terça-feira, fevereiro 13, 2007


OS ABUTRES

Segundo a imprensa de hoje o resultado do referendo sobre o aborto veio aumentar o interesse das clínicas estrangeiras em Portugal. O que não é novidade nenhuma… Qual abutre à espera da presa.
A primeira clínica estrangeira a abrir, já em Março em Lisboa, deverá ser a espanhola Los Arcos, com sede em Badajoz. O espaço "está na última fase de construção" e será "uma clínica de cirurgia em ambulatório com profissionais portugueses para mulheres portuguesas", afirmou a responsável Yolanda Hernandez Dominguez à Lusa
O negócio está em marcha. È um negócio que se calcula em 9 milhões de euros/ano.
Os números são fáceis de se calcular: baseando-nos que um aborto em Espanha custa 450 euros e que, segundo dados divulgados pelo ministro da Saúde Correia de Campos, em Portugal se fazem 20.000 abortos/ano, o valor situa-se nos 9 milhões de euros/ano.

Um negócio que só resta perguntar quem é que o vai pagar.
José Sócrates já se pronunciou que a nova lei será muito próxima da que existe na Alemanha. Resta-nos dizer que, na Alemanha, o aborto é até às 12 semanas e os custos ficam a cargo do Estado quando os utentes provam que não têm meios financeiros. Ora, todos nos lembramos que o ministro Correia de Campos já afirmou que os custos serão suportados, na integra, pela Segurança Social. Ou seja, com o dinheiro dos contribuintes.
E já que queremos – assim consta – copiar o exemplo alemão, resta-nos dizer que só em Berlim existem 61 centros de aconselhamento a grávidas embora estejam também vocacionados para consultas de planeamento familiar e aconselhamento sexual. Isto já não contando que, e também só na cidade de Berlim, existem mais de quatro mil instituições de carácter social, tanto estatais como não-governamentais apoiadas por privados.

Actualmente o que se discute é a rapidez na aprovação da nova Lei. Não vejo ninguém a discutir e a exigir a rapidez nos meios.
O primeiro-ministro fala “à boca cheia” sobre períodos de reflexão, de aconselhamento, etc, etc. Mas, se não existirem os meios e a celeridade nos processos lá se vão as dez semanas e o convite ao aborto clandestino.
Já que gostam tanto de exemplos podemos dizer que no caso da França, e por falta de rapidez nas decisões, milhares de francesas recorriam à Bélgica para abortar.
È que fazer leis muito bonitas e “politicamente correctas” somos especialistas nisso. Depois não temos os meios necessários para as aplicar e a nossa lentidão burocrática é um dos nossos símbolos.
Parlamentarmente somos muito bons. Só não sabemos, depois, criar os meios necessários para aplicar-mos tudo aquilo que decretamos.
Se calhar é mentira o que estou a dizer…
Manuel Abrantes

Comentários:
adorei a foto e o que pretende representar com ela.
 
ABAIXO OS ABUTRES E OS COVEIROS DA ESQUERDA ! TODOS JUNTOS NAO FAZEM UM ! SAUDAÇOES NACIONALISTAS .
 
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