quinta-feira, julho 27, 2006


ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR
UMA “POLITICA DE VERDADE”

“Capitão do Ar” e “Estado Novo” publicam hoje um trabalho conjunto numa singela homenagem ao estadista.
O trabalho conjunto será publicado hoje, amanhã (sexta 28/07/06) e Sábado (29/07/06)

É sempre difícil conseguirmos descrever com exactidão alguém como o Doutor António de Oliveira Salazar. Hoje, comemora-se a data do seu falecimento. Obviamente, ser-nos-ia mais fácil falar da sua obra no dia do seu nascimento. Mas isto é um facto: numa data de nascimento, festeja-se o aparecimento da pessoa em que pensamos; no momento de celebrar um óbito, faz-se um balanço do que essa personagem nos trouxe, durante a sua vida.
Por o regime e gerações posteriores terem maltratado a memória deste grande estadista, quer na sua forma de ser como na sua obra, eis alguns traços daquele que pode ser o retrato de António Oliveira Salazar.

“Num sistema de administração em que predomina a falta de sinceridade e de luz, afirmei, desde a primeira hora, que se impunha uma “política de verdade”.”- Um homem que prezava acima de tudo a sinceridade e honestidade na construção de uma Pátria mais forte. Ainda hoje, um dos principais problemas com que a nossa política e Sociedade se debatem é o do politicamente correcto, ou seja, das verdades que não passam de mentiras com boa aparência.

“Não estão connosco os que preferem à obediência a sua liberdade de acção nem os que sobrepõem às directrizes superiormente traçadas as indicações da sua inteligência, ainda que esclarecida, ou os impulsos, ainda que nobres, da sua vontade (…) os que não sentem profundamente os princípios essenciais de reconstrução nacional, os que restringem a sua adesão àqueles com que concordam ou lhes convêm, nem os que entram e ficam ainda de fora, recebendo de mais de uma parte indicações e ordens. Não estão connosco os que pensam tirar da sua adesão título de competência, os que buscam uma vantagem em vez de um posto desinteressado de combate, os que não sentem em si nem dedicação para servir a Pátria nem disposição para sacrificar-se pelo bem comum.”Este Nacionalismo que sempre professou é o mais puro e nobre possível, aquele que todos os mesquinhos benefícios pessoais deixa para trás quando um valor mais alto se levanta, o da reconstrução nacional.

Não considerava a Riqueza em si um objectivo, mas um meio de realizar os interesses individuais e colectivos. Defendeu como poucos uma ampla dignidade social e laboral (“O salário, por consequência, não tem que ter limite superior, mas pode ser-lhe fixado o limite mínimo, para que não desça além do que é imposto pelas exigências duma vida suficiente e digna.”). Não esqueçamos que fundou Casas do Povo, que foram um método eficaz de estimular a vida rural e a justiça social.

Sempre foi um acérrimo defensor dos valores ligados à Família, a Deus e à Pátria. Para além de terem sido as bases da nossa Cultura (não esqueçamos que os objectivos dos nossos Descobrimentos foram, grosso modo, dilatar a Fé, expandir a Pátria e fortalecê-la nos mais variados componentes, desde simples inovações literárias a novas formas de pensar a economia mundial), estes valores sempre nos uniram em volta de objectivos comuns. Na defesa da Família, coube também alguma defesa do papel da mulher na Sociedade. É discutível se uma vertente laboral mais vincada poderia ou não beneficiar, naquela época, o reconhecimento dos direitos da mulher. Mesmo assim, foi durante o Estado Novo que muitas mulheres começaram a exercer profissões até aí desempenhadas unicamente por homens. Como vertente comum do engrandecimento da Pátria e da Família, temos que a Educação foi sempre uma prioridade para Salazar, sendo ele próprio um catedrático.

O patriotismo de Salazar ligou-se muito à defesa do papel intervencionista do Estado na vida de todos os Portugueses. Esta intervenção teve uma particularidade notória no que toca à interacção com a vida económica. É factual que se desenvolveram grémios e sindicatos com vista ao diálogo mais eficaz entre patrões e trabalhadores (e consideremos que, pesando dum lado o planeamento económico envolvido, essa acção foi eficaz e muito competitiva durante a II Guerra Mundial e outras épocas de crise enfrentadas durante o nosso século XX). Nunca foi no entanto, vontade do Presidente do Conselho de Ministros que o Estado fosse um grande proprietário ou que definisse as linhas do pensamento económico como único interveniente.

Falta-nos ainda, dentro deste pensamento patriótico, destacar a defesa que fez das regiões do Ultramar. Fê-la talvez por convicção histórica e identitária da nossa obra no Mundo. Pecou por não ter, na altura apropriada, desenvolvido projectos alternativos ao confronto militar, o que pôs em ruína o regime que ele próprio criou.

Como o próprio disse, “fui humano”. Não há dúvida que, por mais genial que alguém possa ser, acaba sempre por cometer alguns erros. O que sempre caracterizou Salazar e ficou para a posteridade foi a coerência com que actuou e a sua grande capacidade intelectual e política.

Comentários:
Saudades.
 
Não é uma questão de saudade. È de principios
 
Não sendo defensora de tal figura politica reconheço adignidade do estadista.
 
"Fui humano". Que grande mentira
 
tomara todos os (nossos) politicos terem um sexto da dignidade deste grande senhor ! SALAZAR , SALAZAR , SALAZAR
 
Vou dizer o mesmo que disse no comentário em o "Capitão do Ar":
Faz muita falta!
 
Uma excelente idéia de colocar dois bloguers a públicar, em sintonia, o mesmo texto.
Só demonstra a força que cada vez mais têm os defendores do Nacionalismo.
EXCELENTE
 
Penso que, malgrado todas as eventuais deficiências e faltas do grande estadista que foi o Dr. Oliveira Salazar, não há comparação possível entre ele e a cambada de bandalhos «politicamente correctos» - e moralmente criminosos - que por cá polula nos dias de hoje.

Como escreve o Caro Thoth: «Faz cá muita falta!».
Onde estão Portugueses como ele, actualmente?
 
Então mas..criticam a "democracia" por falta de liberdade de exressão...e dps defendem um ditador?e a PIDE? algo contraditório.
 
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