quarta-feira, novembro 28, 2007


PARA O BLOCO CENTRAL (PS E PSD) O DEBATE PARLAMENTAR SÓ PARA ENTRETENIMENTO MEDIÁTICO

Reuniram-se, ontem, os lideres parlamentares do PS e do PSD, respectivamente Alberto Martins e Santana Lopes.
Sabemos o que discutiram mas não o que se discutiu.
Na semana passada os mesmos lideres parlamentares “cozinharam” a lei orgânica da PJ, lei de segurança interna e lei de organização da investigação criminal. Ontem foi a vez de discutirem sobre a revisão de duas leis eleitorais: a das autarquias e a da Assembleia da República.
Com estas posturas políticas ficaremos a saber como votam os dois partidos do “bloco central”, mas nunca o que discutem e como discutem.
A continuar esta linha vamos assistir à função mais simplista de uma Assembleia da República: - Vaie-se a votos e pronto!
Restará aos outros partidos, com assento parlamentar, o direito de gesticularem. O debate público e aberto, esses, irá para as calendas gregas.

A Democracia participativa ficará resumida às decisões, tomadas à porta fechada, dos lideres dos dois maiores partidos.
Aos restantes deputados restar-lhe-á a sua presença física para votarem as decisões dos lideres – no caso dos deputados do bloco central, é claro – e os outros que gesticulem à vontade porque a votação está feita.

Bem, como me acusam de “saudosista” talvez assim eu me recorde dos debates da União Nacional no parlamento.
Posso vos dizer que era um “pincel” de todo o tamanho. Os jornalistas só tinham uma vantagem: - Não necessitávamos de estar atentos ao decorrer dos trabalhos, porque já tinham os resultados e as peças jornalistas praticamente feitas. O “quê, quando e como” já estava, previamente, definido. O “porquê” é que não existia. Também não fazia mal nenhum porque ninguém ia ler as estopadas do que se escrevia.
Claro que estou a exagerar!

Mas uma situação de concluiu entre os dois maiores partidos pode levar a situações não muito diferentes do passado. Isto, sem nos esquecer que podemos estar a caminhar – abertamente! – para a perpetuação do PS e do PSD em alternativas de poder governativo. E, uma coisa é certa: - A Democracia não sairá reforçada.
Manuel Abrantes


Comentários:
Mais um execelente post assinado pelo MA.
Continuo a não entender o porquê de se chamar Estado Novo a este blogger.

Ana R.
 
Ana R.
Estado Novo é um nome e uma memória.
O passado não deve ser escondido nem escamoteado. Deve ser discutido e analisado.
Não existem regimes imperfeitos nem regimes perfeitos.
Mas posso acrescentar-lhe que há 33 anos que a esquerda impõe a ideia de que todos os que defenderam o regime dito Estado Novo são “fascistas” e anti-democráticos.
A esquerda sempre escondeu que, um grande sector da juventude que na altura militavam no regime, não concordavam com as linhas políticas em vigor.

Uma grande parte da juventude que militava no regime, especialmente no final dos anos 60 e princípios dos anos 70, entendiam que a Democracia era o único caminho para o País e que o regime de partido único e de ditadura política já não se coadunava com as necessidades da Nação.
O Estado Novo, como regime, estava podre.
Censura, policia política, restrições às liberdades só serviam os interesses de meia dizia de facínoras que, estupidamente, pretendiam perpetuar-se no poder para seu uso, e abuso, pessoal.
As questão das províncias ultramarinas estavam num beco sem saída. Não soubemos preparar a auto-determinação e a independência.
A guerra apenas servia para meia dúzia de militares de alta patente “brincarem” aos soldadinhos. Mas quem se lixou foi todo um povo que sofreu as amarguras de uma guerra que poderia ter-se evitado.
Eu estive lá e tenho orgulho - muito !!! – de ter lá estado. O que não me impede de criticar hoje, e ontem, essa mesma guerra.
Entendeu ?
Manuel Abrantes
 
Também sou desse tempo e não me recordo dessas vozes.
Ana R.
 
Pois não, Ana.
Nesse tempo éramos silenciados por ter laivos de “comunistas”.
Eu disse: – Silenciados. Não disse: - Perseguidos ou presos.
Depois de 74 fomos acusados de “fascistas reaccionários”.
E, aqui. houve quem fosse preso e perseguido pelos revolucionários. Não foi o meu caso pessoal.

Agora está tudo na velhice e eu cá vou andando e mandando “uma bocas” enquanto me deixarem. E quando não me deixarem continuarei a manda-las na mesma.
Hoje vivo no regime que sempre quis e pelo qual lutei. Eu disse: o Regime, não me estou a referir a este sistema onde prolifera o compadrio e a corrupção dos valores morais. Não me revejo neste tipo de sociedade onde prolifera a intolerância pelo seu semelhante; onde prolifera a destruição dos valores morais da famíla; onde prolifera um ateísmo doentio; onde os partidos ( os grandes) põem e dispõem a seu belo prazer sem respeito nenhum , até por aqueles que os elegeram.
O cidadão já não passa de um mero número fiscal.
Este tipo de sistema. Não obrigado!
A Democracia, sim!!! Mas a que respeita os valores humanos e que seja a garantia da defesa da Nação Portuguesa.
Por isso sou. – NACIONALISTA !!!!
Manuel Abrantes
 
Manuel Abrantes.
Com os meus respeitos gostaria, se o quiser fazer, de responser-me á seguinte questão:
Como transfomaria um Estado totalitário num Estado Democrático ?

Se entender não responder eu compreendo-o.
Mário Contumélias
 
Mário:
Bastava cumprir e fazer cumprir a Constituição vigente. A mesma criada e aprovada em Plebiscito Nacional em 19 de Março de 1933 e que vigorou até 1974. Penso que, e apenas, com duas revisões.

Pode ler na Constituição que regia (devia reger…) o Estado Novo

Artigo 5ª
(Forma de Estado e de governo e principio da igualdade)

1) A forma de regime é uma República Corporativa, baseada na igualdade dos cidadãos perante a lei, no livre acesso de todos os portugueses aos benefícios da civilização e na participação dos elementos estruturais da Nação na política e na administração geral e local.

2) A igualdade perante a lei envolve o direito de ser promovido nos cargos públicos, conforme a capacidade ou serviços prestados, e a negação da qualquer privilégio de nascimento, raça, sexo, religião ou condição social.

Artigo º
(Fins do Estado)

1) Promover a unidade e estabelecer a ordem jurídica da Nação, definindo, fazendo respeitar e assegurar o exercício dos direitos, liberdades e garantias impostas pela moral, pela justiça ou pela lei, em favor das pessoas, das famílias, das autarquias locais e das pessoas colectivas, públicas ou privadas.


Como vê, nem se necessitava de mexer em nada.
Manuel Abrantes
 
Como é que acabava com a guerra sem a rendição de uma das partes ?
ai ai. so este abrantes
 
Oh Ignóbil juventude. (felizmente que não são todos…)
A guerra acabou e não houve rendição de nenhuma das partes.
A diferença é que sou (fui) defensor de que ela – a guerra no ultramar português- nunca devia de ter começado.
Bastava que Salazar tivesse compreendido os novos ventos da história, depois do fim da 2ª guerra mundial, e abrisse as portas de par em par para a deslocação de continentais para as províncias ultramarinas.
Assim se prepararia a auto-determinação que conduziria – como é óbvio – à independência total.
 
ai Abrantes ,Abrantes que confusão vai nessa cabecinha: gosta do Estado Novo mas não gosta do Dr. Salazar,não gosta dos partidos mas gosta da Democracia (não percebo o porquê do D maiúsculo), ou seja, gosta de estar bem com Deus e com o diabo.
Assuma-se porra...!!!Ou é ou não é.
 
Sr Nacional Integralista.
A confusão "nas cebecinhas" só pode estar em quem não viveu nos dois regimes.
Tenho muito respeito pela imagem do estaditas mas não quer dizer que tenha concordado com todas as suas linhas políticas.
Você que viveu sempre debaixo do chapéu de chuva da Democracia nem sabe o que quero dizer com isto.
Não o critico por isso. Até aceito as suas dúvidas.
È normal.
"Laivos de juventude". Foi o que o estadista me acusou um dia.
Mas tenho muito respeito pela sua memória.
Manuel Abrantes
 
Só lhe posso dizer que nasci em 1954,portanto é só fazer contas.
 
Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]





<< Página inicial

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]