terça-feira, abril 29, 2008


AS MESAS SEM PÃO E OS PRATOS VAZIOS

O do relatório de Primavera da Comissão Europeia aponta para a sua principal conclusão de que o aumento crescente dos preços vai continuar a fazer subir a inflação, asfixiando os orçamentos familiares.
Em Portugal, a inflação vai crescer para os 2,8% este ano, acima dos 2,4% registados em 2007, em grande parte um reflexo do aumento drástico dos preços mundiais da energia e dos produtos alimentares. Esta tendência inflacionista vai provocar um forte aumento nos preços ao consumidor em toda a Zona Euro.
A confirmar-se as previsões de Bruxelas, a inflação em Portugal este ano ficará acima das estimativas do Governo. O executivo de Sócrates estimou uma inflação de 2,1% para este ano, valor que serviu de base para as negociações salariais com a Função Pública.
As famílias portuguesas vão sentir pressão no consumo, não só por causa da subida da inflação, mas também devido a "condições financeiras mais apertadas e incerteza crescente", referem as previsões da Comissão Europeia.

Para quem ainda tinha dúvidas sobre os tempos negros que se avizinham este relatório, e as suas conclusões, retiram todas as dúvidas.
Este sistema está completamente desgastado e a caminhar para o abismo. A mundialização capitalista impõe a fartura para os especuladores e a fome para os povos.
Só nos resta uma esperança: - A indignação dos povos e a consequente revolta. E a história tem-nos demonstrado isso.
Manuel Abrantes

Comentários:
"Só nos resta uma esperança: - A indignação dos povos e a consequente revolta. E a história tem-nos demonstrado isso."

Por falar em revoltas...cumpriram-se há dias 34 anos sobre o 25 de Abril.
O Abrantes já leu o livro do General Silva Cardoso, lançado este ano, sobre o 25 de Abril, em que entre outras coisas, o General sugere que deviam ser levados a julgamento os militares que fizeram o 25 de Abril? Se já leu, gostava que desse no blog a sua opinião sobre o livro. Outros blogs já opinaram sobre o livro.
http://pt.no-media.info/232/livro-o-25-de-abril-de-1974-a-revolucao-da-perfidia
http://agualisa6.blogs.sapo.pt/1172284.html


«Em 25 de Abril ocorreu a revolução da perfídia. Toda ela estava viciada, chocou-se um ovo de monstro no nosso ventre, que quando a casca se partiu, rapidamente cresceu e nos quis devorar. Os portugueses resistiram e fizeram-lhe frente, mas dos seus tentáculos cortados escorreu um visco venenoso que ainda hoje se agarra a tudo e nos tolhe os movimentos. Fomos aldrabados por "heróis de pacotilha" que se encheram de honras e de dinheiros fáceis. O sonho rapidamente se transformou em pesadelo e aqueles que já acordaram rangem os dentes de impotência. Era bom voltar a sonhar com outros protagonistas: a verdade, a humanidade e a justiça. Mas dizem-nos dos bastidores que essa peça não está no repertório desta companhia de teatro. Só temos guarda-roupa para interpretar peças de vilões e de perfídia.
Teremos de continuar com a "revolução da perfídia", peça estreada há mais de trinta anos, de autor estrangeiro, sempre com protagonistas que se esquecem de olhar para o público, nem nisso estão interessados pois o público, embora remoendo impropérios, não tem outro espectáculo para ver.»

General Silva Cardoso
In "25 de Abril de 1974 - A Revolução da Perfídia", Prefácio - Edição de Livros e Revistas. Lisboa, 2008
 
Sr anónimo.
Na sua essencia concordo com o general. Só que continuo a separar o que foi o espirito do golpe militar e o que dele resultou.
Não podemo-nos esquecer de figuras como a do General António de Spinola de Galvão de Melo e de muitos outros que alinharam no espírito do golpe em si mas nunca com o aventureirismo selvagem pró-sovietico que degenerou em seguida.
Eu não discordo - nem podia...- com o 25 de Abril.
Não concordei com o 24 de Abril e muito menos com o 26 de Abril.
Entendeu?
E não deixo de ser NACIONALISTA por isso.
Manuel Abrantes
 
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