quinta-feira, agosto 17, 2006


GOVERNO PORTUGUÊS
RECUSA RESPONDER A BRUXELAS


Segundo publica do DN de hoje, o Governo recusa intromissões do Parlamento Europeu na definição da sua política, nomeadamente no capítulo da defesa e dos negócios estrangeiros.

Com base neste princípio, prepara-se para recusar informações aos eurodeputados que investigam "o envolvimento e a cumplicidade" de Estados membros da União Europeia numa série de alegadas actividades ilegais da CIA no Velho Continente a pretexto do combate aos terroristas islâmicos.

Segundo fonte do DN, próxima do primeiro-ministro José Sócrates, "o Governo português responde perante a Assembleia da República e não perante o Parlamento Europeu", considerando que os eurodeputados não têm capacidade de escrutinar a actividade do Executivo de Lisboa, nomeadamente no caso dos voos da CIA destinados ao alegado transporte de detidos para prisões ilegais no centro e leste da Europa.

Bruxelas pretende saber quais as responsabilidades de Portugal como país de escala destes voos, cuja operação configura "graves violações dos direitos humanos fundamentais".
Segundo um relatório votado numa comissão do Parlamento Europeu, presidida pelo eurodeputado social-democrata, Carlos Coelho, e aprovado a 6 de Julho no hemiciclo de Estrasburgo, considera "absolutamente inacreditável" que tenha sido possível realizar muitas centenas de voos no espaço aéreo de diversos membros [da UE], com o correspondente movimento nos aeroportos europeus, sem o conhecimento dos serviços de segurança ou dos serviços secretos e “sem que as autoridades responsáveis por estes serviços se tenham, pelo menos, interrogado sobre a relação entre estes voos e a prática
de entregas extraordinárias" de prisioneiros aos Estados Unidos.

INCOERÊNCIAS ….

Os defensores do federalismo europeu começam, agora, a sentir na pele é que é estar dependente da fiscalização política da União Europeia.
Não faltará muito para darem razão às posições políticas dos Nacionalistas, quando exigem uma Europa das Nações e não uma Federação Europeia.
E, a Constituição Europeia, que nos quiseram impingir, era bem o símbolo da perca da soberania política dos estados membros. Pretendia ser uma Constituição única para todos os países membros e – tal como constava – apontava para um projecto hegemónico e aglutinador que, em qualquer decisão de fundo, submeteria todos à simples lógica das maiorias.
E, não nos podemos esquecer que o Partido do Governo, e até o próprio Governo, apoiaram tal ideia. Agora, já rejeitam interferências políticas na sua acção governativa.
Quanto à rejeição, concordo em absoluto. Só discordo é da incoerência das posições tomadas, quando se alvitrou a tal Constituição Europeia.
Espero que lhes sirva de exemplo.
Manuel Abrantes

Comentários:
O Governo não vai seguir o exemplo porque não são exemplo para ninguèm.
 
Concordo com o texto.
O Governo tem razão no que assume. Só não tem qundo é, ele próprio, a defender o federalismo europeu.
 
Porque é que não se discute as vantagem e desvantagens da Europa Comunitária ?
 
Que comecem a parar as já abusivas intromissões do PE, isso concordo plenamente, mas creio que, de forma interna, deveria ser investigado o dito "transporte".

Grave será se quem envia tropas ao Iraque, a Timor, ao Kosovo e a tudo o que são países ditos incumpridores dos convencionados direitos humanos não fôr, ele próprio (o Governo Português, que neste caso representa o Estado na sua totalidade) cumpridor dos mesmos, por cumplicidades com os EUA. Os mesmos EUA que definiram as regras dos direitos humanos de que falamos.


"Façam como eu digo, mas não façam como eu faço..." No fundo já todos sabem o que aconteceu e isto só serve para provar como é a globalização (imperialismo americano) e não as ridículas instituições europeias que nos impingem quem manda de facto.
 
E porque não um postzinho a perguntar por que razão o Governo permite que aviões de países estranhos sobrevoem o nosso território, usem as nossas bases e não dêem explicações a ninguém? Isso já não é abuso da nossa soberania?

E o PNR que anda em manifs anti-Israel...
 
Sr Miguel
Essas explicações tem de dar o Governo à Assembleia da República e,esta, exigir clareza nas respostas.
 
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