quinta-feira, maio 25, 2006


PORTUGAL ENVIA CONTINGENTE DA GNR PARA TIMOR-LESTE

Em resposta ao pedido de ajuda internacional feiro pelo presidente timorense, Xanana Gusmão, Portugal vai enviar um contingente da GNR para o território.
O Presidente da República, Xanana Gusmão, convocou todo o corpo diplomático acreditado em Díli e lançou o pedido de ajuda para o envio de uma força multinacional que ajude a estabilizar a situação.
Um ataque armado de cerca de 50 militares revoltosos ao quartel-general das Forças Armadas timorenses, seguido de confrontos noutros pontos da capital que provocaram pelo menos um morto, agravou hoje a crise político-militar que há várias semanas afecta o país e levou o governo de Díli a admitir a incapacidade das forças armadas de Timor-Leste para controlarem a situação e a pedir formalmente ajuda internacional."Portugal deseja responder de forma pronta para assegurar a tranquilidade em Timor-Leste", disse o primeiro-ministro, José Sócrates, acrescentando que essa acção "tem de ser coordenada com outros países e com as Nações Unidas
Também o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, considerou "bastante grave" a situação em Timor-Leste e assegurou que Portugal "está solidário com o povo de Timor" e "fará tudo o que estiver ao seu alcance" para ajudar a restabelecer a tranquilidade no país. .

PARA PERCEBER O CONFLITO
Vamos tentar fazer uma resenha das causas do conflito.
Primeiro situemos as origens do Presidente da República, Xanana Gusmão e do Primeiro Ministro Mari Alkatiri

XANANA GUSMÃO
O chefe de Estado, Xanana Gusmão, é natural de Manaututo, um dos três distritos ‘lorosae’, e tem como língua originária o Galóli. Fala o Tétum e o Português. Os ‘lorosae’ lideraram a luta pela independência e dominam as Forças Armadas timorenses.

MARI ALKATIRI
O chefe do governo, Mari Alkatiri pertence, a um dos dez distritos ‘loromono’ e fala, além do Tétum e do Português, línguas oficiais, o Árabe, uma vez que é muçulmano de origem iemenita. Os ‘loromono’ constituem a maioria da população do país.

O território timorense está dividido em 13 províncias. Dez delas são designadas ‘loromono’ (ocidentais) e as restantes ‘lorosae’ (orientais). O actual conflito resulta em parte de uma luta de poder entre as duas regiões.

Os conflitos iniciaram-se a 17 de Março quando, mais de um terço dos efectivos da Forças Armadas ( 600 militares), se ausentaram em protesto contra as promoções que, e segundo dizem, foram maioritariamente de maioria “loromono”.

Resta acrescentar que o grupo ‘lorosae’ domina as Forças Armadas e dominou o movimento revolucionário pela libertação do país. No entanto, os cargos na Administração Pública têm representação quase paritária de ‘lorosae’ e ‘loromono’.

Timor-Leste é um intrincado de etnias e grupos linguísticos. Há 16 línguas nacionais e outros tantos dialectos. Os grupos em confronto ‘lorosae’ e ‘loromono’ incluem as três principais etnias do país: makasai, dunak e kaladi

Penso que, com esta resenha, o leitor já ficou um pouco mais esclarecido. Ou, pelo menos, melhor situado no conflito.

Gostava de ter a vossa opinião sobre o envio de militares para Timor-Leste como, também, sobre o conflito.
Manuel Abrantes

Comentários:
Temos a obrigação de ajudar este novo país de língua portuguesa.
Obrigado pelas explicações sobre o comflito
 
Não quiseram a independência ?
Agora aguentem-se.
Não temos policias para patrulhar as nossas ruas, mas já temos para enviar para Timor.
 
Não quiseram a independência....?

Agora aguentem!....

Continuem a por lençois brancos nas janelas........
 
Os larosais e os loromonos já existiam durante a vigência Portuguesa.
Religião mulçumana e catolicos tambem.
E, que eu saiba, nunca existiram problemas de ordem regional, etnicos ou religiosos.
A bandeira Portuguesa foi una e individivel.
É s+o esta a questão.
Sergio Gomes - Braga
 
Foi nesta Terra que a Bandeira Nacional foi guardada e escondida durante quase trinta anos para não ser rasgada e perdida. Enquanto houver um Timorense que se sinta Português temos a obrigação de ajudá-los
 
Sr.luis ponte como podemos ajudar este país se eles pela mão do seu chefe de governo Mari Alkatiri nada fizeram quando Portugal perdeu a exploração do poço de petróleo em favor da Itália.Vão pedir aos Italianos que os proteja ou é só comer a carninha tambêm têm que comer os ossos.
 
Se a questão é militar, seria talvez preferível mandar militares treinados e não forças para-militares. É óbvio que Portugal tem um dever de zelar pelos países pelos quais nutre responsabilidades históricas. Mas esses países também deveriam dar-nos um certo estatuto de privilégio nas suas relações externas. Após a resolução deste problema, a influência portuguesa na região deverá sair reforçada. Não será de bom-tom que isso não aconteça.

Agradecido pela explicação da origem do conflito, sr. Abrantes. Já se fica com uma ideia mais clara do que está a acontecer.
 
Sr. Jordão
Pode ter muita razão no que diz.
Mas não retiro uma viegula do que afirmei.
"A bandeira Portuguesa foi una e individivel."

Sou português de Braga. Não sou austriaco, nem hungaro nem me interssa o problema dos Balcãs.

Sergio Gomes- Braga
 
Timor é tão nosso amigo que as explorações petroliferas foram concessionadas à Austrália...


Se são independentes, devem-no a Portugal, que tb fugiu quando a Indonésio os ocupou....


Eles que metam o crude no olho do cu..................
 
Caros Amigos:

É claro que o problema de Timor está no petróleo. E em certas tentativas de reduzir populações (quanto menos gente houver, mais fácil serão as explorações industriais e o controlo dos países). E as decisões sobre interesses obscuros desta índole nunca passam pelas populações.
Mas o que me chocou desde o início foram as semelhanças com o que aconteceu no Ruanda em 19993-94. Com a ONU (sob a orientação do seu DPKO - Department for Peacekeeping Operations) também lá metida. E está a seguir o mesmo rumo, até nas chacinas à catanada.
Esperemos (será a única vantagem) que a sede de petróleo que levou os australianos a enviarem 1300 comandos para o território (isto já em divergência com as pobres centenas de observadores da UNAMIR no Ruanda) possa evitar o pior.
Quanto ao envio da GNR para Timor, penso que tal seria mais da competência das nossas Forças Armadas (o nosso Regimento de Comandos estaria melhor preparado para tal). Aliás, a GNR nunca foi bem-vista nem bem-quista em qualquer dos nossos territórios, principalmente na Metrópole, ao contrário do nosso Exército (não estou a falar dos «abrileiros»).
Mas enfim, como os «democratas» cá do burgo escancararam as portas do castelo aos estrangeirados, talvez as Forças Armadas possam vir a fazer cá mais falta do que no nosso pobre e martirizado ex-Território Ultramarino...
 
Essa questão de Timor ter sido invadido pela Indonésia é uma mentira daquelas que se repetem muitas vezes e o pagóde acredita e que aliás é uma especialidade deste Regime pós Abrilada!
Quando o frenesim das independencias e auto determinações se instalou em Portugal, após o Golpe de Abril, a Indonésia questionou o Governo Português (não sei se podemos chamar Governo aquelas hilariantes farsas do PREC, mas enfim) sobre se tencionava tambem deixar Timor. Foi-lhes respondido que sim, íamos abandonar Timor, ao que os Indonésios responderam deixando um aviso: saem vocês, entramos nós, porque se não formos nós vão os Chineses ou os Vietnamitas controlar o território, ainda que de forma indirecta. Como o governo Português insistia no aabandono do território, a Indonésia foi «empurrada» para dentro de Timor. O poder Português deu-se inclusive ao luxo de «criar» a FRETILIM, para poder afirmar que existia um movimento independentista no território, por isso as lágrimas de crocodilo que passados uns anos conduziram aos trapos brancos nas janelas, foi mais um exercicio de cinismo e hipocrisia da democraciazinha Portuguesa, porque na prática foram os «pulhiticos» Portugueses que enfiaram a Indonésia em Timor.
Com a presença Indonésia, as diferenças étnicas acentuaram-se e passou a haver uma conotação entre étnia e politica numa promiscuidade étnico-religiosa e politica muito ao estilo do que sucede em alguna Países Africanos, e é esse acentuar de diferenças que estavam esbatidas durante a presença Portuguesa que estão a gora ao rubro.
Estou muito longe de defender o «Portugal do Minho a Timor», no entanto parece-me elementar a conclusão de que as independencias do pós 25 de Abril, foram um conjunto de episódios surreais e aberrantes, com reflexos que se continuarão a fazer sentir.
 
Um bem haja Sr. José Luis Henriques.
 
Quem é esse? Não conheço!!
 
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