quarta-feira, julho 18, 2007


O REBULIÇO SOCIAL-DEMOCRATA
E O COMPORTAMENTO DAS MASSAS POPULARES


As intercalares em Lisboa, e os seus resultados eleitorais, causaram um autêntico rebuliço nas hostes sociais-democratas.

Marques Mendes anunciou, após o desastre eleitoral, eleições directas no partido.
Paula Teixeira da Cruz, presidente da Distrital de Lisboa, pediu eleições antecipadas para este órgão, anunciando que não se vai recandidatar ao cargo e admitindo que o partido está "em crise".

Os resultados eleitorais produziram uma autêntica tempestade dentro do partido.
Mas, como se diz na gíria, depois da tempestade vem a bonança. E, é isso que o PSD está sujeito. Depois de uma possível reviravolta nos cargos tudo irá ficar na mesma.

Sai o Mendes entra a Ferreira Leite ou o Luís Filipe Menezes. Sai a Paula Teixeira da Distrital de Lisboa entra a Helena Costa. Entram uns saem outros e tudo fica na mesma.

O problema não está nas caras de quem entra ou de quem sai. O problema está na forma de fazer política e, no caso do PSD, na forma de fazer e produzir oposição.
É que fazer oposição a este governo, ou a qualquer outro, não basta a mera critica ás praxis politicas governamentais. È necessário apresentar alternativas; é necessário dizer: nós faríamos assim.
O Zé portuga está farto – e já não acredita – nem na demagogia governamental nem no “bota-abaixo” das oposições.
O Zé portuga quer factos; quer viver descansado e com segurança; quer estabilidade social; quer – no fim e ao cabo – que o deixem viver e que não chateiem com a “sarna” das politiquices caseiras.
Para o Zé portuga tanto lhe faz que seja o manel ou o jaquim, que esteja sentado na cadeira do poder, desde que o deixem viver descansado.

AS MASSAS POPULARES

Quer alguns leitores gostem ou não sobre o que vos contar, aqui vai uma para podermos analisar o comportamento das massas populares:
Recentemente José Sócrates foi vaiado por mais de 40.000 espectadores, no Estádio da Luz, no arranque da Gala das Sete Maravilhas do Mundo.
Logo, alguns analistas, consideraram o facto como uma forma de descrédito do primeiro-ministro na opinião pública.
Que as políticas governamentais estão a produzir a “revolta” nas massas populares isso é um facto. Mas, não podemos analisar essa “revolta” por assobios, vaias ou palmas.
Aqui vai um exemplo:
Em Março de 1974, num jogo Sporting – Benfica, com o Estádio José Alvalade completamente cheio, Marcelo de Caetano recebeu uma enorme ovação - de pé! - por parte dos assistentes. Não foi um grupo reduzido. Foi um Estádio inteiro que o fez, de pé e em uníssono, e ninguém pediu aos microfones para o fazer. Aliás, nem anunciaram a chegada do presidente do Conselho à tribuna.
Trinta dias depois Marcelo foi achincalhado, no golpe de estado, por essas mesmas massas populares.

O ser humano individualmente é um pensante. Em grupo é um carneiro no rebanho.
Porque é que escrevo isto ?
Porque, político eu sou! Mas não sou candidato a nada nem faço intenções de o ser.
E, o único tacho que quero é um cheio de sopinha de feijão com hortaliça, cozinhada e preparada pela minha Rosinha.
Manuel Abrantes

Comentários:
A ideia de que as massas são burras ou, neste caso, carneiros em rebanho, demonstram bem o tipo de nacionalismo que se defende
O nacionalismo dos iluminados, uma seita de escolhidos com a missão de salvaguardar os mais altos valores da nação.

Sabe-se que ao longo da história, os nacionalistas se revelaram mestres na manipulação das massas populares, nunca as entendendo e valorizando como sujeito fazedor da história, mas mero instrumento na defesa de interesses (muitas vezes pouco nacionais).

Aliás, o próprio exemplo que é dado é revelador, analisado no quadro do fascismo português e das suas idiossincrasias, as palmas a Caetano não espantam e nã podem ser comparadas com o momento actual.

As massas populares no tempo de Caetano lutavam para conquistar direitos, hoje resistem à destruição de direitos anteriormente conquistados; hoje, as massas (por enquanto) são livres de gritar e assobiar livremente - são apenas pequenas diferenças de contexto.


Já agora uma pergunta: Onde andava no 25 de Abril?
 
oH. SR Duarte
Os Nacionalistas é que são "os mestres na manipulação das massas populares"?

As palmas ao Caetano foi uma manifestação "para conquistar direitos" ?

Onde eu andava no 25 de Abril?

Está bem sentado sr. Duarte?
Volto a repetir:
Está bem sentado ?

Então aqui vai:
No dia 25 estava à espera de receber as ordem (eu era militar) para a organização da Comissão de Sargentos e Praças da Armada.
As ordens de que esperava vinham do MFA.
No dia 23 de Abril recebi ordens para não me ausentar da unidade no dia seguinte.
Sr Duarte
Eu fui um dos militares que colaborou com o Movimento das Forças Armadas.
Mas não se preocupe. Todo o movimento Nacionalista sabe disto. E sou convidado, normalmente, para falar sobre o tema.
Não é por acaso que o PNR - e o seu presidente- já se asumiram contra o 24 de Abril e contra (mas contra) o 26 de Abri.

Veja lá se, com isto, não caiu da cadeira abaixo
 
só mais uma coisinha:
O senhor é daqueles que pensa que foram militares de esquerda da fizeram o 25 de Abril?
Nessa altura nem se falava, sequer, em esquerdas e direitas.
A politização das FA veio depois e, reconheço, com a preponderância dos pensamentos marxistas.
Não foram por acaso os saneamentos politicos que ocorreram logo depois do golpe.
 
Este li atentamente.
Muito bom.
Um abraço.
 
CARO AMIGO

AS MASSAS HOJE LUTAM PELOS DIREITOS QUE TINHAM ANTES DA GOLPADA 25.4.

E OS DIREITOS ANTES DA GOLPADA ERAM INUMEROS QUE HOJE NEM AO LONGE
SE VISLUMBRAM.

VAI-SE NASCER A ESPANHA (FECHAM MATERNIDADES)

FECHAM-SE URGENCIAS COM MAIS DE 60 ANOS

OS OPERARIOS TRABALHAM SEM SALARIO

HIPOTECAM-SE SALARIOS

PORTUGAL ERA UM PAIS "CREDOR" E "DEVEDOR"

NOS ULTIMOS 30 ANOS FECHARAM-SE MILHARES DE GRANDES FABRICAS E PME

ANTES DA GOLPADA NAO HAVIA DESEMPREGO NEM DEFICE

ANTES DA GOLPADA PORTUGAL TINHA
88 000 KILOS DE OURO ( PARA ONDE FOI ELE)?

HAVIA MILHARES DE FUNCIONARIOS DA D.G.S.

HAVIA TRES FRENTES DE GUERRA

OS FUNCIONARIOS PUBLICOS ERAM INTOCAVEIS

E HAVIA DINHEIRO PARA TUDO....E HOJE QUE TUDO ISSO ACABOU E RECEBEMOS MILHÕES E MILHOES E MILHÕES DE EUROS PARA QUEM? ONDE ESTÃO ?

A MISERIA ESTA A VISTA.

BASTA DE ENGANAR ESTE POVO "MEDIOCRE" SIM MAS ERA UM POVO HONESTO E TRABALHADOR E HOJE UMA CAMBADA DE MALANDROS QUE VIVEM A CUSTA DE SUBSIDIOS
HOJE SÓ HA DINHEIRO PARA SALAS DE CHUTO DROGADOS E MARGINAIS.

PORTUGAL ESTA EM CACOS...MAS ERA ESTE MESMO O PROPOSITO...TRABALHARAM BEM.

UM ABRAÇO

"SEM PALAVRAS"
 
Ahhhh! Bons tempos esses!!! Tinhamos não uma, não duas, mas três frentes de Guerra, que felizes eramos.
E o desemprego que não existia, às custas de milhares de funcionários da DGS.
Que saudades...
E o ouro no banco, que mal tinha seremos um País atrasado e sub-desenvolvido, se tinhamos tanto ouro no banco...
Que saudades do Botas e seus amigos...
 
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