quinta-feira, novembro 30, 2006


AS PREOCUPAÇÕES DO ALMIRANTE

O Almirante Mendes Cabeçadas, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, afirma, em carta dirigida ao ministro da Defesa Nacional, que "a recente tendência de igualização dos militares a funcionários civis contribuirá necessariamente para que sejam minados os fundamentos éticos dos deveres militares".

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas mostra a sua preocupação com o “clima de perturbação que existe no meio militar” e apela à reflexão “no sentido de evitar as graves consequências que se antevêem e que, em última análise, irão afectar o pilar essencial da segurança e defesa nacional que são as Forças Armadas”. Por isso, o CEMGFA adverte: “Não se afigura sustentável, com o atractível argumento da igualdade de sacrifícios exigidos a todos os cidadãos, cercear os escassos benefícios concedidos aos militares”.

De acordo com a Lusa, a carta do almirante Mendes Cabeçadas ao ministro Severiano Teixeira foi enviada no dia 9 deste mês e resume as preocupações manifestadas pelos quatro chefes de Estado-Maior, na reunião havida a 26 de Outubro. Ao fim da noite de ontem, Mendes Cabeçadas repudiou a divulgação da carta com o argumento que "o memorando a que a Lusa teve acesso foi escrito no âmbito de total confiança e cooperação com o Ministério da Defesa".

O Almirante não deixa de ter razão, na sua indignação, pela forma leviana como uma carta sua, dirigida ao ministro da Defesa, veio a praça pública. Das duas uma: ou o Almirante ainda não percebeu as “leis” com que se rege esta imprensa das “amplas liberdades” ou ainda não percebeu, também, que a ética e o respeito pelo sentido de Estado não são apanágio desta espécie de “democratas”.
Pessoalmente, não acredito que o Ministro da Defesa tenha autorizado que a carta fosse divulgada à comunicação social. Como não acredito, também, que alguém a tenha roubado para a dar à Lusa.
Então, alguém com “poderes” a ofereceu de bandeja à comunicação social. E, esse alguém, tem de ser pessoa da confiança politica do ministério para ter acesso a documentação de tal teor.
Não é necessário grande esforço de raciocínio para se chegar a esta conclusão.

Quanto ao teor das preocupações dos militares – como sou “fascista” (????) – não é em blogues, ou na praça pública, que esses assuntos são tratados e discutidos.
Não é com passeios nem com discussões públicas de analistas políticos, que assuntos tão melindrosos devem ser tratados.
Os militares devem ser o garante da Pátria e eu continuo a pensar que DEUS, PÁTRIA E FAMÍLA não se discutem como se estivéssemos a tratar de assuntos futebolísticos. Por isso, publico também partes da carta amplamente já divulgados, mas não vou discutir nem dar opinião sobre o assunto.
Manuel Abrantes

Comentários:
Eles (os militares) levam tempo a aprender. Mas aprendem
 
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