quarta-feira, janeiro 24, 2007


CÂMARA DE LISBOA DEBAIXO DE SUSPEITA


Cerca de meia centena de inspectores e seis magistrados do Ministério Público levaram a cabo um conjunto de buscas à Câmara Municipal de Lisboa.
A acção incluiu não apenas os serviços de Urbanismo da Câmara, instalados no Campo Grande - considerados o ponto central das investigações - mas também os gabinetes do presidente da Câmara, Carmona Rodrigues, e do vice-presidente, Fontão de Carvalho, nos Paços do Concelho.
Em causa está a permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, inserida no processo EPUL-Bragaparques.

Durante as buscas, os inspectores da Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira, apreenderam documentos e informação vária em suporte informático, que serão agora analisados. Só após a análise é que o Ministério Público tomará a decisão de os constituir ou não arguidos no processo,
A operação foi a segunda, após o início da investigação que tem por base matéria que pode consubstanciar em eventuais crimes de corrupção, tráfico de influências e participação económica

Nos Paços do Concelho, as portas foram fechadas para evitar os olhares incómodos, até que, Carmona Rodrigues, no átrio do edifício, confirmou as buscas da PJ.
Carmona adoptou a imagem de que a autarquia está a colaborar com as autoridades. Segundo o presidente a " PJ esteve nos Paços do Concelho, no Campo Grande e na EPUL. Vamos colaborar com todas as investigações, até porque foi a câmara que, em 2005, enviou para o Ministério Público a matéria que levantava muitas dúvidas. É desta forma que entendemos que se deve agir para se esclarecer tudo de uma vez", referiu, acrescentando: "Pedimos uma sindicância aos serviços do urbanismo para que o município deixe de estar enrolado num novelo de suspeições”.

Como reza um velho ditado popular “não há fumo sem fogo”. E, uma mega-operação como esta, por parte dos serviços policiais, não foi porque “ouviram dizer”. Têm de existir fortes indícios de suspeita.
Que as investigações não fiquem por aqui e que este processo não passe disso mesmo: - mais um processo!
Manuel Abrantes

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