sexta-feira, abril 14, 2006


EXPORTAÇÕES PORTUGUESAS ATINGIRAM O VALOR MAIS BAIXO DOS ÙLTIMOS 20 ANOS

A Organização do Comércio Mundial (OMC) anunciou que Portugal foi responsável em 2005 por 0,36 % do total de exportações realizadas no mundo. Uma descida acentuada face aos 0,39 % de 2004 e 0,42 % de 2003.
Temos de ter em linha de conta que, as centésimas, representam milhões de euros quando se calculam dados desta natureza a nível mundial.
Os 0,36 % das exportações portuguesas em 2005 só apresentou valores inferiores em 1986, ano da entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia, com um valor de 0,34 % nas exportações a nível mundial.
Resta ainda acrescentar que, os baixos valores nas exportações portuguesas, são fruto de uma perca de competitividade com a influência dos produtos chineses e indianos nos mercados internacionais. A força dos produtos produzidos nestes países, especialmente os têxteis e calçado, são um factor de influencia nos maus resultados de Portugal. Isto, para não falar, também, no consumo interno com baixas significativas pela concorrência directa dos produtos estrangeiros, especialmente os provenientes da China.

São números preocupantes que só nos podem deixar uma visão pessimista para o futuro da Economia Nacional.
E, o maior problema disto tudo reside no facto de não podermos, por nós mesmo, alterar estas tendências na medida em que, estamos totalmente dependentes das leis e normas comunitárias.
Falamos muito que o único caminho é a produção de qualidade. Só pergunto – o que não quer dizer que tenha discordância com este principio – se produzirmos “alta qualidade” como, e com que meios, é que podemos enfrentar os mercados tradicionais e a concorrência neste tipo de produtos ?
Na produção de qualidade a concorrência e os “poderes instituídos” são uma componente inibidora para quem quer penetrar nesses mercados. Isto, muito especialmente, quando se trata de um país com fracos recursos tecnológicos e com uma mão de obra que, só agora, começa a falar e a trabalhar em especializações.
È que, toda estes factores levam anos e anos para transformar uma economia de produção. Preparar empresários e trabalhadores num caminho de especializações e de novas tecnologias leva anos e, nós, atravessamos uma situação que não se compadece com projectos a longo prazo. Até porque, quando atingirmos um determinado nível já os outros concorrentes directos estão, novamente, “anos luz” à nossa frente.
As medidas imediatistas para ultrapassar a actual situação económica, não seriam difíceis de encontrar se não estivéssemos dependentes das leis de mercado da União Europeia e da moeda única.
E, para todos os que quiserem contestar esta linha de opinião, contestem lá, e apresentem contra-argumentos que eu – muito pessoalmente – tenho todo o prazer nesses esclarecimentos e opiniões.

Manuel Abrantes

Comentários:
Constestar o quê sr. Abrantes ?
O incontestável ?
 
Analise correctíssima.
Estamos de mãos e pés atados para resolver os nossos problemas.
Nem o direito temos em poder oscilar o valor da "nossa" moeda de forma a culmatar lecunas económicas
 
podes ter muita razão mas se não fosse a Comunidade Económica ainda andavas a cavalo de burro
 
Tem toda a razão em dizer que estamos de pés e mãos atadas no que toca a política monetária e cambial, e também em relação a outras medidas.
Mas tal como disse o último anónimo, se não fosse a Comunidade Económica, o escudo andava nas ruas da amargura, as taxas de juro disparavam, e lá se ia o nosso Portugal. Andavamos de burro ou de cavalo, e o pobre animal era subalimentado.
Isto também é incontestável.
 
Sr anonimo
Como deve ser muito jovem deve desconhecer que o escudo foi uma das moedas fortes nos mercados mundiais.
O escudo só tem a sua queda vertiginosa após com o periodo revolucionário. E,ainda nos dias de hoje, possuimos reservas de ouro suficientes, mesmo com o esbanjar que se tem feito dela há 32 anos
 
Os defensores do euro, como não têm argumentos dedicam-se a fazer adivinhação.
 
Se não há produção, também não há exportação.
 
Correcto.
Mas nem toda a produção tem como destino a exportação...
 
Com a chegada do Euro não produzimos mais nada só estamos à espera do pão que venha de bruxelas até um dia a fonte secar depois vivemos do ar.
 
Alguns anónimos serão realmente jovens. As medidas imediatista que o sr. Abrantes aponta são mais desvalorizações?
Até quando este país vai viver de desvalorizações?
 
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