segunda-feira, julho 30, 2007


A BLOGOSFERA E A DIFUSÃO DO PENSAMENTO POLITICO NACIONALISTA

O que começou por ser uma forma de expressão de ideias entre um grupo restrito, tipo tertúlia, teve a sua “explosão” no principio do ano passado com o aparecimento de uma série de blogues, muitos deles com mensagens de radicalismos políticos, bebidos e aprendidos nas teorias de figuras políticas estrangeiros. Claro que me refiro ao nacional-socialismo e a outras teorias fascistas ou fascizantes.
Foram blogues que, na sua maioria, desapareceram tão rápido como apareceram. Também eles se fecharam numa concha porque a sua mensagem se baseava, unicamente, em teorias do absurdo para os dias de hoje. Teorias do absurdo e jamais aceites na sociedade actual. Podem ter sido aceites noutros tempos mas nos tempos actuais são, abertamente, rejeitadas.

Contudo muitos dos blogues, que lhes posso intitular de “referência” e que ainda existem, mantiveram-se com uma mensagem mais intelectualizada e com uma forma revisionista sobre algumas teorias estrangeiras.
São um grupo restrito de amigos e conhecidos – não muito pequeno, diga-se – que criaram um casulo onde albergam a discussão teórica dos pensamentos políticos dos ditos pensadores nacionalistas.
Claro que se discute e se publica textos literários muitas vezes em francês ou, até, em castelhano, lido e comentado pelas hostes intelectuais dessa família nacionalista tradicional. Aquela que adora o circulo restrito de amigos e que gostam de “conspirar” em tertúlias jantaristas.
E, por experiência própria, até posso acrescentar que essas jantaradas pelo menos trazem novas amizades e, porque não dize-lo, um beber de novos ensinamentos.
O problema é que não “conspiram” contra nada. Porque a conspiração só possuiu efeitos se as teorias conspirativas chegarem ao povo e – muito especialmente – se esse mesmo povo as aceitar como válidas. Caso contrário, não estamos a conspirar (???) contra nada a não ser contra nós próprios.
O conspirar, aqui, é uma forma figurativa. São temas abertos e discutidos debaixo do mais livre direito de opinião e de expressão.

E o que se passa nos blogues Nacionalistas é o mesmo. Não lutamos (não quer dizer que o consigamos) por nos abrir às massas que proliferam pela blogoesfera e que procuram algo de novo. Não alimentamos a sede a quem tem sede. Estamos fechados num círculo e não queremos que mais ninguém entre nele. É como se o pensamento Nacionalista fosse uma dádiva da inteligência só acessível a uma casta de iluminados.
No fundo dos fundos – bem lá no fundo – o sentimento nacionalista de alguns resume-se a isso. E não querem, por isso, crescimento nenhum !
Para muitos dos intitulados nacionalistas, o Nacionalismo, não passa de uma filosofia para ser discutida em tertúlias de masturbação política.
As tertúlias são importantes, mas desde que encaminhem as ideias para uma tentativa de discussão pública.
Sem Povo não há ideias nem causas que mereçam lutar por elas. Porque sem Povo não passamos de um grupo de amigos.

Sou Nacionalista e autor de um blogue. Estou-me nas tintas para as masturbações intelectuais sobre o pensamento de escrevinhadores estrangeiros com pensamentos políticos que nada têm a ver com o meu País.
Luto por um Nacionalismo como pensamento político aberto a todas as classes sociais. Lutar por uma politica Nacionalista só tem sentido se houver aceitação popular. E, nos dias actuais, só há uma forma de o fazer: jogando o jogo democrático dentro das regras impostas. Mas, sabendo apresentar alternativas credíveis a essas mesmas regras. E, para apresentar alternativas credíveis, os seus mentores têm de ser homens e mulheres credíveis.
Não é com grupos de intelectuais fechados no seu sectarismo nem com bandos de rapaziada que, mesmo não sendo marginais (alguns), muitos, assemelham-se a isso.

O pensamento Nacionalista ou entra , e de uma vez por todas, nas massas populares ou está condenado ao fracasso. E, nesta fase crucial, ou ganha já esta luta ou não passará de grupinhos com menos de 1 por cento no voto popular. E, podemos ter a certeza, jamais recuperaremos da pequenez a que fomos votados.
Sem Povo não há politicas credíveis. E, sem gente e propostas credíveis, também não haverá o Nacionalismo como alternativa politica.
Como pensamento político – isso – existirá sempre nem que seja na cabeça de meia dúzia de militantes mas como alternativa não passará de um sonho desfeito.
A História um dia nos julgará.
Ou não nos julgará porque nem sequer chegamos a fazer parte dela.
Eu não quero nem vou entrar nesse grupo. Luto, e continuarei a lutar, para que o Nacionalismo seja história. Uma história de tolerância onde haja o respeito pelo ser humano e pela suas liberdades individuais. O Nacionalismo é tolerância, é respeito, é amor pela Nação e, muito especialmente, pela comunhão entre governo e governados.
E este o Nacionalismo de hoje. É este o nacionalismo porque luto e em que acredito.
Manuel Abrantes

sábado, julho 28, 2007


O PARAÍSO BANCÁRIO
4,755 MILHÕES DE EUROS DE LUCROS AO DIA

867,8 milhões de euros foi o lucro obtido, nos primeiros seis meses deste ano, pelos três maiores bancos portugueses: o BES o BCP e o BPI. Ou seja: 4,755 milhões de euros por dia.
O BES foi o que obteve um maior lucro: 366,8 milhões de euros em seis meses. O BCP, 307,9 milhões e o BPI: 193,1 milhões de euros.
E estamos a falar, apenas, nos primeiros seis meses deste ano.

Que as empresas e as instituições financeiras existam para dar lucro, isso, ninguém tem dúvidas e foi para isso que se formaram. Ninguém tenha a noção que uma instituição financeira, ou uma empresa, é criada tendo em vista, apenas, o beneficio social.
Não são obras de caridade.
Mas, há aqui qualquer coisa que não bate certo, tendo em conta a situação socio-económica em Portugal.
Num País que atravessa uma crise empresarial e o endividamento familiar, como é que a banca possuiu lucros abusivos como estes?

Quando assistimos, diariamente, aos encerramentos de empresas por estrangulamento económico e temos a noção da calamidade do endividamento das famílias, a banca apresenta lucros que em tempo algum conseguiu obter. Em tempo algum e em qualquer outro país da União Europeia.
Ou há aqui dois países, ou há duas sociedades ou há dois pesos e duas medidas.

Se as empresas estão estranguladas pela carga fiscal, pelos encargos de manutenção empresarial, pelas dificuldades de implantação dos produtos - onde a carga fiscal tem fatia importante - , pelas dificuldades na manutenção e encargos dos postos de trabalho, como é que pode existir um sector de actividade onde tudo isto não é, também, a sua realidade?
Aliás, antes pelo contrário, vivem faustosamente apresentando oficialmente lucros astronómicos.

Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Ou será que o sector financeiro privado é a única actividade lucrativa em Portugal?
E, quando digo lucrativa, refiro-me a lucros exorbitantes.
Ou será que uma grande fatia desses mesmos lucros representa, em si própria, a crise financeira das empresas em geral e das famílias em particular ?
È que hoje todos somos obrigados a recorrer ao crédito como forma de sobrevivência.

Nunca – em tempo algum!!! – a banca em Portugal obteve tais lucros.
Nunca – em tempo algum !!! – as empresas se viram na obrigatoriedade de recorrer, sistematicamente, ao crédito como forma desesperada de sobrevivência.
Nunca – em tempo algum !!! – as famílias tiveram de recorrer ao crédito pela falta de algo que, de uma forma ou de outra, sempre existiu : a poupança.
Nem as empresas têm fundo de maneio nem as famílias têm um cêntimo de poupança.

Aquele refrão da cantiga da resistência antifascista ( como eles se intitulavam…) que dizia:
-Eles comem tudo. Eles comem tudo e não deixam nada.
Não será agora que tem todo o cabimento?
Não é agora “que vêm os lobos pela madrugada” ?
Só que estes, nos dias de hoje, vêm à luz do dia e às claras…
Manuel Abrantes

Nota: eu sei que “os lobos” do refrão da música de José Afonso se referia à polícia politica do regime.


sexta-feira, julho 27, 2007






27 de Julho
SALAZAR
O HOMEM E O ESTADISTA

Salazar visto por:
Manuel Abrantes

A 27 de Julho, e como é habitual, o blogue “Estado Novo” "Portugal Club"e o “Capitão do Ar” unem esforços numa parceria para recordar a figura do estadista e do homem.
António de Oliveira Salazar faleceu a 27 de Julho de 1970, em Lisboa, tendo gerido os destinos do País por mais de três décadas.
Salazar foi ministros das Finanças entre 1928 e 1932 e Presidente do Conselho até 1968.
Após 37 anos da sua morte a figura do estadista nunca levantou tanta celeuma como a que ocorre nos dias de hoje. E não é por mero acaso.
Também não é, como o dizem alguns dos seus detractores, por tentativas de branqueamento e de saudosismos passadistas.
Não acredito que exista, nos dias que correm, alguém com “dois dedos de testa” que pense em implantar qualquer regime de partido único.
Os tempos políticos do passado têm de ser analisados no seu tempo e no espaço geográfico onde ocorreram. O passado não tem de ser branqueado. Não necessita! Mas, também não pode ser enxovalhado e ridicularizado. O passado tem de ser analisado, meramente, como passado.

Mas o que faz, nos dias que correm, tanta apetência pela a figura do estadista?
Isto, especialmente, nas classes mais jovens.
Podem existir todas, e mais algumas, razões. Para mim há uma que se sobrepõe a todas:
Foi toda uma vida dedicada, em exclusivo, à causa pública. Foram mais de três décadas da sua vida que o estadista dedicou, e se entregou, à gestão dos destinos de Portugal Continental e de Além-Mar.
Podem acusa-lo de tudo menos de falta de dedicação a uma causa: - A Nação Portuguesa.

Mas, o mais importante de tudo – é aqui que os detractores engolem em seco – o “tirano” o “ditador” o “facínora”, etc, etc faleceu tão pobre, financeiramente, como quando entrou para o Governo. Nem ele, nem ninguém da sua família, retirou proveitos financeiros de mais de três décadas de poder governativo.
Salazar serviu a Nação sem nunca se ter servido de um único tostão.
Jaz na sua aldeia natal em campa rasa – assim por ele exigido – e a única herança de bens materiais que deixou aos descendentes (sobrinhos) foi a velha casa que o seu pai lhe tinha, também, deixado por herança.
Nasceu filho de um feitor das terras das beiras e faleceu tão pobre como nasceu, mas com a grandeza de uma vida dedicada à causa Nacional.


Como ninguém consegue limpar a história, deixo aqui uma passagem do seu discurso proferido em Janeiro de 1949, no Palácio da Bolsa do Porto:

Devo à Providência a graça de ser pobre: sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, ostentações. E para ganhar, na modéstia em que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.
"Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido em que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no Mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção.
"Se lhes defendo tenazmente os seus interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não por ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre".

Não vou fazer qualquer comentário. Faça-o o meu amigo e leitor. Mas faça-o para si; para a sua consciência de cidadão e de português.



SALAZAR : NA SUA ÉPOCA E PARA OS NOSSOS DIAS

Salazar visto por:
Santos Queiroz

Salazar, diga-se agora o que se disser, teve características que ainda hoje ninguém lhe negará, nem mesmo os seus detractores, sejam elas a sua preserverança, que por tempos de dificuldade governativa nunca dantes experimentada, como foram a II Guerra Mundial e a Guerra Fria (das quais nos livrou e soube, até tirar proveito para glória e benefício desta Nação que amava), nunca vacilou, a sua honestidade (que não era compartimentada, como as de hoje, em que num dia se diz algo, noutro se diz diverso, a uns chega tal facto e a outros outro completamente diferente) que chegou ao ponto de lhe acrescentar muitos inimigos, mesmo entre os que o apoiavam e muita admiração entre todos os outros, mesmo que antes o abominassem e o seu distanciamento, que poderemos muito bem tomar como sentido de estado, que o impediu de tirar proveito pessoal daquilo que ele entendia, como só os grandes fazem, ser o sagrado dever de servir à sua Pátria, aos seus.
Salazar fez algo que ainda hoje não o conseguem fazer os que se dizem defensores do povo: nascer pobre, viver humilde e morrer digno, sem ostentação, apenas com o reconhecimento que lhe era devido.
Salazar pôs diante de si uma das mais difíceis missões da História da Humanidade: a de saber governar. Saber governar não como lhe ensinaram, porque poucos ou ninguém antes dele soubera levar o país tão longe, num contexto semelhante, mas como o seu génio, informado e sensato, o levou a fazer. Governou como os que verdadeiramente governam pátrias, sem nunca o fazer com a recompensa pessoal como objectivo ou com os interesses dos outros como influência. Só o desígnio nacional lhe interessava.
Ao início, recusaria o que lhe ofereciam. No Ministério das Finanças não seria um fantoche dos militares. Viria a ser o guia, sim, mas do interesse de todos, não de interesses específicos. O regime que funda, nos anos ’30 do século XX viria a pautar-se pela sua rigidez e por um carácter muito próprio, derivado de muitas características do seu líder, com 5 características que se destacam:
1) A União de todos em torno do ideal comum. Não havia, portanto, lugar a «partes», mas sempre ao Todo. O único partido seria o da Nação. Isto foi feito depois da confusão da Primeira República, e teve valor por introduzir a esperada estabilidade que todos queriam. Hoje terá outra interpretação, mas o contexto impõe-se.


2) O mérito impunha-se. A Universidade era entendida como a verdadeira “seara” dos líderes, não o exército ou grupos ideológicos / associativos. Desde cedo, sabiam os Portugueses que para serem “isto”, teriam de ser “isto”, e que consoante o que fizessem, assim seria a sua recompensa. Não havia uma igualdade de condições iniciais, como nenhuma sociedade conseguiu, aliás, ainda criar, mas havia a segurança de que o esforço e a dedicação eram virtude e de que a virtude tornava os homens mais fortes, para si próprios e d’ entre os outros. O erro não era fatal, mas era punido, se a responsabilidade pessoal a isso levasse.

3) A disciplina e a obediência tudo regulavam. Assim se entendia o que antes foi referido, de o mérito conduzir os percursos pessoais, mas com o sentido de oportunidade, necessidade e obediência que os regulavam. O próprio Salazar destaca, nos seus Discursos, que tentou impor uma realidade em que os dons de cada um só pudessem ser privilégio duma instituição e nunca factor de desagregação. A ganância, que Salazar nunca teve, não era premiada. Já o espírito de iniciativa, floria, por ser estimulado pela organização em que tudo se movia.

4) A Moral Cristã e a Tradição eram bem quistas e cultivadas. Salazar fora educado numa família que as praticava, teve o seu percurso académico fortemente influenciado pelas mesmas e nunca as esqueceu, no seu plano nacional.

5) O conhecimento do que era Português nunca faltou a Salazar. Soube continuar o trabalho em África, que outros não souberam terminar. Soube preservar-nos do que de mau se passava pelo estrangeiro (e muitos dos que fizeram a apologia da cópia, hoje se arrependem de o terem feito) e criou uma Sociedade acolhedora, que os que visitavam ou escolhiam como nova morada sabiam identificar como a mais hospitaleira de todas, no Mundo.

Assim, que lições nos deixou Salazar da sua paciência, da sua integridade, da sua mentalidade sempre disponível a boas ideias, desde que provadamente correctas? Que os que o seguissem tudo fizessem com clareza, aquela clareza que hoje, nesta névoa política, social, cultural e económica nos falta.
Salazar soube que não tinha um país perfeito. Mas construiu um país diferente, mais moderno e que, no entanto, soube preservar a sua identidade. Um país que vivia e viveria por mais tempo, certamente, do que era possível, e não apenas de sonhos ou vontades, porque são essas que devem ceder, e nunca aquilo que é o verdadeiro.
Salazar, criticam-no, foi muito rígido para os que o enfrentaram. Mas quem não seria, vendo-se ameaçado por um mundo cruel que não se compadecia do mais pequeno deslize?
Salazar, criticam-no, foi muito obstinado na sua concepção do mundo. Mas quem não seria obstinado, depois de quase 4 décadas de proveito para a nação, e de ver que muitos sonhos da sua geração (como foram o fervor nacionalista-republicano e o de reavivar a Alma e Império Portugueses) caíram por terra ou foram menosprezados pelos descendentes dos que sempre o apoiaram? Salazar foi derrubado pelo confronto de gerações. A geração que viveu do que podia e lutou sempre pelo futuro dos que viriam deu o lugar à que vivia de sonhos e quis tirar para si todo o proveito possível, nunca antevendo o futuro dos seus filhos. E hão-de ser estes os melhores juízes de qual terá sido a que mais sólida obra deixou.
Até lá, cá vamos, levados, levados sim, mas por mãos que nem conhecemos, e que nem se preocupam muito com o que deviam.

Assim, este estadista não foi certamente perfeito, como também nenhum de nós, muito provavelmente, no seu juízo perfeito, se poderá julgar. Assim, creio que não poderá ser copiado na sua acção, já que aquilo por que se destacou, que foi a adequação àquilo que dele foi exigido, os condicionalismos de época, tudo mudou. Portugal já não é o mesmo, os Portugueses vivem de forma diversa e pensam doutra maneira. Mas a sua maneira de encarar a política, a sua personalidade muito típica, que por muito tempo há-de ser paradigmática, essas sim, podem ser vistas como inspiração pelos vindouros.

quarta-feira, julho 25, 2007


APRESENTAÇÃO DO PLANO TECNOLÓGICO DA EDUCAÇÃO
AFINAL ESTAVA TUDO ENCENADO

Zita Seabra, deputada do PSD, acusou o Governo de Sócrates de ter encenado a apresentação do Plano Tecnológico da Educação com crianças contratadas a 30 euros por presença.
Para a deputada social-democrata "no antigo regime, as crianças eram arrebanhadas pela Mocidade Portuguesa para fazer cenário político, só que não eram pagas" e, agora, com o Governo socialista são pagas para essas acções.
Zita Seabra, considerou que "do ponto de vista ético, é bater no fundo” para acrescentar que “estamos no grau zero da política”.
“O primeiro-ministro tem de explicar como é possível levar tão longe a propaganda governamental", acrescentou

Tudo começou com a apresentação do Plano Tecnológico, na passada segunda-feira no Centro Cultural de Belém e que contou com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
Para o efeito os governantes assistiram a uma demonstração das potencialidades dos quadros interactivos, realizada por um professor e dez crianças.
Qualquer cidadão que viu as reportagens, transmitidas como o grande acontecimento do dia, pensou que se tratava de alunos de uma determinada escola. Contudo, agora, veio a saber-se que, afinal, os “alunos” foram contratados, por 30 euros, por uma empresa de casting.

Tal como afirmou a deputada "em democracia, não é admissível que crianças sejam contratadas e arrebanhadas para figurar na propaganda do Governo".
Não retiro a oportunidade da denuncia da deputada até porque, o Plano Tecnológico da Educação, representa um investimento superior a 400 milhões de euros com a instalação, em cada sala de aula e a partir de Setembro, de um computador com ligação à Internet, assim como uma impressora e um videoprojector.
Nada disto teria relevância se não fosse a apresentação do Plano possuir, como pano de fundo, uma mensagem de promoção eleitoralista..
Não está em causa a particularidade da medida. Até é de louvar e pode representar um grande avanço nas políticas do Ensino. Em causa está a forma como foi apresentado através da comunicação social.
Crianças contratadas por casting, e pagas, para encenar uma aula que se destinava apenas para “português ver”.
Isto, só demonstra que os nossos políticos apenas governam para o eleitoralismo e, para isso, não se coíbem de encenar, seja o que for, para aparecer “bonitinho” aos olhos do eleitorado.
Tudo vale! Já não podemos acreditar em nada. Uma medida governamental com todo o sentido manchada por uma pequena nódoa. É pequena – é certo! – mas não deixa de ser uma nódoa difícil de remover e que nos poderá alertar para quantas mais irão passar a existir nesta toalha de mesa cada vez mais conspurcada. E não há detergente que a limpe.
Manuel Abrantes

terça-feira, julho 24, 2007


POBRES FUTURAS MAMÃS …

As grávidas portuguesas vão passar a receber subsídio de pré-natalidade a partir de 1 de Setembro.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, anunciou a “oferta” com toda a pompa e circunstância.
Sempre é melhor do que nada. Mas vamos ver esta dádiva perto do nada.
Para já, todas as grávidas que tiverem um rendimento familiar superior a 1989 euros brutos, por mês, não recebem nada.
Isto quer dizer que a classe média ficou de fora do subsídio pré-natal.
Mas vamos ao subsídio:
Um escalão que varia entre os 32 euros e os 130 euros
As grávidas (família) com direito a subsídio passam a receber, a partir do quarto mês, 130 euros. Mas, apenas, para os agregados com rendimentos inferiores a 198 euros.
Receberão 32 euros mensais as que estiverem num patamar de rendimentos entre os 994 e os 1989 euros.
Quem estiver acima disso não recebe nada.
Segundo o ministro o Governo estima que 60 mil famílias, ou seja 60% das mães que anualmente dão à luz cerca de 100 mil bebés, deverão ser beneficiadas com prestações acima dos cem euros.

Bem! Isto é o reconhecimento que mais de metade das grávidas em Portugal estão no patamar do limiar da pobreza.
Então o Decreto-Lei nº 2 /2007 não estipula o salário Mínimo Nacional em 403 euros?
Ou a flexigurança, com o trabalho parcial, já está em vigor ?
No entanto, não deixo de saudar esta medida porque uns míseros euros sempre são melhor do que nada. Contudo, e volto a “bater” no mesmo, não nos podemos esquecer que o Governo – todos nós ! – vamos investir mais na prática abortista do que na natalidade. Iremos investir mais no aborto do que nos subsídios pré-natal.
Se calhar é mentira o que acabo de dizer…
Seis Hospitais públicos já estão a recorrer a clínicas privadas para as práticas obortistas
O coordenador nacional para a saúde reprodutiva afirmou ao Diário de Notícias que "o processo está a correr bem, embora haja alguns hospitais mais oleados do que outros". Para já, apenas tem conhecimento dos seis hospitais com parcerias com Los Arcos (clínica privada de origem espanhola) e aponta que "a maioria das solicitações foi motivada pela objecção de consciência".
Não há dúvida que o aborto é um grande negócio…
Manuel Abrantes

segunda-feira, julho 23, 2007

A CRISE NA CHAMADA DIREITA

Depois do anuncio de eleições internas no PSD, a reflexão de Paulo Portas no CDS e, agora, o pedido de demissão de Manuel Monteiro do PND, não há dúvida que os resultados eleitorais nas intercalares de Lisboa provocaram estragos na intitulada Direita.

A Direita prepara-se para mudar as caras ou, ficarem as mesmas, mas com o voto de confiança dos militantes. E, nada irá mudar até à próxima crise eleitoral.

A chamada direita em Portugal sempre foi, politicamente, aquilo que a esquerda quis.
Desde a implantação da Democracia que a esquerda dominou e impôs as regras do jogo. Regras, que sempre foram marcadas pelos interesses políticos dos partidos de esquerda - muito especialmente o PS - que dominam, por completo, os órgão de comunicação social.
E não foram, somente, os órgãos de comunicação social. O PREC – Período Revolucionário em Curso, deixou as suas marcas com a ocupação de tudo o que foi poder. Uma ocupação que não se limitou apenas aos órgãos de Estado mas, também, em tudo o que tinha a ver com a sociedade em geral.

A esquerda criou a acusação de “fascista” a tudo e a todos que não alinhavam, directa ou indirectamente, com as suas posições. Criou a fobia do antifascismo. Fobia e não só: as perseguições foram uma realidade que, paulatinamente, estão a imporem-se novamente.

A chamada direita sempre aceitou o jogo político imposto pela esquerda mesmo que, por algumas vezes, tenha tentado alterar esse jogo. Foi o caso do voto contra a Constituição pelo CDS, em 2 de Abril de 1976.
A Direita sempre esteve refém do medo da alcunha de “fascista”. Nunca teve a coragem de desmistificar tal coisa e de assumir o seu distanciamento a tal sistema político. Sistema esse, que nunca existiu em Portugal. O que existiu, sim, foi um Estado Corporativo. Se fascista é um regime apenas de partido e pensamento único, e de polícias politicas, o que iremos chamar aos regimes, ditos, socialistas ?

Voltemos à Direita
A Direita aceitou não só o jogo da Esquerda como entrou nele e defendeu-o com “unhas e dentes”. Aceitou e aceita-o em troca de lugares remunerados. Por isso, o que se poderia assumir como de Direita nunca passou de uma peça amarelecida no jogo da Esquerda.
A Direita nunca existiu em Portugal porque, desde sempre, teve medo de se assumir como tal.
A Esquerda impôs a regra que ser de Direita é defender o capital contra o assalariado; é defender o rico em vez do pobre; é defender o capitalismo internacionalista e o fomento do lucro sobre as politicas sociais.
Bem! O que diremos desta sociedade gerida em grande parte pela Esquerda ?
O que diremos das políticas governamentais do “nosso” governo socialista?

È a dita Esquerda a fazer, e a fomentar, as políticas que acusa a Direita de possuir como princípios de gestão politica governativa.
Nunca o capitalismo foi tão capitalista ( na essência pejorativa da palavra); nunca a banca teve tantos lucros ; nunca os ricos foram tão ricos; nunca o fosso entre pobres e ricos foi tão profundo.

A Direita em Portugal nunca teve a coragem em se assumir contra todas estas situações e apresentar alternativas sociais. O único governo – assumo isso! – que deu um ligeiro toque nesse sentido foi o de Pedro Santana Lopes, desde logo destruído e achincalhado pela comunicação social e pelo próprio Presidente Jorge Sampaio, que o demitiu mesmo contando ele com uma maioria absoluta no Parlamento.


O sistema esquerda-direita deixou de ter sentido político. A população está a afastar-se, cada vez, mais da sua missão politica porque perdeu os sinais de valor que os políticos ou os partidos devem transmitir. Hoje, ninguém sabe onde começa a esquerda e acaba a direita. Hoje, já não há pontos de referência, porque este sistema deixou de ter referências. Por isso, não é a direita que está em crise. È todos este sistema.
Manuel Abrantes

sábado, julho 21, 2007


AS GARRAS DO CAPITALISMO SELVAGEM, APÁTRIDA E SEM ROSTO
E A GOVERNAÇÃO BASEADO NOS INTERESSES ELEITORALISTAS

As confederações patronais do comércio, da agricultura, da indústria e do turismo, defenderam a necessidade de revisão das normas do Direito do Trabalho constantes na Constituição Portuguesa.
O tema causou, desde logo, polémica porque as confederações apontaram como entrave ao desenvolvimento económico as normas constitucionais que determinam a segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa.
Um dos pontos que mais polémica levantou foi o facto das confederações reivindicarem o direito dos despedimentos ideológicos, obrigando José Sócrates a afirmar no Parlamento que não está na agenda do Governo mudar a Constituição “e, muito menos, para admitir despedimentos por razões políticas ou ideológicas”.

Sobre este último tema as confederações já desmentiram qualquer pretensão, sua, ao “despedimentos ideológicos”. Mas, a verdade é que João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores afirmou aos microfones da TSF que todas as razões são válidas para despedir e lembrou que como "qualquer trabalhador pode despedir-se caso não concorde com a visão política do seu empregador. Porque não pode suceder o contrário?".

Outros dos pontos da discórdia reside nas pretensões das confederações patronais para por fim à obrigatoriedade de reintegração do trabalhador despedido sem justa causa e a alteração da regra constitucional para clarificar essa situação.

Bem! Então qual seria a soluções das confederações patronais para situações com a do despedimento sem justa causa ? Se a entidade, que despediu o trabalhador sem justa causa, não for obrigada a readmitir o trabalhador, então, terá de existir uma compensação bastante satisfatória para o despedido ? Caso contrário estaríamos a beneficiar o infractor.
Aliás, se analisarmos bem a pretensão patronal, isto não passaria de configurar na Lei o despedimento sem justa causa, quer exista ou não compensação monetária.

Quanto ao despedimento ideológico.
O senhor João Machado da CAP deve viver noutro país. Conhecerá, porventura, algum caso de um trabalhador que se tenha despedido por não concordar com as ideias politicas do patrão ?
Agora, conhece de certeza casos onde o trabalhador foi “massacrado” até à medula por não concordar com as ideias politicas da entidade empregadora. E, o “massacre”, levou ao auto-despedimento ou ao despedimento ideológico, encapotado noutras razões.

È falso o que acabo de escrever ?

Estamos a atravessar uma fase de agudização de gestões governativas que apenas visam o eleitoralismo e, em simultâneo, a ânsia do lucro fácil e desenfreado do capitalismo selvagem, apátrida e sem rosto.
Se por um lado os políticos governam, apenas, para o partido, o capitalismo selvagem impera no lucro, mais lucro e mais lucro.
Vivemos num autêntico Mundo Cão !
Uma sociedade só será uma sociedade de paz, quando empregados e empregadores nutrirem o respeito mútuo e aceitarem, como factor social, a necessidade que têm uns dos outros.
Uma sociedade de paz é uma sociedade de respeito e de compreensão mútua no mundo laboral.
O trabalho é uno e indivisível.
Quando os governantes não se deixarem manipular pelos interesses do grande capital internacionalista e defenderem, apenas, os interesses da Nação e do seu Povo – num todo -, então, estaremos no caminho certo.
As regras serão bem claras na defesa dos direitos de quem trabalha e na defesa dos direitos de quem produz emprego. A luta de classes marxista será letra morta e as regras estabelecerão a harmonia social.
Harmonia social! Não é isso que todos queremos ?
Manuel Abrantes

sexta-feira, julho 20, 2007


GENTE RICA É ASSIM….
DEPUTADOS VÃO PASSAR A TER SECRETÁRIO (A) PARTICULAR



Com a maioria dos votos do PS e do PSD os deputados à Assembleia da República vão passar a ter um assistente individual.
Cada deputado passará a possuir o direito de contratar secretário (a) particular às custas da Assembleia da República.
Que não concordou com esta medida foi o CDS.
O deputado centrista, Mota Soares, justificou o voto contra do CDS dizendo: "Isto consagra um acréscimo de custos que terá de ser pago pelo Parlamento. Num momento em que se pede aos portugueses um conjunto de sacrifícios, é um direito que não se afigura necessário".
O PCP também votou contra e o BE fez o nim: absteve-se.
O socialista António José Seguro justificou a medida dizendo que “um bom exercício da função de deputado justifica o apoio. Nem toda a despesa é má despesa, a eficiência não se obtém a custo zero".

Pois não, senhor deputado. Diz muito bem: a eficiência.
E onde é que está essa eficiência dos deputados ?

Para além de inúmero de assessores que os grupos parlamentares já têm – tirando os funcionários permanentes do Parlamento – poderá, agora, a AR ( todos nós…) ter de sustentar mais 230 secretários(as).

Se cada novo secretário(a) só ganhar 1500 euros/mês – o que eu não acredito…- vai dar um valor mensal de 345.000 euros. Se multiplicarmos isto por 14 meses vai dar quase 5 milhões de euros/ano.
E, isto, é se a despesa com cada um for de, apenas, 1.500 euros mês. O que não é, de certeza absoluta.
Vai haver as deslocações, os subsídios de almoço, de representação, as horas extraordinárias, etc, etc. E as despesas inerentes a estes secretários(as) não serão, apenas, de 1500 euros mensais. Este valor é um cálculo meu. Não se discutiu nem se sabe quanto irá receber cada novo elemento. Nem se sabe, sequer, se há um vencimento igual para todos ou não, nem, sequer, como é que isto se vai desenrolar.

Uma coisa é certa: o PS já pode arranjar mais 121 boys, o PSD mais 75 e os bloquistas mais 8. Quanto ao CDS (12 ) e ao PCP/PEV (12) só espero que mantenham o princípio e não arranjem mais uns lugarezitos prós-compadres. Provavelmente, irão dizer: -Não concordamos, mas como os outros têm…

Bem, que o parlamentarismo como está nos sai caro. Isso sai !
Tá bem! Assim, os 150.000 empregos que José Sócrates prometeu criar já só ficam a faltar 149.770.
Já não falta tudo…
Manuel Abrantes

quinta-feira, julho 19, 2007


QUANDO O DESESPERO LEVA AO SUICÍDIO E AO ASSASSINATO


O caso do empreiteiro do Montijo, que chacinou a família e suicidou-se em seguida, tem levantado as mais variadas reacções.

Adelino Freire, de 47 anos, depois de ter assassinado a mulher e as duas filhas espalhou por cima dele mais de 130 mil euros em notas e suicidou-se em seguida.

Para o tresloucado acto o empreiteiro montijense, que esteve imigrado em França, tinha dito num restaurante, que frequentava assiduamente, que “a nossa solução está na França dos anos 70”, acrescentando que lá, nos anos de crise, os construtores “ matavam-se quando os bancos lhes levavam os bens”.

Segundo testemunhas o empreiteiro nunca foi levado a sério porque era “um cliente tranquilo, reservado e calmo”.

Segundo declarações dos empregados, apesar das enormes dívidas com que se debatia, o construtor “sempre pagou a horas. Só este mês é que se atrasou um dia nos ordenados e parecia envergonhado”, para acrescentarem que “como patrão não havia melhor e conseguiu nunca despedir ninguém”.
Resta acrescentar que Adelino andava a tomar medicamentos para atenuar a depressão provocada pelas dívidas à banca.

Não sou especialista na matéria para encontrar as possíveis causas para tão tresloucado acto.
Mas, casos de desespero perante dívidas à banca, que resultarão no arrasto de bens dos faltosos, está a suceder amiúdas vezes.
Há pouco tempo foi um cidadão que se bloqueou nas instalações bancárias onde possuía dívidas. Também, não há muito tempo, um outro, em Setúbal, fez uma tentativa de assalto ao banco onde devia dinheiro.
Desta vez, foi o assassinato de toda a família seguindo-se de suicídio.

Loucura, desespero? Não sei…
O que pode levar um homem, ou mulher, a cometer tais actos de desespero perante dívidas com as respectivas consequências?
Vergonha, medo de ter de viver sem os bens porque lutou ?
Não sei…
Só sei que, casos como este, começaram a parecer amiúdas vezes.
È preocupante! E merece uma séria reflexão.

Não pretendo ser saudosista, mas as dívidas e o arrasto de bens sempre existiu em Portugal. Contudo, no chamado “tempo da outra senhora”, como a Constituição se baseava na Família, - a Constituição e o regime –, todos estes tipos de casos tinham de levar em linha de conta que, quer a banca ou quer quem o fosse – o próprio Estado, por exemplo –, não podiam mexer em nada que fosse o sustento da família ou nos bens necessários à sua sobrevivência.
O arrasto de bens levava a discussões em Tribunal que, normalmente, se estendiam por anos. Era a letra da Constituição muitas vezes contra os interesses das entidades financiadores e, até, do próprio Estado.
Outros tempos. Outras vontades…
Mas a Família – essa - tinha de estar assegurada.
Com isto, não estou a defender – nem defendo ! – o andar para trás. Só pretendo andar para a frente, recolhendo os ensinamentos do passado, analisar o presente e perspectivar o futuro.
Manuel Abrantes

quarta-feira, julho 18, 2007


O REBULIÇO SOCIAL-DEMOCRATA
E O COMPORTAMENTO DAS MASSAS POPULARES


As intercalares em Lisboa, e os seus resultados eleitorais, causaram um autêntico rebuliço nas hostes sociais-democratas.

Marques Mendes anunciou, após o desastre eleitoral, eleições directas no partido.
Paula Teixeira da Cruz, presidente da Distrital de Lisboa, pediu eleições antecipadas para este órgão, anunciando que não se vai recandidatar ao cargo e admitindo que o partido está "em crise".

Os resultados eleitorais produziram uma autêntica tempestade dentro do partido.
Mas, como se diz na gíria, depois da tempestade vem a bonança. E, é isso que o PSD está sujeito. Depois de uma possível reviravolta nos cargos tudo irá ficar na mesma.

Sai o Mendes entra a Ferreira Leite ou o Luís Filipe Menezes. Sai a Paula Teixeira da Distrital de Lisboa entra a Helena Costa. Entram uns saem outros e tudo fica na mesma.

O problema não está nas caras de quem entra ou de quem sai. O problema está na forma de fazer política e, no caso do PSD, na forma de fazer e produzir oposição.
É que fazer oposição a este governo, ou a qualquer outro, não basta a mera critica ás praxis politicas governamentais. È necessário apresentar alternativas; é necessário dizer: nós faríamos assim.
O Zé portuga está farto – e já não acredita – nem na demagogia governamental nem no “bota-abaixo” das oposições.
O Zé portuga quer factos; quer viver descansado e com segurança; quer estabilidade social; quer – no fim e ao cabo – que o deixem viver e que não chateiem com a “sarna” das politiquices caseiras.
Para o Zé portuga tanto lhe faz que seja o manel ou o jaquim, que esteja sentado na cadeira do poder, desde que o deixem viver descansado.

AS MASSAS POPULARES

Quer alguns leitores gostem ou não sobre o que vos contar, aqui vai uma para podermos analisar o comportamento das massas populares:
Recentemente José Sócrates foi vaiado por mais de 40.000 espectadores, no Estádio da Luz, no arranque da Gala das Sete Maravilhas do Mundo.
Logo, alguns analistas, consideraram o facto como uma forma de descrédito do primeiro-ministro na opinião pública.
Que as políticas governamentais estão a produzir a “revolta” nas massas populares isso é um facto. Mas, não podemos analisar essa “revolta” por assobios, vaias ou palmas.
Aqui vai um exemplo:
Em Março de 1974, num jogo Sporting – Benfica, com o Estádio José Alvalade completamente cheio, Marcelo de Caetano recebeu uma enorme ovação - de pé! - por parte dos assistentes. Não foi um grupo reduzido. Foi um Estádio inteiro que o fez, de pé e em uníssono, e ninguém pediu aos microfones para o fazer. Aliás, nem anunciaram a chegada do presidente do Conselho à tribuna.
Trinta dias depois Marcelo foi achincalhado, no golpe de estado, por essas mesmas massas populares.

O ser humano individualmente é um pensante. Em grupo é um carneiro no rebanho.
Porque é que escrevo isto ?
Porque, político eu sou! Mas não sou candidato a nada nem faço intenções de o ser.
E, o único tacho que quero é um cheio de sopinha de feijão com hortaliça, cozinhada e preparada pela minha Rosinha.
Manuel Abrantes

terça-feira, julho 17, 2007

OS CÁGADOS DA EUROPA
NO JARDIM À BEIRA-MAR PLANTADO


Segundo o Banco de Portugal os salários dos portugueses caíram, no ano passado, 0.7 por cento.
Segundo os dados da mesma instituição bancária, a “surpresa” destes números deveu-se ao crescimento de três por cento na taxa de inflação.

Não sei onde está a surpresa na medida em que o investimento caiu, no mesmo ano, dois por cento. Isto, sem contar com os aumentos na carga fiscal e, muito especialmente, das taxas dos juros.

Portugal, e segundo o Banco central, prevê um crescimento da economia, para este ano, de 1.8 %. As previsões da União Europeia é de um crescimento de 2.7 % na UE e de 2,4 % nos países da zona Euro. A taxa de inflação prevista é de 1,8 por cento.

Segundo as previsões, da própria União Europeia, a economia nacional deverá avançar 1,8%, em 2007, e 2%, em 2008. Ainda assim, o crescimento português será o mais baixo dos 27 países.

Perante este números digam-me lá onde esta a “retoma” Nacional ?
Crescemos, é verdade! Mas estamos afastar-nos, cada vez mais, das médias europeias.

Que a tendência de queda foi travada com o sacrifício monetário da população portuguesa é uma realidade. Mas, foi a única coisa que foi feita.
Portugal não está a acompanhar o ritmo de crescimento dos restantes países da EU como, está, cada vez mais, a afastar-se.
A contenção financeira, imposta aos portugueses, apenas travou a tendência de decrescimento que se vinha acentuando nos últimos anos. Mas, não produziu o mesmo crescimento da média europeia.
Pedimos sacrifícios, mais nada. Não soubemos criar os meios de riqueza para um verdadeiro e necessário crescimento.
Com tantos sacrifícios continuamos no “rabo da Europa” e bem lá na ponta.
È triste! Mas é a verdade.
Manuel Abrantes



domingo, julho 15, 2007

ELEIÇÕES EM LISBOA

NÃO FOI O PS QUE AS GANHOU
FOI O PSD QUE AS PERDEU
-analise aos resultados feita à 22 horas de Domingo


Infelizmente a grande vendedora destas eleições foi a abstenção.
64 por cento é um recorde. Isto não esquecendo os 4 por cento dos votos nulos e brancos. E, não podemos acusar a praia como a grande responsável. Até porque, o dia não convidou, em tempo climatérico, para um dia à beira mar.
Não podemos acusar as férias. O cansaço e o descrédito dos cidadãos face as politicais é a grande causa do abstencionismo. E não vai ficar apenas por estas eleições. Vão seguir-se os novos capítulos desta telenovela do caça ao voto.

Como as sondagens o previam, António Costa, é o novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Sem a maioria absoluta – como pedia – o candidato socialistas tem agora de resolver as politicas de aliança para governar a Câmara. Até porque, vai encontrar pela frente uma Assembleia Municipal de maioria social-democrata e uma maioria de presidentes, também sociais-democratas, na Juntas de Freguesia.

Contudo, há um facto novo. A “mão” do Governo está, agora, sentada na cadeira do poder em Lisboa. Vamos ver qual será, a partir de agora, as posições governamentais no apoio à autarquia lisboeta. Até ao momento, foi de bloqueio completo. Agora, que tem o seu delfim como presidente, pode ser que mude de estratégia.

O PSD de Marques Mendes caiu em completa desgraça. Deixou cair o seu ex-candidato, Carmona Rodrigues, que se sitiou à frente do candidato oficial do partido.
Negrão, não soube transmitir uma mensagem credível para que o PSD continua-se a gerir os destinos da Câmara de Lisboa
Não nos podemos esquecer que Santana Lopes já ganhou eleições, nesta mesma Câmara, com uma margem de 42 por cento.

Outro dos grandes derrotados foi o CDS/PP. Não elegeu nenhum vereador.
Tal como o Paulo Portas disse na noite eleitoral “houve dispersão de votos à nossa direita”. È um facto, o Partido Nacional Renovador (especialmente este) e o Partido da Nova Democracia vão, paulatinamente, roubando-lhe votos.
O CDS ainda não percebeu que não é de mãos dadas com o sistema que volta a impor-se no espaço político. O CDS ainda não percebeu que não soube, nos últimos tempos, ocupar o seu verdadeiro espaço político. O CDS, que teve a coragem de ser o único partido que, em 2 de Abril 1976, votou contra uma Constituição que apontava o Socialismo como caminho politico para Portugal, anda, agora, à procura de rumo.

MESMO COM A ABSTENÇÃO PNR DUPLICA OS VOTOS

Quanto aos Nacionalista do PNR.
Foi um esforço contra tudo e contra todos. Mesmo sem o apoio da comunicação social, o candidato José Pinto-Coelho, soube marcar presença nos poucos tempos de antena que teve.
Algo é certo: - José Pinto-Coelho viu a sua imagem de político Nacionalista reforçada. Soube estar à altura em todos os momentos em que foi chamado para debates e entrevistas. Soube estar na altura de um leader e demonstrou ter futuro politico, possuindo a coragem de dizer o que muitos pensam mas não têm coragem para o dizer.

Pinto Coelho, mesmo sem ser comentador oficial nos grandes canais televisivos – como é Manuel Monteiro do PND- ficou à frente, em número de votos (1501), em relação ao mediático leader da Nova Democracia, que se ficou pelos 1118 votos

Contudo há ilações a tirar:
Há um futuro que se vai fazendo paulatinamente. A mensagem Nacionalista vai passando de dia para dia. O partido vai crescendo. Isto é um facto! Mas o seu crescimento pode ser muito mais rápido se souber libertar-se da imagem que a comunicação social lhe dá de grupo de radicais extremistas. O PNR terá voz activa quando o eleitorado perceber que o único extremismo que defende é a honradez dos seus dirigentes, o amor à Pátria e o respeito pela instituição Família.
Quando isso suceder: A vitória é nossa. Ou seja, é a vitória do Povo de Portugal.


O RIDÍCULO DOS EXCURSIONISTA POLÍTICOS

Bem tentaram os jornalistas da SIC em reportagem encontrar entrevistados lisboetas na festa do PS.
Foi ridículo !!!
Os “pobres” entrevistados não se coibiram de dizer que foram convidados a virem de excursões, organizadas pelo PS, à festa de Lisboa. Muitos também não se coibiram em dizer que nem sequer sabiam para o que vinham.
“Disseram-nos para vir passear a Lisboa”, dizia uma “socialista” alentejana.
Era gente de todo o lado menos de Lisboa.
Simplesmente ridículo.
Manuel Abrantes

OLÉ! SARAMAGO
UM “ESPANHOLÊS” DOS QUATRO COSTADOS


Em entrevista publicada no “Diário de Notícias” o “nobelizado” José Saramago, diz que “não sou profeta, mas Portugal acabará por integrar-se na Espanha”.

O escritor José Saramago, auto-exilado (???) na ilha espanhola de Lanzarote, explica, até, as razões e a forma dessa integração

Para a eminência (do Lat. Eminente) literária “já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla la Mancha e tínhamos Portugal. Provavelmente [Espanha] teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar. O Ceilão não se chama agora Sri Lanka, muitos países da Ásia mudaram de nome e a União Soviética não passou a Federação Russa?”

Arrebatador!!!
Ele diz: “já temos”. Nós quem? Os espanhóis – Claro!

E, quanto à questão se os Portugueses entenderiam isso, o escritor responde:
“- Acho que sim, desde que isso fosse explicado, não é uma cedência nem acabar com um país, continuaria de outra maneira. Repito que não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português. Seríamos aqui aquilo que os catalães querem ser e estão a ser na Catalunha.”

“(…) continuar de outra maneira”. Mas existe alguma outra forma de se ser País que não seja a soberania Nacional ?

Quanto à forma, o escritor dá o mote:

“Não iríamos ser governados por espanhóis, haveria representantes dos partidos de ambos os países, que teriam representação num parlamento único com todas as forças políticas da Ibéria, e tal como em Espanha, onde cada autonomia tem o seu parlamento próprio, nós também o teríamos”.


Claro, que tudo isto seria muito “bonito” mas com o governo central em Madrid.

José Saramago tem o direito – sempre o teve – de ter as suas opiniões. Cada um é livre de pensar e de agir em conformidade. Mas, continuar a fazer dele uma figura nacional depois de assumir, publicamente, que deseja a integração de Portugal numa Espanha, chamada Ibérica, vai um passo de gigante.

Pois é, senhor escritor. O melhor é entregar a comenda e o colar da Gran-Cruz da Ordem Militar de São Tiago de Espada, condecoração tradicionalmente reservada a Chefes de Estado.
Quem não se sente português não tem o direito de usar tal insígnia. Isto, porque a recebeu como Português e não como estrangeiro.
Renegar a Pátria é renegar todo o nosso passado histórico. È renegar-nos a nós próprios.
VIVA PORTUGAL !!!!

Manuel Abrantes


sábado, julho 14, 2007


AMAR DEUS
RESPEITAR A PÁTRIA
DEFENDER A FAMÍLIA

A trilogia DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA, sempre caracterizou o princípio do pensamento político Nacionalista.

Como Nacionalista tenho amor a DEUS, sem nunca deixar de criticar os crimes cometidos, em Seu nome, pelo homem. Os tempos da Inquisição, são bem o espelho disso.

Como Nacionalista tenho respeito pela PÀTRIA, sem deixar de criticar algumas aberrações históricas feitas, também, em seu nome. A escravatura de seres humanos é bem a prova disso, assim como a imposição de novas culturas, que nada tinham a ver com as culturas indígenas, são outro exemplo.
.
Como Nacionalista tenho o dever de defender a FAMÌLIA, sem deixar de assumir que há muitas que não merecem, sequer, esse nome.

DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA é uma trilogia que caracterizou o pensamento político de um homem: - Professor Doutor António de Oliveira Salazar.

Como Nacionalista, tenho o dever de respeitar a figura do estadista sem deixar de criticar, também, algumas das suas politicas.

Um Nacionalista tem por dever respeitar o passado histórico do seu Povo, as raízes da tradição cultural mas, acima de tudo, saber situar-se no tempo.
O passado de um País deve ser, sempre, analisado no espaço e no tempo. No espaço onde esteve inserido politicamente e no tempo histórico.
Portugal, teve um espaço do Minho a Timor num determinado período de tempo. Para analisarmos as políticas, então defendidas, temos de nos situar nesse espaço e nesse tempo.
Não podemos fazer comparações com os dias de hoje. O Portugal de então nada tem a ver que o Portugal de hoje, totalmente europeu e virado apenas para o espaço das suas actuais fronteiras.
Fronteiras que já nem existem no espaço da União Europeia, onde está inserido.

As realidades de hoje nada têm a ver com as realidades de ontem. Não podemos comparar o sistema político de hoje com o sistema político que caiu com a golpe militar de 1974, nem o sistema do Estado Novo com a I República, nem esta com as monarquias.
A história politica das Nações foram feita por rupturas, mais ou menos abruptas. Nunca podemos comparar dois sistemas, quando um se sobrepôs ao outro por golpe militar ou por qualquer outra transformação abrupta.

No caso Português, não podemos acusar o Estado Novo como uma tirania absoluta porque não sabemos se a “evolução na continuidade” marcelista poderia, ou não, ter canalizado a politica Nacional para a Democracia e para uma abertura às politicas europeias, assim como para a resolução pacifica das províncias ultramarinas.
Pessoalmente, tenho dúvidas no caso da resolução das províncias ultramarinas. Mas, como não tenho dúvidas nenhumas sobre a obrigatoriedade das políticas europeias, que o governo marcelista teria sido obrigado a seguir, não lhe restaria outra alternativa que não fosse a autodeterminação, e a posterior independência, dessas mesmas províncias.

Se o leitor reparar a palavra “obrigatório” está, por diversas vezes, repetida nos parágrafos anteriores. E, não é por acaso.
È que a praxis politica não é aquela que queremos. É aquela que o espaço onde estamos inseridos, e o momento histórico, nos permitem executar.

As políticas são fruto do momento. Depois virão os críticos e os defensores. É assim a historia e é assim que continuará a ser até ao Juízo Final. Se é que haverá um Juízo Final.
Manuel Abrantes


Nota final: Como disse anteriormente, sempre que escreva sobre a defesa do pensamento Nacionalista darei a cara com a apresentação da foto do autor. Dar o pensamento – esteja certo ou errado – e dar a cara, é um dever de qualquer militante e defensor do pensamento Nacionalista.

sexta-feira, julho 13, 2007


PROJECTO AEROPORTO DE ALCOCHETE
MAIS EMPERRADO DO QUE OS HORÁRIOS DOS AVIÕES NOS PERÍODOS DE PONTA

Já lá vai mais de trinta dias que o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, atribuiu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil -. LNEC a incumbência de realizar o estudo para o novo aeroporto internacional em Alcochete.

Segundo os responsáveis do LNEC – estes - ainda não sabem se vale a pena ou não realizar este estudo. Para isso – e segundo os responsáveis do LNEC – já enviaram duas cartas ao ministério a perguntar se os terrenos estão, na verdade, livres ou não para esse fim. Até ao momento ainda não obtiveram nenhuma resposta.

O LNEC enviou, também, a 29 de Junho, uma outra carta ao ministro da Defesa, Severiano Teixeira, para saber dados sobre a possibilidade de utilizar o campo de tiro para um novo aeroporto. Até porque, no momento, esses terrenos estão ao serviço das Forças Armadas para treino de bombardeamentos pesados.
Dessa carta também não há resposta. Isto, porque, e segundo fonte do ministério da Defesa, o respectivo ministro, Severiano Teixeira, resolveu decidiu pedir informações à Força Aérea e a outros serviços militares.

Claro que não se pode elaborar qualquer estudo sem a respectiva autorização dos utilizadores do espaço. Até porque, é uma zona militar onde se treinam armas ligeiras e pesadas e os capacetes dos engenheiros não são à prova de bala.

Com isto tudo já lá vai mais de um mês e o prazo concedido pelo ministro das Obras Públicas para se elaborar um estudo é de seis meses. E, também, não nos podemos esquecer que estamos em pleno período de férias.

Não quero ser pessimista. Mas, para mim, esta hipótese de estudo não passou dum “calar de boca” sobre os que defendem a procura de alternativas à Ota.
E, os que defendem alternativas à Ota, não o são porque embirraram com esta zona, mas sim, porque defendem transparência num processo que vai entrar nos bolsos de todos os contribuintes.

Isto, dá-me a ideia de que é Ota e nada mais. Tudo o resto é para entreter.
Se aparecer alternativas mais credíveis à Ota, vai ser difícil alguém explicar aos portugueses os porquês das razões para que se construa na Ota e não noutro lugar. E, muito especialmente, será difícil de explicar aos que já investiram em terrenos, considerando o projecto Ota como um facto consumado.
È que os milhões (dinheiro) têm muito peso…
Manuel Abrantes


quinta-feira, julho 12, 2007


COLIGAÇÃO DE TACHOS

“coligação de tachos”, foi assim que Telmo Correia, candidato do CDS-PP à Câmara de Lisboa, caracterizou a nomeação governamental de José Miguel Júdice – mandatário da candidatura de Alberto Costa do PS - para gerir o projecto de revitalização da zona ribeirinha da cidade de Lisboa.
O candidato centrista acrescenta, ainda que, a candidatura de António Costa, é uma “coligação de tachos”. “Tachos para independentes, tachos para ex-vereadoras, tachos para dissidentes” acrescentou o candidato.

Por sua vez, Fernando Negrão, candidato do PSD diz que “a coincidência de ser mandatário da candidatura socialista e o convite para ser comissário para a zona ribeirinha é uma coincidência que, pode não ser, mas parece que possa existir alguma contrapartida”.

Por sua vez a candidata independente, Helena Roseta, diz sobre o assunto:
“Durante toda a campanha temos falado da questão da frente ribeirinha. É estranho que isto não tenha sido dito, afinal de contas o Governo já tinha decidido, já tinha convidado uma pessoa, já tem um modelo de gestão e nada nos é dito. É falta de transparência”.

Para Ruben de Carvalho, do PCP, considerou o convite “pouco claro” para interrogar: “vai fazer o quê, com que atribuições, com que amplitude, para quê, com que destinos?”.

O candidato socialista, António Costa – esse, como é evidente – não faz qualquer tipo de comentários.


José Miguel Júdice, diz que foi convidado para o cargo, há mais de quatro meses. Altura em que, ainda, não se falava em novas eleições para a Câmara de Lisboa.


Pois! O problema reside aí. O candidato socialista António Costa já sabia, por isso, que estava já nomeado pelo Governo um Comissário para a Zona Ribeirinha.
Já sabia e nada disse quando se discutiu, por diversas vezes, o assunto.
Este tema foi dos mais debatidos por todos os candidatos, com a exigência de uma clarificação sobre quem deteria os poderes nesta zona da cidade de Lisboa.
A esmagadora maioria dos candidatos acusa o Governo de pretender abrir portas à especulação imobiliária, na zona ribeirinha, tal como aconteceu na Expo 98. Exigem, por isso, a participação activa nos destinos desta área da cidade por parte da Câmara.

E, a nomeação de Miguel Júdice para mandatário de António Costa, deixa a “pulga atrás da orelha” nos restantes candidatos. Até porque, Miguel Júdice, é um ex-social democrata que foi, também, mandatário nas eleições anteriores da candidatura centrista de Maria José Nogueira Pinto, agora ex-CDS e apoiante declarada do socialista António Costa.

Isto é um “reviralho” do hoje estou aqui e amanhã estou ali.
Zona ribeirinha, terrenos devolutos com o desmantelamento do aeroporto da Portela. Isto é algo que cheira a milhões. Muitos milhões.
Tudo isto só me faz lembrar o refrão da velha cantiga:
“Cheira bem. Cheira a Lisboa”
Manuel Abrantes

quarta-feira, julho 11, 2007


CLIMA TENSO
ENTRE A IGREJA CATÓLICA E O GOVERNO SOCIALISTA



O clima entre a Igreja Católica e o Governo socialista de José Sócrates vai, lentamente, entrando em ruptura.
A Conferência Episcopal Portuguesa pediu uma audiência ao primeiro-ministro, José Sócrates, o que, até agora, não obteve qualquer resposta.
Os prelados têm criticado as políticas económicas que, segundo eles, têm levado ao aumento do desemprego e ao alastrar da pobreza em diversas zonas do País.
Um dos outros pontos que os Bispos têm levantado reside na regulamentação da Concordata e nas dificuldades que o Governo tem colocada às instituições de solidariedade social, geridas e fundadas pela Igreja Católica Portuguesa.

Um dos pontos mais polémicos reside no facto da Segurança Social, em diversos distritos, ter enviado cartas a padres para que efectuassem pagamento das respectivas contribuições, sem que o assunto esteja devidamente regulamentado no âmbito da Concordata.

D. Jorge Ortiga, da Conferência Episcopal, recusou a existência de um “clima de guerra”, entre a Igreja e o Governo, acrescentando que “a postura da Igreja é sempre a do diálogo e da concórdia”. Mas, não deixou de concluir que “alguns assuntos precisam de ser debatidos”.

A Igreja Católica tem razão na necessidade de debater e de clarificar as regras nas instituições de solidariedade social geridas por si. Até porque são inúmeras e, infelizmente, o avolumar de problemas, devido ao aumento de quem a elas se socorre, traz a necessidade de mais apoios e de novas medidas.
E, quem conhecer a realidade destas instituições constata que, dia a dia, os que delas se socorrem já não são as chamadas classes mais desfavorecidas socialmente, mas sim, um enorme fluxo da chamada classe média, que vê a sua condição baixar de dia para dia.
È uma nova realidade para a qual estas instituições não estavam preparadas.

Contudo, quanto às contribuições dos sacerdotes o assunto deve ser clarificado. Até porque, mesmo eu sendo Católico, entendo que as contribuições devem ser pagas por todos sem excepção. Um sacerdote não deve estar isento do pagamento das suas contribuições. È um cidadão com direitos e deveres como qualquer outro.

São assuntos que nenhum governo se deve furtar. Até porque, se o Estado é laico pela Constituição, o Povo Português, na sua maioria, não o é. E, isto, deve ser respeitado. A Igreja Católica não pode ser encarada como mais uma igual a tantas outras. A Igreja Católica faz parte da história Nacional, dos costumes e da Fé do nosso Povo.
E, isto, por mais que alguns o queiram renegar é um facto que não pode ser contestado.

Tal como afirmou, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, no final da reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, “a Igreja não é uma instituição qualquer”, acrescentando que “o peso da Igreja na sociedade portuguesa não é o Estado que o define”.

E para aqueles que me vão dizer que as Igrejas estão vazias, desde já lhes repondo que a Fé de um povo – seja ele qual for - não se mede pelas presenças físicas nas Igrejas, Mesquitas ou Sinagogas.
Manuel Abrantes


terça-feira, julho 10, 2007


EMPRESA MUNICIPAL DA GESTÃO DOS BAIRROS DE LISBOA
PROMOVE CONCERTOS EM VEZ DE SOLUÇÕES

Fernando Negrão e Manuel Monteiro, dois candidatos à CML exigem a demissão de Francisco Ribeiro, presidente da empresa municipal Gebalis - Gestão de Bairros Municipais de Lisboa. Em causa está o apoio desta empresa municipal à promoção de um concerto do cantor Toy, em Marvila.

Os dois candidatos acusam esta empresa municipal de ter utilizado os dinheiros do município para promover o concerto do cantor e autor do hino de campanha do ex-presidente, e agora candidato, Carmona Rodrigues.
Segundo as acusações é “um aproveitamento ilegítimo de meios públicos para beneficiar a candidatura de Carmona Rodrigues”, especialmente quando o seu presidente (Gebalis) é, simultaneamente, o sétimo nome da lista de Carmona Rodrigues.

O porta voz da campanha de Fernando Negrão diz que “é um facto inaceitável e que revela a utilização de funções e de dinheiros públicos em benefício de interesses particulares e que são contrários aos mais elementares princípios e valores da democracia e de um Estado de Direito”.

Também para o candidato socialista , António Costa, sobre o assunto, afirmou: “Nem quero acreditar que isso seja verdade”.

Bem! Quando uma empresa Municipal, que tem por dever a gestão dos bairros da cidade, promove concertos de música ligeira – para não lhe chamar ou nome…- é bem a imagem de governação da anterior gestão. Da anterior e das outras. Porque isto não é de agora.

Só gostava de saber o que é que uma gestão de bairros tem a ver com concertos de música. Como não conseguem gerir os problemas dos bairros da cidade vão-lhes dando música da pimbalhada. Com todo o respeito por este tipo musical. Nada tenho contra nem a favor…

Isto só prova que, com esta gente, nada vai mudar em Lisboa. Vai continuar tudo na mesma. O compadrio, a devassa dos dinheiros públicos e, acima de tudo, a falta de clarividência numa gestão autárquica.
Não estou a ser pessimista nem optimista. Estou apenas a dizer o que sinto. E como eu deve haver milhares e milhares de cidadão.

Já não se olha a meios para atingir fins. Uma empresa criada para gerir os bairros de Lisboa e resolver os seus inúmeros problemas, gasta tempo e dinheiro na promoção de concertos musicais.
O que interessa é música para abanar o rabo e viva o Carmona e o sr. Presidente da Gebalis, que é amigo e compadre politico do primeiro.

A EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, que devia promover este tipo de actividades, está mais interessada no apoio às iniciativas dos gays e afins.
È tudo gente boa ou boa gente. Como lhes queiram chamar
Manuel Abrantes

segunda-feira, julho 09, 2007


CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
UM FUTURO NEGRO NO CAMPO FINANCEIRO

Quem se sentar na próxima presidência da Câmara Municipal de Lisboa vai apanhar pela frente uma dívida de 1.300 milhões de euros e uma enorme dor de cabeça com o financiamento das actuais 13 empresas municipais.
Até 2010, a transferência de verbas do orçamento camarário para as actuais 13 empresas do município ascende a 2.65 milhões de euros. Isto, segundo o plano plurianual de investimentos aprovado pela anterior equipa camarária.
Ainda para este ano estão previstas transferências de 850 mil euros só para as empresas municipais.
Para uma melhor percepção do problema podemos dizer, segundo o relatório e contas do município em 2006, os subsídios da Câmara de Lisboa atingiram, entre 2003 e 2006, um total de 53,3 milhões de euros.
Só a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural e a Emarlis- Empresa Pública Municipal de Águas Residuais de Lisboa receberam, naquele período, 30,5 milhões de euros, com a principal fatia a pertencer à EGEAC

São valores “astronómicos” difíceis de gerir e da responsabilidade das gestões anteriores.
Isto, só demonstra que a CML foi gerida sem pensar no futuro e com gestões viradas para o eleitoralismo. Já para não falar no clientelismo político.

Estamos à porta do acto eleitoral. Só resta saber quem vai a população de Lisboa entregar os destinos da cidade.
Está nas mãos de cada eleitor. Depois não se queixem…
Manuel Abrantes


domingo, julho 08, 2007


QUANDO O SENHOR “QUINHENTOS EUROS” FAZ FRENTE AOS “SENHORES MILHÕES”.

A campanha eleitoral à Câmara de Lisboa decorre na chamada normalidade democrática.
Para os principais órgãos de informação apenas existem sete candidatos dos doze que concorrem. È o Costa, o Negrão, o Ruben, o Carmona, o Sá, o Telmo e a Helena. Todos os restantes não passam de intrusos neste sistema, dito, democrático.
A cidade encheu-se de propaganda eleitoral e os grandes restaurantes com faustas almoçaradas e jantaradas das campanhas dos “grande senhores” desta democracia. Os principais órgãos de informação não se cansam em divulgar, diariamente, estas actividades eleitorais. Mas, só e apenas, dos chamados “sete magníficos”.

Mas, o Zé. O verdadeiro Zé . O José Pinto-Coelho, candidato dos Nacionalistas do PNR?
Vai falando para os grandes órgãos de comunicação social quando o deixam e, cada vez que o faz, é mais uma (muitas) pedrada no charco desta lamacenta e putrefacta pseudo-democracia.
Com os seus quinhentos euros para gastar na sua campanha lá vai fazendo frente aos “senhores milhões”.
Pode comer, apenas, uma simples sandes - e quando há dinheiro para isso…- no decorrer da campanha, mas que vai criando indigestões aos senhores milhões. Isso, vai!
E, a prova disso, é que nas últimas sondagens já lhe davam 1, 1 %, o que levou à comunicação social começar a entrevistar todos os outros candidatos da chamada “segunda linha”.
Cruzes, canhoto ! O líder dos Nacionalistas a aproximar-se, em votos, da zona dos partidos com representatividade parlamentar.

Pois é! Podem esperar bem sentadinhos. Comecem lá a preparar as cadeirinhas em S. Bento e podem irem-se preparando para “chuparem” com a voz dos Nacionalistas.

A PÀTRIA e a FAMÌLIA irão ser temas que o hemiciclo de S. Bento irá ouvir de viva voz.
Isto, sem esquecer – de forma alguma! – que o respeito a DEUS e à Igreja de tradição do nosso Povo, irá ter uma voz que, sem qualquer rasgos de oportunismo político, ecoará no hemiciclo de S. Bento.

Podemos não ter dinheiro nem para comer, quanto mais para cartazes ou grandes almoçaradas. Mas, temos a força do querer e a consciência da vitória.
Cartazes? Só quando não há campanhas eleitorais e porque são mais baratos e, mesmo assim, é necessária uma colecta entre militantes.
Uns jantaritos ? As vezes, desde que não se pague mais de 10 euros, porque os comensais não têm dinheiro para mais.

Nada disto importa! A força da razão está acima da razão do dinheiro. O sistema Democrático porque lutamos não se compra com dinheiro.
Adquire-se com a HONRA, com a defesa dos valores da FAMÌLIA e, acima de tudo, com a defesa dos valore PÀTRIOS:
E, DEUS, há-de nos proteger nesta cavalgada até à vitória final!
Não importa a “barriga a dar horas” nas campanhas eleitorais porque o coração –esse - está bombeado pelo espírito e pela força do querer.
Manuel Abrantes


Nota: O único apelo que faço é que o Povo de Lisboa, Vote.
Vote com a sua consciência, independentemente do candidato que for.
Mas, Vote no próximo dia 15




sábado, julho 07, 2007


LIDER SOCIAL-DEMOCRATA ACUSA O GOVERNO DE PIDESCO



No jantar do arranque oficial do PSD à Câmara de Lisboa, Marques Mendes, acusou o Governo de fomentar a delação e os delatores, “no melhor ambiente dos tiques pidescos”
Para o líder social-democrata “Portugal vive hoje um clima de intimidação e medo, de perseguição e intolerância, saneamento político e de fomento de delação e dos delatores” para acrescentar que tudo acontece “pela mão de um Governo socialista”.

Ao fim de 32 anos da dita “democracia”, nascida e criada por um golpe militar armado, os seus mentores já se acusam, uns aos outros, de pides e outros mimos congéneres.

Quando, num sistema político, os seus fomentadores dão inicio às acusações mútuas de estarem a manipular e a denegrir o sistema, isto, é um indício clarividente que algo vai mal no próprio sistema.
A Democracia não se impõe por ela própria. Os políticos são os principais responsáveis pelo seu andamento e pelas regras que a regem. A Democracia, só por si, não garante todos os seus princípios basilares.

A HIPOCRISIA DE QUEM NÃO SABE FAZER MELHOR

Marques Mendes, não deixa de ter razão nas suas afirmações. Mas, o que ele diz, tem um fundo de hipocrisia. Até porque, é o maior partido da oposição e, também ele, já foi governo por diversas vezes.
Não nos podemos esquecer que nos Governos de maioria absoluta de Cavaco Silva, este, também, apresentou laivos de prepotência política.

O problema reside no facto de os partidos, quando possuem maiorias absolutas, confundirem isso com absolutismo.

Marques Mendes, critica as politicas anti-sociais do governo de José Sócrates mas, no fundo – bem lá no fundo – não se importa nada com isso. Ele sabe que, mais cedo ou mais tarde, irá voltar a ser governo e já não necessitará de assumir estas políticas que tantos pesam nos bolsos da população. O “trabalho sujo” já está feito. Depois, é um tempo de “vacas gordas” – assim, pensa, ele… - e a hipótese de aparecer como o “salvador da pátria “.

Estes políticos de hoje não aprenderam nada com a história. Quando um País não cria estruturas de base para se auto-governar, as medidas a avulso nas contenções financeiras apenas tapam, momentaneamente, os buracos financeiros. Não criam soluções! Apenas atiram com os problemas para os tempos seguintes.

Tudo isto, porque não estamos a criar riqueza. Estamos, apenas, a tapar buracos financeiros.
E, cortar apenas nos custo, é o apanágio de quem não sabe gerir seja o que for.
Cortar, cortar e cortar é o caminho mais fácil de governação. Qualquer um o sabe fazer.
Criar riqueza é o caminho mais difícil.
E, ao fim de 32 anos, a única “riqueza” que se viu veio, meramente, dos Fundos Comunitários. Só que o preço que estamos a pagar agora, e o que iremos pagar no futuro, hipotecaram-nos o poder de decidir o nosso, próprio, destino. E, quando dependemos de terceiros para as grandes decisões, já não temos armas para definirmos seja o que for.
Pensem nisto…
Manuel Abrantes

sexta-feira, julho 06, 2007


PODEMOS CRITICAR AS ACÇÕES GOVERNATIVAS
MAS SÓ EM LOCAIS PRÓPRIOS




A arrogância de alguns dos membros do Governo socialista não para.
Carmen Pignatelli, Secretária de Estado da Saúde afirmou, em referência ao relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, que «vivemos num país em que as pessoas são livres de dizer aquilo que pensam” mas criticar o governo só em locais próprios.
Sobre as questões colocadas pelo Observatório, nas taxas moderadoras, a secretária de estado não esteve com meias medidas e respondeu: «já foi tudo tão explicado, até na Assembleia da Republica» e que, para o Governo, é «assunto encerrado e esgotado”.

O Observatório, em relatório, criticou a acção governativa considerando que as taxas moderadoras para cirurgias e internamento, em vigor há seis meses, são uma forma “socialmente injusta” de financiamento do Serviço Nacional de Saúde.

Mas a maior “tirada” deste membro do Governo não ficou por aqui:
A secretária de Estado, também, na apresentação do relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde, criou uma cena de riso na planeia quando disse: «como estamos numa democracia cada um pode dizer o que quer». Mas «só em casa ou nos cafés. Nunca em público”.
Claro que se referia ao caso do professor Charrua e à exoneração da coordenadora do centro de Saúde de Vieira do Minho.
Mas foi, ainda, mais longe no seu entender de “democracia” quando acrescentou que «eu aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Como estamos numa democracia, pode-se dizer o que se quer em casa, nas esquinas ou nos cafés entre os amigos. Tem de haver uma sensibilidade social».

Bem! Por este andar só temos de chegar a uma conclusão : - Os socialistas não sabem governar com maioria absoluta. Confundem esta com absolutismo.
Por onde anda a defesa intransigente das liberdades, por parte dos socialistas ?
Será que cada vez mais se afastam dos seus princípios?
Que tenham metido o socialismo na gaveta, eu entendo. Mas os princípios mais básicos da liberdade ? Bem! Não há dúvida que a maioria absoluta subiu-lhes à cabeça.

…Podemos criticar as acções do governo, mas só em locais próprios.
Volta, Salazar, estás perdoado!
Se é que temos de “perdoar” alguma coisa…. È apenas um velho ditado português
Manuel Abrantes

quinta-feira, julho 05, 2007


OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DOS SISTEMAS DE SAÚDE
CRITICA MEDIDAS GOVERNAMENTAIS



As taxas moderadoras para cirurgias e internamento, em vigor há seis meses, são uma forma “socialmente injusta” de financiamento, diz o Observatório Português dos Sistemas de Saúde.

O Observatório interroga-se sobre os porquês que levaram o Governo a decretar taxas de crescimento “superiores para as consultas e urgências dos hospitais distritais, comparativamente com os hospitais centrais”.

Mas o organismo não se ficou por aqui, questionando, por outro lado, os motivos que levaram o Ministério a “taxar os exames complementares de diagnóstico, se a sua prescrição é uma decisão exclusivamente médica”.

Em nota conclusiva o Observatório relembra que o princípio do utilizador-pagador aplica-se a outros serviços públicos, como a água, electricidade e transportes públicos. Para o organismo, esta lógia exclui o Sistema de Saúde deste âmbito pelo ao facto de “além dos benefícios para o próprio, também existirem externalidades para a sociedade” e de na Saúde “não ser o utilizador a determinar o consumo”.

Sobre os encerramentos de alguns Serviços de Urgência o Observatório Português dos Sistemas de Saúde critica os argumentos utilizados pelo Governo, designadamente o baixo número de utilizadores e a explicação do Ministério da Saúde de que os centros de saúde não estão preparados para responder a situações urgentes.
O relatório indica, também que a reestruturação dos serviços de urgência tem passado pela “diminuição de serviços disponíveis e não propriamente pelo alargamento ou requalificação” acrescentando “não se ter iniciado pela instalação dos Serviços de Urgência Básica (SUB), como seria expectável mas sim pelo encerramento de serviços”

Não sei o que o que vai dizer, sobre tudo isto, o ministro Correia de Campos. Provavelmente, irá fazer “tábua rasa” sobre o assunto e fingir que este relatório não passou de uma mera tentativa para denegrir as acções governativas.

O Observatório Português dos Sistemas de Saúde é um organismo credível e gerido por profissionais do sector.
Desta vez não se trata de autarcas a defender - e muito bem! - os interesses das populações que representam, nem de manifestações populares. È um organismo do sector da Saúde a criticar acções governativas.
As medidas anti-sociais, promovidas neste sector de importância vital para as populações, já começam a ser criticadas por organismos do próprio sistema.
Manuel Abrantes

quarta-feira, julho 04, 2007


QUANDO UMA LEI NÃO RESPEITA OS MAIS ELEMENTARES PRINCÍPIOS DA CONDIÇÃO HUMANA



Artur Silva, professor de filosofia na Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, foi considerado apto para leccionar apesar de lhe ter sido diagnosticado cancro na traqueia e ter ficado mudo após operação.

Esta decisão partiu da Caixa Geral de Aposentações, que lhe recusou a reforma, e uma Junta Médica que nem sequer o convocou para constatar o seu estado de saúde.
Após um autentico calvário, o professor Artur Silva faleceu aos 60 anos, depois de uma autêntica via-sacra nas teias da burocracia.

Como escreve o “Portugal Diário” através das palavras de um seu colega de profissão, Artur Silva, “quando regressou à Escola Secundária Alberto Sampaio, em Braga, já o ano lectivo de 2006 estava no fim e os alunos acabaram por não ter aulas com este professor. A escola não lhe marcou serviço lectivo, garante a DREN. Morreu no início deste ano deprimido e desiludido”

Podem-me dizer que é a Lei que rege os trâmites destas situações. Então, só há um caminho: - Alterem a Lei!
Até porque já não é caso único. Foi, também, o caso da professora Manuela Estanqueiro, que lhe foi diagnosticada Leucemia, tendo sido obrigada a regressar ao serviço para não perder o vencimento.
Manuela Estanqueiro, foi considerada apta para o exercício de funções por uma junta médica da Caixa Geral de Aposentações.
Acabou por conseguir a sua aposentação uma semana antes de morrer, no Hospital de Aveiro, após 31 dias de escola com vómitos e desmaios.

As leis e as normas são para se cumprir. Mas, quando estamos perante casos deste só há um caminho: - alterar a Lei. E, isto, cabe à classe política representada na Assembleia da República. Não há outra forma.
Manuel Abrantes

terça-feira, julho 03, 2007

CAMPANHA ELEITORAL PARA A CÂMARA DE LISBOA
PORQUÊ VOTAR NOS NACIONALISTAS


Com a campanha eleitoral, a decorrer na cidade de Lisboa, não podia deixar de escrever sobre a importância do voto nos Nacionalistas. È claro que estou a referir-me ao Partido Nacional Renovador e ao seu cabeça de lista, José Pinto-Coelho.

Participar num acto eleitoral não só é um dever cívico como um dever de cidadão para com a Nação. È uma responsabilidade que todo e qualquer cidadão deve assumir.

Os Nacionalistas, a única coisa que pedem é que a população de Lisboa participe no acto eleitoral e que vote em consciência.
O voto com consciência é uma antítese do voto útil. Este tipo de voto – muito incutido nas populações – não só desvirtua o verdadeiro “sentir” dos eleitores como perpetua os dois maiores partidos ( PS e PSD) como “donos e senhores” da Democracia Portuguesa. E, quando alguém se sente “dono e senhor” de algo, confunde sempre o dever de humildade para com outros com a arrogância do poder. Neste caso, confunde o poder Democrático com o poder absoluto.
Enfim, confunde a gestão democrática com o absolutismo.

Mas vamos a algumas das razões do voto nos Nacionalistas.
Os Nacionalistas têm a consciência que ainda não têm a força necessária – por enquanto… para colocar, na ribalta do poder, os seus ideais.
Os nacionalistas não se limitam a confrontar as posições assumidas pelos partidos do poder. Vão mais longe:
Entendem que este sistema e a forma governativa não defendem – bem antes pelo contrário – os interesses Nacionais, a família e a segurança física e psíquica das populações. Ter segurança não se resume a não ter medo de andar nas ruas. É, também, não ter medo de viver, não temendo o futuro. Esta é que é a grande segurança do ser humano.

Os Nacionalistas lutam por isto. Não possuem nenhuma “varinha mágica” para implementar estes princípios. Lutar por este princípios é um direito que lhes assiste. Mas, sem o voto popular, a sua voz jamais passará de uma simples ânsia de querer. Mais nada…
O pensamento Nacionalista está, em Portugal, numa fase embrionária.
Está na altura de todos, os que defendam que os valores Pátrios e da Família sejam o pilar de base das linhas políticas, de lutar por esses princípios.
Não é necessário militar politicamente neste ou naquele partido que se assumam, ou venha a assumir-se, dentro destes princípios. È necessário, apenas, participar com opiniões e estratégias.
Neste momento o PNR é a única voz oficial desta linha de pensamento. O apoio para que a sua voz se imponha é fundamental. È por isso que aconselho votar nesta candidatura à CML.

Dificilmente José Pinto Coelho será eleito vereador. Nós Nacionalista, não entramos em demagogias eleitoralistas. Mas, queremos que a força Nacionalista cresça em número de votos.
Em 2009, para as Legislativas, queremos obter um resultado que nos permita estar representados na Assembleia da República.
Que alguém “grite” pelos direitos da Nação e da Família no hemiciclo de S. Bento.
Que a voz da Pátria, e dos seus valores, seja ouvida em tal lugar; que a Família seja o expoente máximo dos princípios Nacionais.
È por isto que lutamos. È por isto que pedimos o vosso apoio e, muito especialmente, a vossa critica às nossas atitudes para que as possamos corrigir.
Manuel Abrantes

Nota: Não voto em Lisboa nem sou candidato


segunda-feira, julho 02, 2007


TRATADO OU CONSTITUIÇÃO EUROPEIA
SOCRATES PREPARA-SE PARA MANDAR MAIS UMA PROMESSA ELEITORAL PARA O LIXO


Iniciou a presidência portuguesa da União Europeia. Uma presidência que durará seis meses, tendo como pano de fundo o intitulado Tratado de Reforma.
Como a famigerada Constituição Europeia levou um rotundo Não, agora, dão-lhe outra forma e outro nome.
No acto inaugural da Presidência Portuguesa o primeiro-ministro, José Sócrates, definiu a negociação e a conclusão do Tratado como «a prioridade das prioridades» da presidência portuguesa .

José Sócrates, durante a campanha eleitoral que o levou à maioria absoluta na Parlamento, prometeu chamar o Povo Português a Referendo sobre esta questão.
No debate parlamentar, na semana passada, sobre questões europeias, o primeiro-ministro foi dizendo que faz, agora, uma clara distinção entre uma Constituição Europeia e um Tratado.
Ao fazer a distinção entre o tratado "reformador" aprovado no recente Conselho Europeu em Bruxelas e o anterior tratado constitucional, chumbado nos referendos francês e holandês, José Sócrates prepara-se para dar o dito por não dito e fazer aprovar, em Portugal, o Tratado de Reforma sem consulta popular.
Para o primeiro-ministro "o novo Tratado será mais um tratado internacional, sem natureza constitucional e sem pretender substituir em bloco os tratados em vigor".

Bem! O cidadão comum desconhece as linhas de base já definidas em reunião de liders. As conclusões e o texto final só virão a público no fim e depois da Conferência Intergovernamental marcada para 23 de Julho.

Estamos perante mais uma possível reviravolta nas promessas eleitorais. Todos os partidos, actualmente com assento parlamentar, prometeram referendar em Portugal qualquer tipo de constituição europeia.Se lhes chamam agora Tratado, é apenas uma questão de terminologia. Tratado ou Constituição, o que lá estiver escrito é Lei para todos os povos da EU.
Dêem-lhe o nome que quiserem, o que vai sair daqui é Lei para todos os países que compõem a UE e os povos, quer concordem ou não, têm de cumprir o que ficará escrito. Os países ficam obrigados a este acordo e às suas regras.

Se o nosso Povo foi chamado para discutir uma nova Lei do Aborto, agora, já não é necessária a sua opinião sobre o futuro de Portugal ?
O Povo Português não tem o direito de opinar sobre os grandes temas da União Europeia?

O grande erro do Estado Novo foi pensar que o regime sobreviveria sem a consulta popular. Um erro que lhe custou caro…
Esta gente nem com a história aprende.
Manuel Abrantes


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