quinta-feira, junho 07, 2007


COMISSÕES DE PROTECÇÃO A MENORES SÃO LUGARES DE PARTIDARIZAÇÃO DE FIM DE LINHA
DISSE IDÁLIA MONIZ, SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA
Ai menina! O seu patrão Sócrates põe-lhe pimenta na língua…


Idália Moniz, secretária de Estado Adjunta do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, alertou na semana passada, em Amarante, para a partidarização das comissões de protecção de crianças e jovens. Para a secretária de Estado esta situação pode comprometer todo o trabalho que, segundo ela , os organismos públicos e privados estão a realizar.
Não sei se o “patrão” Sócrates gostou desta afirmação, até porque nenhum dos grandes órgãos informativos (excepto o Público) fez disso um tema noticioso de destaque.

Idália Moniz, que falava na abertura de um encontro com as comissões de protecção de crianças e jovens em risco dos distritos a norte do Douro e que reuniu cerca de 300 pessoas no auditório do centro pastoral da cidade, foi peremptória:
"As comissões de protecção a menores não podem servir interesses pessoais ou partidários. É bom que todos nós, técnicos, serviços desconcentrados e câmaras municipais, nos capacitemos de que esse perigo existe".
Mas a secretária de Estado não se ficou por aqui. Sublinhou que, se o risco de partidarização não for acautelado, as comissões "continuarão a ser entidades de fim de linha" onde os partidos colocam alguns militantes quando já esgotaram os lugares disponíveis.
Para Idália Moniz " é um fenómeno transversal a todas as forças políticas”.
Bem! A secretária de Estado ou fugiu-lhe “a boca para a verdade” ou a situação já se está a tornar calamitosa ao ponto de um governante ter de vir a público denunciar a situação.
Isto é a prova cabal – e vinda de alguém do próprio governo – da partidarização dos serviços públicos.
Mas, o mais hilariante disto – se é que o podemos considerar assim – é o facto da secretária de Estado ter denunciado que, para as comissões de protecção de crianças e jovens, os partidos (incluído o dela: o PS ) é aqui que colocam os seus boys, como uma espécie de “fim de linha” quando já não têm mais lugares para oferecer a amigos e compadres do partido.

Já é gente que ocupa lugares de governo a virem a terreiro denunciar isto. Por aqui podemos ver ao estado a que isto chegou.
E o mais engraçado (sem ter graça nenhuma) é que apenas o Jornal “Público” fez uso das afirmações da secretária de Estado, para além da Lusa ter difundido o tema a todos os órgãos de informação aderentes a este serviço informativo.

Será o silêncio imposto ou a força dos “jobs for the boys” a imperar ?
Ou será as duas coisas em simultâneo ?

Uma afirmação destas – até porque não é novidade nenhuma – , vinda de um membro do Governo, é mais importante do que a gaffe do ministro Mario Lino sobre o “deserto da margem sul”.

Isto é a prova cabal do “estado da Nação” a que chegamos.
Manuel Abrantes


Comentários:
Vou reler.
Estou a acordar.
Bom feriado K'mrd, abraço.
 
Caro Abrantes, espero para ler o comentário dos seus inimigos, e totós, que ainda acreditam em contos de fadas!

Cumprimentos
 
Também tenho indícios de ser verdade o quê a senhora afirmou.
 
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