segunda-feira, setembro 25, 2006


BRASILEIROS DE VILA DO REI VÃO-SE "PIRANDO" AOS POUCOS.

Segundo o Jornal de Notícias, na sua edição de hoje, cinco meses depois de chegar a Vila de Rei, uma das famílias brasileiras que para ali foram residir ao abrigo de um projecto de repovoamento, regressou ao Brasil.
A situação surpreendeu a presidente da Câmara, Irene Barata, a quem o casal não deu, sequer, conta da sua intenção.

Segundo a reportagem do matutino nortenho, os habitantes da vila que conviveram de perto com o Daniel, Regiane e Daiane (familia dos brasileiros em "fuga") garantem que o regresso se deveu ao facto de eles se sentirem "defraudados" nas expectativas que lhes haviam sido criadas.

"Prometeram-lhes boas condições, mas eles queixavam-se de trabalhar muito e ganhar pouco. Não devem ter aguentado", considerou Maria Luísa Catarino, comerciante de Vila de Rei, assegurando que outras das quatro famílias brasileiras que ali chegaram se queixam do mesmo.
I
rene Barata, presidente da Câmara, assegura que os imigrantes "sabiam exactamente em que condições vinham". A autarca adianta que assinaram um contrato, onde estava explícito que receberiam o ordenado mínimo. Vieram com contratos para trabalhar na restauração podendo, se encontrassem melhores condições, mudar de ramo. O que acabou por acontecer. A edil contou ainda que a Câmara assegurou um alojamento gratuito, do qual "poderiam usufruir o tempo que fosse preciso, evitando, assim, pagar rendas".

A brasileira, Cecília Fraga, afirmou ao JN que a casa era comunitária. "Vivíamos ali todos juntos como numa espécie de 'casa do big brother' e, na primeira oportunidade, cada um procurou o seu espaço”. Isto, porque a maioria dos brasileiros já se “piraram” da freguesia de S. João do Peso e mudaram-se para a sede do concelho.

Adélia e Pedro Oliveira, outro dos casais brasileiros, deixou a casa que tinha alugado em Vila de Rei e mudou-se para o concelho vizinho da Sertã, onde a mulher exerce aquela que era, já, a sua profissão no Brasil, a de cabeleireira. De acordo com alguns dos vizinhos, com a deslocação, os dois procuraram "melhorar as condições que tinham".

Os habitantes do centro de Vila de Rei não consideram anormal esta movimentação dos brasileiros, nem as suas queixas, considerando que lhes foram criadas "falsas expectativas".
Quando, do alarido feito pela comunicação social das vantagens da vinda deste imigrantes brasileiros, em Maio último, “Estado Novo” escreveu o seguinte:

“Só gostaria de saber quantos destes brasileiros daqui a uns anos (provavelmente meses…) ainda estão em Vila de Rei. Quantos é que se “piraram”, já com a legalização nas mãos, para as zonas metropolitanas ou, e ainda, para países da União Europeia.
Será que os canais televisivos vão fazer uma reportagem sobre isso ?
Duvido…”

Claro que era mais do que evidente esta situação. Uma coisa é a demagogia politica e outra são as realidades.
Manuel Abrantes

Comentários:
Mais uma vez se prova que a imigração é uma arma do capital.
 
Toda a gente sabe que a imigração brasileira é problemática.Só patetas,como os jornalistas e os politicos ignoram-no ou o que é pior,escondem-no em obediência aos seus inconfessáveis designios.
Objectivamente o que os brasileiros quiseram foi entrar legalizados no espaço europeu.Baratas tontas caíram como otárias,que no fundo,não obstante a sua "xico-espertice" são.
Aberta a porta legal da Europa,desapareceram...
 
ja todos estavamos a espera desta noticia . foi mais uma historia mal contada pelos nossos (des)governantes . para quem nao acreditava naquilo que os nacionalistas diziam , ai esta a prova !
 
Queriam o quê??Trabalho de escritório??Ficassem na vossa terra!Já sabiam para o que vinham ou não??Se calhar estavam à espera de um fundo de soliedariedade e talvez o rendimento mínimo,não era?Pois foi,talvez os que estão cá ja lhes tivessem falado do paraíso que é Portugal para os que não querem fazer "puto".
 
Esses comentários me fazem lembrar do monte de portugueses esfarrapados que vive no Brasil a coletar garrafas na rua para vender e outros que disputam com descendentes de escravos, vagas nas padarias das capitais brasileiras. Nem mesmo agora que Portugal pode TALVEZ sair da miséria secular por conta da esmola da UE, pensam em regressar a mediocridade e conviver com idiotas como vocês.
 
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