terça-feira, novembro 06, 2007


ORÇAMENTO DE ESTADO 2008
DUELO AO PÔR-DO-SOL ENTRE DOIS PISTOLEIROS ZAROLHOS


Muito esperado o debate de hoje na Assembleia da República sobre o Orçamento de Estado para 2008. Não pela importância do Orçamento mas pelo debate entre o primeiro-ministro José Sócrates e o novo líder parlamentar laranja, Pedro Santana Lopes.
Não irei dizer que a montanha pariu um rato, porque não pariu nada. Aliás, nem sequer estava prenha.
O que se assistiu foi a duas “ratas políticas” a esgrimirem palavreado para a comunicação social. E digo : comunicação social, porque já não acredito que o eleitorado tenha pachorra para assistir, durante uma tarde inteira, às verborreias dos políticos da nossa praça.
Não tem pachorra ou anda ceguinho de todo com o nível de políticos que nos (des)governam

O que estas duas “alminhas” discutiram não foi o Orçamento de Estado para 2008. Foi o Orçamento de 2005.
Atacaram e voltaram a atacar o que foi o governo de Santana em comparação com o governo do senhor Sócrates.
Eu disse. Tu dizes. Agora dizemos. Nós dissemos.
Não é nenhuma conjugação verbal, mas para o caso também não tem importância nenhuma porque também não há conjugação nenhuma.

Santana Lopes – que eu julgava “animal político” – caiu na esparrela do senhor Sócrates e alinhou numa discussão sobre o passado.
Os cortes no investimento público do OE para 2008; as derrapagens nas despesas correntes; a obsessão pelo deficit ; um OE montado em cima de uma maior carga fiscal; os pensionistas a levarem com taxas de IRS – tudo isto –, foi relegado para segundo plano.
-Que se lixe o Orçamento de Estado! O importante é esgrimir as palavras para ver quem vai ganhar o duelo.

Tudo isto foi muito bonito. Até houve votações na SIC Noticias para se saber quem ganhou o debate. E os senhores comentadores televisivos masturbam-se, durante toda a santa noite, em discussões sobre que ganhou e perdeu.

Bem! Vou, talvez, cometer uma heresia. Mas lá vai:
-Em terra de cegos quem tem um olho rei.
E para a cegueira popular nada melhor que um duelo entre dois zarolhos.
Continuem a votar neles porque vão pelo caminho certo…
Manuel Abrantes

Comentários:
Comentário frouxo; papagaiada de lugares comuns, de expressões da moda.

Em resumo, os pê ene erres, e os movimentos "democráticos" nacionalistas, e os saudosistas reciclados é que têm os políticos bons do seu lado. Falam em nome do ti zé e do ti jaquim. Mai náda óh jobens!
 
Quando os comentários não são do nosso agrado: são frouxos.
Não é sr(a) anónimo ?
Gostei muito dessa dos "jobens". Não deve ser comigo, mas está bem...
 
A Questao do orçamento de estado e do debate Socrates-Santana, foi aquilo que se esperava.
Andaram a degladiar-se de argumentos e de trocas de "mimos",e a falarem sobre o passado politico de cada um.
É evidente que com políticos assim, nao se admirem que cada vez haja mais abstençao.

cumprimentos
marcorijo
 
Nem mais. O exemplo de ontem no parlamento, foi o espelho do sistema no seu melhor. Oco, supérfluo, vaidoso, vicioso, passadista.
Há que olhar para o futuro, sem ligar a estes ressabiados da política. Só assim se poderão colher diferentes frutos! De resto, está tudo podre...
 
Completamete de acordo, Susana Barbosa
 
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