quinta-feira, dezembro 06, 2007


LIBERALISMO, CONSERVADORISMO, DIREITA E O NACIONALISMO

Nos últimos tempos estas quatro palavrinhas têm estado em confronto aberto. Não direi confronto na acepção das palavras e das ideias. Até porque, os que se assumem de liberais, conservadores e de direita, estão pouco interessados em discutir os seus pontos convergentes e divergentes com o Nacionalismo. Para eles, o Nacionalismo tem de ser sinónimo de totalitarismo, racismo e xenofobia. Utilizam os mesmos impropérios com que a esquerda conota os que pensam em termos de direita: - Defensores dos poderosos e das elites. E já lá vai o tempo que os conotavam, também, com o fascismo e o reaccionarismo.

Devido a estas conotações, impostas e implementadas pela esquerda, só há bem pouco tempo é que houve um partido que se assumiu, declaradamente, de direita. Façamos-lhe justiça: o Partido da Nova Democracia e o seu líder Manuel Monteiro.
Até então, a direita não passou de uma direita envergonhada consigo própria como foi o caso do CDS, que sempre se assumiu com centrista. Isto é: nem é peixe nem é carne.
A esquerda e os ventos revolucionários do final da década de 70, e princípios dos anos 80, souberam colocar a direita numa redoma. E não foi só a direita. O liberalismo e o conservadorismo também foram conotados com pensamentos retrógrados ligados ao um passado recente em termos de filosofia política.

Nos últimos tempos apareceu um pensamento Nacionalista novo que cortou com o cordão umbilical que conotava esta linha de pensamento com filosofias totalitárias e, até, laivos de certos tipos de demonstrações racistas ou xenófobas.
Os assumidos de pensamento de direita em vez de estabelecerem o diálogo com os Nacionalistas - partidários da via democrática - utilizam os mesmos argumentos que a esquerda caceteira os tinham, também a eles, conotado. Utilizaram os mesmos argumentos: - a difamação e a calúnia.
A esquerda caluniou a direita para travar o seu crescimento e os colocar numa redoma controlável. A intitulada direita está a tentar fazer o mesmo aos Nacionalista, baseando-se nos mesmos princípios caluniosos.

Contudo, aqui, há algumas diferenças: - Primeiro a direita nunca conseguiu impor-se no espectro político como conseguiu a esquerda. Segundo, os nacionalistas têm princípios ideológicos bem vincados o que impede qualquer tentativa de os conotar com princípios que não defendem.
Até porque, a direita nunca soube explicar o que é ser de direita. Nunca conseguiu explicar o que é ser liberal ou conservador.
Eu também sou liberal numas coisas e menos liberal noutras e também sou conservador nuns aspectos e menos conservador noutros. E, como nacionalista, abomino por completo essa dicotomia das esquerdas e das direitas.

Claro que também me podem dizer: - Também defendo a Nação e por isso sou nacionalista. Só que ser Nacionalista é assumir a defesa intransigente dos interesses nacionais, colocando-os acima dos interesses da globalização capitalista mesmo mascarada de uma pseudo união dos povos. A união dos povos só se faz pelo respeito e aceitação mútua e não pela fusão. Uma fusão que apenas interessa ao capitalismo internacional, como forma de criar mão-de-obra barata e controlável.

Ser Nacionalista não é ser contra a iniciativa privada e as liberdades individuais. Ser Nacionalista é colocar o homem acima de todos e qualquer interesse dos lobbies instalados; ser Nacionalista é defender a cultura do nosso Povo e a sua história. È colocar os Portugueses em primeiro lugar; é colocar o trabalho como pilar de base da Nação.
E, acima de tudo, ser Nacionalista Português é defender a moral cristã ( até pode ser ateu, por mais paradoxo que pareça…) os usos e costumes e, muito especialmente, a família como pilar base da Nação.
Não posso ser Nacionalista e defender a destruição dos conceitos da família tradicional.

Claro que os liberais, conservadores e de direita podem dizer que também concordam com todos esses princípios. Só que há uma diferença : enquanto eles defendem estas teses como princípios, os Nacionalistas defendem-nas como ideologia de base.

Podíamos discutir todos estes temas e muitos mais. Mas os liberais e conservadores parecem ter laivos de terror ao Nacionalismo que aponta a Democracia como caminho.
Para os conservadores e liberais a partidarite e o eleitoralismo está-lhes na “massa do sangue”. Sabem que, eleitoralmente, não crescerão mais e que o conceito Nacionalismo está numa fase de ascensão. Por isso, são os primeiros a querer enjaular o Nacionalismo em teorias politica e sociais que nada têm a ver com a ideologia dos que colocam a Nação em primeiro lugar.
Manuel Abrantes



Comentários:
Voltamos ao mesmo.
confusão de conceitos de nação; pátria e país. Mas eu entendi o que o Sr M. Abrantes quis dizer, e em parte tem razão, o problema são as más companhias.

um forte abraço e bom fim de semana
é que hoje à noite, já vou para as minhas herdades, no ribatejo :)
 
Bom fim de semana, abraço,
 
No programa - Sociedade Civil - do passado dia 5 de Dezembro, intitulado "Não apaguem a memória" e tendo como convidados Fernando Rosas, Ruben de Carvalho e Nuno Tetóneo Pereira, painel absolutamente imparcial em matérias politicas..., foi abordado o tema da memória do Estado Novo, da PIDE, de Salazar, etc, e de como, alegadamente, hoje em dia se tenta, apagar ou manipular essa memória recente do nosso país.
A dada altura do programa foi até referido que é uma campanha orquestrada, conspirativa e derecçionada ao reecresver da História de Portugal.
O tema interessa-me, e não fosse por isso não teria assistido ao desfilar da verborreia de tais personagens, foi interessante verificar por anda actualmente o conceito de memória dos intervenientes que é, afinal, espelho dos conceitos e bandeiras da esquerda por eles representada.
Em relação á antiga sede da PIDE, os intervenientes, que se têm desdobrado em actividades ligadas a este tema, como pode ser visto no seu blog, Não Apaguem a Memória, (NAM) querem para esse lugar um "museu da resistência", mas são os mesmo que fazem oposição cerrada, petições e lobby contra a construcção do museu sobre Salazar e o Estado Novo em Santa Comba Dão, logo aqui se verifica que no conceito de memória deste grupelho apenas a memória que eles querem impor é a correcta, dois conceitos diferentes de memória.
Pequenas reportagens e entrevistas mostraram os alegados "Presos Politicos", entre eles o próprio Rosas, em relatos sobre as esperiências prisionais dos visados, mas mais uma vez equecem-se dos milhares de prisões arbitrárias, das perseguições e torturas a que foram alvo cidadãos honestos no pós 25 de Abril e que continuam na actualidade com a prisão absolutamente vergonhosa de vários companheiros nacionalistas.
O recente Livro de Maria da Conceição Rita e Joaquim Vieira foi abordado, jucosamente, por Fernando Rosas, dizendo que não acrescentava nada de novo, 0,00% nas palavras dele, para a compreensão do Estado Novo e de Salazar, mas o seu novo livro, acabadinho de sair teve direito a amplo destaque, assim como os livros de mais alguns dos seus correligionários do movimento NAM.
Gostaria de perguntar ao Sr. Fernando Rosas no que ficamos, conservamos toda a memória ou apenas a que o Sr. Rosas acha que serve os seus interesses e os do seu partido? Ou tem medo que os Portugueses tenham conhecimento do outro lado de Salazar, que saibam que o "papão" cruel e sanguinário por eles anúnciado durante décadas afinal não existia.
 
bem vindo ao PNR
 
o PNR perdoa-vos
 
Manuel Abrantes:
Mais um excelente artigo sobre Nacionalismo Democrático.
Não concordo com tudo o que escreve, mas que está a fazer história - isso está.
Rui Gomes
 
Sr (a) anónimo do "PNR perdoa-vos".
O PNR não tem de perdoar nada, nem os que sairam tem de perdoar ao PNR.
Cada um escolheu as linhas políticas que mais defende.
Só isso.
 
Marco Rijo ;

Mais um excelente texto do M.Abrantes,e uma refexão profunda e acertiva, sobre os reais valores do Nacionalismo Democrático.

cumprimentos
marcorijo
 
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