quinta-feira, abril 05, 2007


A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


Segundo dados oficiais em 121 dias de aulas foram agredidos nas escolas portuguesas mais de 150 professores, uma média superior a um professor por dia.
Números preocupantes exigindo medidas urgentes do Ministério da Educação.

Segundo a linha SOS Professor, criada no início de Setembro pela Associação Nacional de Professores, não tem parado de tocar, com mais de uma queixa por dia.Segundo dados da SOS Professor, só na última quinzena, mais de 30 docentes utilizaram esta linha para solicitar ajuda para casos de comportamentos violentos e de agressões por parte dos alunos ou mesmo de familiares.
Segundo o Correio da Manhã, a maior parte dos casos de violência sobre os professores é praticada por alunos, quase sempre jovens problemáticos e com fraco aproveitamento escolar, mas também têm sido muitos os casos de agressões infligidas aos docentes por encarregados de educação ou outros familiares .

O respeito pela classe docente está completamente perdido. O problema não reside, apenas, nos alunos e nos seus comportamentos violentos. O problema reside na implementação das “amplas liberdades” nas escolas e nos métodos de educação. Na ânsia de uma pseudo-democratização do ensino a barreira entre professor e aluno foi destruída. Hoje, o professor e o aluno são como colegas da mesma idade, perfilhando da mesma linguagem e numa espécie de camaradagem cúmplice deixando em aberto a clarificação do lugar que cada um deve ocupar na escola.
O respeito e o sentir da responsabilidade do professor e do aluno foram destruídos para dar lugar ao uma pseudo-abertura de convivência levando a que, cada um, deixasse de perceber qual é o seu papel e os seus deveres na vivência escolar.
Ensinar é, também, educar! Só questiono sobre qual é a preparação pedagógica ministrada aos professores para exercerem a sua profissão. Ensinar, preparando o aluno para o mundo profissional não chega. È necessário ensina-los para a vida e os direitos e deveres que devem ter para com a sociedade. Ensinar, educando !
È aqui que reside o ponto fulcral da questão.
Não sou, nem nunca fui, partidário da “tirania” do professor sobre o aluno. O professor que usa a “tirania” não passa, também, de um mau profissional. Já para não o intitular de incompetente.
O ensino tem de se basear em processos educativos e de respeito mútuos entre os intervenientes. O ensino deve ser uma escola de formação e não um espaço de lazer e de escola onde cada um faz o que bem entende em nome das “liberdades” individuais.
A liberdade de uns acaba (devia…) onde começa a liberdade de outros.
Manuel Abrantes

Comentários:
Lapidar, lapidar.
Boa noite.
 
Bom dia, boa Páscoa e um abraço.
 
Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]