sexta-feira, outubro 06, 2006


O PRESIDENTE E O DEDO NA FERIDA

Cavaco Silva defendeu, no seu discurso comemorativo dos 96 anos da Implantação da República, que “no combate por uma democracia de melhor qualidade devem ser convocados todos os portugueses, mas esta é uma tarefa que compete, em primeira linha, aos titulares de cargos públicos".

O Presidente apelou ao esforço de todos os portugueses na luta contra a corrupção e na moralização da vida pública, com vista a alcançar uma “democracia de melhor qualidade".
Para Cavaco Silva “a transparência da vida pública deve começar precisamente onde o poder do Estado se encontra mais próximo dos cidadãos." Nesse sentido, sublinhou, “é necessário chamar a atenção de uma forma particularmente incisiva para as especiais responsabilidades que todos os autarcas têm nesta batalha em prol da restauração da confiança dos cidadãos nas suas instituições”.

A corrupção, segundo as palavras de Cavaco, faz ruir os referenciais éticos dos cidadãos, aprofunda as desigualdades existentes na sociedade e faz os portugueses alhearem-se da gestão da vida pública. Porque, sublinhou, "entendem que a política é um feudo de alguns, que a utilizam em proveito próprio".

O Presidente tem toda a razão neste seu discurso. Isto já toda a gente o sabe. Assim como – se não estamos esquecidos – os escândalos de corrupção não são de agora. Vêm muito de trás e com relevância nos governos chefiados pelo próprio Cavaco Silva.
A corrupção não é, e não foi, apanágio deste ou daquele governo. A corrupção tem sido uma constante.

O Presidente tem toda a razão quando diz, referindo a certas mentalidades politiqueiras que, alguns, "entendem que a política é um feudo de alguns, que a utilizam em proveito próprio".
Quando os Nacionalistas denunciam estas atitudes são logo apelidados de “antidemocratas”, “saudosistas”, etc, etc. E agora?
Sofrerá o Presidente dos mesmos impropérios ?
Manuel Abrantes

Comentários:
Só é cego quem não vê o que se lhe põe à frente. Todos os Portugueses sabem como a democracia actual é meramente uma aparência. Não o dizem nem agem, porque se acomodam ao facto de não possuirem mesmo nenhuma voz activa nas decisões nacionais. São os partidos quem manda. Só com um alto cargo por escudo se pode denunciar esta falta de honestidade.
 
Grande conselho amigo Abrantes.
Têm muito que aprender com os príncipios de honestidade do Dr. António de Oliveira Salazar
 
Cavaco Silva colocou o dedo nas suas própria feridas.
Parece que todos os que chegam a presidentes esquecem-se que também t~em passados politicos com responsabilidades governativas.
Comem muito queijo...
 
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