA REDUÇÃO DE 3 MIL MILHÕES DE EUROS OS MEGA PROJECTOS DO NOVO AEROPORTO, TGV E NOVA TRAVESSIA DO TEJO



Está concluído o relatório da Confederação da Indústria Portuguesa, sobre as três grandes obras públicas que se avizinham. O relatório aponta caminhos para uma redução orçamental em mais de 3 mil milhões de euros.

A instalação do futuro aeroporto em Alcochete, a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e o redesenho da rede de alta velocidade, são os mega projectos alternativos apontados pelo estudo

Segundo revela o “Diário de Notícias”, a conclusão do estudo desenvolvido pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) já foi entregue ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.Segundo o relatório, e como transcreve o “DN”, a instalação do futuro aeroporto em Alcochete, a construção de uma nova ponte a ligar o Beato à península do Montijo e o redesenho da rede de alta velocidade, com um troço comum nas ligações ao Porto, Madrid e Algarve, permitirão poupar mais de três mil milhões de euros ao País, face aos custos da localização do aeroporto na Ota, da construção de uma ponte Chelas-Barreiro e da rede de alta velocidade aprovada pelo Governo.

Só a construção do aeroporto em Alcochete representa uma poupança calculada em mil milhões de euros. A Ota, nos cálculos do Governo, representa um investimento de 3,1 mil milhões de euros, enquanto em Alcochete não ultrapassará dois mil milhões de euros.
Segundo revela o matutino, no caso do novo aeroporto, a localização do futuro aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a pouco mais de 30km de Lisboa, numa zona plana, ocupada sobretudo por eucaliptos, e pertencente ao Estado, "oferece uma economia superior a mil milhões de euros por não requerer expropriações e poder beneficiar de maior grau de financiamento da União Europeia, por se localizar no distrito de Santarém".

O caso do novo aeroporto, que muito polémica levantou e continua a levantar, está bem claro. Vai ser muito difícil aos defensores da Ota arranjarem argumentos para contrapor este estudo da CIP.
Contudo, os interesses dos lobbies instalados à volta do projecto Ota, têm força e poder. Os interesses imobiliários e a especulação têm muita força. São milhões e milhões que estão em risco de se perder. Milhões – claro – para os bolsos da especulação e dos interesses instalados.

No campo de tiro de Alcochete os terrenos são do Estado e, aí, a especulação pode ser travada. Já não há expropriações e, isto, sem esquecer que um dos pontos negativos da Ota reside no facto de ficar esgotado ao fim de 40 anos, enquanto o campo de tiro de Alcochete ocupa uma área da ordem dos oito mil hectares, que não serão totalmente ocupados pela infra-estrutura.
O espaço existente permite dimensionar o aeroporto, prevendo futuras expansões.
Perante estes factos vamos esperar pelas reacções do Governo.
Mas que vai ter uma “batata quente” nas mãos. Lá isso vai…
MA

quinta-feira, outubro 25, 2007


MAIS DE OITO MILHÕES DE EUROS PARA PAGAR REFORMAS AOS POLÍTICOS.
E SÓ NECESSITAM DE TRABALHAR 12 ANITOS
.

O Orçamento do Estado para 2008 prevê que as subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos irá ultrapassar os oito milhões de euros.

Com um número de beneficiários estimado na ordem de 383 pessoas, a verba orçamentada para pagar pensões para toda a vida no próximo ano – como prevê a proposta do Orçamento do Estado - representa um aumento de 5,4 por cento em relação aos 7,6 milhões orçamentados para 2007.

Este aumento, de uma subvenção vitalícia para os que ocuparem cargos de nomeação politica, é uma regalia consagrada na Lei n.º 4/85 até Outubro de 2005, quando este diploma foi revogado pela Lei n.º 52-A/2005. È uma consequência da actualização do valor das pensões e, provavelmente, do acréscimo do número de beneficiários.

Até ao final desta legislatura o universo de potenciais beneficiários da subvenção vitalícia deverá continuar a aumentar, dado que muitos deputados atingem, até 2009, os 12 anos de exercício exigidos pela lei para a obtenção daquela pensão. Em 2005, trinta e dois deputados, entre sete a onze anos de exercício de funções, reuniam condições para poder solicitar a atribuição da subvenção vitalícia.

Ainda há bem pouco tempo tivemos conhecimento que um quinto dos portugueses vive no limiar da pobreza e constatamos, quase diariamente, casos de professores com doenças cancerígenas obrigados a trabalharem por verem as suas pretensões de reforma por invalidez irem pelo cano abaixo.
Qualquer cidadão só obtém a reforma aos 65 anos e, para a atingir antes dessa idade, tem de possuir, pelo menos, quarenta anos de descontos.
Eu escrevi qualquer cidadão. Porque a classe politica apenas necessita de ocupar um cargo político durante 12 anos para ter uma reforma vitalícia.
Um jovem com 18 anos, que consiga ser eleito deputado – por exemplo – e que por lá se mantenha durante três legislaturas, aos 30 anitos pode ir para casa sossegado porque já tem para o resto da vida.
O melhor é acabar os comentários por aqui senão ainda escrevo uma grande asneira, imprópria para gente educada.
Mas que isto revolta e faz perder a paciência, lá isso faz! E que apetece escrever um “palavrão”, bem….
È melhor terminar por aqui, senão não resisto
Manuel Abrantes

quarta-feira, outubro 24, 2007


UM TRATADO EUROPEU QUE NÃO RESPEITA A OPINIÃO DOS POVOS

José Sócrates afirmou em Estrasburgo que o novo Tratado europeu, acordado na semana passada em Lisboa, "resolve a crise do passado e coloca a Europa com os olhos no futuro”.
Sócrates, presidente em exercício da União Europeia, sustenta que o documento final, que irá ser assinado a 13 de Dezembro, é "um bom Tratado", que representa "avanços significativos" e permite à Europa "ter as condições institucionais de maior eficácia para desempenhar o seu papel". Sócrates não se coibiu em declarar que, o Tratado, "reforça o papel de supervisão dos parlamentos nacionais".O primeiro-ministro português reiterou que a Europa saiu de Lisboa "mais forte, para enfrentar as questões globais, para assumir o seu papel no mundo, e porque deu um sinal de confiança à economia e cidadãos europeus".

Em termos de conversa política o senhor Sócrates é um às.
Onde terá ido buscar o “sinal de confiança à economia e cidadãos europeus” ?
Não foi de certeza aos 200 mil manifestantes que protestaram em Lisboa. E não me venham dizer que eram todos comunistas. A CGTP só conseguiu a maior mobilização de portugueses nos últimos vinte anos pelo facto da crise instituída pelo governo e de um Não às políticas europeias.
Também não sei onde se baseou para afirmar que o Tratado permite à Europa "ter as condições institucionais de maior eficácia para desempenhar o seu papel".
Como pode a União Europeia ter condições institucionais se este Tratado foi feito nas costas do cidadão e prepara-se para ser rectificado sem consulta e debate popular ?

Contudo – acredito – que, neste Tratado, ainda estamos na fase dos abraços e dos beijinhos entre os seus promotores. È um Sócrates maravilhado consigo próprio, onde o seu já alto ego está preste a arrebentar pelas costuras. Está tão inchado, que rebentará com enorme estrondo, assim como este Tratado rebentará quando os povos se aperceberem que foram apunhalados pelas costas.

Portugal – a classe politica dominante – prepara-se para a sua rectificação por via parlamentar. O PSD de Menezes já deu o sim e o PS está abraços com a promessa eleitoral de exigir referendo a qualquer tipo de tratado europeu.
Mas, como também prometeu baixar impostos, criar emprego, etc, etc, mais mentira menos mentira já não faz diferença alguma.

Agora, noutros países, a coisa é capaz de não correr bem assim. O caso de Inglaterra, os países nórdicos e até a França do sr Nicolas Sarkozy não vão deixar de ter uma palavra popular sobre este assunto. Penso que, no caso da França, o sr Sarkozy -apaixonado por este tratado - vai ter uma grande dor de cabeça.
Este trado vai ser uma enorme dor de cabeça para muitos políticos e para os povos.
Aqui, em Portugal, como o Povo está viver uma enorme dor de estômago pela fome e má nutrição, é natural que a dor de cabeça provocada pelo Tratado passe para segundo plano. Isto, com a alegria dos políticos, senhores e donos deste sistema.
Manuel Abrantes

terça-feira, outubro 23, 2007


NOS FORÚNS TAMBÉM SE ESCREVEM COISAS ASSIM:


Nas minhas andanças pela blogoesfera, muito especialmente nos fóruns, encontro muito disparate mas também – é uma verdade – textos de grande qualidade e de enorme sentido de oportunidade.
Isto vem na sequência da última manifestação promovida pelo PNR em prol da libertação de alguns dos seus membros que se encontram a braços com a Justiça.
Nada me move, ou moveu, contra a manifestação. O PNR, como qualquer organização, tem todo o direito de manifestar a sua indignação.

No Fórum Pátria, no tema: “PNR promove passeio pela liberdade”, o comentador que assina com o nome de “Rambo” escreveu isto:



Este passeio não mobilizou praticamente ninguém, nem sequer a maior parte daqueles que habitualmente comparecem nas manifestações do PNR.
A SIC referiu que não seriam mais de 100 manifestantes, incluindo os vários membros das delegações estrangeiras, e provavelmente a SIC até já estava a ser generosa com os números. Ao que me disseram nem a 100 deviam chegar. Será que os arguidos deste processo dos skins contam com menos simpatia entre os apoiantes do PNR, do que se poderia inicialmente pensar? Qual a explicação para tão fraca adesão dos simpatizantes do PNR ao protesto?
Vi a reportagem da SIC sobre a manifestação....que até foi extensa, tendo em conta a reduzidíssima dimensão desta. No fundo a manifestação foi mostrada com o mesmo espírito com que seria mostrada uma parada gay....pretendeu-se satisfazer a curiosidade que os telespectadores sempre têm pelo bizarro, pelo exótico....através, por exemplo, daquele grande plano da grande águia com a cruz suástica que uma das manifestantes tinha tatuada na parte de cima das costas, ou da cara esquisita de outro manifestante.

A reportagem da SIC foi feita num tom divertido, de quem está a mostrar algo de cómico, algo que não é para levar muito a sério. Achei piada a terem dado destaque, num tom mais ou menos jocoso, ao preto que observava a manifestação....referindo qualquer coisa do género: “Houve quem tivesse hoje tido um encontro inesperado”.
Não notei ali nenhum esforço, por parte da SIC, de agitar o papão da extrema direita (porque esta ´´extrema direita``, que não comunica com o cidadão comum, não incomoda).....pretenderam apenas divertir um pouco o telespectador mostrando um acontecimento mais ou menos bizarro que tinha ocorrido nesse dia em Lisboa, como fazem frequentemente, quando tem lugar esse tipo de ocorrências mais fora do comum.Em vez de mostrarem a vaca que nasceu com duas cabeças ou a ovelha que nasceu com 5 patas, mostraram uns nacionalistas castiços a desfilar....mas com o mesmo objectivo: - Entreter o telespectador.
Por este andar no próximo ano, na habitual parada de aniversario da SIC, na Avenida da Liberdade, ainda vamos ver os elefantes do circo Cardinalli, que aí costumam desfilar nessa ocasião, serem substituídos por nacionalistas tatuados com cruzes suásticas e insígnias das SS. Sempre são mais fáceis de transportar e por enquanto, enquanto o publico não se cansar de os ver e deixar de lhes achar piada, sempre atraem mais a curiosidade das pessoas do que a velha e gasta atracção dos elefantes.....se bem que estes nacionalistas gostem mais de se comparar com lobos e águias e cobras capelo do que com elefantes....PS: NADA DESTROI MAIS A CREDIBILIDADE DE UM POLITICO DO QUE O RIDICULO.

Na minha opinião é uma mensagem – que não tendo nada a ver com a reivindicação da libertação dos detidos – é de um grande sentido de oportunidade e dá que pensar.
MA

segunda-feira, outubro 22, 2007


OS “GATOS PINGADOS” E OS ENVERGONHADOS COM O RABO DE FORA

A polémica levantada em torno da adesão de Nacionalistas ao Partido da Nova Democracia continua a levantar polémica na comunicação social e, muito especialmente, no seio do PND.
Na última edição de o “Sol” o líder demissionário, Manuel Monteiro, intitulou de “meia dúzia de gatos pingados” os Nacionalistas que estão, ou que querem, militar no partido.
E digo: Nacionalistas, porque não escondem isso a assumem-se como tal. Isto, tal como assumem a defesa dos princípios da “Nova Democracia”.
A IIª Convenção Nacional da Nova Democracia aprovou com cerca de 84% de votos favoráveis o documento apresentado pelo próprio Manuel Monteiro.
Um documento bastantes extenso do qual passo alguma partes:

(…)Os valores da Nova Democracia assentam em três bases: O HOMEM; A NAÇÃO; O ESTADO. Estas bases desenvolvem-se em torno de dois eixos: A LIBERDADE; A JUSTIÇA (..).

(…)Homem será por nós apresentado como centro de interesses naturais; a Nação será defendida enquanto realidade conveniente ao homem e aos seus interesses; e a ideia de Estado será suportada como sendo fundamental à defesa da Nação, logo essencial à defesa dos interesses do homem, seja quando ele os partilha, seja quando os confronta com outros homens.É assim dessa “trilogia”, que seguimos para o exercício seguinte: O Estado é necessário à Nação e na medida em que esta é essencial à defesa do homem, o Estado torna-se, enquanto organização política e nunca mais do que isso, útil ao próprio homem. Apresentado o Homem tal como é, defendida a Nação e justificada a ideia do Estado necessário e útil, surgirão os valores da Liberdade e da Justiça, sem os quais o Homem não se realiza, a Nação não se mantém e o Estado não se disciplina(…).

(…)Defender a Nação e apresentá-la como valor político é, como anteriormente referimos, defender o Homem na sua mais natural realidade. O Homem, valor primeiro do nosso pensamento, realiza-se e completa-se na Nação, porque ao lutar pela concretização dos seus interesses, os manifesta perante uma comunidade que o entende, que o acolhe e que, respeitando as suas individuais diferenças, o vê e trata igualmente sob o ponto de vista jurídico e político(…)

(…)A ideia de Nação como comunidade de homens ligados, de forma natural, por laços que conjuntamente os identificam e caracterizam, é partilhada pelos subscritores do presente documento. Afasta – se assim qualquer perspectiva transcendental, que muitos pretenderam atribuir ao significado de Nação. A Nação somos nós! E o “nós” é palpável, existe, vive, mas da mesma forma que existe e vive também pode desaparecer e morrer. Se não subsistem florestas sem árvores, também não teremos Nações sem Homens que desejem a sua presença e continuação. Este aspecto é demasiado importante para ser esquecido(…)

(…)O reforço da identidade de cada Nação permite atenuar choques culturais, religiosos, hábitos de vida, formas de interpretar a vida. Mais Nação significa mais harmonia, mais tolerância, mais paz. Ao contrário do que muitos pensam e afirmam, os problemas da intolerância, do racismo e da xenofobia, advêm em inúmeras circunstâncias do facto de muitos nacionais se sentirem estrangeiros no seu próprio país(…)

(…)As Nações naturais, mesmo quando caladas pelo poder político dominante, permanecem na alma colectiva, passam de geração em geração, testemunhando a força das regras não escritas e das convicções não ditadas. A sua energia é tal que a resistência ao dominador é absoluta, prova irrefutável de uma solidez sem paralelo. A Nação é ponto de partida e ponto de chegada; é desafio, mas também é abrigo e conforto. A Nação é propriedade de todos os nacionais e cada um deles é seu usufrutuário vitalício. Assim, repetimos, quando defendemos os nossos interesses, enriquecemos a Nação e quando defendemos os interesses da Nação, enriquecemos cada um dos seus membros(…)

(…)A abertura total de fronteiras, a vinda de produtos a preços mais baixos e a deslocalização de empresas, serão factores determinantes no encerramento de fábricas em áreas tradicionais e no consequente aumento de desemprego(…).

(…)Há núcleos consideráveis da população, de vários países europeus, para quem o valor segurança é já mais importante que a democracia, abrindo caminho com tal atitude ao surgimento de soluções, que muitos julgavam definitivamente afastadas do convívio europeu(…).

E POR FIM: - UMA GRANDE VERDADE

Como disse e se afirma no PND:
(…)Tivemos já oportunidade de constatar que o debate político está prisioneiro de um conformismo conveniente ao sistema dominante, em que a simples discordância quer quanto aos métodos, quer quanto aos fins, que alguns pretendem alcançar é de imediato rotulada de radical. Defender um modelo alternativo de evolução da sociedade nacional, da comunidade europeia ou da própria comunidade internacional, pode ser o suficiente para se figurar na lista dos chamados anti – democratas ou anti – europeus(…)


Perante isto só posso compreender que existem dois tipos de gatos pingados: Os que se assumem como Nacionalista e os que têm medo e vergonha. Ou melhor: - Gostavam de o ser mas têm medo do sistema e de perderem possíveis privilégios no repasto da bagunça politica actual.
Então há “gatos pingados” assumidos e outros escondidos, mas com o rabo de fora.
Manuel Abrantes

sábado, outubro 20, 2007


O FUTURO DA EUROPA ESTÁ SALVO
VAI SER CRIADO UM GRUPO DE SÁBIOS



Na conferência de imprensa realizada após o final da cimeira de Lisboa dos lideres europeus. José Sócrates, depois de mostrar o seu entusiasmo pelos resultados obtidos, anunciou ainda que nos próximos meses será discutida a criação de “um grupo de sábios” para analisar as prioridades da Europa face aos novos desafios, devendo o seu mandato ser decidido na cimeira de Bruxelas.
Também o “primo” do Sócrates, o mon ami Nicolas Sarkozy, o grupo de sábios terá entre “dez a doze membros” e irá reflectir sobre “o futuro da Europa” e “o seu lugar na globalização”, não havendo qualquer intenção de “reabrir o debate institucional”.

Que a ingenuidade politica, nestas andanças, do senhor José Sócrates é uma das suas virtudes, isto, já nós sabíamos. Não sabíamos é que Sarkozy sofria do mesmo. Sim ! È que neste tipo de políticos os defeitos passaram a virtudes.

E pronto! O futuro da Europa Comunitária está salva. Vai ser constituído um grupo de sábios – foi o nome que lhes deram! – para que, com as suas varinhas mágicas, façam umas mezinhas salvadoras e encontrem as formulas para a grandeza de uma Europa de sucesso.
Ninguém sabe, por enquanto, a que países pertencerão esses sábios. Mas que inglês, francês e alemão falam de certeza absoluta. E falam desde que nasceram e viram a luz do dia.
O que ninguém sabe – tipo secretismo igual ao Tratado Reformador – é a que associações de iluminados pertencem.
Devem ter sido formados na mesma escola do Harry Potter. Só pode… Ou então, são os professores do menino-bruxo.

Aguardemos para ver as cenas do próximo capitulo.

Ah! Falta aqui algo: - O povo da Europa.
Pois…
Esse não é para aqui chamado porque não percebe nada de mezinhas e bruxedos nem tem a sapiência dos iluminados.
Como dirão os sábios e os iluminados:
A União Europeia é uma coisa muito bonita. Só é pena ser habitada.
Manuel Abrantes



sexta-feira, outubro 19, 2007


AS TETAS DA VACA DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS
VÃO SECAR PARA PORTUGAL



Nos últimos 20 anos, Portugal recebeu de fundos comunitários 50 mil milhões de euros.
O próximo quadro comunitário de apoio, o Quadro de Referência Estratégico Nacional, prevê que Portugal venha a receber, entre 2007 e 2013, mais 21,5 milhões de euros.

Acontece que, provavelmente, - se não houver alterações das estratégias nos Quadros de Apoio – este será o último em que Portugal se encontrará como recebedor.
Tal como afirmou o Presidente Cavaco Silva, espera que o Governo se empenhe para Portugal se “aproximar do desenvolvimento dos 15 países mais ricos” da Europa Comunitária.

Se não acompanhamos o ritmo europeu com os 50 mil milhões de euros, que recebemos durante 20 anos, não estou a ver como o iremos fazer nesta ponta final com os 21,5 milhões que prevemos receber.

È certo que nos desenvolvemos em infra-estruturas mas, economicamente, grande parte das indústrias que desenvolvemos com os fundos europeus ou já encerraram ou estão em vias disso.
Grande parte da economia portuguesa cresceu na base do investimento estrangeiro e não na base dos fundos comunitários que recebemos.
Fizeram-se fortunas pessoais o foi criada uma classe de “novos ricos. Isto, é uma verdade !

Ao fim de 20 anos, e com uma injecção de 50 mil milhões de euros, continuamos no “rabo” da Europa em termos de desenvolvimento económico.
Hoje, segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento referente a 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. O que quer dizer que este número é, nos dias de hoje, muito maior. Isto sem esquecer que temos uma cifra de mais de oito por cento de desempregados. E estes oito por cento são os que estão inscritos como tal. Não estamos a falar nos que não estão inscritos no Fundo de Desemprego, os que emigraram e o trabalho sazonal.
Portugal está na cauda da Europa Comunitária na questão do desenvolvimento, e como se atrasa na percentagem referente ao crescimento económico, a nossa situação aponta para um afastamento, cada vez maior, da média europeia.
Não restam dúvidas que os 50 mil milhões de euros desenvolveram as infra-estruturas mas, em termos de desenvolvimento económico, pouco ou nada restou. Mas que houve fortunas pessoais feitas à base disso – isto - não é novidade para ninguém.
Manuel Abrantes

quarta-feira, outubro 17, 2007


NESTE JARDIM À BEIRA-MAR PLANTADO
UM QUINTO DOS PORTUGUESES VIVEM NA SITUAÇÃO DE POBREZA
Está na hora do grito: - Nem liberdade sem pão nem pão sem liberdade


19 por cento é o numero apontado pelo Instituto Nacional de Estatística de portugueses que vivem em situação de risco de pobreza.
Em 2005 cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres.
E estamos a falar em 2005. Se extrapolarmos isso para os dias de hoje…

Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza.
Este valor corresponde à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4,321 euro, ou seja, cerca de 360 euros por mês.
Segundo o INE, e em comparação com os restantes países comunitários, Portugal só é ultrapassado no flagelo da pobreza apenas pela Lituânea e pela Polónia.

Mas há dados do INE que aponta para uma séria reflexão.
Dos 19 por cento dos portugueses que se encontram em situação de pobreza, doze por cento estão empregados, 29 por cento não têm qualquer trabalho e 25 por cento apenas obtêm rendimentos da reforma.
Em termos de idade, os idosos com mais de 65 anos representa 28 por cento e os jovens com menos de 16 anos, 23 por cento.
De acordo com os dados do INE, a taxa de risco de pobreza mais elevada é de 42 por cento nos idosos que vivem sós e nas famílias com dois adultos e três ou mais crianças dependentes.

Claro que os números referem-se a 2005. Então isto quer dizer que, hoje, serão ainda piores. O desemprego aumentou assustadoramente e o endividamento familiar tornou-se num flagelo social.
Quando se executar a mesma analise e estatísticas a 2007, a situação deverá ser de calamidade pública. Se em 2005 já foi assim, então o que será em 2007 ?

Em tempos idos fomos um país rico (reservas de ouro) com um povo pobre. Hoje, somos um país pobre com um povo paupérrimo.
Está na hora de retirarmos do baú a celebre frase: - Nem liberdade sem pão nem pão sem liberdade.
Está na hora!
Manuel Abrantes

terça-feira, outubro 16, 2007


LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Rui Pires da Silva, um jovem líder das “Novas Gerações” do PND, é uma das vozes mais ousadas na intitulada Direita política.
“Estado Novo” recebeu um texto escrito pelo jovem Rui Pires da Silva que, pela sua importância e oportunidade, não podia deixar de o transcreve e publicar.
Para os menos atentos, Rui Pires da Silva, é o autor do bloguer Vougario.


LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Uma vez mais, foi criado um mistério para ninguém o conseguir resolver.
Segundo o presidente do sindicato Nacional de oficiais de polícia (SNOP) (num telefonema efectuado para o programa "opinião publica"da SIC NOTICIAS, na passada sexta-feira), o procedimento que os dois agentes da P.S.P tiveram perante o sindicato de professores na Covilhã fora normal, e não vê nada que possa fazer disto um caso mediático, considerando que os agentes actuaram de «boa fé» e no espírito de serviço público que caracteriza a polícia.

Este caso insólito faz-me lembrar outros casos recentes, mas infelizmente já esquecidos por muitos - vai se lá saber porquê? –, nomeadamente, a demissão da directora do centro de saúde de Vieira do Minho, o afastamento do professor Fernando charrua da direcção Regional de Educação do Norte (DREN), estes, entre muitos outros.
Será que, 33 anos depois de se ter dado lugar à revolução de "Abril" e do povo ter gritado " VIVA A LIBERDADE" nós regressamos novamente a uma ditadura?

Acho alguma graça quando o nosso primeiro-ministro vêm dizer que todos os portuguêses têm direito à liberdade de expressão, mas se alguém diz algo, dento dessa mesma liberdade de expressão é imediatamente afastado para não dizer demitido.
Já não falo no Drº Gonçalo Amaral, ex-coordenador da polícia judiciária de Portimão, sim porque esse simplesmente disse duas ou três verdades e, foi logo convidado a ir para a reforma mais cedo.
O que está em causa é o direito à liberdade de expressão, Portugal é um Estado democrático, mas de democrático para alguns não tem nada.
Liberdade de expressão é o direito de manifestar opiniões livremente. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral. Democracia é uma palavra que vem do grego "demos" que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
Agora pergunto, onde está o Portugal democrático?
Onde está o povo que gritou " VIVA A LIBERDADE"?

Rui Pires da Silva

segunda-feira, outubro 15, 2007


A CAÇA ÀS BRUXAS

Nos últimos tempos a candidatura a militantes, que se assumem como Nacionalistas pela via Democrática ao Partido da Nova Democracia tem causado uma enorme polémica no seio deste partido.
O próprio Manuel Monteiro, líder demissionário da “Nova Democracia” , afirmou ao semanário “Sol” que a direcção esta “a analisar ficha a ficha” os elementos do PND, para acrescentar que “todos os militantes que tenham ligações a movimentos nacionalistas serão convidados a sair”.
Como resposta ao líder demissionário a Comissão Política Distrital de Aveiro publica no jornal oficial do partido o seguinte comunicado e tomada de posição:

Perante o alarmismo dos últimos acontecimentos ocorridos no seio do Partido da Nova Democracia (PND), a Distrital de Aveiro vem apelar à serenidade, à moderação e ao bom senso.

O PND deve lutar pela união dos seus militantes, realçando tudo o que os une.
Como partido de uma verdadeira Direita, devemos ser coesos e fortes, para melhor enfrentar as oposição externas e as adversidades que nos surgem.
O PND como um partido defensor da tolerância e da liberdade, é natural que admita no seu seio várias sensibilidades identificando-as e respeitando-as, desde que estas aceitem, e que também respeitem, os princípios que defendem os estatutos do PND.
O PND como partido democrata e de valores, não deve enveredar pela senda da manietação, de vinganças pessoais, de perseguição ou da «caça às bruxas».
Aveiro, 14 de Outubro de 2007
A Comissão Política Distrital do PND/Aveiro


Para o leitor menos esclarecido sobre este partido devo dizer que a Distrital de Aveiro é das distritais que mais tem mantido o activismo politico-partidário no PND sendo, no momento, a distristal com maior peso político no seio da “Nova Democracia”. Isto, em número de militantes activos e de actividade política.

Para o grande número de leitores (as) que, ultimamente, se juntaram aos mais de uma centena que, diariamente, visitam e lêm o “Estado Novo” (hoje com uma média, diária, perto dos 200 ) desde sempre este blogue transcreveu opiniões e até artigos oriundos deste partido que se assume como liberal e de direita.
È que “Estado Novo” respeita o passado – seja ele qual for – mas não se rege por linhas de extremismos políticos nem de filosofias políticas totalitárias.
“Estado Novo” é assim e irá continuar a ser assim. E irá continuar a chamar-se Estado Novo.
E o seu autor continuará a assumir-se como Nacionalista e a defender que a Democracia é o único caminho para a implantação desta filosofia política.
Manuel Abrantes

domingo, outubro 14, 2007


O DISCURSO DE LUIS FILIPE MENEZES

O novo líder do PSD acaba de discursar no encerramento do XXX Congresso do PSD em Torres Vedras.
Num discurso de mais de uma hora, o líder social-democrata tocou, praticamente, em todos os temas.
Um dos temas de maior realce foi a posição de Menezes na questão Constituição da República.
O líder do PSD não está disposto a uma revisão. “È necessário outra Constituição, tirando todo o cunho ideológica desta”, estas foram as palavras do líder do maior partido da oposição.
Uma outra proposta foi a do fim do Tribunal Constitucional, assim como uma maior autonomia para as regiões insulares.

Se os políticos fizessem, quando são governo, o que prometem quando estão na oposição – se eu acreditasse nisso – o que poderia dizer é que “temos homem”.
O problema é que – pessoalmente – não acredito nisso e tudo isto não passou de boas intenções para o Zé pagode ver e ouvir.
Se é que, ainda, estão dispostos a ver e a ouvir os políticos…

Bem! O que gostaria mesmo é de um dia eu ter de dar o dito por não dito e de, por obrigação e por princípios, vir aqui pedir desculpas públicas por me ter enganado acerca do novo líder social-democrata de seu nome : Luis Filipe Menezes
Não acredito!

Manuel Abrantes
(Domingo 14/10/07 pelas 16 horas)


CATALINA PESTANA
A CORAGEM DA “VELHA” SENHORA





Catalina Pestana, ex-provedora da Casa Pia, não se cala. No semanário “Sol” a ex-provedora relembra que “ a recepção a Paulo Pedroso na Assembleia foi o maior escândalo dos últimos tempos” acrescentando ter assistido “a essa vergonha” no seu gabinete e que teve de segurar alunos vítimas de abusos sexuais. “ Uns choravam e outros queriam esfaqueá-lo”, afirmou Catalina.
Mas a ex-provedora não se ficou por aqui. Acusou a Maçonaria de ter defeito “tenebroso”. Para a ex-provedora “ a maçonaria não é uma associação de malfeitores mas tem um defeito tenebroso: os seus membros protegem-se uns aos outros”.
Às suspeitas levantadas, na altura, sobre Ferro Rodrigues, Catalina responde desta forma ao “Sol”.
-Já lhe disse que, depois da prisão do dr Paulo Pedroso, só a acusação de que o meu filho fosse abusador me espantaria”

Em nota conclusiva a ex-provedora não se coibiu de declarar que “ os miúdos da Casa Pia têm uma dívida de gratidão a Souto Moura que nunca saberão compreender nem poderão pagar”.

Para o leitor menos atento relembro que Souto Moura foi o Procurador-Geral da República que mandou instaurar os processos de abusos sexuais a alunos da Casa Pia e foi, também, o Procurador muito contestado pelas hostes socialistas.
Coincidências, ou não, só o tempo o dirá.
Agora, o processo Casa Pia, que se arrasta há anos, não pode cair no esquecimento sobre a pena da Justiça Portuguesa ficar desacreditada.
Doe a quem doer, Portugal e os Portugueses exigem que se faça justiça.
Manuel Abrantes

sexta-feira, outubro 12, 2007


AS CONTRADIÇÕES DO GOVERNO SOCIALISTA E O ORÇAMENTO/08


Foi com pompa e circunstância que o Governo anunciou que mantém a meta de 2,4 por cento de défice orçamental na proposta de Orçamento de Estado para 2008.
Sócrates anunciou, também, que este ano Portugal registará um défice de 3 por cento, o que permite voltar a cumprir o Plano de Estabilidade e Crescimento

Para José Sócrates “o crescimento do investimento público para o próximo ano fica-se a dever à boa saúde das finanças públicas e ao trabalho deste Governo nos dois últimos anos” e que o objectivo do défice é “ambicioso”, pois “será o mais baixo desde 1975”.
Ainda bem que reconhecem o facto.
E não nos podemos esquecer que o défice de 75 já estava a entrar em descalabro. Os défices de 73 e 74 rondavam uns míseros 1 por cento. E sustentávamos, na altura, uma guerra em três frentes…

Está bem! Estamos a cumprir a meta do défice. Mas à custa de quem?
De uma carga fiscal pesadíssima – das mais altas da Europa comunitária – do endividamento das famílias, do encerramento de serviços públicos, dos despedimentos, etc.
Claro que Sócrates não se referiu a uma taxa de desemprego já superior a oito por cento, e das mais altas da Europa, nem sequer se referiu que o Fundo Monetário Internacional prevê para este ano, e para 2008, uma taxa de crescimento para Portugal, apenas, de 1,8 por cento. Isto, quando o Governo anuncia uma taxa de 2,4 por cento.
O Governo diz uma coisa e os organismos internacionais dizem outra.
As projecções anunciadas pelo Governo não são as mesmas dos organismos internacionais. Nem do FMI nem do Eurostat.
Manuel Abrantes

quinta-feira, outubro 11, 2007


ESTA MINISTRA NÃO ACERTA UMA


O Governo vai colocar professores com incapacidade para a docência no quadro de mobilidade especial.
Uma situação que levantou protestos por parte dos sindicatos do sector.
O sindicalista da Fenprof, Mário Nogueira, acusou a ministra da Educação de mentir ao propor que alguns professores possam vir a integrar o regime de mobilidade da Função Pública
O sindicalista relembra que a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, na Assembleia da República, questionada até sobre a possibilidade de alguns professores em determinadas condições passarem para a mobilidade especial, não só negou como chegou a afirmar que os sindicatos é que estavam a mentir e que “não era por tanto repetirem a mentira que ela ( a mentira) se tornava verdade”

Por sua fez, Jorge Pedreira, secretário de Estado, em relação às afirmações do sindicalista afirmou que «a senhora ministra não se referia a estes professores. O que a senhora ministra disse é que não havia intenção do Ministério de colocar nenhum professor no quadro de mobilidade”


Neste disse que não disse, Diogo Feio, da bancada do CDS/PP veio a terreiro anunciar que os centristas querem ouvir no Parlamento a ministra da Educação a propósito da intenção de colocar professores com incapacidade para a docência no quadro de mobilidade especial.
Para o deputado centrista e líder parlamentar “na discussão do Orçamento de Estado do ano passado, a ministra disse no Parlamento que não havia a intenção de colocar um único professor no quadro dos supranumerários”.

Afinal já não é só um sindicalista a acusar a ministra de ter dado o dito por não dito. O líder parlamentar do CDS/PP veio dizer o mesmo.

Segundo dados do Ministério da Educação então entre 2.000 a 2.500 professores nestas circunstância. Professores que sofrem de doenças graves, que os impedem de exercer a sua profissão.
São estes mesmos professores que poderão ser deslocados para qualquer ponto do País. Para além de perderem as regalias que possuem vão ter um aumento de despesas com estadias e deslocações.
Para trabalhadores com doenças graves, isto só pode ser considerado como uma medida desumana.
Já nem sequer estamos num Estado social. Estamos num Estado onde o economicismo é a palavra de ordem. Estamos a atravessar uma fase do capitalismo selvagem no seu pior. E, ainda por cima, com um governo socialista e que se assume como esquerda.

Já agora:
Porque é que o governo não aplica também esta medida aos militares, por exemplo ?
Ah pois!
È que uns têm o livro como ferramenta de trabalho e os outros a metralhadora.

Que fique bem claro que não concordo com este tipo de medidas para ninguém. Mas ninguém!!!!

Manuel Abrantes


quarta-feira, outubro 10, 2007


E OS POLICIAS FORAM LÁ….

Dois polícias à paisana deslocaram-se è sede do Sindicato do Professores da Região Centro, na Covilhã, para se inteirarem das intenções sobre uma manifestação de protesto contra o Governo e o seu primeiro-ministro, José Sócrates.
O sindicato considerou esta atitude como “pidesca” e “intimidatória”. E tem razão para isso.
O Governo, pressionado pelas vozes de protesto contra a visita dos polícias, mandou instalar um processo de averiguação. E, aqui, é que reside o ponto fulcral da coisa…

Os dois polícias não foram à sede do sindicato porque lhe apeteceram ou porque estavam muito preocupados com a manifestação e com o seu conteúdo propagandístico.
Foram lá, porque as chefias locais os mandaram lá. A ordem partiu do posto a que pertencem.

Também não acredito que os responsáveis pela polícia local mandassem averiguar as instalações. e material para a manifestação, por iniciativa própria. Até porque era uma manifestação de um sindicato, e de um sindicato poderoso como o dos professores. Tiveram de receber aconselhamento das instâncias superiores da sua hierarquia regional ou distrital. O que é lógico e compreensível

Também não acredito que as hierarquias superiores da polícia, ao nível regional, tivessem a ideia de uma “vistoria” à sede de um sindicato para se inteirarem sobre que tipo, e conteúdo, de material propagandístico a utilizar. Até porque, as manifestações a Sócrates, já começam a fazer parte do folclore político. Mas, ir pedir explicações a um sindicato era ir longe demais. Por isso – desculpem lá – mas, também não acredito que a ideia tenha partido de uma estrutura regional da PSP.

As estruturas hierárquicas regionais da PSP não tomariam essa iniciativa – minha opinião – se não tivessem o “sopro” das hierarquias superiores de Lisboa.
Mas, também não estou a ver as hierarquias superiores da PSP a preocuparem-se com uma manifestação a Sócrates, quando isso já faz parte de todas as visitas onde vai.
Que eu saiba foi a primeira vez que uma sede de um sindicato, em acção de protesto, foi “visitada”.

Então, também estas tiveram o “sopro” – minha opinião, repito – das instâncias superiores. Ou seja: o Ministério da Administração Interna.
O mesmo que exige esclarecimento sobre o caso da visita intimidadora, segundo os sindicalistas, de dois agentes à paisana às instalações do Sindicato dos Professores.
E não comento mais, porque não é necessário.

Manuel Abrantes

terça-feira, outubro 09, 2007


ASSIM É CADA VEZ MAIS DIFÍCIL….

O número record de visitas ao “Estado Novo”, durante todo o dia de ontem (08/10/07), é bem sintomático do interesse e da curiosidade de saber a opinião sobre o facto mais relevante do dia: - as ameaças a uma magistrada publicadas na net que, segundo dizem, foram escritas pelo líder da Frente Nacional, Mário Machado.
Como não li a carta não me posso pronunciar sobre ela. E, se por acaso, nas visitas que faça aos outros espaços cibernéticos passei por ela, não lhe dei atenção. Por isso, não fixei nada do seu conteúdo.
Esse foi um dos motivos porque, neste espaço, nada se escreveu, ontem, sobre o tema. Não a li, por isso não posso pronunciar-me sobre o seu conteúdo.
Contudo, há algo que posso, e devo, pronunciar-me.

Pelo que li e ouvi na comunicação social a carta existe e as ameaças também. Se foi ou não a pessoa em causa que a escreveu, isso, a Justiça que trate de averiguar.
Em primeiro lugar o meu repúdio por todo e qualquer tipo de ameaças físicas, ou de outro tipo, seja a quem for. E, muito menos, a quem ocupa lugares públicos.
No caso da magistrada em causa, considero até que não foi uma ameaça a uma única pessoa, mas sim, à Justiça Portuguesa.
E, se as ameaças forem verdade, é grave demais para a impunidade seja de quem for.
Ameaças a magistrados ou qualquer outro elemento da Justiça é uma ameaça à própria Justiça.

Há um ano atrás e quando do caso da entrevista televisiva dada por o líder da FN escrevi-lhe uma carta aberta aconselhando-o:

(...)A política é como um jogo de xadrez. “Comem-se” e ganham-se pedras para que se atinja o objectivo final: - Xeque-Mate.
E – Mário – para se jogar xadrez, os jogadores são obrigados a jogar segundo as regras. E não fomos nós que inventamos as regras desse jogo. Quando nascemos. O jogo e as regras, já existiam.
Quer queiras quer não tudo o que disseres, e faças, a partir de agora é conotado com todo o movimento Nacionalista (…).

Infelizmente não entendeu a mensagem ou não a aceitou.
Mas uma coisa é certa: - Acções e atitudes como a das ameaças são logo conotadas com todos o movimento Nacionalista.
Depois da vandalização de um cemitério judaico vem, agora, uma carta ameaçadora a uma magistrada.
Qualquer dia – se não for já – quando alguém se assumir a outra pessoa como Nacionalista é logo conotado com violência, racismo ou xenofobia.
O Nacionalismo que tem (devia ter) por base a disciplina, o respeito e a tolerância começa a ficar manchado com acções desta natureza.
A comunicação social apenas transmite para a opinião pública este tipo de acções praticadas por alguns que, também, se assumem com nacionalista. E, como só transmite este tipo de atitudes, conotam com elas todos os que se assumem como Nacionalistas.
Já escrevi – no artigo em baixo, por exemplo – que o assumir de direita já não faz sentido por a esquerda o ter enfeudado a representar “ os interesses dos ricos e dos poderosos” . O Nacionalismo – por este andar – começa a estar enfeudado à violência, ao racismo e à xenofobia.
Também iremos cair na mesma ?
Ou seja: deixar de fazer sentido a palavra Nacionalismo ?

Eu não vou desistir.
Sou Nacionalista e por isso defendo o respeito, a disciplina e a tolerância. Na sociedade porque luto todos têm lugar independentemente das suas convicções políticas ou religiosas. Uma sociedade que respeita as diferenças politicas, religiosas ou da cor da pele.
È este o meu Nacionalismo. E vou continuar a lutar por isso
Manuel Abrantes

segunda-feira, outubro 08, 2007

A DICOTOMIA ESQUERDA-DIREITA FAZ ALGUM SENTIDO?

A dicotomia esquerda-direita foi relançada no ano transacto com os chamados Estados-Gerais de Direita, acção promovida pela “Nova Democracia” , com o intuído de encontrar uma definição para o que é ser de Direita.

A dicotomia esquerda-direita sempre foi controlada pelas forças de esquerda. A esquerda, sempre mais ideológica do que a direita, controlou e manipulou essa dicotomia.
Desde a implantação da Democracia que nos habituamos a ouvir a terminologia política da esquerda e da direita. Depois, apareceram os que, situando-se nesses campos, se assumiam como mais para a esquerda da esquerda e mais para a direita da direita.Isto sem esquecer que houve um (CDS) que se assumiu do centro.

Esta dicotomia de esquerda-direita sempre foi – e é – muito querida aos que se intitulam de esquerda. Aliás, foi – e é- a própria esquerda a grande fomentadora deste separar de águas.Isto porque a esquerda – sim ele própria ! – definiu e incentivou a ideia de que ser de esquerda é defender os mais desfavorecidos, os “fracos e oprimidos” e um Estado Social. A direita, são os defensores do grande capital, das classes mais favorecidas, etc.

Bem! Quem olha para a governação socialista, que se intitula de esquerda, pode retirar dai as suas ilações. E quem vive em concelhos geridos por maiorias absolutas comunistas – como é o meu caso – não tem dúvida nenhuma destas contradições.O problema é que esta “filosofia” política está enraizada nas massas populares, especialmente nos menos esclarecidos politicamente.
A esquerda ficou como o bonzinhos tipo “Robin Wood” e o bando da floresta verde e a direita como os partidários do xerife de Nottingham. E a esquerda soube – sabe - muito bem explorar isto.

Então:
-Valerá a pena continuar a difundir e a aceitar a dicotomia esquerda-direita ? Ou definir, de uma vez por todas, o que é ser de esquerda ou de direita ? Ou rejeitar tudo isto e definir algo de novo ?

E O NACIONALISMO ONDE FICA ?

Até porque assistimos, agora, a uma nova manobra da esquerda. E aqui até a dita direita embarca nisso. È o facto de rotularem todos os que se assumem como Nacionalistas de extrema-direita. O que acontece que é que um dos pilares de base do Nacionalismo é o refutar toda e qualquer nomenclatura das esquerdas-direitas.
O Nacionalismo, como filosofia política, é (devia ser…) um aglutinador de ideias e não uma fonte colaboradora na desunião de ideias.
È aqui que reside o Nacionalismo como factor de união e como alternativa política.
Tem muito mais do que isso. Mas, na discussão em causa, esse é um ponto fundamental.
Também reconheço que, mesmo os que se assumem como Nacionalistas, possuem divergências substanciais. Há os que mantêm forte ligações a filosofias totalitárias do passado e os que apontam para um Nacionalismo na via Democrática.
Para os que defendem filosofias totalitárias do passado é difícil englobarem outras correntes de pensamento que não sejam as suas.
Contudo, os que defendem a Democracia como princípio de base do Nacionalismo não têm esse tipo de correntes.
È aqui que reside a grande diferença.
Manuel Abrantes

sábado, outubro 06, 2007


ASSOCIAÇÃO “MOVIMENTO NACIONALISTA” RESPONDE À NOTÍCIA DO “SOL”

Publicamos na íntegra o comunicado emanado pela Direcção do movimento associativo sobre a noticia do semanário “Sol”



Algumas noticias vindas a público sobre o MN justificam que nos pronunciemos sobre a matéria.

E começamos por esclarecer o óbvio:
O MN é uma associação cultural que recebe no seu seio pessoas de diversas tendências politicas, sendo na sua maioria do PND. Mas não exclusivamente, e tal situação seria anómala numa associação deste tipo.

O MN procura o debate em Democracia como meio de atingir um fim: O Nacionalismo, sendo esta via encarada como o modo adequado de salvaguardar os interesses de Portugal e dos Portugueses no Mundo. Qual o mistério? No entanto o MN, como defensor da Democracia, constata com grande preocupação, que, segundo aquelas noticias, a sua actividade tem vindo a ser observada pelo...SIS! Com que legitimidade?! Com que autoridade?! Com que fundamentos?!

A ser verdade tão escabrosa noticia, não podemos deixar de denunciar públicamente e junto dos órgãos de soberania competentes esta flagrante violação do direito de associação! Como é possivel que em Democracia uma associação cultural constituida por simples cidadãos seja alvo de uma espécie de vigilância por algo que muito se assemelha a uma policia politica?

Esta temática deve ser analisada com muito cuidado.

Exactamente na prossecução dos seus fins sociais, o MN,que aliás já anunciou a realização de uma conferência publica brevemente, irá dedicar precisamente esse seu primeiro evento ao estudo da problemática "Pode a Democracia ser totalitária?", tema , infelizmente, candente na sociedade portuguesa.

Uma palavra final sobre o PND.

Esta associação não renuncia aos seus principios básicos. Podem é não ser aqueles que os clichés habituais divulgam.
Já Galileu ostracizado no séc.XVII por defender que a Terra gira á volta do Sol, heresia imperdoável para a Inquisição da época (digo bem, da época, porque o espirito inquisitorial é eterno, infelizmente) dizia á saída do Tribunal: "no entanto ela gira...".

Não é pelo facto da Inquisição do séc.XXI negar que existe ausência de valores na sociedade, que uma série de comportamentos socialmente desviantes afinal são correctos e devem ser impostos à sociedade, que a perda de soberania nacional é uma mentira, que a globalização é uma benesse, que essas situações são uma realidade. São, tal como outrora, uma ficção, imposta pela estrutura politica, e quando necessário juridico-penal do establishement. São os pseudo valores dominantes numa época histórica, como tal transitórios. Tão só.

Ora o PND só tem a ganhar se empunhar as bandeiras em que muitos se reveêm mas ninguém, por comodismo, e porque não dizê-lo, por medo, defende.
Mas essa é uma questão interna do PND. Apenas queríamos pedir ao Dr.Manuel Monteiro que, como homem politico esclarecido que é, não nos desiluda usando no seu vocabulário adjectivos "pavlovianos"como "fascistas"(aqui até pode ser substantivo...) ou "xenófobo" e semelhantes, os quais , não só não nos afectam, como, salvo melhor opinião, deixam ao seu autor a imagem de mais um mero repetidor de lugares comuns, ocos de significado usados a granel por que não tem ideias próprias, ou mesmo nenhumas...

Ora sabemos que felizmente o Dr.Manuel Monteiro não se enquadra nessa pobre galeria de personagens politicas.
De resto, estamos de acordo. Seja bem vindo quem vier por bem!

O Presidente
José Manuel de Castro

sexta-feira, outubro 05, 2007

SEMANÁRIO “SOL” NA EDIÇÃO DE HOJE
E A NOTICIA SOBRE OS NACIONALISTAS


Na sua edição de hoje (5/10/07) o semanário “Sol” publica uma peça intitulada “Nacionalistas Migram para a Nova Democracia”.
Segundo o semanário o “SIS segue movimento formado por ex-militantes do PNR”.
Claro que se refere à associação “Movimento Nacionalista”.
Que o SIS, ou outras forças policiais, estejam atentas às movimentações políticas que ocorrem no nosso País, não vem por aí mal nenhum. Isto, para além de eu achar que é estranho que uma associação que define nos seus princípios a defesa da Democracia e que – cito – “considerasse mesmo que a Democracia é indissociável da defesa dos interesses dos Portugueses” esteja - fazendo fé na noticia do “Sol” – a ser vigiada por forças policiais.
Mas, tudo bem! Que continuem a achar que a palavra “Nacionalismo” é sinónimo de totalitarismos, racismo ou xenofobia é um problema de quem assim pensa. Estejam então todos – mas todos!!! – muito atentos ao “Movimento Nacionalista” para verem e aprenderem que o Nacionalismo, defendido pelos MN, nada tem a ver com filosofias do passado, racismo ou xenofobia. Antes pelo contrário!
E como quem não deve não teme, a atenção que se pode prestar às actividades e pensamento da associação cultural “Movimento Nacionalista” até é salutar. Assim, podem separar o trigo do joio entre as forças que se intitulam como Nacionalistas.

O MOVIMENTO NACIONALISTA E O PND

Segundo o “Sol” esta associação é “uma tendência criada dentro da Nova Democracia para ser uma alternativa à linha liberal e democrata-cristã do partido”.
Alguns jornalistas continuam a ouvir uma coisa e a escrever outra. Isto, porque não acredito, que na recolha de informações para escreverem a peça, tenham ouvido tal aberração.
A associação cultural “Movimento Nacionalista” nada tem a ver com o PND. Como associação de discussão política pretende apenas incutir o pensamento Nacionalista defendido dentro dos princípios Democráticos.
Que neste momento alguns dos seus fundadores se inscreveram na “Nova Democracia”, isso é um facto! Mas o “Movimento Nacionalista” nada tem a ver com qualquer partido. È uma associação cultural e não partido político nem, sequer, tendência dentro do que for.
Qualquer militante de qualquer partido pode inscrever-se no MN desde que defenda os princípios do Nacionalismo Democrático. Não tenha ideias de políticas totalitárias ou atitudes e pensamentos de qualquer tipo de racismo ou xenofobia.
E o Nacionalismo é a defesa dos princípios da Nação, da Família e da Tolerância. Quem defender tudo isso, e reconhecer que a Democracia é a única via, está dentro dos princípios de base da associação.
Mas sabem onde reside o crescimento, cada vez maior, dos que se identificam como de “Nacionalista”?
È que a dicotomia esquerda-direita começou a perder sentido. A esquerda consegui conotar a “direita” como a defensora do “poderosos e ricos”. Por isso. é de pensar se ser de direita já faz algum sentido. Isto mesmo se aplica na “esquerda”.
Alguém defende mais os “poderosos e ricos” que o governo de esquerda do senhor Sócrates ?
Pensem nisso…

Manuel Abrantes

quinta-feira, outubro 04, 2007

ATÉ QUE ENFIM
JÁ SOMOS DOS MAIORES NA EUROPA
NO DESEMPREGO. É CLARO…


De acordo com os dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias (Eurostat), Portugal sofreu em Agosto um agravamento no desemprego ocupando, agora, entre os 27 Estados-membros da União Europeia, o quinto lugar na lista de países com maiores níveis de desemprego com uma taxa de 8,3 por cento.
.
Pela primeira vez em mais de 20 anos, Portugal registou uma taxa de desemprego superior à da vizinha Espanha, que apresentou uma taxa de 8,0 por cento em Agosto. Pior do que o nosso país, ficaram apenas quatro países: Eslováquia (11,1%), Polónia (9,1%), França (8,6%) e Grécia (8,4%).

E não nos podemos esquecer que o governo do senhor Sócrates criou uma série de dificuldades na obtenção do Fundo de Desemprego para afastar milhares de desempregados desse fundo, evitando assim que aparecem nas estatística.
E, também, não nos podemos esquecer dos milhares de portugueses que tiveram de emigrar, especialmente para a vizinha Espanha, e que não constam na lista dos desempregados em Portugal.

A taxa de desemprego em Portugal é muito maior daquela que o Eurostat apresenta.
O desemprego em Portugal está camuflado com milhares, senão já perto de um milhão, de desempregados que não constam nas estatísticas.
E isto sem contar, também, com os milhares que procuram o primeiro emprego e que não estão inscritos como desempregados.

Esta é a retoma tão apregoado pelo senhor Sócrates e pelos seus ministros.
8,3 por cento é, e apenas, o número de desempregados que não conseguiram camuflar.
Quantos mais haverão ?
Manuel Abrantes




terça-feira, outubro 02, 2007


MOVIMENTO NACIONALISTA
UMA NOVA ASSOCIAÇÃO NO ESPAÇO POLITICO-CULTURAL PORTUGUÊS
- Um novo caminho. Uma nova esperança
.


O “Movimento Nacionalista” no seu manifesto apresenta-se como uma associação político-cultural de cariz Nacionalista e Democrático, que defende a cultura, os valores, a tradição e o património material e espiritual que dão a Portugal a sua identidade própria.
O movimento define-se como Nacionalista de vários tendências que lutam diariamente por vários meios para a renovação do actual sistema que assola a Nação Portuguesa.
Um sistema comprometido com políticas liberal-capitalistas exploradoras do homem assim como com o marxismo desunificador e decadente.

O “Movimento Nacionalista” quer por fim a um país minado pelos interesses das clientelas, corrupção, tráfego de influências, imoralidade e promiscuidade assim como aniquilar a censura embotada, a ditadura do pensamento único e do politicamente correcto.

O “Movimento Nacionalista”, já registado e legalizado como associação cultural, tem como seu presidente o militante nacionalista, José Manuel de Castro, e conta já com a adesão ao programa de vários outros militantes. Entre eles o autor do “Estado Novo”, Manuel Abrantes.

Uma nova casa onde os nacionalistas poderão debater o pensamento nacionalista e as praxis políticas que definirem.
Um novo espaço que irá abrir caminho na divulgação do Nacionalismo como alternativa política .
Uma nova casa nacionalista onde a intolerância do radicalismo político não tem cabimento. Onde a defesa da liberdade de pensamento e de expressão são as suas linhas orientadoras. Onde o respeito pelo semelhante é ponto de honra.
Uma casa onde todos têm um nome e um rosto.
www.movimentonacionalista.net


segunda-feira, outubro 01, 2007


GOVERNO SOCIALISTA RETIRA IGREJA CATÓLICA DOS QUADROS HOSPITALARES


Os administradores dos hospitais públicos vão comunicar ao governo que é um “erro” acabar com a assistência religiosa aos doentes internados.
Tudo isto, porque o Governo socialista de José Sócrates mandou retirar os capelães dos quadros hospitalares

Em declarações ao “Correio da Manhã”, Lino Mesquita Machado, presidente do Conselho de Administração do Hospital Central de Braga, diz que “a assistência religiosa é uma exigência dos doentes com que o Governo não deve acabar” .
O gestor hospitalar acrescenta ainda que “os capelães cumprem uma função importantíssima e, pelo menos no nosso caso, têm feito um excelente trabalho” Mesquita Machado lembra ainda que os capelães passaram a fazer parte dos hospitais já depois do 25 de Abril e que “o peso que têm em termos de custo não é comparável à valia do serviço que prestam”.

Também para D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), espera que o Governo recue na intenção de acabar com as capelanias hospitalares e que tenha em conta a tradição portuguesa e os princípios da Concordata.
O prelado acrescenta ainda que “há um grupo minúsculo, com determinado pensamento ideológico muito diverso do da maioria da população portuguesa, que tem como objectivo reduzir a presença religiosa e espiritual em todos os lados, inclusive nos hospitais”.

Já não é novidade nenhuma que certos sectores da política portuguesa, em nome de uma pseudo-igualdade, estão em guerra aberta com a Igreja Católica. Primeiro foram os crucifixos nas escolas, depois nos hospitais e agora o fim das capelanias.
Até porque, a própria Igreja Católica através das capelanias hospitalares, tem auxiliado outras confissões religiosas a exercer a sua actividade nos hospitais.
Poderão dizer-me que vivemos num Estado laico. È uma verdade! Mas, também não deixa de ser verdade que nunca ninguém perguntou aos portugueses se queriam ou não esse laicismo. Nem perguntaram isso nem, muito menos, qual é a opinião da população sobre o assunto.
Mas há algo que esta esquerda socialista e maçónica jamais conseguirá apagar: - A fé crescente do Povo de Portugal!
Mas também há outra verdade: - A actual fé crescente do povo dever-se muito à situação de pobreza e do desespero das famílias. E, isto, é a resultante das políticas erróneas deste governo e de todos os outros que há mais de trinta anos nos governam.
E o povo, quando já não tem esperança, vira-se para DEUS.
Manuel Abrantes


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