quarta-feira, janeiro 17, 2007


MILHÕES E MAIS MILHÕES…

O primeiro ministro, José Sócrates, apresentou as linhas que irão definir as aplicações do Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN).
O Quadro Comunitário de Apoio estabelece as prioridades nas quais serão investidos os 21,5 mil milhões de euros que Bruxelas prometeu a Portugal para os próximos sete anos (2007-2013).

Ao contrário dos quadros anteriores, este está dividido em três grandes áreas temáticas ou Programas Operacionais : – Valorização do Território, Factores de Competitividade e Potencial Humano.

Na área da Valorização do Território está incluída a construção do novo aeroporto de Lisboa e a rede ferroviária de alta velocidade, que têm um custo global de 11,4 mil milhões de euros. Ou seja: 8,3 mil milhões para o TGV e 3,09 mil milhões para a Ota. Este custo ( a Ota) deverá ser financiado em 1,1 mil milhões de euros pelos fundos comunitários se a Comissão Europeia aprovar o QREN. O restante, “entram” os portugueses…

O Programa Operacional Potencial Humano (Educação e Qualificação) tem um investimento global de 8,8 mil milhões de euros, dos quais seis mil milhões de euros virão por via do Fundo Social Europeu (FSE)

Numa primeira analise, podemos observar que os mega projectos de infra-estruturas nacionais, onde se incluem a Ota e o TGV, têm um custo total previsto de 11,4 mil milhões de euros, enquanto a Educação e Qualificação têm um orçamento que não chega aos nove mil milhões de euros.
Os números apresenta ainda : 635 milhões de euros para usar na modernização da Administração Pública e quatro mil milhões destinados ao desenvolvimento rural e pescas que são geridos fora do QREN.

A OUTRA FACE DA MOEDA

São, mais uma vez, muitos milhões. Mas, podemos perguntar: - A que preço ?
È como – desculpem a comparação – uma pessoa rica subsidiar uma família pobre, mas com a condição de ser ela a definir toda a orgânica da família subsidiada. A família subsidiada não pode gerir o seu destino nem a sua própria casa.
A comparação poderá parecer descabida. Mas não é !
O que é que estas políticas nos têm dado ?
Isto:
Baixas rendibilidades na aplicação dos fundos concedidos, destruição da agricultura e das pescas, deslocalização de empresas e redução do investimento directo estrangeiro, desemprego em massa, perda de soberania em quase todos os domínios, pesados custos para os cidadãos resultantes da uniformização das legislações, sem ter em conta as diferenças de nível de vida entre os países, a imigração em massa resultante da abolição das fronteiras, a insegurança e a criminalidade generalizada.
Já leu isto em qualquer lado ?
Claro! Faz parte do programa político do PNR.
E, a declaração não é de hoje. È de 23 de Setembro de 2005, quando foi publicada oficialmente no site.
E tem mais um ponto importante quando diz: “O PNR entende que é possível a construção da Europa sem alienar necessariamente a soberania de cada estado”
E mais:
“Defendemos a cooperação em vez da integração, defendemos uma Europa centrada na sua própria identidade, mas respeitando as identidades específicas de cada Nação, pelo que preconizamos não uma União Europeia de cariz político, mas uma União Económica baseada nas vantagens recíprocas para todos os estados”.
Está de acordo ?
Então…?
Deixe a sua consciência falar mais alto do que a “razão” do dinheiro
Manuel Abrantes

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