Estado Novo

NESTE PAÍS TUDO ACONTECE
DIRECÇÃO DA POLICIA JUDICIÁRIA AMEAÇA DEMITIR-SE EM BLOCO

O Conselho de Coordenação Operacional da PJ ameaça demitir-se se o Governo levar para a frente a opção de retirar as ligações, desta policia, à Interpol e Europol e passa-las para o Gabinete de Coordenação de Segurança da dependência do Conselho de Ministros.
Na edição de hoje do DN pode-se ler :
“A Direcção Nacional da PJ alega que a Interpol e a Europol "são fundamentais na actuação da PJ" e acusa o Governo de querer esvaziar a sua actuação a nível internacional. A actuação da PJ em matéria de combate ao terrorismo ficará, em consequência dessa alteração, "prejudicada". A PJ não aceita, também, perder terreno no que respeita à coordenação das forças policiais.”

Não se sabe quais os critérios que levam o Governo, e o ministro Alberto Costa, a tomarem uma decisão destas. Contudo, algo nos salta logo à primeira vista: - Um organismo policial, como a PJ, sem ligações às policias internacionais fica maniatada, de pés e mãos, para exercer com eficácia a sua actividade. Por outro lado, estamos a colocar nas mãos do poder politico um instrumento algo perigoso e que pode deixar dúvidas, sobre a sua eficácia e transparência, na opinião publica.
A não ser que se pretenda que seja o poder politico a ter nas suas mãos todo o campo das investigações dai resultantes.
E – é claro – muitas dúvidas e incertezas serão dai, também, resultantes.
Mas, afinal, não estaremos e entrar num Estado policial ?
Esta é já a minha primeira dúvida.
MA