quarta-feira, novembro 15, 2006


CONFERÊNCIA EPISCOPAL
DESAFIA O PODER POLÍTICO



D. Jorge Ortiga, no discurso de abertura da 163.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em Fátima, disse que “se o mercado de trabalho está em fase de desindustrialização e requalificação, os responsáveis industriais e políticos não devem esquecer as inerentes responsabilidades humanas e sociais” para com as vítimas destes processos.Os bispos portugueses vincaram a sua posição contra o aborto e desafiaram o poder político a tomar medidas efectivas para combater o desemprego e a precariedade laboral, que atinge cada vez mais famílias em Portugal.

Segundo D. Jorge Ortiga, a situação económico-social do País assumiu índices “inquietantes” e o desemprego tornou-se “causa de situações indignas que muitos teimam em ignorar”.Perante este cenário, os bispos convidam os responsáveis políticos a reflectir sobre os efeitos reais de uma economia que “contraria as aspirações mais profundas das pessoas e sacrifica os seus legítimos direitos na mesa do lucro e da competitividade a qualquer preço”.

De vez em quando a Igreja Católica parece acordar face às situações dramáticas da sociedade portuguesa.
A Igreja Católica tem por direito e dever defender a fé nos espíritos das populações, mas não pode remeter-se a um silêncio cúmplice na destruição sistemática dos conceitos da família e, muito especialmente, no descambar da moral pública com efeitos sociais.
A Igreja Católica não se pode colocar à parte das causas politicas, porque são estas que definem o bem-estar, ou não, das famílias.
A Igreja Católica deve ser uma voz “do garante” das preocupações e anseios das famílias portuguesas. Não se pode limitar a ter um lugar cativo (e apenas) no protocolo do Estado.
Manuel Abrantes

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