segunda-feira, maio 22, 2006


GÁS ESPANHOL INVADE PORTUGAL

A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Anarec) denuncia que mais de sete mil toneladas de gás de garrafa estão a ser comercializadas, em Portugal, só nas zonas fronteiriças.
Segundo a Associação mais de 540 mil botijas de gás entram em Portugal vindas de Espanha. Um negócio de mais de nove milhões de euros, lesando o País em quase dois milhões de fuga aos impostos, o IVA e o ISP (Imposto Sobre Produtos Petrolíferos).
Em causa está o facto do gás de garrafa, vindo de Espanha, chegar a atingir menos 40 por cento do que o produzido em Portugal.
José da Conceição Pinto Reis, da Anarec, diz que “alguém tem de impedir que o fenómeno se alastre a todo o país já que, por enquanto, ele apenas acontece junto às zonas raianas com a Espanha”.
O responsável associativo acrescenta ainda que atravessam constantemente a nossa fronteira camiões que “transportam 425 a 500 botijas cada um”.

Ninguém tira a razão e as preocupações da Anarec. Contudo, isto é a prova mais que evidente de que, os aumentos sistemáticos do IVA, iriam acarretar este tipo de situações na medida em que, o IVA na vizinha Espanha é de 16 %. Isto, já para não falar - nos caso dos derivados do petróleo – do famigerado ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos).
Quem é que pode condenar os portugueses por adquirirem o mesmo produto, 40 por cento mais barato, só porque ele vem de Espanha ?
Se há alguma coisa a criticar são as politicas governamentais.
Ainda há pouco escrevia o Diário de Noticias:

Os 5 pontos percentuais de diferença do valor do IVA em Espanha estão a arrasar o comércio nas cidades do lado de cá da fronteira. De Vila Real de Santo António a Valença, comerciantes e associações empresariais garantem viver com "a corda na garganta" para conseguir manter a porta aberta, assumindo margens de lucro nulas.A juntar aos combustíveis, onde a diferença de preços é há anos favorável ao lado de lá, as populações da raia procuram agora a excelente oferta comercial existente nas renovadas urbes espanholas para adquirir bens alimentares, mobiliário e electrodomésticos. Huelva, Sevilha, Badajoz, Cáceres, Placência, Zamora, Vigo e até Orense e Salamanca recebem aos fins-de-semana milhares de portugueses que ali se abastecem de produtos do quotidiano. Um cabaz alimentar familiar de 250 euros pode ficar 15 euros mais barato.

Quem é que pode contestar isto?
E mais: - Quem é que põe mão nisto?
Manuel Abrantes

Comentários:
o feitiço virou-se contra o feitiçeiro
 
Quem tem facilidades de acesso compra quase tudo o que necessita em Espanha.
O que é lógico. Não ?
 
Os que defendem as fronteiras escancaradas não critiquem, agora, que as populações fronteiriças se abasteçam de produtos muito mais baratos do lado de lá.
A Europa Comunitária não é a "livre circulação de bens e produtos" ?
O que é que estavam a espera ?
era só virem os milhõeszinhos da europa , não ?
 
Somos o País de vendidos agora até
o Jorge Sampaio anda a vender banha da cobra.
 
Vocês não vêem que essa é uma maneira de combater a desertificação do Interior?...
 
Se fosse só o gáz estamos constatemente a ser invadidos pelo próprio governo de Portugal que todos os dias inventam algo para nos prejudicar.
 
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