quarta-feira, março 28, 2007


RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO
UMA ABERRAÇÃO DE BONS PRINCÍPIOS


O governo de António Guterres chamou-lhe Rendimento Mínimo Garantido, agora, o governo de José Sócrates mudou-o para Rendimento Social de Inserção.
Mais de 109 mil pessoas vivem deste rendimento sendo, na sua maioria, gente das chamadas minorias étnicas e, agora, também já composto por um número elevado de cidadãos estrangeiros legalizados.
Segundo dados publicados pelo DN desta semana “o número de beneficiários com processamentos pagos continua a aumentar. As estatísticas mais actuais - fornecidas pelo ministério -, apontam para um total de 285 mil beneficiários indirectos, integrados em 107 famílias, em Janeiro. Se a comparação for feita com os dados de Janeiro de 2006, verifica-se um crescimento de quase 109 mil beneficiários. Ou seja, no último ano, o número de beneficiários aumentou em 61,7%”.
Segundo o Ministério do Trabalho publica no seu site, o valor médio do RSI por beneficiários era de 79,87 euros em Janeiro, sendo que o valor médio recebido por família rondava os 216 euros mensais.
Em Janeiro deste ano, o RSI representou uma despesa de 26,3 milhões de euros, mais 6,4 por cento que no mesmo período do ano passado.

Que haja um rendimento mínimo para quem não possa trabalhar, concordo em absoluto. Mas, um rendimento de inserção social, não posso concordar nem consigo perceber o que é isso da integração social.
A integração social não tem nada a haver com dinheiro. A integração social reside, essencialmente, no esforço do cidadão em participar activamente na sociedade. E, esta, não marginaliza ninguém que seja honesto, respeitador e trabalhador. Bem antes pelo contrário. Não interessa se é cigano, preto, amarelo ou azul nem a que deus reza. A sociedade aceita todos os que se integram nela, a respeitem e se façam respeitar.
Viver à custa de um rendimento desta natureza é parasitar numa sociedade que os tem de sustentar porque são diferentes na raça ou no credo. E, enquanto escorrer o dinheirinho nas carteiras – mesmo que seja pouco –, estão-se nas tintas para a sociedade e são eles próprios que se querem marginalizar para poderem continuar a usufruir desse rendimento.
Mas este rendimento social de inserção não tem apenas gente de raça ou credos diferentes. Também por lá proliferam os que não querem trabalhar ou que juntam este dinheiro aos biscates clandestinos.
E, no fundo de tudo isto, muitos dos que necessitam realmente deste subsídio ficam de fora. Uns por vergonha e outros por nem sequer saber que o subsidio existe. Estou-me a referir a muitos deficientes incapacitados de ganhar o seu sustento ou de mães com filhos deficientes que as impossibilitam de sair de casa para trabalhar.
Não estou contra o subsídio. Não aceito é o parasitismo oportunista de muitos que vivem à custa do trabalho de outros.
Querem separar o trigo do joio neste tipo de subsídio ?
-È fácil !
- Todos os que usufruírem do RSI, e que tenham capacidade para trabalhar, ponham-nos a fazer trabalho comunitário. Depois vejam os resultados.
Manuel Abrantes


Comentários:
Não conhecia. Gostei. Bastante. Vou linkar e voltar.
 
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