sexta-feira, outubro 12, 2007


AS CONTRADIÇÕES DO GOVERNO SOCIALISTA E O ORÇAMENTO/08


Foi com pompa e circunstância que o Governo anunciou que mantém a meta de 2,4 por cento de défice orçamental na proposta de Orçamento de Estado para 2008.
Sócrates anunciou, também, que este ano Portugal registará um défice de 3 por cento, o que permite voltar a cumprir o Plano de Estabilidade e Crescimento

Para José Sócrates “o crescimento do investimento público para o próximo ano fica-se a dever à boa saúde das finanças públicas e ao trabalho deste Governo nos dois últimos anos” e que o objectivo do défice é “ambicioso”, pois “será o mais baixo desde 1975”.
Ainda bem que reconhecem o facto.
E não nos podemos esquecer que o défice de 75 já estava a entrar em descalabro. Os défices de 73 e 74 rondavam uns míseros 1 por cento. E sustentávamos, na altura, uma guerra em três frentes…

Está bem! Estamos a cumprir a meta do défice. Mas à custa de quem?
De uma carga fiscal pesadíssima – das mais altas da Europa comunitária – do endividamento das famílias, do encerramento de serviços públicos, dos despedimentos, etc.
Claro que Sócrates não se referiu a uma taxa de desemprego já superior a oito por cento, e das mais altas da Europa, nem sequer se referiu que o Fundo Monetário Internacional prevê para este ano, e para 2008, uma taxa de crescimento para Portugal, apenas, de 1,8 por cento. Isto, quando o Governo anuncia uma taxa de 2,4 por cento.
O Governo diz uma coisa e os organismos internacionais dizem outra.
As projecções anunciadas pelo Governo não são as mesmas dos organismos internacionais. Nem do FMI nem do Eurostat.
Manuel Abrantes

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