sábado, novembro 18, 2006

SOCIAIS DEMOCRATAS
EM ROTA DE COLISÃO


O dirigente social-democrata Luís Filipe Menezes, em declarações à TSF, acusa o actual líder nacional do partido de não fazer oposição ao Governo e de estar mais preocupado com perseguições internas.

Para Menezes, está em curso uma tentativa de afastar os seus apoiantes no partido. E, garante, que nas eleições de 28 de Outubro para a Concelhia de Gaia, "até mortos pagaram quotas" para votar contra si. "Não sei se ressuscitaram", ironiza.
O ex-candidato à liderança do PSD acusa: "isto tem de ter responsáveis e esses são os que lideram neste momento o partido", citando Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz, líder do PSD/Lisboa e presidente da Assembleia Municipal.
Menezes disse também, à mesma rádio, que se a direcção não convocar o Conselho Nacional do partido ele próprio avançará. E identificou o que considerou serem várias oportunidades que não foram utilizadas por Marques Mendes para fazer oposição ao Governo. Como exemplo, evocou as “centenas de milhares de pessoas” que têm protestado nas ruas.

Toda esta problemática vem na sequência do rompimento da coligação PSD/CDS em Lisboa com o chumbo de uma proposta apresentada por Carmona em reunião camarária que visava eleger a Administração da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) da Baixa Pombalina.
A proposta previa eleger José Alberto Nunes Barata para presidente do Conselho de Administração da SRU e Teresa Pereira para vogal, mas, apesar de o voto ser secreto, Nunes Barata foi chumbado (oito votos a favor e nove contra) depreendendo-se que a vereadora do CDS, Maria José Nogueira Pinto, tenha votado com a oposição PS, CDU e BE. E, perante isto, o presidente Carmona Rodrigues, demitiu-a dos cargos de vereação.

A VERDADE É COMO O AZEITE: VEM SEMPRE AO DE CIMA

A situação começa a esclarecer-se. È que para o cargo tinha já sido indigitado o nome de Pedro Portugal, apoiante das teses de Luís Filipe Menezes. E, à ultima hora fora substituído por Nunes Barata, sem terem comunicado a alteração à vereadora do CDS/PP.
Segundo declarações de Pedro Portugal ao JN foi o próprio presidente da Câmara lisboeta que lhe comunicou haver “resistências partidárias por parte do PSD" à inclusão do seu nome. Para Pedro Portugal, a atitude resulta do facto de ter sido eleito, para o Conselho Nacional, na lista de Menezes, e de ter apoiado Carlos Carreiras, rival de Paula Teixeira da Cruz, na disputa da Distrital.
Paula Teixeira da Cruz, que é a actual presidente da Assembleia Municipal na Câmara de Lisboa, fora apoiada pela direcção de Marque Mendes.

Isto já parece uma telenovela. Mas, a ilação que podemos retirar daqui é que na actual conjuntura politica as direcções partidárias estão-se “nas tintas” para os resultados eleitorais e impõem a sua ditadura nos organismos público com cargos votados pelas populações. Não nos podemos esquecer do caso de Setúbal, onde a Direcção do PCP mandou substituir o presidente, Carlos Sousa, pela então vereadora da sua confiança politica, Maria das Dores Meira.

Quando alguns energúmenos acusam os Nacionalistas de serem contra a democracia o que lhe podemos dizer é que somos contra – sim!!- é a este tipo de “democracia” carregada de oportunismos políticos e da ditadura dos partidos. Os partidos são um dos pilares da democracia. O que não pode ser é o facto das direcções partidária estarem transformadas nos “patrões” dessa mesma democracia.
Manuel Abrantes

Comentários:
Não sendo um "alinhado" na ideologia do nacionalismo - mas sou Nacionalista - concordo em absoluto com o que o autor escreve no ùltimo parágrafo.
Está tudo dito!
 
È este tipo de democracia que irá enterrar este sistema.
 
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