quinta-feira, março 06, 2008


O “SISTEMA” EM CRISE


O Jornal “Correio da Manhã” aproveitando uma afirmação do director do Observatório de Segurança e Terrorismo general Garcia Leandro alertando para o perigo de “explosão social” provocada por cidadãos indignados com a actual situação do País, executou uma sondagem com a Aximage realizada entre 21 e 23 de Fevereiro onde 62,6% dos inquiridos responderam que concordam. Apenas 24,6% discordaram dessa posição, enquanto 3,6% disseram que “nem concordam, nem discordam”. Já 9,2% não têm opinião.
Questionado sobre o resultado desta sondagem, Garcia Leandro afirmou que isto “confirma o que já disse”. “Tem que haver uma reforma dos partidos, e quando uma sondagem de uma empresa credível revela que os portugueses concordam é de os políticos pensarem nisso. Eles estão cá para servir o País.”

Segundo publica o matutino o resultado desta sondagem, para alguns dirigentes políticos, poderá reflectir o descontentamento social, provocado por medidas governamentais polémicas em áreas como a Saúde e a Educação. Esta é aliás a opinião do deputado do PSD Agostinho Branquinho: “A sondagem traduz o sentimento de descrédito e de revolta face à situação do País. Eu próprio já alertei para o perigo de uma explosão social no meu distrito (Porto). É um sentimento real mas culpar o sistema político é exagerado. É preciso mudar políticas, não o regime”

Também o PS reconheceu o “descontentamento social com o funcionamento do sistema partidário” mas garantiu que “a vontade de mudança ainda não se sentiu”. “Já houve muitas tentativas de modificar o sistema partidário mas não tiveram qualquer sucesso. Essa insatisfação não produziu até agora qualquer modificação”, afirmou Vitalino Canas, porta-voz do PS.
Também Diogo Feio, líder parlamentar do CDS/PP disso ao CM que “não há democracia sem partidos. As pessoas acabam por mostrar descrédito pelo sistema partidário mas essa é uma forma de protesto contra as decisões políticas. Os partidos devem discutir propostas que interessem às pessoas."

Mas vamos ao que dizia o tema da sondagem.

SONDAGEM CM/AXIMAGE: FALÊNCIA DO SISTEMA PARTIDÁRIO
Recentemente o general Garcia Leandro declarou que o nosso actual sistema partidário está em crise, o que dito de outra maneira, é quase o mesmo que dizer que o nosso actual sistema partidário já "deu o que tinha a dar".
Concorda com esta opinião?
Concordo: 62,6%
Não concordo: 24,6%
Nem concordo, nem discordo: 3,6%S
em opinião: 9,2%

Os números são bem sintomáticos e não deixam dúvidas.
Contudo, o problema não está na existência dos partidos propriamente ditos. O problema resulta dos políticos e das políticas praticadas.
Desde a implantação da Democracia que as políticas praticadas são o reflexo dos interesses partidários, de grupos de pressão ou pessoais.
As estruturas dos partidos em vez se transformarem em forças de formação politica e de agregação de ideias e de ideais foram transformadas em centros de empregos (tachos - como se diz) e palco de lutas intestinas dos interesses de grupos e de pessoas.
A Democracia foi confundida com um jogo de interesses, de promoção pessoal e de enriquecimento (financeiro) pessoal.
Hoje, ser politico em Portugal (Portugal e não só…) é sinónimo de riqueza pessoal.
Basta ver as mordomias dos senhores deputados, autarcas a tempo inteiro, ministros e gestores nomeados.
O Povo de Portugal vive momentos de grande aperto financeiro enquanto a classe política vive faustosamente. E isto revolta. Mas revolta mesmo…

A Democracia não está em causa. O que está em causa é a actual classe política e as estruturas partidárias.
Só há um caminho: - Novos partidos, novos políticos e novas ideias.
Isto, se o grande lobby da comunicação social deixar.
Manuel Abrantes

Comentários:
Caro
Abrantes,

A estas conclusões já eu, tu e muitos outros nacionalistas e não só, tinhamos chegado, o pior é que, a propaganda feita pelo sistema à partidocracia que nos (des)governa é mais do que muita, assim e por exemplo, temos os jornais e restante comunicação dita social, ao serviço dos mesmos, ou seja do grande capital e dos seus serventuários políticos, cuja maior parte, não passa de políticos mediocres e muito pouco (ou nada), patriotas.
Isto é um autêntico Reino, não das Bananas, mas dos Bananas, ou seja quer a parte política (estes por conveniência), quer o povo propriamente dito (estes por conformismo e ignorância), perderam a noção do atoleiro onde estamos metidos, e cada cada vez mais se assiste neste quintal, a uma subversão da Democracia, a começar pelo desfasamento cada vez maior entre os pobres e os ricos, ao enriquecimento quase súbito de imensa gente sem que se perceba e investigue donde veio tal riqueza (devem ter todos, recebido heranças de tias no Brasil), aos inúmeros casos de corrupção e compadrio, que, curiosamente acabam sempre em "águas de bacalhau", à mais grave crise de criminalidade violenta que jamais se assistiu pós-Abril, com um Ministro da Administração Interna, que, ainda ontem, num programa televisivo, perante vários deputados das bancadas da A. R., dizia que não estava lá para discutir os números da criminalidade, (então estava lá para quê?), mas só políticas de segurança, com uma Educação que está toda em rebuliço, com uma Saúde a ir pelo cano de esgota abaixo, com uma insegurança nos empregos e sem prespectivas para os jovens (e para os menos jovens), que cuja única saída é cada vez mais a emigração (então não era só no tempo de Salazar, que os portugueses fugiam daqui para fora?), por outro lado, com uma imigração sem controle e sem regras (venham-me dizer o contrário, que eu depois converso), com uma situação política em que já não se sabe quem é que manda cá no rectângulo, se os portugueses, se outros locais no estrangeiro, com ASAE'S a praticarem quase campanhas de terror, principalmente entre aqueles de menor dimensão, com Finanças que penhoram ordenados de trabalhadores, mas deixam impunes, milhares de vigaristas, que não pagam um tostão de impostos e ainda se riem dos outros, e principalmente com uma cada vez maior falta de auto-estima e orgulho, por parte deste povo, que foi grande durante séculos, mas que hoje não passa dum farrapo.
Por outro lado, temos o Presidente da República, mudo e calado, que praticamente não se manifesta e cuja estratégia ainda não percebi bem (como certamente milhões de outros portugueses), será que acha que este governo governa bem e não há nadaa dizer, ou pelo contrário, está à espera que tenha um tão mau desempenho, que um dia corra com ele?
Sinceramente, inclino-me mais para a primeira hipótese, mas logo veremos.
Por outro lado, este comentário do General Garcia Leandro, peca por vir tarde, se bem que esteja convencido que não passe disso mesmo, duma opinião pessoal sem quaisquer consequências, pois não estou a ver as actuais Forças Armadas a tomar qualquer atitude em relação à situação actual (não falo de Revoluções, que a de Abril já bastou para ver a sua "eficácia"), e desde há muito, que parecem desligadas do que por cá se passa.
A acrescentar a isto, há uma cada vez maior esconfiança nos partidos e nos políticos, que pode nos levar a uma crise de representatividade política, muito desconfortável, para quem estiver sentado nas cadeiras do poder, exemplo desse desinteresse popular (se calhar até interessa), é o caso recente do Presidente da Câmara de Lisboa, Dr. António Costa, que está eleito apenas por 9% dos eleitores inscritos, pois grande parte, antes preferiu ir para a praia do que ir votar.
Não sei qual o futuro deste país, ou do que resta dele, mas não prevejo nada de bom, pelo menos, enquanto o "sistema" não for mudado.
Cumprimentos.

LUSITANO
 
«Só há um caminho: - Novos partidos, novos políticos e novas ideias.»

Concordo plenamente consigo Abrantes. O povo português está farto dos profissionais da política e de mais do mesmo... É emergente uma renovação das políticas e dos políticos, e só assim se poderá refrescar esta democracia decadente. É necessário trazer novas ideias de descentralização deste poder que nos tem vindo a corroer, são necessárias pessoas simples à política, pessoas desmaquilhadas e desinteressadas de cargos, que vivam para a política e não da política como meio de sobrevivência!
Pena é, que quando surge a possibilidade de projectos novos, não exista mais força e solidariedade entre todos aqueles que anseiam verdadeiramente algo de genuíno na direita portuguesa! Observo muitas teorias bonitas, mas muito pouca vontade de trabalhar... Porque de resto, neste momento, todos os "ditos" partidos da direita portuguesa estão acantonados ao sistema e ao enorme cesto do "centrão político" que mais não representa que a ganância de poder pelo poder, e a abominável situação política em que hoje nos encontramos.
Não é por mero acaso, que cada vez se sente mais nas ruas que o povo "clama" por Salazar. E eu ando nas ruas, e sei escutar a voz do povo. E tudo o que ouço não me é indiferente! Pusemos «mãos à obra» para um novo projecto que se chama Partido da Liberdade. Por uma liberdade com responsabilidade. Por uma liberdade nacional. Uma empreitada deveras difícil, mas que já começámos a construir, e que vamos conseguir levar por diante, acima de tudo porque sentimos que faz falta a Portugal e aos portugueses!
 
VIVA O PARTIDO DA LIBERDADE !!
 
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