terça-feira, janeiro 23, 2007


SINAIS EXTERIORES DE RIQUEZA DEIXAM DE SER DECLARADOS

Os impressos do IRS para 2007 não obrigam à declaração de compra de bens imóveis ou viaturas acima dos 250 mil euros e 50 mil euros. O Governo deixou cair as "manifestações de fortunas" na declaração de IRS deste ano, até agora visto como um instrumento fundamental para o combate à fuga e fraude fiscal

Nos impressos, já disponíveis ao público, foram eliminados os campos de preenchimento obrigatório em 2006 relativos às manifestações de fortuna e previsto na Lei Geral Tributária e no código do IRS. No anexo G1 do IRS de 2007, relativo às mais-valias não tributadas, aparece apenas os campos que descrevem as alienações de acções e de imóveis, excluídos da tributação.
As Finanças justificam a ausência da obrigação declarativa pela possibilidade da DGCI ( Direcção Geral das Contribuições e Impostos) ter acesso a esses dados através de outras fontes, como os notários, registo automóvel e capitanias dos portos.

Uma situação que não se compreende na medida de que também no ano passado existiam a possibilidade de cruzamentos e a declaração era obrigatória.
Esta situação das duas uma: ou é uma lacuna nos impressos deste ano ou há gato “escondido com rabo de fora”.
As Finanças podem cruzar os dados. Mas será que os vão fazer?
A dúvida é pertinente.
Esta situação desobriga os que têm mais dinheiro a ter de declarar compras de bens de alto-luxo. Como não são obrigados a declarar, nada lhes pode acontecer se os rendimentos que declaram nada têm a ver com as “manifestações de fortuna”.
Ou será que não tenho razão?
È uma porta aberta para à fuga e ao fraude fiscal.

Todo o contribuinte é obrigado a declarar os seus rendimentos e gastos e a assinar a declaração. È um compromisso que tem para com as finanças. Porque razão os que têm possibilidade de aquisições de bens de alto-luxo não são obrigados a declara-los ?
Depois queixem-se de que existe gente que declara pouco mais do que o salário mínimo e é dono e senhor de carros de luxo e de moradias a condizer…
Ah pois… O defensor dos ricos e o anti-proletariado sou eu.
Manuel Abrantes

Comentários:
A questão não é duvidosa, como o senhor refere. O fisco (ainda para mais um fisco esquerdalha) jamais deixaria de tributar esses bens de luxo. A questão aqui é que a máquina fiscal pretende tornar mais arbitrária a caça ao imposto. Pretende reduzir os direitos do contribuinte de maneira a que este não se possa defender. Não há aqui uma protecção dos mais ricos. Pelo contrário. Esta falsa aparência de liberdade não é mais do que um reforço da autoridade arbitrária e injusta do aparelho de Estado.
Este Estado socialoide nunca ousaria reduzir as receitas dos impostos, muito menos desobrigando os que mais ganham.
 
mais uma maneira para que os ricaços possam fazer gato e sapato do estado portugues ! quanto mais tem , mais querem !
 
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