Estado Novo

APÊNDICE COMUNISTA
EM MANIFESTAÇÃO DE RUA CONTRA A GUERRA NO IRAQUE

O Conselho Português para a Paz e Cooperação conjuntamente com outras organizações promove amanhã, no Largo de Camões em Lisboa, uma manifestação para assinalar o terceiro ano da invasão e ocupação do Iraque.
Esta organização, próxima das posições comunistas, vai exigir a retirada das tropas estrangeiras no Iraque “como primeiro passo para normalização da vida no país” e exigir, também, ao Governo português que “condene o militarismo, a guerra e a ocupação do Iraque”. Mas os defensores da paz não se ficam por aqui ao “exigir o fim de qualquer envolvimento directo ou indirecto de Portugal na ocupação e o fim do uso da Base das Lajes pelos EUA”.

Pessoalmente não “morro de amores” pelas politicas expansionistas norte-americanos e muito menos pela invasão do Iraque. Mas, manifestações e posições vindas da área comunistas deixam-me atónito. Já para não dizer revoltado.
Nunca os vi manifestarem-se contra a invasão da antiga União Soviética ao Afeganistão. Nunca os vi manifestarem-se contra a ocupação israelita nos territórios palestinianos. Nunca os vi condenar a invasão soviética à antiga Checoslováquia. È certo que nessa altura esta espécie de conselho Português para a paz e cooperação não existia, mas muitos dos seus membros existiam e tinham actividade politica. Também nunca os vi condenarem a presença das tropas cubanas em Angola.
Enfim! Nunca os vi a fazer nada, que não fosse para defender os interesses dos sectores mais radicais do comunismo internacionalista.
Afinal que espécie de conselho é este – e ainda por cima se intitula de português – para a paz e a cooperação ?
Só se for por lá terem o Saramago, que de português já nada lhe resta. Isto, se é que alguma vez se tenha considerado como tal…
MA