sexta-feira, janeiro 11, 2008


FAMÍLIAS ENDIVIDADAS
UM BECO SEM SAÍDA

Segundo um estudo da DECO em 2007 o número de casos de famílias com dívidas descontroladas ascendeu a 1976. Um aumento de 118 por cento face aos 905 casos registados no ano anterior. Isto, apenas nos casos que recorreram aos serviços da instituição.

O mesmo estudo diz que nos últimos oito anos ocorreu um aumento progressivo do número de famílias com dívidas fora de controlo.
Natália Nunes da DECO, afirma hoje ao Correio da Manhã que “é uma situação preocupante, com famílias em ruptura financeira total” .

Para a responsável deste organismo “a principal causa da ruptura financeira é o desemprego” com “particular importância na maioria dos casos em 2006 e 2007”.
Para Natália Nunes, por regra geral, as famílias que pedem ajudam à DECO têm mais de quatro créditos: habitação, automóvel e dois créditos pessoais. Em muitos casos as famílias sobreendividadas contam com um rendimento mensal superior a mil euros, mas o número de casos com rendimentos de quatro mil e cinco mil euros por mês também tem aumentado.

O endividamento familiar provocado pelo desemprego, ou outras razões de força maior, deveria estar protegido. Contudo, o endividamento por razões de mero consumismo e de má gestão dos recursos financeiros não merecem qualquer complacência.
Também não é alheio a este “fenómeno” a agressividade propagandística das empresas financiadoras – bancos e afins - prometendo facilidades nos empréstimos ao consumismo. Se a publicidade ao tabaco ou ao álcool está controlada não entendo como é permitido a publicidade enganosa ao facilitismo do crédito.
Vivemos numa sociedade consumista onde tudo vale para o consumo desenfreado. È o capitalismo selvagem no seu expoente máximo.
Queremos proteger os cidadãos numas coisas e deixamo-los às feras noutras?
Que mundo cão…
Manuel Abrantes



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