segunda-feira, fevereiro 13, 2006


VIEIRA DA SILVA
RECONHEÇE QUE O DESEMPREGO VAI AUMENTAR

Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, reconheceu no passado fim de semana em entrevista ao Correio da Manhã, que o desemprego vai aumentar.
“ As previsões do Governo sobre a evolução económica no próximo ano admitem, ainda, um crescimento do desemprego” afirmou o governante reconhecendo que apesar de “ser mais ou menos consensual que existem sinais positivos na economia portuguesa”.
Para o governante a escalada do desemprego baseia-se em dois factores:
“O facto de alguns sectores de actividade estarem a sofrer um impacto competitivo externo muito forte“ e, como segundo factor, “a perda de quota de mercado e a deslocação das empresas”.

Bem!. Para um Governo formado por um partido que prometeu em campanha eleitoral ir diminuir o desemprego, ter de reconhecer que a taxa actual de desemprego é uma bola de neve é porque vai, ainda, ser maior do que dizem.
Quanto ao impacto competitivo externo, apenas uma única questão : -Não será fruto das politicas comunitárias e das normas impostas ?
Quanto à deslocação das empresas. Bem! Isso é um escândalo. Muitas delas foram construídas e equipadas com fundos comunitários a custos zero e, agora, abandonam os trabalhadores e vão à procura de mão de obra mais barata e de novos subsídios para formar novas empresas.

Vieira da Silva diz que as dificuldades estruturais e a conjuntura externa são factores preponderantes para esta situação, acrescentando que “há uma alteração de quase todos os factores envolventes da economia portuguesa: desde o alargamento da União Europeia até à abertura do comércio internacional”.

Saberá o governante que houve nacionalistas que sentaram o rabo num banco de Tribunal por terem contestado a abertura ao comercio internacional, especialmente o Chinês ? – Por dizerem, precisamente, o que está a dizer.

Na questão da formação dos jovens, o governante reconhece o problema do enorme número de desempregados com cursos superiores reconhecendo, também, que existe “um problema de desajustamento entre aquilo do que o mercado necessita, em termos de qualificações, e aquilo que está disponível do ponto de vista de recursos humanos”.
Para ser mais explicito Vieira da Silva acrescentou, dando como exemplo, “um jovem que sai do 12º ano do Ensino Secundário, numa área de Humanísticas, tem pouco mais do que um certificado escolar. Um jovem que sai de uma escola profissional, de um curso de Electrotecnia, de Metalomecânica tem um certificado de nível três, que é já um nível razoável do ponto de vista profissional e de entrada no mercado de trabalho”

Ora até que enfim. Perceberam agora porque razão o Estado Novo apostou, em forte, nas Escolas Indústrias e Comerciais ?
Então porque é que acabaram com elas logo depois do 25 de Abril ?

Quanto ao alarme dado pelo Ministro das Finanças sobre “ a falência da Segurança Social”, Vieira da Silva diz que o seu colega estava a citar um estudo da sua responsabilidade directa, acrescentando que “o conjunto das receitas não será suficiente para o conjunto das despesas na área da Segurança Social do sector privado”.
“É que esse risco é de desequilíbrio, não estamos a falar de bancarrota”, acrescentou.

Pois senhor Vieira da Silva não há falência nem bancarrota, Mas, quanto tempo levará para que ela exista ?
MA

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