quinta-feira, dezembro 14, 2006


AS PREOCUPAÇÕES DE MARQUES MENDES…

O PSD pediu explicações ao Governo sobre as condições de segurança em torno do contingente militar português destacado no Líbano, onde a tensão política se tem agudizado nos últimos dias

Marques Mendes, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, afirmou: "parece-me óbvio e de elementar interesse que o Governo preste informações sobre o que se passa no Líbano, porque Portugal tem militares nesse país, cuja situação se tem agravado progressivamente, de uma forma que preocupa a comunidade internacional."
Segundo Marques Mendes, José Sócrates garantiu-lhe que o Governo irá "a curto prazo" ao Parlamento falar sobre a matéria.

Marques Mendes sublinhou que a decisão de Portugal enviar militares para o Líbano "foi correcta", mas como a situação ali "está a conhecer um agravamento preocupante", importa ter "sentido de responsabilidade" e que "o Governo preste aos partidos e aos portugueses informação actualizada e permanente" sobre o que se passa naquele país do Médio Oriente onde esteve, recentemente, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.

OUTROS TEMPOS...
OUTRAS VONTADES

As preocupações do líder dos sociais-democratas ficam-lhe muito bem. Dá-lhe votos, especialmente no seio das famílias que possuem familiares nesta zona de conflito.
Contudo, a função de um militar é sempre uma função de risco. Todo o militar sabe disso quando ingressa na carreira. È treinado e preparado para situações onde o dever está acima ( ou deveria estar) da sua própria vida. Pelo menos no meu tempo era assim e não éramos voluntários, nem tínhamos a NATO a dar-nos boas comissões de serviço. Antes pelo contrário…

Nos territórios ultramarinos – ou colónias como lhes queiram chamar – o perigo surgia a cada passo e a vida corria-nos pelo fio da navalha a cada minuto. Era um apertar de estômago que fazia desaparecer no ar o som dos motores das Berliet.
Era o "medo" (???) que nos fazia esquecer que, a milhares de quilómetros, tínhamos uma família que necessitava da nossa presença para contribuir com o nosso salário de civis. O pré de militar não dava nem para comprar uns macitos de cigarros.
Era assim no meu tempo.
E sabe o leitor uma coisa?
Tenho muito orgulho em ter participado no dever de militar português em terras de Àfrica. Tenho orgulho por ter sido um militar.
Não ganhei dinheiro nem medalhas. Apenas o orgulho em ter servido a Nação quando Ela precisou de mim como militar.
Apenas isso…
Manuel Abrantes

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