domingo, novembro 19, 2006

INSPECTORES DO TRABALHO
VITIMAS DE AGRESSÕES


Paulo Morgado de Carvalho, inspector-geral da Inspecção-Geral do Trabalho, alerta para o facto da violência física e verbal estar a aumentar sobre os inspectores. Desde 2005, já se registaram actos de agressão em 17 das 32 delegações regionais da Inspecção-Geral do Trabalho.

Em declarações ao DN, o inspector-geral diz que "nos serviços centrais não tínhamos noção da frequência com que os actos de violência estavam a ocorrer”
Nesse sentido, disse ter sido com estupefacção que viu os resultados de um inquérito revelarem a existência de agressões físicas e verbais em mais de metade das delegações regionais. "Tais actos ocorreram, principalmente, em micro, pequenas e médias empresas, com predominância nas áreas urbanas", explicou.

"Os sectores de actividade onde os actos de violência se verificaram são, maioritariamente, a construção civil e o sector dos transportes, embora também tenham sido referenciados outros sectores, nomeadamente a restauração e hotelaria, calçado e confecção de vestuário", especificou o inspector-geral.
"Os empregadores entendem que não devem permitir quer o acesso quer o desenvolvimento da acção de inspecção por motivos que desconhecemos", diz Paulo Morgado de Carvalho, lembrando que "mesmo em tribunal, quando estavam a ser julgados, vários patrões ameaçaram os inspectores e, nalguns casos, usaram expressões verbais ofensivas".

Para Paulo Morgado de Carvalho, trata-se de um fenómeno novo, reconhecendo não ter uma explicação para esse aumento da violência. "Neste momento, não há uma reflexão feita que permita encontrar razões. Apenas se constata que aumenta no nosso país e em toda a Europa", disse ao Diário de Notícias.

Pessoalmente não acredito que o Inspector-Geral não saiba quais são as razões. Só que não é “politicamente correcto” dizer que as pessoas perderam o respeito pelas instituições do Estado. Isto, não acontece só com os inspectores deste organismo é com todos, inclusive, a Policia, magistrados, etc.
Falamos tanto em “direitos” que muita gente pensa que tem direito a tudo e sobre tudo. Passamos do 8 para o 88…
As “amplas liberdades” incutiram nos espíritos mais fechados (ou abertos…) a ideia de que todos temos direitos indiscriminados, inclusive, a pisar os direitos do seu semelhante.
Isto, já para não falar no facto de o ter levado, muita gente, a perder o respeito pelo próprio Estado e os seus organismos.

As ideologias dominantes da política portuguesa, desde há trinta anos, criaram nas mentes que era necessário “perder o medo” das instituições. Isto serviu-lhe para incutir o espírito revolucionário nas massas, logo após o 25 de Abril de 74. Nos dias de hoje, esse espírito ficou e passou para as novas gerações.
São os filhos das “amplas liberdades”.
Manuel Abrantes

Comentários:
Pois é amigo Abrantes, este senhor, como tantos outros, alimenta-se do politicamente correcto, e faz disso o seu modo de vida. E assim lá continuamos nós no fim de tudo, e no meio do nada!

Cumprimentos
 
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