quarta-feira, abril 25, 2007


O GOLPE MILITAR DE ABRIL/74

Idolatrado por uns odiado por outros o dia 25 de Abril continua a ser uma data polémica gerando as mais variadas reacções.
Nem aqui sou defensor dos extremos. Não alinho com os defensores acérrimos do golpe militar e dos chamados “capitães de Abril”, considerando-os “salvadores da Pátria” e heróis nacionais, nem com os que consideram a data como um símbolo de luto e a causadora de todos os males. Claro que me refiro ao golpe militar, o calendário nem tem nada a ver com isso.

Quem viveu nesses tempos sabia que mais cedo ou mais tarde a situação política em Portugal tinha de mudar. Quem não entendeu isso foi Marcello de Caetano e meia dúzia de velhinhos, alguns ostentando muitas estrelas e galões, que não perceberam que era necessário implementar políticas profundas, muito especialmente no ultramar português. Não quiseram – ou não souberam – compreender os novos tempos.
As incongruências marcelistas apontavam para que, dia menos dia, qualquer coisa poderia suceder. E não foi por acaso que o golpe militar não passou de uma passeata militar por Lisboa.
Mesmo para um Nacionalista uma verdade se impõe: - O regime estava podre. Por mais desenvolvimento que se quisesse impor as bases do regime estavam desfasadas das realidades. E o problema não vinha meramente dos anos setenta, já vinha detrás. E muito detrás…

O golpe militar não encontrou praticamente nenhum opositor nem a tão falada na altura: a “terrível” Legião Portuguesa e até a DGS (antiga PIDE).
Ninguém causou ou tentou sequer abortar tal golpe militar. Já ninguém tinha razões para defender o indefensável.

Por isso – caros leitores – o golpe militar de 25 de Abril de 1974 foi algo que sucedeu como uma normal sequência das inconsequentes politicas de um regime que não soube interpretar o mundo onde estava inserido.

Agora, o que sucedeu depois é que foi outro golpe. O imperialismo soviético logo se aproveitou do ocorrido e, através do seu tentáculo chamado Partido Comunista (não vou, sequer, escrever: Português) depressa se instalou e se infiltrou (se é que já não estava) no chamado Movimento das Forças Armadas, levando as novas linhas políticas para o caos revolucionário numa tentativa de sovietização nacional. Praticamente, conseguiram-no com a desordem instalada na sociedade civil e militar. Foram as ocupações selvagem o roubo com a Reforma Agrária e o destruir de toda uma máquina social. E, isto, sem esquecer a entrega de bandeja das ex-províncias ultramarinas ao imperialismo soviético. O voto do povo das ex-colónias apenas se limitou à “democracia” das metralhadoras e dos assassinatos.

Foi a revolução socialista à maneira de Lenine e de Staline. È este o “25 de Abril” que os comunistas reclamam e comemoram e que as outras forças políticas ainda não souberam, ou quiseram, destrinçar. Não quiseram destrinçar e comemoram-no debaixo do mesmo espírito stalinista.

“Abril” ainda não se fez, porque não se sabe bem o que foi. Transformou-se naquilo que cada um quiser à sua maneira e às suas conveniências. Uma coisa é certa: - Abriu novos caminhos para novas jornadas. Saibamos continuar a lutar pelos caminhos que defendemos. Essa foi uma das suas virtude. Podermos, agora, lutar por caminhos.
Manuel Abrantes


Nota Final (duas)
Os cravos brancos, em cima, representam que podemos dar a cor que quisermos ao espírito inicial do golpe militar.
E, não querem lá ver que estou tramado.
Então não é que a minha primeira neta nasceu hoje, dia 25 de Abril de 2007. Agora tenho de cantar os parabéns em cada 25 de Abril.
Mas estou feliz! Pela neta claro.

Comentários:
Só li o início. E começa logo com uma mentira. O 25 de Abril não é polémico! Polémico é o aborto e os direitos dos homossexuais. O 25 de Abril é um espinho no vosso rabo feio.
 
Parabens pelo artigo e pela neta.
 
parabens pela neta !
 
Caro amigo Manuel Abrantes.
Parabêns, muitos parabéns pelo titulo de Avô.
Felecidades, muitas felicidades para a Nétinha que hoje chega ao Mundo.
Parabéns para os Pais, e Avós e toda a familia da Nova Portuguesa, que hoje chega a Portugal. È Portuguesa, igual o Avô Abrantes. Um Abraço do Casimiro.
 
Uma análise que devia ser lida por muitos jovens para quem o 25 de Abril é ainda uma incognita.
Já agora :
parabens ao novo vovo.
Benvindo aos mundos dos avozinhos e das vovozinhas
 
ai Abarntes, Abrantes. Vais cantar o Hino Macional enquanto mudas as fraldas a neta
 
Excelente.
Boa noite e um abraço.
 
Quero agradecer a todos as amáveis palavras sobre esta nova condição: a de avô.
Não quero deixar de apresentar uma saudação muito especial a esse Português em terras de Vera Cruz (Brasil)Casimiro Martins Rodrigues do site Portugal Club.
 
Post do ano no blog DRAGOSCÓPIO:


Dia da Carochinha

Da Nação fizeram Nacinha.
Por via de Revolução?
Não,
por via de revolucinha.

Do farão ficou farinha.
Cabe dentro dum caixão?
Não,
cabe dentro duma caixinha.

Da intenção restou sentencinha.
Trataram do povão?
Não,
trataram da vidinha.

E a Grande Marcha (do Pogresso) ficou murchinha.
Perderam a tesão?
Não,
perderam a espinha.

Salvou-se a corrupção agora rainha.
Venderam-se em leilão?
Sim,
e mais à puta da alminha.
 
Parabéns pela netinha!
Cumprimentos a todos, em especial ao sr. Abrantes e família!
 
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