sábado, março 10, 2007


A MULHER DE SANTA COMBA

Um artigo de opinião publicado no Diário de Noticias de sexta-feira, da autoria da jornalista Fernanda Câncio, tinha um titulo muito sugestivo: “ A mulher de Santa Comba”.
Escrevia a cronista que “há fotos assim, quase perfeitas. Aquela da mulher de xaile branco de tricot (todo um programa, aquele xaile) de dedo e cartaz em riste, a gritar contra os "vermelhos" no meio dos santa-combenses de cepa e cartazes a dar vivas a Salazar, é uma delas”.
Para esta cronista iluminada, a mulher de Santa Comba " acredita em Salazar. Há mais gente a acreditar em Salazar - quer dizer, ninguém duvida que ele existiu. Mas a "acreditar" como ela, e aos trinta anos, não há muitos. E o que é "acreditar" em Salazar?”
Na crónica – esta democrata dos quatro costados – escreve ainda: “ Ninguém pode querer impedir estas pessoas de "acreditar" em Salazar, de lhe manter a campa num brinco, de lhe dedicar poemas e saudações nazis. Ou de lhe erguer um museu, de lhe mostrar os chinelos, a camisa e o vaso de noite, a escova de dentes e a agenda. Vai haver quem queira degustar o kitsch do ditador português e a miséria forreta da sua intimidade. É quase para rir - pelo menos para quem não esteve no Aljube, não foi torturado na António Maria Cardoso nem sofreu degredo no Tarrafal”

Para os iluminados e senhores (as) absolutos desta democracia todos os que estenderem o braço de mão esticada estão a fazer a saudação nazi.
Será que num juramento de bandeira também estão a fazer o mesmo ? E os romanos, também foram nazis?
Santa paciência…

Mas há mais. Em termos de ameaça a cronista reza : “Alguém devia entrevistar aquela mulher. Nem sei por que motivo não me lembrei de o fazer antes de escrever este texto. Mas tornou-se-me agora evidente, de uma evidência dolorosa, que é imperativo saber quem ela é”

Aqui está o poder dos média. Entrevistar para poder achincalhar, espremer até à medula e tentar ridicularizar. É assim que fazem quando não concordam com o pensamento do entrevistado. È esta a sua vertente de liberdade de opinião.

Mas a cronista vai mais longe quando escreve em relação ao Museu que se pretende instalar em Santa Comba Dão: “ Desde que o erário público da democracia não sirva para pagar o sacrário, siga a romaria. Com a filha de Santa Comba à cabeça, com o seu xaile mais o seu tão eloquente cartaz: "Salazar, estás vivo, mesmo para quem nega a tua obra". Ela é todo um museu”.

Esquece esta iluminada cronista que o erário público é sustentado por todos os contribuintes. quer sejam defensores deste sistema ou não. E, que eu saibam, também custearam – sem discutir – os museus da intitulada “resistência antifascista”. Quem não defende este sistema leva logo com o rótulo de fascista.

Já agora minha querida cronista. Porque será que esta mulher de 30 anos (e muitas mais) defendem a memória de Salazar ?
Porque será que cada vez mais há gente, que nunca tendo vivido no tempo do Estado Novo, sentem a necessidade de conhecer os seus princípios ?
Porque será que cada vez mais há jovens – e velhos – a admirarem a nobreza de carácter e de honestidade de Salazar ?
Porque será – agora os mais velhos – que muitos dos que viveram no tempo do Estado Novo e que sempre foram contra ele estão, agora, a reflectir e a mudar de opinião ?
Porque será ?
E, por fim, porque será que há gente com tanto medo que outros falem e difundam os princípios da dedicação e honestidade para com a Nação por parte de Salazar ?
Será para que não saibam que o “tirano”, o “ditador” o “facínora “, que governou este País durante quase 48 anos, morreu com menos nos bolsos de que quando assumiu os cargos governativos ? E que o “tirano” , o “ditador” o “facínora “ nunca teve mais do que aquela casinha da foto ?
Porque será minha querida cronista ?
Manuel Abrantes

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