sexta-feira, junho 08, 2007


PRESIDENTE SOCIALISTA DA CÂMARA DO MONTIJO QUER AEROPORTO NA OTA

-QUANDO OS INTERESSES PARTIDÁRIOS ESTÃO ACIMA DO MUNICÍPIO QUE REPRESENTAM



Nos últimos tempos diversas correntes de opinião têm apresentado alternativas à localização do futuro aeroporto na zona do Montijo ou nos concelhos limítrofes.
È o caso de uma possível recuperação do actual aeroporto militar no Samouco (Montijo) como as alternativas do Campo de Tiro de Alcochete, das Faias, Poceirão ou em Rio Frio. Tudo zonas que distam poucos quilómetros da cidade do Montijo.

Contudo, quando se esperaria o apoio do município do Montijo a estas propostas – concelho e cidade mais próxima das alternativas na margem sul –, eis que a presidente socialista da Câmara do Montijo, Maria Amélia Antunes, confidenciou à Lusa a sua defesa na proposta do governo para que o aeroporto seja construído na Ota.

Para a edil as zonas das Faias, Rio Frio e Poceirão "estavam condenadas pelos estudos de impacto ambiental já realizados”.
È de estranhar na medida que é o próprio Governo a acusar que estas propostas necessitam de estudos de impacto ambiental.

A presidente socialista do Montijo diz que "as Reservas Naturais dos Estuários do Tejo e do Sado, a enorme mancha de montado de sobro existente na região, as áreas agrícolas protegidas, constituídas pela Reserva Agrícola Nacional, Reserva Ecológica Nacional e Rede Natura 2000, foram razões mais do que suficientes para rejeitar a construção do novo aeroporto nos diversos locais apontados para a margem Sul do Tejo (Alcochete, Montijo e Rio Frio)".
Nenhumas dessas zonas, onde se propôs a hipótese de construção, estão inseridas neste tipo de áreas protegidas. Nem os presidentes das câmaras destas áreas, Palmela e Alcochete, são da mesma opinião. Isto, sem esquecer que grande parte dos terrenos militares do Campo de Tiro de Alcochete estão inseridos no concelho de Benavente.

Por outro lado, Maria Amélia Antunes justificou a opção do governo com o perigo de poluição do aquífero da margem sul, “o maior da península Ibérica”, segundo a presidente.
Esta argumentação tem sido, no entanto, contestada por diversos técnicos que garantem haver maior perigo de poluição do aquífero com a construção do novo aeroporto na Ota.

Não estou a defender qualquer ideia sobre a localização do novo aeroporto. Até porque, se o presidente da República não promulgar a privatização da ANA nem acredito que haja qualquer tipo de novas construções nesta àrea.
O que me interrogo é a desfaçatez com que a representante do concelho que mais provento poderia retirar com um aeroporto internacional à porta, defenda em primeiro lugar as posições do Governo da sua cor partidária e não os interesses das populações que a elegeram.

Isto só prova que, para muitos eleitos, os interesses do partido estão acima dos interesses dos eleitores.
E este é um caso flagrante, especialmente numa Câmara que já há anos anda a “balões de soro” financeiramente. È, até, das câmaras com mais dificuldades financeiras.

Dá para pensar. Não dá ?
Manuel Abrantes

Comentários:
Já dá vontade é de rir!
Bom fim de semana e um abraço K'mrd.
 
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