quarta-feira, janeiro 23, 2008


PELOS MEANDRO DO NACIONALISMO

2007 foi um ano onde o Nacionalista esteve na ordem do dia.
O Partido Nacional Renovador com a publicação do cartaz no Marquês de Pombal, em Lisboa, trouxe para a ordem do dia a discussão popular sobre a imigração.
Foram dois ou três dias onde a comunicação social se viu na obrigação de trazer para debate público a questão da imigração em Portugal.
Contudo, passado isso, o que sucedeu mais?
-Nada!!!
O PNR ficou muito satisfeito com a mediatização, o seu presidente José Pinto Coelho ficou mais conhecido e a discussão ficou-se por aqui.

Recentemente, e já este ano, o nacionalista e advogado José Castro teve a coragem de interpor uma acção de impugnação contra a ASAE no tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
O que aconteceu depois?
O CDS/PP aproveitou-se e tomando as rédeas do assunto obrigou a Inspector-Geral, António Nunes, a ir explicar-se ao Parlamento.
Mas, não ficou por aqui. Abriu o seu site oficial às denúncias de “possíveis prepotência” do organismo fiscalizador trazendo, assim, para a opinião pública a discussão sobre o assunto.


Apenas dei estes dois exemplos.
Isto só prova que os Nacionalistas sabem o que querem e, muito especialmente, sabem compreender e interpretar o sentimento popular. Mas, não passam disto!
Ou melhor: - Não passamos! È que eu também sou Nacionalista.
Abrimos as discussões e depois não temos “força” para leva-las por diante.
Até parece que o que pretendemos se resume à oportunidade de uns minutitos de tempo de antena nas médias.

Mas afinal o que é que nos falta?
-Temos excelentes ideólogos; temos excelentes sabedores sobre filosofias políticas do passado, temos excelentes escrevinhadores – não é o meu caso !!! - sobre opiniões filosóficas; temos excelentes cabecinhas pensadoras sobre os princípios do pensamento Nacionalista; temos gente que se farta de ler e de beber filosofia como eu bebo vinho ou cerveja. Contudo, falta-nos uma coisinha: - Não temos políticos com capacidade de discussão sobre todo e qualquer tema que esteja na ordem do dia.

Enfim! Temos muitas ideias mas não conseguimos encontrar a forma de as fazer chegar às massas populares. Nem as ideias nem as estratégias. Temos muitas ideias mas não passamos, na prática, de uns idiotas ( não aplicar o termo pejorativo da palavra).

Com tudo isto apenas pretendo deixar uma mensagem que se resume :
- Ou encontramos gente com opinião política e com estratégia política ou não passamos de uns idiotas (aplicar o termo pejorativo da palavra) com ideias filosóficas que pouco farão sentido ao Povo de Portugal.
Manuel Abrantes





Comentários:
Mais uma vez de pleno acordo, isso mesmo tenho eu escrito em vários locais, não há no Nacionalismo pessoas que passem para lá da filosofia política, ou seja temos um Nacionalismo teórico (que nem se consegue definir muito bem o que é , afinal), mas depois falta a parte prática, ou seja muita teoria e poucos resultados.
Isso conduz a esta triste situação, em que às vezes avançamos com algumas ideias interessantes, mas depois não há ninguém para as concretizar, parece uma maldição que paira sobre os nacionalistas.
Mas se nos dermos ao cuidado de analisar quais as causas, verificamos que certas atitudes e certas manifestações, levaram a que muita gente, que até poderia ter alguma simpatia por esta causa, acabasse por se afastar, pois não se quer ver conotada com certas ideias mais radicais e sem quaisquer possibilidades de aplicabilidade prática.
Isto resulta num baixo nível de pessoas com capacidade e "traquejo", para levar em frente uma acção concertada que elevasse a imagem do Nacionalismo e atraisse novos simpatizantes.
Assim, o que passa para o público em geral, é a imagem sensacionalista e deturpada de que os "nacionalistas" são uma cambada de "castiços" com uma ideias meio loucas, adoradores do homem do bigodinho e pouco mais.
Pergunto eu?
Mas alguém com juízo, que tenha uma carreira ou uma certa posição na sociedade, vai arriscar-se a ver a sua vida ir por água abaixo, por se juntar a uma causa destas?
Serão as pessoa assim tão loucas?
Ou loucos serão aqueles que, continuando a perseguir ideologias completamente ultrapassadas e impossíveis de serem levadas à prática nos dias de hoje, esperam que alguém, para além de meia dúzia de frustrados com tudo na vida, os sigam?
Enquanto não houver uma consciencialização dessas pessoas e terminarem com as suas manifestações "folclóricas", não vai haver maneira de recrutar muita gente para acausa nacionalista.
De qualquer modo, o mal já está feito, e o regime agradece, hoje o que se constata é os membros desta causa estarem todos divididos e espalhados por montes de organizações, que não tem qualquer força.
Penso que, e com muita pena minha, não haverá nos próximos tempos, um regresso do nacionalismo com algum destaque, tanto mais que, com a aplicação da Lei dos Partidos, o PNR, teve de abrir as portas de qualqquer maneira e isso poderá levar à entrada de mais elementos, que nada tem a ver com o ideal nacionalista.
Saudações Nacionalistas

Frei Tomaz
 
o mal do nacionalismo no XXI é a falta de coerência ideológica e a ausência de valores que nos são e devem ser ensinados desde o berço, tais como: honestidade, lealdade e frontalidade.
 
É por todas estas questões que o Nacionalismo está na mó de baixo e não passa de um lirismo delirante.
Agora pergunto,o que se pode fazer ?
 
Caro Abrantes, a politica é assim mesmo. o que hoje é verdade amanhã é mentira.
 
O Dr. Jaime Nogueira Pinto é que daria um excelente líder.
Tem carisma, perfil e coluna vertical.
 
Tem razão, tem razão e tem razão.

Isto é muito paleio aqui na blogosfera, mas quando chega a altura de ir para a rua, a maioria de todos nós (nacionalistas de direita) acobarda-se.

Mas eu ainda tenho esperança.

Saudações!
 
Sorte temos em poder ainda comunicar na internet, pois se não fosse a tecnologia da informática não teriamos acesso a nada que o sistema não permitisse. Não se esqueçam que os inimigos do nacionalismo e da religião católica detêm o monopólio dos orgãos de comunicação social.
Falta um jornal nacionalista.
 
Faz falta gente com tomates.
E há muitos por aí que são de vistas curtas.
É precisão visão política.
Mas sobretudo faz falta gente com coragem, desses há poucos, e é pena o Sr Abrantes não ser um deles.
 
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