quinta-feira, julho 31, 2008


ORGULHOSOS…

No site “Portugal Club” foi publicado uma peça de um autor desconhecido bastante pertinente.
Não interessa se é homem ou mulher, conhecido ou não. O que interessa é o seu conteúdo.
Dá que pensar.
Leia:

Obrigado 25a. Estamos orgulhosos.


De facto dá que pensar... principalmente por ser tão real!
Uma adolescente de 16 anos pode fazer livremente um aborto mas não pode pôr um piercing.Um jovem de 18 anos recebe 200 € do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma 236 € depois de toda uma vida do trabalho.


Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.

O mesmo fisco penhora indevidamente o salário de um trabalhador e demora 3 anos a corrigir o erro.

Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas existe 1 polícia para cada 2.000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.

Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.

O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados. No Fórum Montijo o WC da Pizza Hut fica a 100mts e não tem local para lavar as mãos. O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga ISP (Imposto sobre produtos petrolíferos).

Nas prisões são distribuídas gratuitamente seringas por causa do HIV, mas é proibido consumir droga nas prisões!

No exame final de 12º ano és apanhado a copiar chumbas o ano, o primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa, mandou por fax e é engenheiro.

Um jovem de 14 anos mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal. Um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga, é violência doméstica!

A uma família a quem a casa ruiu e não tem dinheiro para comprar outra, o estado não tem dinheiro para fazer uma nova, tem de viver conforme pode. 6 presos que mataram e violaram idosos vivem numa sela de 4 e sem wc privado, não estão a viver condignamente e aí a associação de direitos humanos faz queixa ao tribunal europeu.

A militares que combateram em África a mando do governo da época na defesa do território nacional não lhes é reconhecido nenhuma causa nem direito de guerra, mas o primeiro-ministro elogia as tropas que estão em defesa da pátria no KOSOVO, AFEGANISTÃO E IRAQUE.

Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem, não pagas às finanças a tempo e horas, passado um dia, já estas a pagar juros.

Fechas a janela da tua varanda e estás a fazer uma obra ilegal, constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.

Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num ofício respeitável, é exploração de trabalho infantil, se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe! Numa farmácia pagas 0.50€ por uma seringa que se usa para dar um medicamento a uma criança. Se fosses drogado, não pagavas nada!
Obrigado 25a. Estamos orgulhosos.
(Autor desconhecido)

terça-feira, julho 29, 2008


LIMPEZA ÉTNICA
“Jornal de Noticias”
Mário Crespo

Publicado no “Jornal de Notícias”, no inicio da semana passada, um artigo do jornalista Mário Crespo sobre os autodesalojados da Quinta da Fonte, levanta uma série de questões bastante pertinentes.
O articulista Mário Crespo é uma figura independente e, como jornalista, totalmente inserido neste sistema. Aliás, na minha opinião, é a imagem do jornalismo seguidista deste sistema. Ele é um dos arautos do sistema.
Depois de lerem não se esqueçam: este jornalista já por diversas vezes mostrou aversão aos movimentos Nacionalistas e às suas posições políticas..
Isto já me faz-me lembrar o inicio dos anos 70. O regime estava tão podre – tão podre…- que ninguém já acreditava nele. Nem as pessoas que o defendiam. Tal como eu…

Vamos ler o que escreveu Mário Crespo:
LIMPEZA ÉTNICA
O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!".
"O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.
"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte.
A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias.

Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros.

A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo.
É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade.

O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil.
Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

domingo, julho 27, 2008


28 DE ABRIL DE 1889
27 DE JULHO DE 1970

A HONRA DE SER PORTUGUÊS
-Descansa em Paz “velho” guerreiro

Para muitos um “Deus” político e uma figura omnipotente. Para outros um tirano.
Para mim, nem uma coisa nem outra. Foi simplesmente um homem que dedicou toda a sua vida a Portugal.
Contudo, no seu tempo, foi um chefe e um líder.
Para se analisar a historia temos de nos situar no espaço e no tempo.
A sua dedicação à Pátria não tem dúvidas. Podemos criticar as acções mas não a sua dedicação e o seu amor pela Pátria-Mãe.
Professor-Doutor, António de Oliveira Salazar, foi um homem no seu tempo. E só o tempo julgará as suas acções.
A História ainda está por se fazer.
Descansa em Paz “velho” guerreiro do Portugal-Português e do orgulho na nossa História e de todos os que sentem a ALMA-PORTUGUESA


Descansa em paz “velho” guerreiro.
Manuel Abrantes

Nota: A menina é a “Micas”, sua filha adoptiva

sexta-feira, julho 25, 2008


UMA CONSTITUIÇÃO ELABORADA DE “PUNHO FECHADO” E A “CAMINHO DO SOCIALISMO”


O governo da maioria absoluta socialistas vai propor a aplicação da Lei constitucional que diz no n.º 4 do artigo 55.º que «as associações sindicais são independentes do patronato, do Estado, das confissões religiosas, dos partidos e outras associações políticas» e impõe que a lei deve «estabelecer as garantias adequadas dessa independência».

Até aqui, tudo bem!
Mas a actual Constituição refere ainda no artigo 444 da proposta de revisão do Código do Trabalho que «o exercício de cargo de direcção de associação sindical ou de associação de empregadores ou é incompatível com o exercício de qualquer cargo de direcção em partido político, instituição religiosa ou outra associação relativamente à qual exista conflito de interesses”.

Desde 1975 que a legislação laboral portuguesa estabelece que «é incompatível o exercício de cargos em corpos gerentes de associações sindicais com o exercício de cargos de direcção em partidos políticos ou instituições religiosas”.

Que as instituições em causa mantenham independência partidária ou religiosa está – na minha opinião – correcto. Aliás, para pessoas de bom senso e de honestidade nem seria necessária a “força da Lei”. Mas, uma coisa são as instituições como tal e outra é o cidadão que nelas participa. Isto, porque todo o cidadão tem o direito de eleger e de ser eleito.
Um cidadão que faça parte de órgãos de direcção de um sindicato, de uma associação patronal ou de um credo religioso não pode ser eleito para qualquer cargo político nem partidário ?
Estão proibidos de ocupar cargos de direcção partidária ou cargos de eleição política?
Então um Bispo, por exemplo, não pode ser deputado ? Como cidadão pode eleger mas não pode ser eleito ?
È isso ?
Eu percebo muito bem a razão desta Lei. Ela foi executada no período revolucionário e foi a forma encontrada pelos defensores das “amplas liberdades” para “enjaular” a religião católicas e as associações patronais. Os sindicatos só lá estavam ( e estão ) para compor o ramalhete.

O problema é que passados mais de trinta anos uma maioria absoluta socialista está abraços com a oposição dos sindicatos. E não são só os socialistas, o decreto-lei nº 215-B/75, que regula o exercício da liberdade sindical, foi transcrito para o Código do Trabalho aprovado durante o executivo PSD/CDS-PP.
Os partidos políticos que rodam no poder central não querem oposições. E, as mais “perigosas” vêm da religião, do patronato e, agora, dos sindicatos mais “agressivos” politicamente.

Vêm senhores comunistas, e afins, as voltas que a politica dá ?
Sim ! Os senhores. Porque foram vocês os grandes impulsionadores destas leis na, então, Assembleia Constituinte. Ou já não se recordam ?
Vocês foram os grandes impulsionadores do “enjaulamento político” do que chamam de “direita reaccionária”. Que titulo mais parvo que vocês arranjaram.
Pois… Está “chegando a hora” (lá diz a cantiga brasuca) da “esquerda revolucionária”.
Não é o PCP ou o BE, como partidos, que metem medo aos “senhores absolutos do poder central”.
Não! Não é.
São as organizações sindicais que eles não controlam.
Pois …

Manuel Abrantes

quarta-feira, julho 23, 2008


ENQUANTO O POVO PASSA FOME
A PREOCUPAÇÃO DOS SOCIALISTAS É O CASAMENTO GAY

Com a presença de José Sócrates o novo secretário-geral da JS, Duarte Cordeiro, reafirmou no Congresso que estão empenhados «nesta batalha pelos direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs homossexuais, mas estão cientes de que a alteração da lei se fará através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em democracia».

O novo líder da Juventude Socialista afirmou que o casamento homossexual «é uma imposição do princípio de igualdade», acreditando que o PS se empenhará na defesa desta causa.

Em nota conclusiva o líder socialistas acrescentou : «trata-se de uma imposição do princípio da igualdade, trata-se da felicidade de milhares» e que o «casamento não é procriação».


Bem! Quem tem dúvidas sobre os políticos de amanhã pode retirar daqui as suas ilações.
Que interessa a situação caótica que o povo português está a atravessar. Isso não interessa para nada. O importante é a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Para estes futuros ministros, secretários de estado, deputados, gestores, etc, etc o importante é a luta pela aberração do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Acima de tudo gostei dessa : “(…) a lei se fará através da força reformista do PS e do seu empenho na defesa das liberdades em democracia.”
Pronto, já entendi o que querem dizer com “liberdades” e “democracia”.
Não há dúvida nenhuma. Estamos bem entregues…
Manuel Abrantes

segunda-feira, julho 21, 2008


A FOME, A POBREZA E A VERGONHA POR E-MAIL


Enquanto o PS anda mais preocupado com o casamento entre pessoas do mesmo sexo à
União das Misericórdias Portuguesas chegam, todas as semanas, dezenas de pedidos de ajuda alimentar. Pessoas que evitam revelar o menos possível sobre si próprios e pedem ajuda para atravessar o período difícil que se vive e matar a fome.
Manuel Lemos, presidente da UMP, disse ao “Diário de Notícias” que, todas as semanas, chegam “dezenas de e-mails pedindo ajuda alimentar”

"São pessoas com um perfil diferente, que não vivem na miséria, mas estão à beira de entrar na pobreza", explicou ao DN, acrescentando que este é um fenómeno que se veio a sentir desde o início do ano, quando se intensificaram os problemas económicos.

Manuel de Lemos explica ainda que as misericórdias estão a sentir o impacto do aumento do preço dos alimentos e dos combustíveis, e da chamada crise, de duas formas. Por um lado, crescem os pedidos deste tipo e, por outro, o número de pessoas que tomam as suas refeições nas instituições.
Idosos que vinham almoçar uma vez por semana e agora aparecem todos os dias, tais como crianças e jovens. "Estas pessoas novas quando chegam para comer, põem-se a um canto, comem rápido e vão-se embora, pois sentem alguma vergonha. A situação é completamente diferente das outras que regularmente ali tomam as suas refeições", adianta Manuel de Lemos.

Isto é o que escreve um dos nossos jornais diários de grande expansão.
Para mim, isto, é a vergonha de todas as vergonhas. E, ainda, não batemos no fundo.
Não culpem o regime Democrático. A verdadeira Democracia não tem culpa dos incompetentes que têm governado este País. O que está podre é este sistema e não o tipo de regime.
Temos sido (des) governados pela incompetência, pelo abuso, pelo oportunismo e por um naipe de gente que a única coisa que “respeitam” são os seus interesses pessoais ou de grupo.
Que falta que faz hoje um D. Manuel da Silva Martins (ex-Bispo de Setúbal) para, e mais uma vez, pôr a classe política do poder a “bater fininho”.
Que falta faz….
Manuel Abrantes

sábado, julho 19, 2008


PASSOS COELHO E O “SILÊNCIO” DA MANUELA


Pedro Passos Coelho anuncia a criação de uma "plataforma de reflexão e debate" dentro do PSD. O grupo vai funcionar na órbita do PSD, com vários independentes, e será lançado já em Setembro.
Tudo isto numa altura em que Manuela Ferreira Leite se recusa a revelar propostas alternativas às do Governo, segundo o dirigente e ex-candidato à liderança social-democrata.

Segundo Passos Coelho, em declarações ao DN, o objectivo é o de "trazer de volta a discussão de questões estratégicas, fora da conjuntura do dia-a-dia e mais de médio e longo prazo". Um dos principais temas a discutir nesta organização que irá funcionar "na órbita do PSD" são as questões energéticas: "Temos que saber muito bem quais são as opções estratégicas em matéria de redução da dependência energética do nosso País."

Questionado sobre se o lançamento desta plataforma é um contraponto à decisão de Manuela Ferreira Leite em não revelar propostas alternativas às do Governo até 2009, Passos Coelho é muito directo, ao mesmo tempo que ironiza. "O PSD tem órgãos próprios e isto não é um órgão do PSD. A actual direcção tem as suas ideias, elas ainda não são conhecidas, mas hão-de ser".


Bem! Que o “silêncio” de Manuela Ferreira Leite seja confrangedor, lá isso é!
Até porque é a líder do maior partido da oposição, candidata à governação e, ainda, ninguém conhece quais são as suas propostas de governo.

Mas será que, isso, é assim tão importante ?
Mas alguém acredita nas promessas eleitorais e nas propostas dos candidatos à governação?
Mas alguém acredita que um, possível, governo chefiado por Manuela Ferreira Leite irá ser diferente do governo do senhor Sócrates ?

Mas temos “memória curta” ou quê ?
Já nos esquecemos das promessas eleitorais dos socialistas e das suas posições quando foram oposição ?
E o que sentimos hoje ?

Com o PSD – da Manuela, do Santana, do Pedro Passos Coelho, do Menezes, etc, etc – que diferença faz ?
O “silêncio” da Manuela só pode irritar os jornalistas e comentadores. Já não têm o diz-que-disse e como não há assunto lá se vai o trabalhinho.

Se a Manuela está calada, pelo menos tem uma virtude :
-Não mente !!!
...E não diz asneiras...

Manuel Abrantes

quinta-feira, julho 17, 2008


BANCO DE PORTUGAL
COLOCA OS PONTINHOS NA “RECUPARAÇÃO ECONÓMICA” DO GOVERNO DO SENHOR SÓCRATES.


Segundo o Banco de Portugal a economia portuguesa pode crescer abaixo de 1,2% em 2008 e, pelo menos, até 2009, os portugueses terão de suportar sacrifícios. O poder de compra será corroído pela inflação, aumento dos juros, as poupanças vão cair e a banca vai cortar no crédito. O défice do país com o estrangeiro atinge o máximo da história económica: 10,6% do PIB e a dívida externa deverá atingir os 100%, o que significa que o país estará "empenhado" no final de 2008. Por fim, um recado ao governo, de Vítor Constâncio: "não à tentação de garantir o poder de compra" a toda a gente.


Para o Banco de Portugal o que está a travar a economia é a desaceleração do consumo das famílias, do investimento e da procura externa. Isto, para concluir: o aumento das taxas de juro e das "restrições bancárias" aos empréstimos à compra de casa esmagam o investimento e consumo das famílias. E, com menos encomendas, os empresários cortam no investimento.
O Governador diz, ainda, que o investimento das empresas aumentará só 1,9% em 2008, quando em 2007 cresceu 4,2%. Em 2009 o cenário é pior: o investimento dos patrões cresce 1,1%.
Bem! Nada disto é novidade para ninguém. Apenas o senhor Sócrates e os seus correligionários têm vindo a falar sobre as “maravilhas” da sua gestão governativa.
Então onde para esse tal “milagre” da recuperação económica do governo socialista?
Onde ?
Quando sobe, sobe menos dos que os parceiros europeus e quando desacelera, desacelera mais.
È mentira o que estou a dizer ?
Mentiu senhor primeiro-ministro – O senhor, sim!
No caso de Vº Exª já não me admiro. Admira-me, sim, quando disser uma verdade.


Quanto ao relatório do Banco de Portugal coloco algumas questões:
Porquê a apresentação deste relatório só depois de “Debate sobre o estado Nação” na Assembleia da República ?
È que, com este relatório, a discussão teria sido outra
Quando diz: : "não à tentação de garantir o poder de compra a toda a gente” só gostaria de saber a que “gente” se refere e a que “gente” se pode garantir o poder de compra
Bem! O fosso entre ricos e pobres está oficializado e assumido. Não é verdade ?
Isto é que é a “esquerda” ?
Não há dúvida. Os “socialistas” acabaram com o resto


Outra questão:
Quando o relatório do BP diz: “(…)o que está a travar a economia é a desaceleração do consumo das famílias, do investimento e da procura externa. Isto, para concluir: o aumento das taxas de juro e das "restrições bancárias" aos empréstimos à compra de casa esmagam o investimento e consumo das famílias. E, com menos encomendas, os empresários cortam no investimento.”
Então temos aqui o cerne da questão. A solução está num aumento do “consumo das famílias”. Não é verdade ?
Contudo, para aumentar o “consumo das famílias” mantendo os sucessivos aumentos nos encargos bancários ( na compra de casa, especialmente) só há um caminho: - Aumentos nos vencimentos.
È claro que isto irá trazer o respectivo aumento na taxa de inflação.
È aqui, nesta simbiose, que temos de encontrar soluções. Até porque, com as fronteiras escancaradas e a produzirmos menos do que consumimos, aumentamos o défice com o estrangeiro. Ou seja : a dívida externa.
Mas reparem. Mesmo assim – tal como estamos – a dívida externa já bateu records:
- 10.6 % do PIB (Produto Interno Bruto).
E isto só quer dizer uma coisa: Não criamos estruturas para fazer face a qualquer tipo de recessão. Estamos, TOTALMENTE, dependentes dos contextos económicos e dependentes de politicas europeístas para as quais os problemas de países como Portugal nada contam.
È mentira ?
Isto só vem provar uma coisa: - A política – sim! A política – implementada há mais de trinta anos conduziu-nos para becos sem saída.
Não estou a falar (escrever) sobre o regime Democrático. Estou a falar sobre o sistema político. Não confundamos regimes com sistemas políticos.
.
Manuel Abrantes

terça-feira, julho 15, 2008


OS MEGA INVESTIMENTOS PÚBLICOS
OU A HISTÓRIA DOS “ELEFANTES BRANCOS”

Os mega projectos do TGV e do novo Aeroporto estão, novamente, a levantar dúvidas e a causar celeuma.
Aliás, sempre se discutiu a localização do novo aeroporto e o traçado do TGV mas a sua viabilidade e sustentabilidade foram relegados para segundo plano.
No caso do novo aeroporto, a hipótese da Portela + 1 nem chegou a ser analisada. No caso do TGV os traçados foram de acordo com os interesses dos espanhóis, especialmente os locais de ligação ente os dois países.

No caso do novo aeroporto e, até, da nova travessia sobre o Tejo não coloco interrogações sobre a sua necessidade. Posso colocar – sim ! – na sua oportunidade.

Contudo, coloco sérias interrogações no caso do TGV,
Com comboios de alta velocidade vamos ter mais investimentos económicos em Portugal ? Os espanhóis vão investir mais em Portugal - e vice-versa – só porque têm mais um meio rápido de deslocação ?
Vão deixar de utilizar os meios aéreos para utilizar os meios terrestres ?
A diferença – se as houver … - do preço de uma viagem Lisboa/Madrid no TGV será muito diferente da passagem aérea ?
E quem vai utilizar este meio de transporte ?
Quem o irá pagar, eu sei…

Vejamos um caso do qual tenho experiência própria.
Nas deslocações de Lisboa/Porto, e vice-versa , os utentes habituais estão a utilizar muito mais os transportes rodoviários do que o Alfa.
E porquê ?
Pela diferença de preços. Podemos perder mais de meia-hora mas ganhamos mais de 10 euros em cada viagem.
No caso do TGV Porto/Vigo, que o senhor presidente Rui Rio tanto aprecia, coloco também algumas questões:
- Quantas pessoas o vão utilizar? A uma distância que não chega a 2 horas por auto-estrada, quantas pessoas utilização o TGV ?
E o preço de cada viagem ? E quem são os seus utilizadores ?

Não coloco em causa a necessidade de megas investimentos públicos. Isso irá trazer trabalho. Mas durante quanto tempo ?

Claro que me poderão atirar com o chavão da “modernidade”. Venha ela, desde que não tenha de ser eu ( e outros) a sustenta-la para meia dúzia usufruírem.

Sabe o leitor(a) o que tudo isto me faz lembrar?
- Aquela pessoa que não tem comer em casa mas só veste e calça produtos de marca para esconder a sua, própria, miséria.

Sou um grande retrógrado, não sou ?
Manuel Abrantes

sábado, julho 12, 2008


UM PAÍS FELIZ SE HOUVESSEM ELEIÇÕES TODOS OS DIAS


Sócrates retira 110 milhões de euros à Galp e gasta 80 milhões de euros em apoios sociais. No IRS de 2009, os descontos de juros crescem 293 euros. Já em Setembro, mais 400 mil estudantes passam a ter apoios na compra de livros e os passes L1,2,3 e Andante descem para metade do preço

Para "apoiar as famílias", Sócrates vai alterar o IRS, o IMI, financiar passes escolares e alargar a acção social escolar no ensino básico e secundário. Com isto o primeiro ministro consegue beneficiar mais de um milhão de famílias portuguesas, apoia 700 mil alunos e gasta - cálculos rápidos e de origem governamental - cerca de 80 milhões de euros. Sobram 25 milhões de euros, que poderá servir como margem de segurança ou mesmo para compensar as autarquias.

Bem! As eleições de 2009 são já para o ano e a “boda aos pobres” abriu as portas.

Até às eleições não haverá subida de taxas nem de impostos e a contestação social vai ter a compreensão governamental.
Da arrogância do “quero posso e mando” passamos às vias do diálogo e da tolerância.
Enfim! È tão bom ter eleições …
Manuel Abrantes

quinta-feira, julho 10, 2008



SAUDADES DO QUÊ ?


Publicado no “Diário de Noticias” de ontem uma peça que merece toda a nossa reflexão.
Pessoalmente, o seu conteúdo não me assusta. O que me assusta – se assim o posso dizer – é todo o conceito das “liberdades individuais” e do direito à privacidade.
Não irei dizer o tal chavão : mas que Democracia é esta ? Não! Não o irei dizer.
Apenas digo:
- Que tipo de sociedade é que estão a construir ?

Investigação
Segundo publica o “Diário de Notícias:

Polícia Judiciária tem uns serviços secretos dotados de meios tecnológicos altamente sofisticados, com sede num armazém na zona de Cascais. Esta força realiza escutas e vigilância à margem da lei. Há pessoas escutadas nos seus próprios gabinetes, sem serem suspeitas de crime.

A Polícia Judiciária (PJ) realiza operações de vigilância e de espionagem à margem da lei. As missões são feitas por agentes do Departamento Central de Prevenção e Apoio Tecnológico (DCPAT), nome que serve para designar a 'secreta' daquele órgão de polícia criminal. Este departamento está sediado num armazém completamente disfarçado na linha de Cascais.


Recentemente, a PSP esteve lá a fazer buscas, e levou dados que estão agora sob investigação do Ministério Público. As tensões que este caso levantou estão a chegar ao Governo: há políticos que foram alvo de escutas ilegais nos seus próprios gabinetes, soube o DN de uma fonte policial.

Os meios tecnológicos em poder desta 'secreta' são muitos e sofisticados: malas que registam todos o números de telemóvel num raio de 50 a 100 metros, podendo escutar as conversas em tempo real, até "alfinetes" de gravata que gravam imagem e som sem que ninguém dê por isso.
Até agora falava-se do assunto mas ninguém queria assumir. As dúvidas acabaram quando a PSP entrou no coração da 'secreta' da PJ - através de uma denúncia de um caso de espionagem feito por detectives privados que tinham elementos das duas polícias como colaboradores. Quem passa pelo armazém não se apercebe do que é. Mas no interior há meios tecnológicos que julgamos possíveis apenas nos filmes de ficção. Meios que oficialmente não existem nos inventários, mas que são usados na investigação.


Todos podem ser alvo,

O alvo do DCPAT pode ser qualquer pessoa: cidadão anónimo ou político, ou uma organização criminosa. Não há registo dos trabalhos realizados. As missões podem ser pedidas por fonte oficial, nomeadamente pelas directorias ou pelos departamentos da PJ, no âmbito de uma investigação em curso, mas também podem partir da iniciativa dos dirigentes - nacionais, do director do departamento, ou dos coordenadores da brigadas, à margem de qualquer investigação.
"Às vezes, em troca de favores", garante a mesma fonte policial ao DN.

Os agentes quando partem para o terreno sabem que o que fazem, regra geral, é à margem da lei - por isso têm de realizar o trabalho no maior secretismo - mas nem sempre sabem para quê ou para quem. Quando nos meandros da PJ se fala em "saquinho de veneno", todos sabem que se está a fazer referência ao DCPAT, e a quem o dirige. Entre as altas esferas da Judiciária, dizem as fontes, há quem considere que aquele departamento da PJ esteja a funcionar "em roda livre".
Depois da visita da PSP, a 26 de Junho - que constituiu uma humilhação para a instituição - o Director Nacional da PJ, Almeida Rodrigues, mandou que o responsável do departamento, João Carreira, passasse mais tempo no armazém da linha, onde o homem forte é Sá Teixeira, coordenador das brigadas mais secretas da 'secreta'. Debaixo das suas ordens estão os agentes infiltrados e os que realizam escutas ambientais. João Carreira passava a maior parte do tempo na Gomes Freire, sede da Judiciária.


Este é o mais sensível departamento da PJ. A informação que os agentes recolhem, nomeadamente no crime organizado, é fundamental na maior parte dos casos para o êxito das investigações. São informações que nem sempre é possível obter pelas vias legais, mas ajudam os processos.

Mas, segundo as fontes policiais, as críticas contra o DCPAT dentro da PJ, centram-se nas acções à margem das investigações, sem que se saiba qual é o objectivo policial.
O DN enviou à direcção nacional da PJ um pedido de esclarecimento e tentou contactar o Director Nacional, mas até à hora do fecho da edição não obteve resposta.

quarta-feira, julho 09, 2008


NÃO SE LAMENTEM


Publicado no Jornal da Nova Democracia e transcrito num dos comentários na peça anterior, Manuel Monteiro dá o mote para uma nova “arrancada”.
Pela importância não podia deixar de transcrever a peça na integra e de dar uma opinião mais pormenorizada.

“A Europa e o Mundo estão em crise. Portugal não é alheio ao momento e a situação interna é ainda pior do que a dos países membros da União Europeia. Políticas erradas ao longo das últimas duas décadas contribuíram para que nos encontrássemos numa situação, sem precedentes


Admito que seja politicamente incorrecto o que vou escrever, mas a verdade dos factos não pode ser ignorada e muito menos esquecida. E não o pode ser por mim que, quase sozinho, entre 1992 e 1998, alertei e protestei contra o rumo seguido e o caminho escolhido. O Prof. Cavaco Silva tem óbvias responsabilidades na tónica que colocou nos seus governos ao apostar nas auto – estradas, no betão, nos Centros Culturais de Belém, nas infra – estruturas megalómanas, que foram sendo feitas um pouco por todo o lado à custa dos fundos comunitários. Tivemos, e ainda temos, associações empresariais, que construíram sedes, auditórios, pavilhões infindáveis, quando a sua base – as empresa – definhavam, faliam e não progrediam. Mais tarde a miragem cavaquista continuou e os estádios de futebol, a construção de mais e mais auto – estradas foram a marca dos governos sucessivos.
Ignorámos a educação, a agricultura, as pescas, a indústria e hoje somos quase nada dependentes da natureza que Deus deu e que vai permitindo sonhar com receitas de um Turismo cada vez mais volátil.
A crise é geral, mas no nosso caso muitos dos seus efeitos poderiam ter sido evitados. Sinto uma profunda revolta porque escrevi, discursei, falei, contestei e poucos – ou quase nenhuns – me quiseram ouvir. Fui insultado, rotulado de velho do Restelo, de anti – europeu, de saudosista do antigo regime, de querer um mundo acabado. E as consequências aí estão. E os eleitores que mantiveram estes políticos deveriam agora, sozinhos, pagar a crise. Porque uma democracia só tem maus políticos, e maus dirigentes, quando o país onde ela vigora tem ainda piores cidadãos.
Por isso Senhoras e Senhores que votaram sempre nos mesmos, não se lamentem. Têm o que semearam ou que permitiram ser semeado."

Manuel Monteiro



Não retiro pertinência nem verdade ao que o líder da “Nova Democracia” escreveu.
Reafirmo e reconheço – tal como o fiz na resposta a um dos comentários – que, Manuel Monteiro, enquanto líder do CDS/PP sempre alertou para os efeitos do “novo riquismo” fomentados pelos governos “cavaquistas”.
É uma verdade imensurável !

Contudo – não sei se Manuel Monteiro lê, ou não, o escrevo ( mas há pessoas perto dele que aqui vêm, quase, diariamente) - gostaria de lhe deixar uma mensagem.
Eu sei que chega lá directa ou indirectamente.

O Povo de Portugal já provou que aceita de braços abertos um novo partido. Veja o caso do PRD ( Partido Renovador Democrático).
Aceito-o com a mesma força com que o rejeitou passado uns anos.
Aceito-o porque não tinha nomes sonantes (excepto Ramalho Eanes) nem pessoas coniventes com as políticas da altura. O PRD foi composto por gente, até então, completamente desconhecida para os portugueses.
Uma grande percentagem do eleitorado deu-lhes o voto e confiou neles para mudar a política.
O que aconteceu ?
Não só não mudaram nada como se tornaram iguais ( ou piores …) aos que estavam.
E a resposta do eleitorado não tardou. O PRD “morreu” politicamente.

Ora o que o Dr. Manuel Monteiro quer criar é um partido composto com nomes sonantes e coniventes com este sistema que, nem eu próprio, já o sei catalogar.
E lembro mais uma coisinha em relação ao PRD.
Na altura que apareceu não se imiscuiu em nenhuma nomenclatura das “esquerdas-direitas”. Esse foi o seu sucesso inicial.
Agora o Dr Manuel Monteiro que impor a “direita”.
Qual direita ou qual esquerda ?

Isto falando no PRD. Se analisarmos o BE verificamos que ele só se impôs porque se apresentou contra o sistema. Hoje é “sistema” e só se mantêm porque, encapotadamente, faz jogo duplo. Por um lado é “sistema” e para o eleitor é contestatário desse mesmo sistema. È, aqui, que tem residido o seu sucesso. Um sucesso baseado na mentira. Mas existe!

E digo mais:
No Caso do Partido Nacional Renovador só pecou porque lhe faltou ( e falta) maturidade politica para saber apresentar-se ao eleitorado como alternativa.
Não é com radicalismos exacerbados que se “conquista” o leitorado.
E não é com gente “esquisita” que se conquista a confiança popular. Por muito respeito –repito !!! – que eu tenha por alguma (disse: alguma) dessa gente.

Bem! Isto está longo.
Sejam felizes no “mais um partido”. Quanto a mim : - Não Obrigado !!!
Manuel Abrantes

sábado, julho 05, 2008


MANUEL MONTEIRO
UM POLITICO DO SISTEMA PEDINDO LICENÇA PARA SE SENTAR À MESA


O líder do Partido da Nova Democracia , Manuel Monteiro, admitiu ao semanário “Sol” que, “se não for possível criar uma aliança de direita em Portugal, o PND reflectirá sobre quais os círculos eleitorais em que vai a votos em 2009»

Também em afirmações à Lusa, Manuel Monteiro disse que vai propor à direcção do seu partido “que se tente criar uma força política ampla de direita que junte descontentes do CDS, do PSD e independentes», apontando a título de «mero exemplo», os nomes de Ribeiro e Castro e Ferraz da Costa como tendo perfil para integrar o novo partido

Para Monteiro, «mais do que nunca é a hora de um partido de vocação nacional, ousado, motivado, sério, portador duma mensagem e de uma agenda totalmente diferentes».

Bem…
“(…)De vocação nacional, ousado, motivado, sério, portador duma mensagem e de uma agenda totalmente diferentes”. Então o seu actual partido - O PND – não é nada disto ?

Não retiro razões ao Dr. Manuel Monteiro. Mas, a questão que coloco é : qual Direita ?
Isso existe ?
Mas, no contexto político actual, o que é ser de Direita ou de Esquerda ?
Para a população os políticos são todos iguais. Já não existem nem esquerdas nem direitas. Os governos de “esquerda” são iguais aos governos de “direita”. O “Zé povo” tem sentido na pele as politicas dos governos socialistas e sociais-democratas, sozinhos ou acompanhados pelo CDS/PP. Já sentiu na pele, até, um governo do bloco central e uma aliança PS/CDS.
As esquerdas/direitas faliram! Já ninguém acredita nesses “chavões” políticos.
O Dr. Monteiro ainda não percebeu isso. Ou melhor: - Lá perceber já deve ter percebido o que não quer é morrer politicamente.
Manuel Abrantes

quarta-feira, julho 02, 2008


"Queremos fiscalizar os fiscalizadores"

Publicado no DN, José Manuel de Castro, apresenta, em entrevista, as posições da recém-criada associação “DEFESO”
Pela sua importância não posso de transcreve-la na integra.


José Manuel de Castro, PRESIDENTE DA DEFESO
A Defeso foi criada para proteger os comerciantes da ASAE?

A associação foi criada para fiscalizar os fiscalizadores, para vigiar os vigilantes. Para defender os associados e não associados, quer comerciantes quer particulares, do fundamentalismo das inspecções. Não é contra a ASAE, dirigimo-nos contra todos os organismos que, com comportamentos fundamentalistas e antidemocráticos, estão a limitar os direitos e liberdades dos cidadãos. Está instalado um espírito securitário na nossa sociedade.

Como é que a associação vai fazer isso?

Vamos aconselhar os nossos associados a cumprir a lei, mas a não se sujeitarem a arbitrariedades. E mostrar-lhes que não são obrigados a seguir as chamadas boas práticas que os inspectores defendem. Porque a maior parte dessas boas práticas não tem qualquer fundamento legal, não vincula ninguém. É o caso da famosa regra das colheres de pau, por exemplo, ou dos cabos das facas. E como as pessoas não sabem, têm tendência a submeter-se, a obedecer a tudo o que as autoridades dizem. O que nós fazemos é aconselhar juridicamente as pessoas sobre como reagir a estes abusos.

O que é que consideram abusivo?

Chamamos abusos a tudo aquilo que são actos desproporcionados, como por exemplo fazerem-se inspecções em cafés com agentes encapuzados. Lisboa não é Bagdad e não é preciso esconder a cara para fiscalizar bifes e pastéis de nata.

Quantos associados têm?

Temos entre 700 e 800 associados dos mais diversos ramos de actividade, porque o âmbito das inspecções económicas ultrapassa em muito a restauração. As pessoas têm um certo temor, nem querem dar a cara, com medo de represálias. Nós fizemos esta associação para dar a cara e a voz àqueles que têm medo. A associação surgiu porque começaram a aparecer muitas queixas.

Já presenciou alguma inspecção?

Sim, pessoalmente assisti a uma na praia, aos cafés e bares. Os agentes estavam encapuzados e aquilo impressionou-me muito. Mas conheço muitos processos de associados, não só de inspecções mas de multas também. Porque estas acções têm consequências graves.
Acha que a actuação da ASAE ameaça a viabilidade da empresas?

Está a causar milhões e milhões de euros de prejuízos e até a levar ao encerramento de várias actividades. Está a fazer mais mal do que bem ao País. Porque há um espírito repressivo: fazem a inspecção, detectam irregularidades e dizem às pessoas que têm de cumprir a lei mas entretanto já multaram. Quem paga são sempre os comerciantes.

terça-feira, julho 01, 2008


O BLÁ-BLÁ DESTA DEMOCRACIA

PALAVRAS E ACUSAÇÕES DE PAULO PORTAS MUITO OPORTUNAS E ACERTADAS.
MAS SÓ “PALAVRAS” NADA RESOLVE

O líder do CDS/PP, Paulo Portas, disse à Agência Lusa que o Governo "deve fazer um discurso de verdade e não o de fazer de conta que a crise não é o que é".
Para o líder centrista "o Governo insiste em não perceber a dimensão social deste período económico de incerteza e continua a tentar esconder os efeitos que a alta dos preços das matérias primas e dos combustíveis está a ter na vida das pessoas e das empresas",
Para Paulo Portas “é estranho que no preciso dia em que o barril de petróleo chega aos 142 dólares, o Governo se comprometa na Assembleia da República e discuta as Grandes Opções do Plano com uma previsão de que o preço do barril de petróleo se situe, em 2008, nos 115 dólares".

Portas relembra ainda que "a subida dos preços das matérias-primas e dos factores de produção, a falta de competitividade fiscal e o facto de as pessoas não conseguirem cobrar dívidas mas terem de pagar o IVA ao Estado, quando muitos ainda não o conseguiram receber do cliente, têm efeitos devastadores".

Em nota conclusiva o líder do CDS afirmou que "se as companhias petrolíferas mantêm a sua margem de lucro e o Estado arrecada mais impostos derivados do IVA sobre os combustíveis, significa que tudo cai em cima do consumidor e das PME's".

Estou de acordo com as afirmações e acusações do líder centrista. Na teoria estamos completamente de acordo.
Contudo, não nos esqueçamos que este líder e o seu partido já tiveram responsabilidades governativas e têm voz na Assembleia da República.
As politicas das oposições não se devem limitar ao blá-blá do mediatismo e, como único intuito, o período eleitoral que se avizinha.
Já chega de blá-blá político.
Manuel Abrantes

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