sexta-feira, julho 14, 2006


O PRESIDENTE CAVADO SILVA E A IMPORTÂNCIA DA FAMILIA

O Presidente Cavaco Silva, no final da segunda jornada do Roteiro para a Inclusão, lembrou que o risco de pobreza dos menores é mais do que o dobro em famílias monoparentais do que na "família natural". O presidente considerou, ainda, que é a "desagregação da estrutura familiar" o que coloca as crianças em situação de fragilidade.

Um dos objectivos, que Cavaco Silva traçou para estas jornadas, foi a de "destacar o papel da família no desenvolvimento harmonioso da criança". Para o presidente, o importante nestas jornadas foi "alertar a consciência dos portugueses para o número de crianças maltratadas".
Numa das suas alocuções, e referindo-se aos divórcios, o presidente Cavaco Silva salientou que "não podemos criticar o desejo das pessoas viverem a felicidade". Contudo, alertou o Chefe de Estado, "há que chamar a atenção para que não o façam à custa da infelicidade dos seus filhos". Assim, a sua intenção, esclareceu depois, foi pedir aos pais, durante um divórcio, que "pensem também nas crianças".

Não pretendo dar lições ao Presidente da República, ate porque entendo que foi muito oportuno a realização das jornadas, mas gostaria de lhe lembrar o que dizia a Constituição da República, vigente até ao golpe de estado de 1974.

Artigo 12ª
Relevância da Família
O Estado Assegura a constituição e defesa da família, como fonte de conservação e desenvolvimento do povo português, como base primária da educação, da disciplina e harmonia social e como fundamento da ordem politica e administrativa, pela sua agregação e representação na freguesia e no município.

Artigo 14º
Em ordem à defesa da família pertence ao Estado e autarquias locais:

1º) Favorecer a constituição de lares independentes e em condições de salubridade e a instituição do casal de família
2º) Proteger a maternidade.
3º)Regular os impostos de harmonia com os encargos legítimos da familia e promover a adopção do salário familiar.
4º) Facilitar aos pais o cumprimento do dever de instruir e de educar os filhos, cooperando com eles por meio de estabelecimentos oficiais de ensino e correcção ou favorecendo instituições particulares que se destinem ao mesmo fim.
5º) Tomar todas as previdências no sentido de evitar a corrupção dos costumes

A grande diferença é que o Estado Novo tinha por base fundamental a família. Esta, não era um acessório social, mas a base onde assentava o regime.
E, não me venham já rotular de “fascista” de “saudosista” ou outros miminhos habituais. Defender a família como garante social é o único caminho para se estabelecer a harmonia social. Uma harmonia, como o diz a Constituição que vigorou na II República: “Em ordem à defesa da família pertence ao Estado e autarquias locais”.
O Estado e as autarquias tinham por dever, e direito, a defesa intransigente da Família.
Isto, é só a diferença entre o “antes” e o “agora”.
E não me venham com os habituais impropérios de quem não tem melhores argumentos
Manuel Abrantes

Comentários:
Muito oportuno.
Os politicos de hoje têm muito a aprender com a Constituição do Estado Novo.
 
Não digo que a Constituição de 1933 esteja totalmente incorrecta. Antes pelo contrário.
Aconselho a visitarem o Jornal da Nova Democracia (on-line) e pode verificar a proposta de uma nova Constituição (IV República)
 
numa sociedade democratica e plural a familia é essencial tal como tantas outras instituiçoes. contudo, a familia tradicional não é a unica forma de familia, e está sujeita a transformaçoes inevitaveis e normais.
a familia nao pode ser a base de um estado. pode sim ser a base de uma sociedade. nao cabe ao estado interferir na forma cm as pessoas coabitam e vivem as relaçoes sociais. se na sociedade houver legitimamente a familia, a propria instituiçao ganha com isso.
por isso, a ligaçao de estado-"familia tradicional" é promiscua. cabe ao estado regular a vida social sem patrocinar um modelo único e ideologico de familia.
 
Sr Anonimo
Com todo o meu respeito pelo seu comentário.
Quando afirma.: “ a ligaçao de estado-"familia tradicional" é promiscua. cabe ao estado regular a vida social sem patrocinar um modelo único e ideologico de família” .
Não posso concordar!
O Estado não pode regular a vida social sem patrocina a família.
Aceito e respeito as suas convicções, mas a vida social baseia-se na família tradicional.
Quando o Estado aceita como principio a existência de famílias não tradicional está - aqui sim – a criar, ele próprio, a promiscuidade social .
Não entenda isto como um sintoma, ou reminiscências. de cariz saudosista. Entenda como filosofia politica de que, o Estado, tem (deve) de se basear na sociedade e esta possui a família ( a tradicional) como seu pilar de base.
Entendo que os tempos mudaram e que os conceitos de família também se foram alterando. Não aceitar com realidade este facto é praticar a “politica da avestruz”.
Por isso, aceito (só tenho de aceitar) a família monoparental.
Não deixo com isto de estar em plena sintonia com O PR, Cavaco Silva quando lembrou que ”o risco de pobreza dos menores é mais do que o dobro em famílias monoparentais do que na família natural".
Agora, caro sr ( ou srª) existe algo em que estou em absoluto desacordo: com aceitação, por parte de Estado, com a “família “ constituída entre pessoas do mesmo sexo.
Eu sei que não disse nem focou isto.
Eu é que aproveito para dizer isso.

Foi uma honra ter, neste blogue, o seu comentário.
Manuel Abrantes
 
Só agora é que dá importancia à familia eles todos estão lá à 32 anos é tudo igual.
 
Defender a família é como defender o ambiente. Mas alguém é contra a família?
O resto está dito. Temos uma lei do divórcio, e temos pessoas que a usam irresponsavelmente, assim como outras que não.
O resto é estupidez anti-gay, como se os divórcios fossem causados pela existencia de gays, e caça ao voto da direita mais direita.
 
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