segunda-feira, agosto 28, 2006


ANTÓNIO COSTA
CONSIDERA A POLITICA DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA UM FRACASSO PORQUE “HÁ 30 ANOS QUE VIVE DE SUBSÍDIOS”

António Costa, ministro da Administração Interna e dirigente do PS, discursando na festa/comício do PS-Madeira, denominada "Festa da Liberdade, realçou a necessidade da reforma da Lei das Finanças Regionais, considerando que «a todos é exigível um esforço conjunto para salvar o País».
António Costa justificou, assim, a reforma da Lei das Finanças Regionais, porque, como afirmou, «a todos é exigível um esforço conjunto para salvar o País e pôr em ordem as nossas finanças públicas».
As palavras do ministro foram todas dirigidas a Alberto João Jardim por o Governo madeirense opõe-se a uma revisão da Lei das Finanças Regionais, em curso, que resulte numa redução das transferências do Orçamento de Estado para a região.

António Costa, considerou ainda o executivo de Alberto João Jardim de ser «o pior exemplo» de uma governação que não atende à necessidade de controlar o défice público, meta que o Governo da República considera fundamental.

António Costa chamou, contudo, a atenção para o facto de, após 30 anos de autonomia, a Madeira continuar a precisar de uma Lei de Finanças Regionais e das transferências do Estado
Isso significa, afirmou, que os Governos do PSD-Madeira «foram um fracasso, um falhanço e a Madeira está hoje tão dependente como estava há 30 anos do subsídio e do financiamento da República».”Se alguém é culpado é quem desgoverna a Madeira há já 30 anos", concluiu o ministro e líder socialista.

O FALHANÇO E O FRACASSO

Aqui está uma grande verdade. Há 30 anos que a Madeira (não esquecer, também, os Açores) depende dos subsídios de financiamento da República.
António Costa considera, por esse facto, um falhanço político e um fracasso.
Concordo em absoluto e considero também um fracasso e um falhanço politico em toda a linha.
Mas…
A situação da Madeira não será semelhante ao que se passou, e passa, nos os sucessivos governos da República?
Desde que aderimos à União Europeia, em 1985, não vivemos à custa dos subsídios comunitários ?
As politicas governativas, no campo do investimento e do desenvolvimento económico, não dependem, também, há mais de 20 anos, dos subsídios comunitários ?
Os sucessivos governos socialistas, sociais-democratas com CDS ou sem CDS, não estiveram sempre dependentes desses subsídios?
Não barafustamos, desesperadamente, quando a União Europeia nos quer cortar verbas nos subsídios ?
Não continuamos, desesperadamente, na ânsia em obtê-los a qualquer custo ?

O governante e dirigente socialista António Costa tem toda a razaão:
- È um falhanço politico e um fracasso.
Manuel Abrantes

Comentários:
Já dez anos antes da adesão à CEE as regiões autónomas eram autênticos parasitas.
 
Isso é bem verdade. O nosso país é actualmente também ele um parasita de subsídios. Parece que António Guterres não o sabia quando andou a perdoar dívidas a Angola e mais uns quantos países (o que Sócrates já fez, também).

No entanto, vejamos que o desenvolvimento da Madeira tem sido muito considerável (e eu ia lá há umas décadas, sei que muito mudou) e que, sendo Portugal do mesmo Portugal que nós somos e sendo já uma região muito rica e rentável (em comparação com o Alentejo ou Trás-Os-Montes, por exemplo), creio que não é coisa que muito me entristeça. Entristecem-me, isso sim, os fundos que vão parar de forma ilícita a quem comanda, o que acontece também cá. Má administração não é propriamente a fonte dos fundos ser má, mas o seu uso ser incorrecto. Desde que o dinheiro não saia de Portugal, viva o bem-estar dos Madeirenses e de todos os Portugueses. Tomara o Interior desenvolver-se assim também.

Uma coisa é certa: temos de nos preocupar em aumentar a produção, para que possamos garantir sempre todos esses subsídios. E, daqui por uns tempos, seria também muito bom que a Madeira subsidiasse as nossas regiões mais fracas. Faz parte, a meu ver, a solidaredade inter-regional do país. É componente da nossa unidade nacional. O que não faz parte da unidade nacional é vivermos de fundos da UE (e é só ler as placas das auto-estradas, por exemplo, para constatarmos a nossa dependência).

Mais para Portugal, mais de Portugal.
 
Que lata de análise... esta do ministro António Costa no final de Agosto na festa Socialista Madeirense.

A Lei de Finanças Regionais apenas é necessária porque o ESTADO cobra os impostos na Região. E, assim, é necessário "contratar" com esse Estado, as formas da sua devolução.

DEVOLUÇÃO. As verbas transferidas não são nenhum favor do País à Região. São as verbas cá cobradas ou geradas (há que contar com as Empresas com sede em Lisboa e que aí pagam os seus impostos e que actuam na Região e aqui criam - parte - da sua riqueza).

Mas não só: quando o Estado vende património de empresas públicas, uma parte desse património está na Região. Foi nessa base que Guterres deu aos AÇORES os tais 550 milhões de Euros. Uma parte (a correspondente) às verbas recebidas das privatizações realizadas então. Carlos César tinha acabado de subir ao poder e era necessário encher-lhe o bolso para que não caísse logo nas eleições seguintes. Esse valor (de 550 milhões de Euros) correspondia EXACTAMENTE ao valor da dívida dos Açores. A Madeira recebeu por arrasto. Porque ficava mal que não recebesse por igual. Vergonha na cara que Guterres ainda tinha, mas que Sócrates não tem. Agora é às claras. Democracia, Justiça, Autonomia? O que é isso para estes socialistas? O objectivo é partidário e está bem definido. Derrubar o PSD na Madeira, mesmo que isso venha a custar muito a todos os Madeirenses. Que serão espoliados dos seus direitos e dinheiros às claras, sem vergonha e com apoio de uns quantos madeirenses vendidos (os filhos do mal). Mesmo que isso custe votos aos socialistas regionais, numa primeira análise (2008). Para aguentar isso está lá a actual direcção regional. Para queimar. Para fazer o jogo sujo. Para prejudicar a Madeira. Para abrir caminho…

Depois, contam eles, virão as dificuldades financeiras originadas pelo “garrote” dos socialistas. E nas eleições seguintes, aparecerá, qual Fénix, uma nova geração de socialistas regionais que suporta, já hoje, toda esta estratégia. A actual geração, nessa altura, estará bem enterrada na memória dos madeirenses com uns tachos no continente. O futuro líder? Estará a preparar terreno numa qualquer Secretaria de Estado…

Nessa altura, tal como aconteceu com César, virá uma bolada de dinheiro. Quem sabe, por conta do “garrote” feito nos anos precedentes, ao governo regional PSD… Consumando-se assim um dos maiores atentados à democracia no País e à autonomia regional.

Quanto aos Açores… A Madeira sempre reconheceu a diferenciação positiva, ao longo dos últimos vinte anos. Infelizmente, na primeira oportunidade, “comprados” por uma lei feita á sua medida, que até lhes acrescenta verbas numa fase de “contenção” nacional, tratam logo de apoiar a discriminação negativa da Madeira. Que raio. Lutem por ter mais, mas não contra e à custa dos outros.

Terá que haver resposta forte a este plano. Maquiavélico, centralista e colonizador.

Os socialistas com maioria absoluta.
Logo vêm ao de cima todos os “tiques” estalinistas. Atitudes destas, com este tipo de arrogância, só nessa altura, na URSS… Mas, afinal, porcos e homens. Olhamos para uns e para os outros e… são todos iguais. Os socialistas portugueses e os estalinistas soviéticos. Pelo menos nesta matéria.
 
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