quinta-feira, agosto 31, 2006


VAMOS LÁ PRÓ LÍBANO

O Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou, por unanimidade, o envio para o Líbano de uma companhia com um máximo de 140 militares de engenharia de construções para integrar a força interina das Nações Unidas naquele país.
Contudo, a presença portuguesa divide as opiniões dos partidos políticos com assento parlamentar.

Para o CDS-PP, José Ribeiro e Castro, declarou-se de acordo com a decisão do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) de enviar para o Líbano uma companhia de engenharia com um máximo de 140 militares.
«O CDS identifica-se com o teor do comunicado do CSDN e deseja que o processo continue a decorrer da melhor forma. Fazemos votos para o êxito da força internacional, nomeadamente para a participação portuguesa», concluiu o líder centrista.

O PSD aprova a decisão de enviar tropas para o Líbano, com o vice-presidente do partido, Azevedo Soares, a concordar com a opção anunciada pelo Governo.

O “não” vem dos comunistas e dos bloquistas.
O dirigente do Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, manifestou-se contra a participação portuguesa na força da ONU no Líbano e acusou o Governo de pôr o país a «servir de peão» a interesses externos
«Portugal não tem uma política externa autónoma e mais uma vez vai servir de peão a outras potências, que essas sim tem interesses estratégicos na região», afirmou Fernando Rosas.

Já o PCP reiterou a sua oposição à participação portuguesa na força das Nações Unidas no Líbano e considerou que a posição favorável do Conselho Superior de Defesa Nacional confirma «as orientações seguidistas» do Estado português.


O “politicamente correcto” não se entende nesta matéria
Que a posição portuguesas é de “seguidismo”, isso não tenhamos dúvidas. Mas enviar uma companhia de militares de engenharia não vejo que venha mal nenhum para o País. Isto bem antes pelo contrário.
Na questão financeira, temos de nos lembrar que 70 % dos custos ( 9.3 milhões de euros) são suportados pela ONU. E, mesmo que o não fosse, Portugal não pode ficar alheio às situações de calamidade e deve ter uma voz activa em todos os processos onde interfere militarmente a ONU, desde que nos seja pedida ajuda militar.
Neste campo, cabe-nos analisar que tipo de contribuição e o coeficiente de oportunidade para a nossa intervenção.

Para os comunistas, e apêndice, é um desperdício de dinheiro. Contudo, não os vejo com a mesma linha de opinião quando o governo despende somas, muito maiores, para “ajuda” a países que não oferecem as mínimas garantias politicas de que as verbas enviadas serão canalizadas para os sítios certos e não para gastos que nada têm a ver com o desenvolvimento das populações.

O que não posso, também, concordar é com as justificações dadas pelo ministro da Defesa, Severiano Teixeira, que falou após a conclusão da reunião, a decisão do envio da força recai sobre uma companhia de Engenharia, do Exército, que vai participar nas tarefas de reconstrução do Líbano, uma missão de "risco moderado" e "com visibilidade".

Risco moderado, visibilidade ?
Isto são justificações ?
O que o Estado tem de se preocupar é se participamos, ou não, nas missões militares solicitadas. Se essa participação é, ou não, do interesse nacional.
Esta é a base !
Não conheço acções militares que não incluam riscos. Umas mais do que as outras.
Um exército é treinado e preparado para cumprir as missões para as quais é solicitado. E, um soldado, sabe (ou deveria saber…) que qualquer das suas missões comporta riscos.
Por isso é um soldado.
Ou será que já nem esse espírito de sacrifício nos resta ?
Manuel Abrantes

Comentários:
Só gostaria de pergunta ao Abrantes o que é que vamos fazer pra Libano
 
Sr anónimo não sou governo. Isso terá de perguntar aos nossos governantes.
Mas...
Provávelmente vamos fazer o mesmo do que estamos a fazer com tropas na Bosnia e a República do Congo
 
Não temos dinheiro para manter maternidades abertas mas temos para mandar soldados para o deserto
 
Para os ex-combatentes (à borla - ao serviço da Pátria) do ultramar não há dinheiro.
Para os MERCENÁRIOS (1000 contos por mês) já há dinheiro.
 
Não concordo nem com esta missão nem com as outras pelo mundo fora (excepto Timor). A primeira razão, já a sr. Ana explicou, a segunda, é a pertinente dúvida do anónimo. Que eu saiba, não somos tidos nem havidos nos conflitos entre árabes e judeus. E, ainda por cima, vão os nossos ficar aos serviços dos Espanhóis.

Não há dinheiro para os ex-combatentes, nem para as maternidades, nem para as escolas com menos de 10 alunos... mas para o Líbano há. Quem vê isto, fica com vontade de ir morar para lá. Afinal, vão receber quase 1 bilião de Euros e vão ter exércitos a suprir as necessidades de habitação e saúde.
 
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