quarta-feira, setembro 26, 2007


ORÇAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA DE 2006
PORTUGAL FOI O 5º PAÍS QUE MAIS FUNDOS COMUNITÁRIOS RECEBEU

Segundo relatório publicado pela Comissão Europeia sobre a execução do orçamento comunitário de 2006, Portugal foi o quinto beneficiário líquido do orçamento da União Europeia (UE).
Portugal recebeu da UE um total de 3635 milhões de euros, ou seja, 2.44 por cento do Rendimento Nacional Bruto.

Segundo o relatório da UE a fatia mais importante que Portugal recebeu reverteram para os fundos estruturais de apoio ao desenvolvimento económico, com uma verba de 2534 milhões de euros.
A PAC (Política Agrícola Comum) recebeu 951 milhões e o Ambiente e Investigação Cientifica 127 milhões.
Portugal também contribuiu, em 2006, para o Orçamento Comunitário com 1260 milhões de euros mas recebeu 3635 milhões. Um saldo positivo que representa 1.54 por cento do nosso Rendimento Nacional Bruto.

Bem! Mas por onde andam todos esses milhões?
A economia não cresceu ao ritmo europeu atrasando-nos, cada vez mais, em relação aos nossos parceiros comunitários. O País está estagnado em termos de recuperação económica. O desemprego atinge níveis recordes. A falência de empresas atingiu a aproximação ao que se pode considerar de calamidade. O endividamento familiar começa a atingir a quase totalidade das famílias. A carga fiscal estrangula o cidadão e as empresas ( um terço do mês é para pagar impostos).

Mas afinal onde é que param esses milhões que recebemos ?
Onde é que foram aplicados os 2534 milhões de euros para os fundos estruturais de apoio ao desenvolvimento económico ?
A economia está, praticamente, paralisada.
Há aqui qualquer coisa que não bate certo. E não é necessário ser especialista em economia para ver isso.
E, isto, é quando o nosso saldo entre o que pagamos para o Orçamento Comunitário e o que recebemos ainda é bastante positivo. Quando for ao contrário, ou não houver saldo positivo tão grande, como é que vamos estar ?
Na bancarrota ? Vamos comer-nos uns aos outros ?
Mas será que não temos olhos na cara para ver que se continuarmos neste caminho aproximamo-nos do abismo ?
Temos empresas, temos empresários e temos trabalhadores, afinal onde é que está o erro?
Sim, erro! Não lhe posso chamar outra coisa.
Se somos o quinto país que mais recebe dos fundos comunitários como é que estamos na cauda da Europa?
Então o erro só pode estar na gestão governativa. Não pode estar noutro lugar.
E, aqui, já não se chama erro: -Chama-se incompetência e incapacidade governativa.
Dói! Não dói?
Pois… Mas quem sofre das maiores dores é o Zé povinho.
Manuel Abrantes


Comentários:
hhlauEstá bem apanhado este teu artigo, ò amigo Abrantes, mas ainda estamos muito bem, vamos estar pior lá para o ano 2013, quando práticamente acabarem os tais fundos estruturais e passarmos a contribuinte "festa" e só de estouros (é mesmo no sentido da palavra), olha, os pequenos comércios e pequenas e até médias empresas industriais e agrícolas, vão fechar que até vai parecer um arraial de S. João.
As grandes empresas, tendo a concorrência cada vez maior de empresas montadas na China, na Índia e noutros países de baixo custo de mão-de-obra, das duas uma ou acabam por ir desta para melhor, ou tem de fugir para lá também, isso representa mais desemprego, logo mais custos com subsídios pagos pelo Estado, mas, por outro lado se o País vê fechar empresas lógicamente também o Estado deixa de receber receitas, seja de impostos directos, ou indirectos, assim lógicamente vagarão mais estabelecimentos e espaços industriais representrando quer menos IRS's sobre as rendas, quer menos IMI's sobre esses imóveis, lógicamente também o s IRC's e IRS's sobre a produção dessas empresas, deixarão de ser recebidos, isto irá levar o Governos a ter de ir buscar mais dinheiro aos que ainda pagarem impostos, levando por sua vez à inviabilização dessas empresas e assim por diante.
Por isso é que, quando o actual 1º Ministro disse que ia arranjar mais 150.000 novos postos de trabalho, estava a sonhar alto, pois se calhar o mais correcto era dizer que ia arranjar mais
Aliás veja-se esta contradição, por um lado o Governo aposta na "batalha" da Educação, e diz que o país precisa de mais licenciados, mas por outro lado, temos cada vez mais esses licenciados no desemprego ou como caixas de supermercado, em que é que ficamos afinal?
Por outro lado, as taxas de juro não deixam de subir, levando a que, cada vez se vejam mais casas à venda, pois os seus propriétários querem vendê-las antes de as perderem a favor dos bancos, também as empresas ao verem o créditos concedidos mais caros, perdem competividade, os Bancos devido às perturbações nas Bolsas graças à grave situação financeira dos EUA (à beira da bancarrota), vêem o seus fundos de investimentos a meter água por todo o lado, anunciando já o cancelamento de alguns, por outro lado a especulação financeira nos últimos tempos levou a uma euforia que afinal veio-se a mostrar uma D. Branca, em que os últimos irão ficar a ver navios, (ja hoje se anunciava na Televisão que havia Bancos a pedir dinheiro emprestado, devido ao facto dos imensos levantamentos devido à instabilidade financeira), pelo que, não vejo como é que este país possa arrancar do marasmo em que estamos, pelo contrário, estou sériamente convencido, que o pior ainda está para vir.
Claro que estes Ministros da Economia, Finanças e o próprio Primeiro-Ministro, não vem dizer isto, mas não é preciso ser-se especialista para se perceber que, qualquer coisa não vai bem, até o próprio Presidente da Comissão de Valores da Bbolsa, veio dizer que não se podia dizer se esta crise era apenas passageira ou se iria demorar mais tempo, esta conversa não é mais do que um aviso sério de que isto não está a correr bem, pois caso contrário não se arriscaria a dizer isso.
Por isto tudo, meu Caro amigo Abrantes, só te digo uma coisa, a partir de agora é vamos começar a comer o pão que o Diabo amassou, e é um pena que, o Movimento Nacionalista não esteja organizado, pois era um tempo favorável para nós, mas andam para aí uns "miúdos tontos", que andam a brincar ao Nacionalismo e estão a lixar isto tudo, é uma pena, nem é para eles, nem é para nós, nem é para a Nação.
Um abraço.
A Bem de Portugal!
 
Este"hhlau" no princípio da 1ª frase não sei donde apareceu, deve ter sido algum "ET".

Também aparece truncada a frase ..."e passarmos a contribuinte "festa" e só de estouros"..., deve ler-se ..."e passarmos a contribuinte líquido, a "festa" é só de estouros"...

Também mais à frente, há uma frase em que a parte final "desapareceu", assim resta acrescentar ..."disse que ia arranjar mais 150.000 novos postos de trabalho, estava a sonhar alto, pois se calhar o mais correcto era dizer que ia arranjar mais 150.000 lugares no desemprego"...

Também Bolsa, só tem um "B", por enquanto...

Pelos lapsos, as minhas desculpas
 
Amigo Lusitano
O meu amigo pode ter-se enganado na escrita de uma frase ou outra. O que - infelizmente- não se enganou foi no pensamento.
 
Caro Lusitano,

Como estudante do curso de Finanças, só tenho de concordar na totalidade consigo. A crise só agora começou. Mas se nos EUA a coisa ficar feia isso irá afectar grandemente as maiores economias europeias e consequentemente Portugal, pois o nosso nível de dependência exterior e a grande divida externa vão arrasar a nossa frágil economia.
Para não falar que daqui a uma década ou duas o Estado-Providência, o chamado estado social, será uma miragem. A falência da segurança social a médio prazo é um dado certo.

A desgraça democrática levou-nos ao abismo.

b.reis
http://forum-patria.forum-livre.com/index.htm
 
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