terça-feira, maio 23, 2006


ENDIVIDAMENTO FAMILIAR JÁ ATINGE OS 101,6 MILHÕES DE EUROS

101,6 milhões de euros é o valor do endividamento familiar em Março deste ano.
Outro valor que também está a crescer é o referente aos créditos de cobrança duvidosa a particulares, que ultrapassaram os dois mil milhões de euros em Março, revelou ontem o Banco de Portugal no seu Boletim estatístico.
Segundo os dados do Banco de Portugal, em Março, os créditos de cobrança duvidosa a particulares atingiram os 2062 milhões de euros e representavam 2,1 por cento do total de empréstimos concedidos, ou seja, mais 4,7 por cento que em Dezembro último.“As famílias devem precaver-se contra o aumento dos juros”, afirmou Vítor Constâncio na Comissão de Economia e Finanças da Assembleia da República. O governador do Banco de Portugal chamou a atenção para o facto de os encargos com juros serem actualmente de seis por cento, exactamente a mesma percentagem que no início dos anos 90, quando apenas 18 por cento do rendimento disponível dos agregados familiares estava afecto a dívidas.
Números assustadores que demonstram bem a situação socio-económica a que chegaram as famílias portuguesas.
O endividamento familiar, quer queiramos ou não, é um problema socio-económico, que todo e qualquer governo, deve ter em atenção. Uma atenção muito especial, porque ela representa a situação económica das famílias. Nenhum país pode progredir se a economia familiar estiver endividada.
Não pode haver progresso quando não existe estabilidade financeira no seio das famílias.

Comentários:
muitas pessoas nao tem controlo sobre elas proprias , com tantas facilidades de credito compram tudo , mesmo artigos menos fundamentais , e depois quando as taxas de juro aumentam , salve-se quem poder
 
O endividamento familiar é um grave problema. Eu também concordo com esta afirmação.
Mas ele é resultante, na maioria dos casos, da falta de sentido de responsabiliade de muita gente.
É que o dinheiro é fácil de adquirir nos Bancos mas muito dificil de pagar.
 
Criou-se uma mentalidade despesista, especialmente aquando dos governos guterristas. A partir dessa época, em que os juros eram especialmente baixos e a Economia tinha o crescimento assegurado, em que os empréstimos tinham uma margem de não direi rentabilidade, mas sustentabilidade, as pessoas perderam a noção de que tudo se paga, incluindo o dinheiro, seja agora ou num momento ainda mais difícil.

Não há endividamento que se conjugue com a Saúde de uma Economia. Muito menos numa época de crise. Há que esclarecer e, acima de tudo, compreender que, custem as coisas o que custarem, os empréstimos são ciclos viciosos dos quais nunca se sai, assim que são contraídos pela primeira vez.
Conheço já casos de pessoas que vão no seu 6º empréstimo porque os juros de anteriores empréstimos e o custo de vida não são suportáveis com os seus níveis de ordenados. É uma realidade a combater, a dos empréstimos, que só interessam à banca. Mas como elucidar os indivíduos, se o próprio Estado é um "mau aluno"?
 
Amigos Jordão, Bracons, Santos Queiros, Alicemaria e anonomo das 2:33.
Só tenho "pena" de uma coisa nos vossos cometários:
São ainda, e só, apenas mais de uma centena a lê-los diáriamente.
São comentários de grande valor e de enorme capacidade de analise sobre o problema.
Como gostaria que milhares - senão milhões - de portugueses os pudessem ler e refletir sobre eles.
Mas, pelo menos, mais de uma centenas de leitores podem oscultar opiniões de gente COM OPINIÃO.
Manuel Abrantes
 
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