segunda-feira, junho 19, 2006


O CASO DA OPEL DA AZAMBUJA
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS NA RESOLUÇÃO DO PROBLEMA


O Governo conseguiu adiar o encerramento da fábrica da General Motors- Opel da Azambuja a troco de mais regalias para a multinacional. O governo de José Sócrates adiou ou que é inadiável.
Como afirmou, à “Rádio Renascença”, Joaquim Costa e Cunha, da Associação Industrial Portuguesa (AIP), o encerramento da fábrica da Azambuja era previsível.
O dirigente associativo deixou um alerta sobre toda esta problemática quando afirmou aos microfones da RR que "os poderes políticos têm que começar a ter os olhos abertos e perceber em quem é que devem ou não investir e não devem pensar em ceder grandes projectos, com grandes números, que depois se revelam grandes fracassos. Devem procurar muitos médios projectos, muitíssimos pequenos projectos que todos eles desenvolvem muito mais a economia".

A GM investiu na Azambuja 130 milhões de euros, entre 1999 e 2001, para modernizar a fábrica para a produção do Combo. Entre 2002 e 2003, investiu 2,7 milhões de euros para melhoria dos processos de produção, que permitiram aumentar a capacidade da unidade. Isto sem falar nos apoios do Governo Português.
A GM recebeu incentivos comunitários no valor de 43 milhões de euros para se instalar em Portugal, como obteve benefícios fiscais, apoio à formação que ultrapassam os 80 milhões de euros e estabeleceu um contrato de produção com o Governo Português até 2008. Contrato este que, pelas intenções da multinacional, não vai querer cumprir.

Perante a ameaça do despedimento de mais de 2.000 trabalhadores (directos e indirectos) o Governo prepara-se para mais cedências. Irá ser como uma bola de neve. As multinacionais, instaladas em Portugal, quando quiseram mais benefícios governamentais é só ameaçarem com o encerramento.

Não critico a atitude do Governo na tentativa da resolução do possível encerramento da GM da Azambuja, o que não compreendo, nem aceito, é que o Governo tenha uma atitude perante as multinacionais completamente diferente da que tem para com as empresas nacionais, quando em risco de encerramento.

Como publica o site do Jornal da Nova Democracia em editorial assinado por António Torres, o “ governo quer voltar a premiar a OPEL para a convencer a não deslocalizar a fábrica da Azambuja, pelo menos por mais algum tempo” interrogando-se se “vai continuar a pactuar com este neocolonialismo”.
O editorialista, referindo-se às afirmação de Joaquim Costa e Cunha, da Associação Industrial Portuguesa (AIP), aos microfones da RR acrescenta: - “Perante isto, à AIP só restará a solução de mandar entregar as chaves da indústria nacional – ao sr. primeiro-ministro”.

Tem toda a razão o editorialista. Existem dois pesos e duas medidas na resolução do problema.
Manuel Abrantes

Comentários:
Defensores dos monopólios e capitalismo mundialista que se intitulam socialistas
Boa !!!
 
Não vou pelos caminhos do anonimo das 4:37.
Mas, o Governo deveria ter a mesma atenção com as empresas nacionais que estão, também elas, em risco de fecharem.
 
Uma citação do Jornal da Nova Democracia.
Manuel Abrantes o meu amigo está lá quase....
 
Está enganado amigo "SempreDemocracia". Até porque já não é a primeira vez que cito tal jornal electrónico.
o editorial está execelente. Por isso fiz questão de publicar partes.
Tenho muito respeito pelo PND. Pode crer e por Manuel Monteiro.
Quando ele (Manuel Monteiro) se assumir como Nacionalista e defensor das causas do Partido Nacional Renovador, então eu estarei TOTALMENTE com ele. Ou ele comigo...
Manuel Abrantes
 
Compreendo-o. Amigo Manuel Abrantes.
Ainda não perdi a esperança de um dia poder assistir a um frente a frente entre o senhor e o Manuel Monteiro.
 
Hihihi
Não seria mais "politicamente correcto" ser entre José Pinto Coelho e Manuel Monteiro ?
Sr "sempredemocracia", sou um mero militante de base.
 
Militante de base o senhor pode ser.
Mas será que ainda não se apercebeu da "força" deste blogue ?
Parece que não - sr. Abrantes
E com ele, quer queira ou não, o senhor ganhau peso politico.
Ou também ainda não se apercebeu disso ?
claro que percebeu. Só não quer é aceitar.
 
A GM foi montada, an Azambuja, nos anos 60. Por isso ainda no Tempo do Salazar.
Isto não diz nada a ninguèm ?
 
Tem razão o anonimo das 9:14. A GM na Azambuja foi montada nos anos 60. A GM e muitas outras. Que o digam as pessoas da região de Setúbal.
Só que a “filosofia” era outra.: - Se queres vender carros em Portugal tens de os montar cá.
Percebeu ?
È que nessa altura era Portugal a mandar e não a ser mandado.
Mas, não quero dizer com isto que, nesse tempo, era o Portugal das maravilhas. Não!!!
Bem pelo contrário…
 
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