sexta-feira, março 16, 2007


CIMEIRA DAS LAJES 4 ANOS DEPOIS
- UMA DECISÃO SENTADA NA MENTIRA



Com o intuito de “eliminar as armas de destruição maciça” passaram quatro anos sobre o histórico encontro nas Lajes entre o presidente dos EUA, G. W. Bush, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, os ex-primeiro-ministros espanhol e português, José Maria Aznar e Durão Barroso, actual presidente da Comissão Europeia.

Nem as “armas de destruição maciça” apareceram nem a paz naquela zona. O que se pode contabilizar são os mais de 3.000 soldados americanos mortos e um número superior a 650 mil vítimas entre a população iraquiana. O terrorismo continua na ordem do dia e os conflitos no médio oriente aumentaram.

Quando se começa uma guerra com a mentira é a primeira das armas a virar-se contra os seus fomentadores. O problema para o imperialismo americano, e seus cúmplices, não estava – nem nunca esteve – no “tirânico” Sadam Hussein . O problema estava, e continua a estar, nas reservas do petróleo existentes naquela zona.
O capitalismo globalizador não podia permitir isso. É necessário pôr-lhes as mãos seja a que preço for. Debaixo da capa da “democracia” e dos direitos humanos o sangue escorre nas ruas das cidades iraquianas. E o terrorismo – neste caso o islâmico – encontrou um manancial para as suas actividades e recrutamento. Não se combateu o terrorismo: - Fomentou-se ainda mais !
O problema nesta zona do globo não reside apenas no Osama Bin Laden, nem na Al-Qaeda, nem noutras organizações terrorista islâmicas. O cerne do problema reside no conflito Israelo-árabe. È aqui que reside o tumor. Um tumor implantado em 14 de Maio de 1948 através de uma decisão da ONU com 33 votos a favor e 13 contra.
O problema, no meu ponto de vista, não se limitou apenas no facto da formação de um estado judaico em território árabe. O problema residiu nas políticas expansionistas israelitas e no apoio declarado dos Estados Unidos a essas mesmas politicas. Um apoio que não se limitou apenas à esfera politica. Foi, e é, um apoio no campo bélico que transformaram o novo país num dos estados mais militarizados do mundo. O belicismo e o expansionismo foi, e é, a arma utilizada para esmagar todos os protestos do mundo árabe.
Enquanto durar o conflito israelo-árabe não haverá paz nem nesta zona geográfica nem no mundo. Enquanto não entendermos isto não teremos um minuto de sossego. Um conflito que já saiu do seu território para se espalhar – qual vírus mortífero – pelo mundo inteiro.
Manuel Abrantes

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