quinta-feira, abril 13, 2006


O QUE QUEREMOS DAS NOSSAS FORÇAS ARMADAS ?

O ministro da Defesa Nacional, Luís Amado, no decorrer de um colóquio sobre “Jovens e Forças Armadas” no Instituto de Defesa Nacional afirmou que “ a imagem que as Forças Armadas devem projectar no futuro tem que ser compatível com a competição que têm de manter no mercado de trabalho” e que “saibam interpretar as expectativas das populações sobre o seu papel”.
Para o ministro da Defesa, as Forças Armadas têm de identificar “uma resposta que favoreça os interesses dos jovens”, nomeadamente no suprimento das “graves lacunas” que têm por causa do sistema de ensino o que os conduz a uma “falta de horizontes profissionalizantes”.

Quando as Forças Armadas perdem o sentido pátrio do dever da defesa da Nação, que todo e qualquer cidadão devia de estar obrigado logo que se torna membro da sociedade, torna as Forças Armadas num mero instrumento de um emprego como qualquer outro.
Tal como foi anunciado pela comunicação social, o Forúm Sociológico da Universidade Nova de Lisboa elaborou um estudo sobre “Os Jovens e as Forças Armadas”, tendo chegado a arrasadoras conclusões. Em síntese, o estudo revelou que só quem não tem outra perspectiva de futuro – desempregados com pouca escolarização – pondera o ingresso nas Forças Armadas.
Não era necessário fazer nenhum estudo para se constatar esta dura realidade. Isto, para além do respeito e admiração que nutro pelas actuais Forças Armadas Portuguesas.
A profissionalização – pura e simples – de todo os membro das Forças Armadas, retira-lhe o cariz de base da sua existência. Profissionais sim, mas só para aqueles que, de livre espontânea vontade, quiseram assumir a defesa da Nação como modo de vida.
As Forças Armadas são o garante da independência militar e da defesa da Nação. Para isso terá de ter a participação obrigatória dos seus membros.
Servir a Nação é um dever e um imperativo nacional.
Servir a Nação não pode ser um mero emprego e um escape profissional.
Servir a Nação tem de ser a marca de destino que possuímos logo à nascença.
È uma obrigação e um dever como membros dessa mesma Nação.
É um “pagamento” que fazemos à Nação por fazermos parte integrante dela e não um “recebimento” por a servir-mos militarmente.
“A pátria Honrai que a Pátria vos contempla”, foi o lema que me ensinaram na Marinha há muitos e muitos anos e que, ainda hoje, o sinto como caminho e forma de servir e de fazer parte integrante desta grande Nação: - PORTUGAL
Manuel Abrantes

Comentários:
Parabéns, meu amigo.
-Que grande analise sobre o que deve ser as nosssas Forças Armadas.
Excelente!!!!!!!!!!!!
 
Comovida.
simplesmente...
Meu Deus ainda há gente neste País com um sentido patriotico e de dever para com o País.

EXCELENTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Sendo a 1ª vez que visitei este blogger - que até não faz parte dos meus hábitos - fiquei surpreendido.
Este texto é de uma profundidade enorme. Coloca um ponto no que deveria ser o Serviço Militar.
Mais:
Define a verdadeira essência de um dos deveres de qualquer cidadão.
Brilhante sr. autor do artigo
 
é o facho do Abrantes e o pateta Manuel Alegre a quererem serviço militar obrigatório.Vai-te foder
 
A titulo de curiosidade sr. Abrantes.
Esta posição politica sobre o Serviço Militar obrigatório é só sua ou, também, de todo o movimento a que chamam de nacionalismo ?
Contudo, os meus mais sinceros parabens por esta grande peça jornalistica.
 
Ó anonymous das 6:15 PM essa é a doutrina que praticam lá no teu Partido, ou és um menino mimado(dos Papás)tem respeito pelo autor deste blog que nunca faltou ao respeito a ninguém.
 
Caro Sr. Abrantes

o serviço militar obrigatório foi inventado pela Revolução Francesa, que transferiu o conceito de lealdade armada do Rei (que vinha da Idade Média) para a Nação. Foi o método de organização militar ideal para a Revolução Industrial que despontava, a era das massas.
 
À medida que deixamos a era industrial para entrarmos na era do computador (Toffler, conhece?) o SMO torna-se anacrónico. Basta ver o que o poderoso exército iraquiano, cheio de lealdade para com a Pátria, conseguiu contra o exército electrónico americano em 1991.
 
Sr. Abrantes, concordo consigo quando refere que deveríamos ter um maior respeito e amor pela Pátria. É o que defende Manuel Alegre, como disse um anónimo. Mas, raciocinando em termos puramente militares, tenho sérias dúvidas que o SMO seja adequado às realidades actuais. A profissionalização, que teve no Ministro Portas um forte impulsionador, é para mim o caminho a seguir.
 
Claro que podemos discutir quais são as ameaças a Portugal no momento actual, se a aliança com os EUA é válida ou deve ser repensada (como gostariam os bloquistas e os pêcês), se a Espanha nos vai atacar, se a FLA ou a FLAMA constituem potenciais focos de rebelião que justifiquem a manutenção de estruturas militares concebidas para defender um Império já extinto, etc. Mas isso, sr. Abrantes, seria matéria para outro post.
 
penso que falta aqui acrescentar qualquer coisa ! a tropa nao serve so para defender a patria , serve tambem para educar o que falta a alguns jovens que por varios motivos podem nao ter tido uma educaçao familiar firme . se um jovem e educado sem familia ou se dentro da familia existiam problemas de alcool , toxicodependencia , violencia familiar , entre outros , vai ser um jovem que nao reconhece a hierarquia social e o respeito pelo proximo , ou seja para ele ninguem o pode ´´vergar´´ e na tropa isso nao acontece . por isso se fosse obrigatoria , nao escapava nenhum dos jovens que estao interessados em continuar a viver desordeiramente . a tropa recebe mas tambem da .
 
Sr. anonymous

A justiça portuguesa tem experimentado com relativo sucesso trocar penas de prisão por penas de trabalho comunitário em casos de crimes ligeiros e onde seja visível que a prisão potenciará o criminoso. Porque não instituir, não como pena, mas como serviço cívico, um período em que os jovens seriam "recrutados" para noções de disciplina e auto-disciplina, treino de armas, treino de primeiros socorros, noções de cidadania, a importância da obediência e a importância do pensamento por si próprio, cultura geral, etc.?
 
Temos um défice de cidadania muito grande em Portugal, porque os valores predominantes na sociedade civil, desde o estabelecimento da Inquisição, não apontam para o progresso individual, para o respeito pela comunidade ou para o mérito do trabalho, e os sucessivos regimes que tivemos pouco fizeram para combater esta mentalidade retrógrada (com a possível excepção da Primeira República que combateu vivamente o analfabetismo, condição indispensável ao progresso cívico, mas sem conseguir uma sociedade estabilizada.). Este défice de cidadania (em todos os aspectos e não apenas no de defesa da Pátria) parece-me mais importante que o ir à tropa.
 
Amigos:
Como aqui foi dito por um "anónimo"
o serviço militar tem como função não só o Servir a Nação como um tempo "civico".
Querem ver como tenho razão:
Passados 30/40 anos, vejam a quantidade de encontros entre ex-companheiros de armas que se ralizam poe esses País fora.
e, podem crer que muitos recordam bons e maus ( que maus...) momentos.
Ficou um sentido de união e de camaradagem entre todos os militares. Ficou e, para a vida toda.
O Serviço Militar não se resume apenas ao "andar à bordoada" com o "inimigo". Ele tem as mais variadas vertentes no apoio às populações. Em tempos de paz os militares podem executar missões de apoio as populações mais carenciadas. Um militar aprende que tanto pode ter uma arma na mão com uma picareta ou uma pá.
Olhem amigos, especialmente os mais jovens.
As amizades, no decorrer da nossa vida, vão e vêm. As amizades da "tropa" - essas - ficam para sempre.
Porque será ?
Os mais jovens e que ainda tenham dúvidas sobre este facto, perguntem aos vosso pais, que eles explicam-vos.

do vosso amigo
Manuel Abrantes
 
o jordão é um menino do papá e da mamã, que até para os jeovás foi só para não ir à tropa, que horror...faz-te um homem ó verme
a tropa transforma gente amaricada como tu em homens (pra tudo há excepções..) se isto fosse um país com homens a sério não estaríamos a ser invadidos por estes africanos todos, basta vermos os nossos governantes, digam-me 5 que tivessem passado por tão gloriosa instituição....infelizmente ou não, é nas ruas que se está a formar a elite guerreira que há-de recuperar a nossa Terra, e nem comunas nem pretos nem a puta que os pariu a todos,o poderão parar.

Como um grande activista branco uma vez disse : "levantem-se como Homens e recuperem a terra"
 
Servi o meu país durante cerca de 6 anos.
Infelizmente neste país a única saída para o Oficiais Milicianos é o desemprego.
Hoje teria vergonha de fazer parte destas Forças Armadas.
Como dizia um Capitão que tive o prazer de conhecer “ A tropa é bela os tropias é que dão cabo dela”.
 
Todo o cidadão em plenas capacidades deve pelos menos ir à tropa durante o periodo de 1 ano.
 
Há mais situações - ou instituições, como a Universidade - que criam amizades para a vida inteira, sem ser a tropa. No que toca ao uso da pá, seria bom que a tropa de hoje ensinasse, TAMBÉM, a usar um teclado e um rato. E um livrito, já agora, também não fazia mal.
Já agora, sr. Abrantes, modere os ímpetos de alguns comentadores. Baixam o nível, e era isso que queríamos evitar, não?
 
Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]