terça-feira, junho 20, 2006


CDS-PP DIZ QUE O NOVO REGIME DO ARRENDAMENTO URBANO É O MAIOR ATAQUE À PROPRIEDADE PRIVADA DESDE AS NACIONALIZAÇÕES DE 1975

“Nem nos tempos conturbados do PREC e dos Governos de Vasco Gonçalves o Estado se atreveu a tanto".

O presidente do CDS, Ribeiro e Castro, disse que "a reforma do regime do arrendamento urbano agora concluída pelo Governo socialista contém um dos maiores ataques à propriedade privada desde as nacionalizações de 1975".

Ribeiro e Castro, acompanhados por dois vogais da Comissão Executiva do partido, Paulo Núncio e Luís Lagos, referiu que "esta investida socialista sobre os proprietários afigura-se inconstitucional, violando o direito à propriedade privada consagrado constitucionalmente, é profundamente injusta para os senhorios e fortemente perturbadora do normal funcionamento do mercado do arrendamento.

Por um lado, configura um quadro de venda forçada que, se não corresponder mesmo a uma autêntica espoliação, equivalerá a uma inédita e absurda “expropriação por utilidade privada”. Por outro lado, representa uma grave e inadequada penalização tributária, na pior linha de voracidade fiscal socialista".

O líder do CDS afirmou mesmo que "é absolutamente ilegítimo e inaceitável que o Governo socialista, fazendo tábua rasa de princípios elementares do Estado de Direito, queira penalizar uma vez mais os proprietários urbanos. Nem nos tempos conturbados do PREC e dos Governos de Vasco Gonçalves o Estado se atreveu a tanto".

E, lembrou que, esta "reforma socialista anunciada atinge de forma particularmente dura os senhorios pobres, os senhorios de mais fracos recursos, os senhorios que foram longamente empobrecidos e tornados mais vulneráveis por um regime de arrendamento contrário aos interesses do mercado e ao seu livre funcionamento. E não responde às necessidades do país".
Por fim, anunciou que "o CDS irá opor-se, por todos os meios ao seu alcance, a estas medidas socialistas. Em particular, examinaremos de imediato desencadear a apreciação parlamentar dos decretos socialistas e provocar com absoluto rigor e nas sedes próprias a verificação da sua legalidade e constitucionalidade".
In site do CDS-PP

Um ataque cerrado como este, sem laivos do “politicamente correcto”, só demonstra que o CDS-PP, de vez em quando, tem rasgos de inteligência e de oportunidade politica.
MA

Comentários:
O CDS só se está a esquecer da posição dos inquilinos. Só está a "pensar" nos senhorios.
 
J. Reis
As preocupações do CDS-PP é para com os senhorios pobres
Pode ler:
"
reforma socialista anunciada atinge de forma particularmente dura os senhorios pobres, os senhorios de mais fracos recursos, os senhorios que foram longamente empobrecidos e tornados mais vulneráveis por um regime de arrendamento contrário aos interesses do mercado e ao seu livre funcionamento. E não responde às necessidades do país".

è aqui que está e reside o fundamental da posição centrista
Sergio Gomes - Braga
 
Não! senhor Sérgio Gomes

Essa é a parte da "demagogia" na defesa dos pobrezinhos.
Aqui é claro a defesa do CDS aos senhorios, esquecendo por completo a posição do inquilino
 
Sr. J. reis
Aconselho-o a visitar regularmente o site do CDS- PP
www.cds.pt
Vai ver e constactar as posições assumidas.
De qualquer forma sendo Vª Ex. um visitante deste blogue também pode verificar isso.
Sérgio Gomes - Braga
 
Muito bem respondido amigo Sérgio.
Muitas das posições "centristas" não são devidamente difundidas na comunicação social.
 
Só quem não tem o dinheiro para as reparações é que será prejudicado.

E isto terá um outro efeito: enriquecer os senhorios mais abastados. Como esta medida fará pensar duas vezes quem queira disponiblilizar a sua casa no mercado de arrendamneto, a oferta vai baixar, mantendo-se a procura (quem sabe um mínimo de economia, sabe o que se segue: aumento imediato do preço do produto).

É óbvio que os que podem reparar as casa todos os anos, mantém os lucros. Os outros, terão que perder as casas que de legítimo direito compraram, algumas vezes danificadas pelos próprios inquilinos.

Terá o Governo pensado nas consequências das medidas que tomou?

Ainda outro facto de que discordo: o pacote legislativo será introduzido duma só vez, e não progressivamente. Assim, nem sequer há um período de adaptação suficiente para quem ainda funcionava com as leis antigas...

Decidir por decidir não é decidir bem.
 
Recordo o que ocorreu no Reino Unido e na Alemanha, com «medidas» semelhantes, embora não tão gravosas. Aumentaram os impostos municipais exponencialmente durante dois ou três anos, impuseram «regras» aos senhorios com um «perfume» destas, e o mercado ficou completamente pervertido. A população, os proprietários em particular, ficou grandemente prejudicada. Famílias tradicionais, que tinham grandes propriedades há séculos na sua posse, mas não tinham o «dinheiro novo» que estes crápulas veneram, ficaram sem as casas familiares.
Ainda hoje, se dermos uma olhada pelos sites de imobiliárias que vendam nestes países, verificamos, por exemplo, que uma mansão dos finais do séc. XVIII no Wurttenberg, com um parque de 30 hectares, está a ser vendida por pouco mais de 250.000 euros, enquanto que um apartamento em Munique pode ultrapassar os 500.000.
E os preços dos arrendamentos são altíssimos, principalmente nos imóveis mais recentes e de pior qualidade (actualmente, salvo raras excepções, não se encontram habitações com a qualidade de há uma ou duas décadas senão no escalão de luxo. Tanto no estrangeiro como em Portugal).
Uma tristeza.
 
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