terça-feira, julho 18, 2006


COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP)
AFINAL PARA QUE SERVE?

Cimeira de Bissau da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) acaba em festa com Lisboa escolhida para 2008.
A decisão foi ontem tomada no final da cimeira de Bissau, encontro marcado pela ausência dos presidentes do Brasil (Lula da Silva), Timor-Leste (Xanana Gusmão) e São Tomé e Príncipe (Fradique de Menezes), a quem correspondia à presidência em exercício desta organização desde 2004.
Apesar destas ausências, a cimeira de Bissau, na qual participaram o Presidente Cavaco Silva e o primeiro-ministro José Sócrates, além dos chefes de Estado de Angola (José Eduardo dos Santos), Moçambique (Armando Guebuza), Cabo Verde (Pedro Pires) e Guiné-Bissau (Nino Vieira), acabou em clima de festa, no meio de uma segurança apertada.
A CPLP, que marcou também o 10.º aniversário, assumiu os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio preconizados pela ONU, comprometendo-se a erradicar a fome e a pobreza até 2015, combatendo também o analfabetismo e reforçando a luta contra a sida, a malária e a tuberculose.
E, mais não consta…

Foi mais uma cimeira para os responsáveis governamentais trocar uns apertos de mãos e uns sorrisos. Mais uma cimeira onde nada resultou. Cada um dos participantes está virado para si próprio e para os seus problemas. Em dez anos de existência, a CPLP foi uma montanha – se é que alguma vez chegou a ser - que pariu um rato.
A língua é um factor de união, mas não chega para ser um factor de união politica.
È preciso vontade politica, entre todos, para que desta Comunidade possa nascer uma força interveniente e com credibilidade a nível mundial.
Não há dúvida de que a ideia de base tem fundamento. Mas não basta…
É necessária uma enorme vontade politica de todos os participantes, para que a CPLP possa vir a ser uma comunidade que, organizadamente, se imponha como tal.

No caso concreto de Portugal, só demonstra que foi um colonizador que não deixou feridas mas foi um mau descolonizador. Abandonamos à sua sorte todas as ex-províncias ultramarinas que, rapidamente. foram aglutinadas politicamente por potencias estrangeiras, como o caso da URSS. No campo económico e cultural nada fizemos, nem estamos a fazer, no desenvolvimento de relações de parceria.
Portugal, limitou-se, e mais uma vez, a ver passar o comboio da história.
Deixamos de ser história; deixamos de fazer história; deixamos cair a nossa própria história. Somos uns meros observadores dos acontecimentos.
Manuel Abrantes

Comentários:
Concordo totalmente!
 
Serve somente para obrigar os Portugueses a aceitar tudo o que é merda do terceiro mundo, da África ao Brasil, simultaneamente, funcionando como uma lança dos brasucas em África.
 
Podia servir como uma grande força se os países Lusófonos não estivessem de costa viradas.
A lusofonia é apenas uma miragem. Podemos falar a mesma lingua mas não estamos na mesma sintonia.
 
Dos milhões que damos de ajuda às ex-colonias qual é o retorno ?

Tanta coisa com Timor e quando se chegou à exploração petrolifera ficamos totalmente de fora.
Angola está dominada (na sua economia) por empresas espanholas e de outros países.
Moçambique só se lembra de nós quando está de aflitos.
O Brasil o unico interese é que aceitemos mais imigrantes.
Qual o nosso interesse nessa Comunidade ?
 
Dos milhões que damos de ajuda às ex-colonias qual é o retorno ?

Tanta coisa com Timor e quando se chegou à exploração petrolifera ficamos totalmente de fora.
Angola está dominada (na sua economia) por empresas espanholas e de outros países.
Moçambique só se lembra de nós quando está de aflitos.
O Brasil o unico interese é que aceitemos mais imigrantes.
Qual o nosso interesse nessa Comunidade
Nem Mais. Toma lá e embrulha.
 
O CPLP foi criado apenas com o intuito de tentar tapar a "descolonização exemplar". E para lhe darmos um ambito maior incluimos o Brasil.
Já que Portugal pertencia á União Europeia as ex-colónias viram aqui uma possivel porta aberta.

E a idéia não era má de toda quer para Portugal quer para as ex-colónias.
Mas, Portugal nunca teve a coragem nem a perspicácia para conduzir tal politica.
Na Europa preferimos ser o "pedinte" dos subsidios e ajudas comunitárias e não a possivel ponte para os mercados Africanos e, porque não, o Brasil.
Podiamos ter-nos imposto como pilar fundamental dessa ponte. Mas, não.
Preferimos ficar a dormir debaixo dela.
 
A Dª Brancarosa "partiu a loiça toda".
Como eu gostava de não lhe dar razão.
mas...
A CPLP tinha toda a razão de existência como a ponte economica entre a Europa Comunitaria e a Africa e América Latina.
Mas, para isso, era necessário que Portugal tivesse politico com visão.
Deixaram passar muito agua debaixo dela. Agora, é muito dificil.
 
A visão paternalista com que os politicos portugueses sempre se pautauram para com a CPLP, destruiram o que poderia ter sido uma grande aposta politica.
Mas não !!!
Este paternalismo é outra forma de colonialismo. Só que, sem efeitos praticos.
 
Para que serve a CPLP? Para Angola qd precisa vir pedir dinheiro ao "país irmão" (livraaa............). Pk qd não tem interesse impõe a política da "angolanização", ou seja, não aceita imigrantes nem dá vistos de trabalho a nng estrangeiro, a não ser que no país não haja umangolano com as qualificações profissionais desejadas. Se portugal fizesse isso o de que seriamos chamados? Racistas, xenófobos...?
O Brasil tb inventa sp a "argumento" da lusofonia...Como se o facto de falar a mesma língua nos comprometesse. O caso de Vila de Rei foi uma vergonha! Aidna por cima, aquela aldeia/vila tem um simbolismo especial, são exactamente as cordenadas do centro de Portugal.
Não quiseram a independecia? Agora viram que não são capazes de fazer tudo sozinho...Azar.. Não dão nas escolas primárias que foram os angolanos a escurraçar os portugueses (lol)? Então pk se querem refugir cá, se são assim tão bravos. A cultura deles não tm nada a ver com a nossa. Vêm para o nosso país, acham-se com mts direitos e exigênias (sim ,já vi uma cabo verdiana na tv a reclamar q o estado português ñ lhe dava casa, só abono de família para 6 filhos...Só....) e não respeito o país. Nem a eles próprio dentro da sua cultura se respeitam....
 
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